sábado, 14 de junho de 2014

Enigma Arqueológico - Teria uma antiga civilização encontrado animais extintos há milênios




Há muitas descobertas ancestrais que acabam sendo deliberadamente omitidas dos livros de história. São descobertas que se apresentam como inexplicáveis a ponto de acadêmicos e pesquisadores, ditos sérios, preferirem se abster de comentar. 

Essa notícia sem dúvida, se qualifica como uma dessas descobertas enigmáticas.

Ta Prohm é um templo próximo a legendária cidade em ruínas de Angkor Vat, um dos maiores patrimônios arqueológicos da humanidade, localizado na atual República do Camboja. Angkor foi no passado o mais importante centro religioso do antigo Império Khmer e um dos maiores centros religiosos do mundo antigo. Quando o Império atingiu o seu auge, Angkor chegou a hospedar mais de meio milhão de habitantes, o que o tornaria o maior assentamento pré-industrial do mundo.

O povo Khmer ficou famoso pelas suas realizações no campo da engenharia e arquitetura, dominando conceitos modernos de construção que lhes permitia efetuar façanhas que a Europa seria capaz de igualar apenas muitos séculos depois.

O imenso complexo de Angkor Vat construído no século XII, se espalhava por uma área com mais de 400 quilômetros quadrados, com palácios, alamedas arborizadas, avenidas, promontórios e edificações. Dedicado inicialmente ao Deus Vixnu, arquitetonicamente o templo combinava a tipologia hinduísta com a tipologia de galerias próprias. Posteriormente o complexo se devotou ao budismo. O grande templo contava com três recintos retangulares de altura crescente, rodeados por um lago perimetral de 3,6 quilômetros de comprimento e de uma largura de 200 metros. No recinto interior erguiam-se cinco torres, atingindo a torre central uma altura de 42 metros sobre o santuário e 65 sobre o nível do solo.


Infelizmente, tropas Siamesas devastaram a Capital do Império Khmer em 1431, saqueando seus tesouros e massacrando a população. A capital foi esvaziada e nos séculos seguintes engolida quase que completamente pela selva tropical que recobre boa parte do Camboja.

Tudo isso é fascinante, mas voltemos ao belo Templo de Ta Prohm, pois é ele o foco de nosso enigma.

Depois de ser tomado pela vegetação, o templo só foi redescoberto no início do século XX por arqueólogos franceses. Nas paredes de Ta Prohm os antigos Khmer esculpiram baixo relevos com a representação de animais típicos da região. Ali podem ser vistos claramente macacos, veados campeiros, cisnes, papagaios e búfalos d'água. O propósito dessas representações é que pessoas poderiam reencarnar na forma de animais ao longo de sua existência, e por isso, tais animais mereciam respeito e devoção.

Recorrentemente, fieis acendiam velas e incenso aos pés dessas representações, afinal, seus parentes podiam ter reencarnado numa dessas formas. Até aí, nada de estranho, afinal reencarnação é um dos dogmas da filosofia hindu.

O que realmente chama a atenção é que em meio às representações de animais, há um que não deveria estar ali. Veja a imagem abaixo e julgue por si mesmo:


Se isso não é um estegossauro não sei o que mais poderia ser.

Eles pertencem a classe dos stegosaurideos, uma das espécies mais conhecidas de animal pré-histórico. O grande problema é que esses animais viveram no final do período Jurássico, entre 155 e 150 milhões de anos atrás, no que hoje seria a América do Norte. Essa é uma imagem de um deles:


Representações de dinossauros que viveram há milhões de anos nas paredes de uma antiga ruína confronta o ponto de vista de que esses animais viveram e desapareceram muito antes do primeiro hominídeo.

Se esse é o caso, como é possível que alguém tenha entalhado a imagem de um animal extinto? E com que intuito, já que naquela parede se encontram apenas animais comuns na região.

É preciso lembrar que a reconstituição paleontológica dos estegossauros só se deu muitos séculos mais tarde, em pleno século XX. Além disso, é pouco provável que os povos antigos do Camboja tenham se baseado em fósseis, já que não se tem notícia de descobertas de restos desses animais na região em questão.

Alguns céticos acreditam que o baixo relevo possa ser a representação de algum outro réptil, talvez um camaleão como muitos acreditam. Contudo, paleontólogos consultados, afirmaram que a semelhança no baixo relevo com o estegossauro é notável, sobretudo no que diz respeito às óbvias placas ósseas que compõem a sua espinha dorsal. Elas se destacam na parte posterior do pescoço e se estendem ao longo de suas costas até a cauda em número de seis, o que está correto.

De acordo com o autor e pesquisador americano Mike Hallowell que passou os últimos anos estudando a fauna do Camboja, a descoberta é fascinante:

"O animal em questão guarda inegável similaridade com o que sabemos a respeito dos estegossauros. De fato, ele está muito mais próximo desses animais pré-históricos do que de qualquer outro animal que já tenha habitado o território do Camboja. A teoria de que se trataria de um camaleão me parece remota, visto que os exemplares de lagartos cambojanos não apresentam vestígios de placas ósseas dorsais. O tamanho das patas traseiras e a musculatura também se encaixam no que se esperaria ver retratado a partir de um réptil de grande porte, não em um pequeno".


Como alguém poderia ter entalhado o baixo relevo de um animal pré-histórico apenas 800 anos atrás? 

A explicação mais desafiadora, ainda que fantástica, é que o antigo povo Khmer tenha em algum momento encontrado esses animais na natureza. Que eles tenham sido vistos em detalhes de tal forma que um artista foi capaz de retratá-lo perfeitamente. O grande problema é que; se tal coisa realmente for possível, tudo o que sabemos a respeito do desaparecimento dos grandes répteis pode estar dramaticamente errado.

Hallowell vai mais longe em suas suposições:

"Os antigos Khmer possuíam lendas que mencionavam animais gigantescos que eles identificavam como dragões. Para eles, estes animais não apenas existiam nos limites de sua pátria, como podiam ser encontrados no coração das selvas. Há documentos que falam de caçadas reais e do encontro com animais gigantescos.".

Será possível que as selvas do Camboja tenham escondido os últimos dinossauros de que se tem notícia? E mais importante, o que teria acontecido com eles?

4 comentários:

  1. A imagem é realmente se parece vagamente com um dinossauro, mas olhando os outros animais do mesmo painel, e vendo que eles possuem um paisagem de fundo, eu acho que as "placas" são paisagem e o animal é um tipo de anta que vive nessa região, não exatamente no Camboja, mas nos países vizinhos, como Vietnã, Indonésia, e Laos.

    Tudo bem que o animal está com uma cauda muito comprida para ser uma anta, mas ainda continua sendo uma idéia mais razoável do que um dinossouro que sequer viveu na região.

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  2. Bem legal a suposição... instiga a mente e a criatividade.

    A primeira coisa que pensei foi: como são representados os outros animais... pois afinal dependendo do estilo comum nas representações poderíamos achar respostas.

    Mas o comentário de "chibi Mari-chan" já fala sobre isso mesmo...

    Já quanto à idéia criativa... temos hipotéticos dinossauros, répteis não conhecidos, viagem no tempo-espaço, oásis evolutivo... tentáculos...

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  3. Talvez seja apenas uma representação destes dragões, que no Oriente em geral são criaturas sem a pecha demoníaca que no Ocidente: tvz a reencarnação máxima seja num deles. No Ocidente, justamente, tbm temos tais representações medievais e anteriores de dragões, cocatizes, basiliscos e quetais - e nem por isso julgamos ter existido. Não mais, ao menos... :)

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  4. Interessante, bom para criar algumas histórias de rpg. Entretanto esse animal tem chifres, lembrando um camaleão ou algum animal mitológico (espirito da floresta ou sei lá).
    Bom post ainda assim

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