quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Recap de Arquivo X - "My Struggle" - episódio 1, temporada 10


Este é um Recap, é claro que ele contém SPOILERS, então esteja ciente antes de começar a ler.

Vamos começar pelo básico no que diz respeito ao primeiro episódio de Arquivo X depois de sua longa ausência de 14 anos.

Antes de qualquer coisa, eu admito! Eu estava extremamente ansioso pela estréia do primeiro episódio, ainda que pouco à vontade com esse formato de mini-série. Eu sou um daqueles fãs de longa data, que assistiram a série original inteira e que passaram várias horas discutindo e debatendo os episódios. Um daqueles que é capaz de discorrer sobre a mitologia dos Arquivos X e da natureza das Conspirações Governamentais. Arquivo X está entre as minhas séries favoritas em todos os tempos e por isso, me sinto à vontade para falar livremente e sem meias palavras à respeito dela.

 Desde o momento que o retorno de Arquivo X foi confirmado, contávamos os segundos para ele ir ao ar e saciar nossa curiosidade. Antes mesmo disso, ao longo de 14 anos, muitos de nós formulamos diferentes panoramas e criamos nossas próprias projeções, antecipando como poderia se dar o revival da série. O que teria acontecido com Mulder e Scully nesse tempo? Que caminhos suas vidas teriam tomado? Qual o destino dos Arquivos X? Quem seria o responsável por eles? Que outras conspirações teriam aflorado na última década e meia? Como elas poderiam ser frustradas?

Como fã hardcore eu estava ansioso por assistir o retorno de Mulder e Scully. Torcendo para que eles voltassem em grande estilo. Que logo de início eles esbarrassem em alguma pista deixada por algum informante misterioso, que a pista resultasse em uma série de indícios apontando para novas e empolgantes conspirações arquitetadas por pessoas poderosas. Eu ansiava para que logo os dois estivessem vasculhando depósitos abandonados, bases secretas e florestas ermas munidos de potentes lanternas iluminando a escuridão indevassável, claramente uma metáfora da verdade atravessando o desconhecido. Afinal, essa é a base de Arquivo X, é isso o que queremos ver...  


Para ser sincero, ao assistir os trailers e especiais a respeito da décima temporada, senti um certo desconforto. Não pelo fato de nossos heróis terem envelhecido. Longe disso! O ar de maturidade de Mulder e Scully, ao meu ver, apenas contribuem para cimentar a ligação entre eles e o comprometimento com sua causa. Anos se passam e eles continuam buscando a verdade, custe o que custar! Se não com a energia e vigor de antes, com a experiência e inteligência possuída pelos veteranos. O que me deixou com a pulga atrás da orelha é por que os produtores não aproveitaram a chance para reformular Arquivo X?

Minha esperança era que Arquivo X passasse por algum tipo de mudança conceitual. Quem sabe recriar o departamento a partir da necessidade pura e simples do FBI investigar casos que ninguém é capaz de resolver. Não seria muito complicado para um bom roterista recontextualizar os Arquivos X, focando em uma nova dupla ou equipe de agentes especialmente incumbidos de vasculhar a Caixa de Pandora que são esses casos.

Reparem que não estou em momento algum defendendo que Mulder e Scully fossem excluídos desse formato, muito pelo contrário! Eles estariam presentes, não como agentes, mas como Consultores experientes, Chefes de Departamento ou mesmo mentores cuja função seria guiar os recrutas em suas próprias buscas e descobertas. Ao meu ver essa seria a melhor maneira de apresentar Arquivo X a uma nova geração, agradando também aos antigos fãs. 

Ao invés disso, Chris Carter, o criador da série preferiu uma saída mais fácil... ele devolveu os Agentes Mulder e Scully ao FBI quase como se nada tivesse acontecido, como se a intempestiva saída deles no final da nona temporada tivesse sido esquecida e contemporizada. Os agentes estão de volta ao seu antigo trabalho e continuam à serviço do Bureau, investigando casos estranhos, sob a supervisão do bom e velho Diretor Assistente Skinner. Tudo como antes.


Olha, eu não sei se foi a melhor opção... é claro, eu pretendo acompanhar as novas e inéditas aventuras dos agentes, espero que eles ainda tenham muito o que mostrar, mas ao mesmo tempo me recordo que nas últimas temporadas a série havia dado sinais inequívocos de desgaste. A fórmula afinal não é à prova de falhas, e embora seja ótimo acompanhar essas novas estórias, fico preocupado com até que ponto eles vão conseguir sustentar o show depois que ele deixar de ser uma novidade e o estardalhaço da estréia for diminuindo. Perguntas e mais perguntas que só serão respondidas no futuro, quando (e se) Arquivo X for trazido de volta a grade de programação da FOX como seriado regular.

Mas toda essa longa introdução para falarmos sobre o primeiro episódio que foi ao ar nessa segunda feira, com o título "My Struggle" (algo como "Minha Luta").

O episódio tinha duas grandes responsabilidades:

1) mostrar o que é Arquivo X, quem são os personagens e qual a motivação deles para um novo público (gente que não viu ou sabe pouco sobre a série original)

e

2) Colocar os antigos fãs à par do que aconteceu nos últimos anos, desde que havíamos nos despedido de Mulder e Scully no "longínquo" ano de 2002.

"My Struggle" começa dedicando todo o seu prólogo a primeira tarefa. Nele, a inconfundível voz anasalada de Fox Mulder fornece vários detalhes sobre a série original. Não é fácil fazer um resumo completo de nove temporadas em menos de três minutos, mas o monólogo de Mulder, recheado de fotografias e imagens funciona bem e tem um efeito nostálgico. Vemos alguns momentos chave, quando Scully é escalada para se juntar a Mulder, sua abdução, as experiências genéticas que ela sofre e a busca incessante de Mulder pelo paradeiro de sua irmã. Vemos também a imagem de vilões como Eugene Tooms, os alienígenas sem face, os caçadores de recompensa e o inesquecível Canceroso.



Tudo parece promissor e eleva as espectativas até a estratosfera. O monólogo termina com Mulder perguntando em tom de dúvida se tudo que ele investigou realmente não passa de uma fraude, até que surge a imagem de um disco voador se acidentando no deserto do Novo México.

Roswell, 1947. A décima temporada começa com uma investigação envolvendo o mais emblemático caso de disco voador de todos os tempos. Acompanhamos em primeira mão um médico sendo levado até o local da queda do OVNI e o momento em que um "homem de preto" e militares fuzilam impiedosamente um alienígena que havia sobrevivido ao acidente. O cadáver é levado para uma autópsia a medida que o disco voador começa a ser desmantelado e suas peças recolhidas.


Fica claro, que esse incidente será extremamente importante ao longo dessa curta temporada, mas antes de ter mais detalhes deixamos o passado e avançamos para os dias atuais em busca do paradeiro de Mulder e Scully. Ficamos sabendo que a Dra. Sculy (linda como sempre na plenitude da maturidade) está trabalhando em um hospital, fazendo cirurgias reparadoras em crianças nascidas sem orelhas - é curioso como a imagem desfocada em segundo plano de uma das crianças lembra a face de um alienígena cinza. Apesar de seu trabalho importante, Scully vem sendo procurada pelo seu antigo chefe, o Diretor Skinner que pretende marcar uma reunião com ela e Mulder para discutir um assunto urgente.

Dana não parece muito satisfeita com a perspectiva de encontrar seu ex-parceiro - ainda é cedopara dizer como o relacionamento dos dois foi para o buraco, mas enfim ela acaba aceitando contatar Mulder. Ao que tudo indica, Mulder não mudou muito desde a última vez que o vimos. Ele não está com aquela aparência desleixada do filme "I Want to Believe", mas continua o mesmo sujeito disposto a acreditar e buscar incessantemente por acontecimentos paranormais e respostas. Ocorre que Skinner quer que Mulder se encontre com um tal Tad O´Malley, o controverso apresentador de um programa sobre conspirações governamentais. Tad seria um entusiasta do trabalho dos agentes no Arquivo X, e uma espécie de fã que acompanha a carreira de Mulder desde a publicação de um livro (???) sobre seu período no Bureau (Infelizmente, não há nenhuma informação adicional sobre que livro é esse ou seu conteúdo). Mulder acaba aceitando o convite de Tad e arrasta Scully para o tal encontro.


No encontro morno entre os dois ex-agentes, no qual eles trocam alguns cumprimentos meio sem jeito, percebemos que o fim do Arquivo X, aquilo que serviu para aproximá-los emum primeiro momento, terminou por afastá-los de uma vez por todas. Eles não são um casal, não são colegas, não são companheiros... parecem à princípio dois conhecidos que não se viam a algum tempo e que tentam colocar a conversa em dia, sem saber exatamente por onde começar. Com certeza ainda vamos saber o que houve entre eles, mas essas revelações virão gradualmente.

Nesse momento, eu faço um parenteses para falar dos dois protagonistas. Não é necessário muito tempo para perceber que David Duchovny e Gillian Anderson ainda possuem aquela química responsávelpor tornar Arquivo X um seriado tão interessante. O foco da série nunca foram apena sos casos, mas a relação dos personagens e a mística ao redor deles. Fazia tempo que nós não viamos Mulder e Scully juntos, e bastou alguns segundos para que a presença deles em cena ativasse nossa memória afetiva. E como é bom vê-los trabalhando juntos uma vez mais! Aquela faísca está lá, e foi ela a responsável pelos melhores momentos desse primeiro episódio. Ainda que o roteiro assinado por Chris Carter tenha sido um pouco engessado, sem espaço para piadas internas e referências aos antigos episódios, a parceria ainda se sustenta com folga.  

Mas vamos em frente. O tal Tad aparece com uma limosine e recolhe os dois ex-agentes mo lugar marcado para um passeio com direito a champagne e vidros à prova de balas. Ele dá mostras que é um teórico por conspiração tão engajado (e paranóico) quanto o próprio Mulder, interessado em provar o envolvimento de membros do governo em uma hiper-mega-super-ubber conspiração que segundo ele já está em curso e constitui uma ameaça global. Mais do que meramente propagar sua teoria, Tad afirma ter as provas necessárias para provar o que diz por A mais B. Mulder é claro, morde a isca, com anzol e linha. A limosine leva o grupo até uma casa afastada onde eles conhecem uma moça chamada Sveta que passou por recorrentes abduções desde a infância. Ela mostra algumas estranhas marcas pelo corpo, resultado de experiências que implantaram e extraíram de seu corpo fetos com DNA híbrido. Sveta diz que é capaz de ler mentes (embora não possa controlar essa faculdade) e afirma que seu código genético foi manipulado de tal forma que contém cadeias anômalas. Mas ao contrário do que os agentes suspeitam, Sveta afirma que não foram alienígenas que realizaram as experiências em seu corpo, mas cientistas humanos que tem acesso a tecnologia alienígena. Para provar o que diz, ela aceita passar por alguns testes laboratoriais realizados por Scully.


Enquanto Sveta segue para o hospital para fazer uma bateria de testes que comprovem suas alegações, Mulder fica na companhia de Tad ouvindo tudo o que ele tem a dizer. Para mostrar que está falando sério, Mulder concorda em visitar uma instalação secreta onde a organização de Tad - formada por cientistas, reconstruiu com base nos mesmos planos obtidos em Roswell um veículo voador super avançado. A nave (um ARV - Alien Replica Vehicle) não apenas funciona com "zero point energy" (energia limpa, gratuita que se vale de um elemento deconhecido, o composto 115), como possui um dispositivo de camuflagem de fazer inveja a klingons e romulanos juntos. A essa altura Mulder já está mais do que convencido de que Tad sabe das coisas e que tem em seu poder provas cabais de um complô para acobertar essa tecnologia roubada de uma civilização extraterrestre e oculta do público há mais de 70 anos.

Ainda abalado com as revelações, Mulder se encontra com um de seus informantes, um senhor de idade que vem lhe ajudando na última década a encaixar peças dessa mesma mega-conspiração. O sujeito não é outro senão o médico que realizou a autópsia alienígena em 1947 e que obviamente sabe de muitas informações sigilosas. Ele não queria morrer levando consigo os segredos da queda do OVNI em Roswell e por isso procurou Mulder e reacendeu sua sede pela verdade. Através de alguns flashbacks vemos o inconformismo do informante diante da ação de membros do governo que utilizam a tecnologia e os dados sobre a biologia extraterrestre em causa própria. "Roswell foi uma cortina de fumaça" ele diz antes de se despedir. Ah esses informantes de Arquivo X, NUNCA estão dispostos a contar tudo que sabem enquanto podem...

Reunido a Scully uma vez mais, Mulder revela todas as teorias de Tad e explica que a conspiração não envolve uma parceria entre alienígenas e humanos, na verdade ela foi concebida apenas por humanos, uma elite muito poderosa que influencia as decisões e na prática, comanda o mundo desde os anos 1950. Segundo ele, alienígenas foram atraídos para a Terra pelo uso de armas nucleares no final da Segunda Guerra. Esses extraterrestres estavam preocupados com o uso de armas tão poderosas e com a possibilidade de nossa raça ser destruída. Ao tomar conhecimento da existência desses emissários, membros da elite do governo e militares capturaram os alienígenas e apreenderam sua tecnologia para alimentar seus planos de dominação global. Mulder rumina a respeito de todas conspirações que pipocaram nas últimas décadas; desde manipulação de alimentos para engordar e adoecer a população, passando por testes de drogas em campos de prisioneiros sem razão aparente, aprovação de leis que permitem espionar o cidadão, coleta de dados sigilosos, escalada armamentista e fomentação de guerras e revoltas ao redor do mundo, manipulação climática, destruição do meio ambiente, repressão a meios de comunicação etc, etc... tudo estaria conectado em um único complô que redefine de uma vez por todas a mitologia central de Arquivo X e hiper-dimensiona a noção de que um único grupo está por trás de tudo.


Esse trecho é bem interessante e lembra em alguns momentos um documentário chamado Zeitgeist - com cenas reais coladas em ritmo frenético. O trecho é um pouco confuso e padece com a quantidade monstruosa de informações lançadas para o espectador. Mulder não para de falar e para assimilar todos os detalhes eu tive que assistir a cena várias vezes.  

Scully obviamente vacila em acreditar nessas teorias, ela continua a cientista racional que sempre foi. Isso não seria Arquivo X se Scully concordasse imediatamente com as maluquices endossadas por Mulder. Para embasar seu ceticismo, Scully diz que os testes em Sveta não resultaram em nada fora do convencional. A menina não tem nada de errado em seu DNA e ela se sente enganada por Tad e manipulada para acreditar em suas teorias conspiratórias. Sveta dá entrevistas em que acusa o âncora do programa de engana-la e desaparece logo em seguida.

A notícia é um tremendo banho de água fria. Mas o pior ainda está por vir! Os conspiradores não ficam de braços cruzados esperando Tad fazer as suas revelações e ameaçar os seus planos: em uma bem orquestrada queima de arquivo eles reagem de forma brutal atacando em todas as frentes. O programa de O'Malley é tirado do ar, seu site é destruído e o hangar onde o ARV estava escondido é bombardeado por comandos. A nave é destruída e os cientistas são assassinados. Para piorar, Sveta que estava fugindo de carro, é encontrada pelos conspiradores e seu veículo explodido por uma nave semelhante ao próprio ARV. Queima de arquivo total!


Enquanto acopanha os acontecimentos, Scully finalmente procura Mulder e conta que decidiu fazer um exame mais profundo em uma amostra de sangue coletado de Sveta. Ela faz um mapeamento completo no genoma da garota e constata que de fato há algo bizarro nela - algo por definição não-humano! Mais do que simplesmente constatar que o DNA de Sveta foi de alguma forma alterado, Scully faz os mesmos testes em seu sangue e o resultado é similar. Com isso, Scully acaba concordando que é hora de colocar um fim nessa conspiração de uma vez por todas: "Alguém tem que parar esses malditos filhos da mãe!"

Com isso, a dupla acaba finalmente respondendo aos apelos do Diretor Skinner que vinha procurando os dois com o objetivo de reabrir os Arquivos X, ainda que os arquivos em si tenham desaparecido - na sala de Mulder no porão do prédio do FBI tudo que restou foi seu emblemático poster "I Want to Believe". Essa parte me pareceu um bocado forçada: não acho possível que ex-agentes possam ter reativado seu status de investigador federal dessa forma, quanto mais depois das circunstâncias em que os dois se desligaram do Bureau, mas enfim... também não fica muito claro porque Skinner estava tão desesperado em reformar o Arquivo X e por que apenas Mulder e Scully podiam fazer esse trabalho. Tudo bem, eles eram os agentes veteranos, mas será que não há mais ninguém no Bureau interessado nessa área? Será que é tão difícil formar uma força tarefa especializada em casos extraordinários? Seja como for, Skinner parece ter sido alçado a um posto mais importante nessa décima temporada e deve ter um papel mais importante já que ele está inclusive na entrada.

E antes da conclusão, o primeiro episódio ainda lança mão de uma cartada final para fazer os fãs da série original dizerem "WHAT?!?" em uníssono. A notícia de que o Arquivo X foi reaberto tendo Fox Mulder e Dana Scully chega aos conspiradores e eles ponderam sobre as implicações disso. Ninguém menos que o maligno Canceroso - fumando por um buraco na garganta, afirma que algo precisa ser feito a esse respeito. SIM, o Canceroso está vivo, contrariando seu fatídico nome e o fato de ter sido atingido por um foguete de napalm no final da nona temporada. Será que algo que aconteceu no episódio ironicamente intitulado "A Verdade" (The Truth), realmente é verdade? Com certeza ainda sentiremos o cheiro de nicotina nessa temporada...

Mas qual o veredito? O que representou esse episódio para a série como um todo e o que podemos esperar nos próximos cinco que compõem essa temporada?


Eu realmente penso que cinco capítulos vai ser pouco para desenvolver à contento todos os elementos aludidos nesse primeiro episódio. Uma Conspiração desse tamanho (com "C" maiúsculo) teria material para uma temporada inteira de 20 e tantos episódios, mas qualquer desdobramento vai depender dos resultados de espectadores. O primeiro episódio, que foi ao ar domingo na tv americana bateu recordes de audiência, mas ainda é cedo para dizer se ele vai se sustentar. Tudo indica que sim, pois há interesse, mas as próximas semanas serão fundamentais para  definir o futuro de Arquivo X.

De acordo com Chris Carter, "My Struggle" e apenas a primeira parte de um episódio duplo, que terá sua conclusão no sexto e último capítulo da temporada, que tem o mesmo título. Ele adiantou em entrevistas que a segunda parte irá focar em Dana Scully, e na luta dela por seguir com o legado do Arquivo X. Entre o primeiro e sexto episódio teremos quatro semanas com episódios mais convencionais, inclusive "monstros da semana" para quebrar a tensão da mitologia central.

[UPDATE: O segundo episódio foi ao ar no emso dia aqui no Brasil e é claro vai receber um Recap aqui no Mundo Tentacular].

Nesse primeiro momento,a nova temporada tentou definir seu curso para vôos mais altos. Ela buscou ser fiel ao espírito original, o que implica em não introduzir mudanças significativas que ao meu ver seriam bem vindas.  Ainda assim, apesar de seu conservadorismo na maioria dos aspectos de estrutura, trouxe novidades para a mitologia.

É meio que uma bagunça, mas uma bagunça limpa que no final das contas faz algum sentido. E é claro, tem ainda o fator nostalgia no ar. No que diz respeito aos fãs, não era preciso fazer muito além de colocar Mulder e Scully juntos novamente e tocar o tema de entrada para produzir um arrepio de excitação.

Bem vindos de volta... sentimos saudades.

5 comentários:

  1. Luciano,

    gostei do seu artigo e concordo quando você escreve que Mulder e Scully poderiam aparecer como consultores de novos agentes ou assumir uma posição de tutores de uma nova geração.

    Fica realmente difícil entender porque só os dois podem reassumir os Arquivos X, ainda mais sabendo que na série outros agentes atuaram no departamento. Bola fora do Chris Carter.

    Foram desconsideradas alguns momentos importantes e destaco o principal - a abdução de Mulder. Como deixar isso de fora? Fiquei com a sensação de que Chris Carter encaixou este início da 10ª temporada depois da 5ª, quando Mulder ainda buscava por sua irmã e os inimigos eram Eugene Tooms e Flukeman.

    Apesar de tudo isso, o retorno de Arquivo X é importante e resgata a memória afetiva de quem acompanhou a série na década passada. Foi excelente rever Canceroso e Skinner. Mas, pra mim, este primeiro episódio ficou devendo um pouco.

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  2. My Struggle=Minha Luta=Mein Kampf

    Q tal?

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    1. Segundo Chris Carter, os títulos tanto do primeiro quanto do último episódios da temporada vieram da série de livros Minha luta, de Karl Ove Kanusgård.

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  3. Concordo! Seria interessante os veteranos retornarem ao Arquivo X e encontrarem seus lugares preenchidos por novatos. Qual seria a motivação dos substitutos de Scully e Moulder? Eles confiariam uns nos outros? Trabalhariam juntos?

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