sábado, 8 de dezembro de 2018

Máscara Ancestral - Uma descoberta notável e uma conexão com os Mitos Ancestral


Arqueólogos descobriram uma antiga máscara ritualística que possivelmente foi criada durante o Período Neolítico (Nova Idade da Pedra). O objeto de aproximadamente 9 mil anos foi encontrado há alguns meses e está atualmente sendo examinado por especialistas da Autoridade de Antiguidades de Israel e pelo Conselho de Geologia Israelense.

A máscara estava em um sítio arqueológico na parte sul de Har Hevron, na região árida do deserto de Pnei Hever. Ela havia sido depositada em uma caixa de pedra, por sua vez enterrada a 3 metros de profundidade.

Ronit Lupu do IAA, uma unidade que previne Roubo do Tesouro Nacional disse, "A Máscara é uma descoberta única no mundo arqueológico. Ela é até mais incomum uma vez que sabemos de onde ela veio. O fato de que dispomos de informações a respeito desse lugar especificamente no qual ela foi descoberta faz dessa máscara mais importante do que a maioria das máscaras que conhecemos".

A máscara foi criada com um tipo de argila amarela-rosada e foi feita para representar um rosto humano. Ela possui fendas para os olhos e para a boca. A máscara também possui buracos para que uma corda fosse passada através e assim ajudasse a fixar o apetrecho na face. É possível que ela também fosse colocada em postes de madeira onde podia ficar em exposição.


Lupu disse ainda que, "A descoberta de uma máscara com esse grau de acabamento é impressionante e surpreendente. A superfície da máscara é totalmente lisa e as feições parecem perfeitamente simétricas, com as bochechas bem pronunciadas. Ela tem um nariz e boca impressionantes com um  nível de detalhismo notável obtido pelo artista".

A máscara, segundo especialistas foi criada com o propósito de honrar ancestrais e espíritos, "Era parte do Ritual de Hereditariedade que marcou os povos dessa região", explicou Lupu. 

A Máscara era vestida por indivíduos que representavam os ancestrais que já haviam morrido e que eram simbolicamente honrados nos rituais. 

Cerca de quinze máscaras semelhantes foram encontradas ao longo da história, todas de um período próximo não inferior a 9 mil anos. Diferente da maioria, essa máscara foi descoberta em um sítio o que ajuda a determinar qual a atividade realizada no local. As demais máscaras fazem parte de coleções particulares ao redor do mundo.


Uma vez que a peça foi encontrada em Pnei Hever, acredita-se que a parte sul das Colinas de Hebron (parte do Deserto Judaico) tenha sido um lugar que congregava várias atividades religiosas e que provavelmente atraia grupos nômades.  

O diretor do Departamento de Pesquisa Arqueológica, Dr. Omry Barzilai acrescentou que "Máscaras como essa, provavelmente estão ligadas a revolução agrícola. A transição de uma economia baseada em caça e coleta para agricultura organizada e domesticação de animais que ajudaram a formar as bases para uma civilização bem estruturada. Fica evidente a sofisticação nas atividades religiosas, com a adoção de rituais complexos".

Além da máscara, escavações no sítio revelaram estatuetas em forma humana talhadas com chifre e crânios esculpidos em pedra.  

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Ok, tudo muito bem, tudo muito bom... mas que tal imaginar que essa máscara seja um tipo de artefato dos Mythos e adaptá-la para Chamado de Cthulhu?

Posso imaginar que a Máscara esteja ligada a um dos mais obscuros avatares de Nyarlathotep, o Feiticeiro Conquistador conhecido como Nyarlatophis.

Segundo as lendas, milênios atrás, este aspecto do Caos Rastejante vagou pelos desertos tencionando destruir o Egito, terra que havia anteriormente adotado como seus domínios. No final da Décima Primeira Dinastia do Império ele dizimou grande parte da Terra e matou milhares. Por algum tempo nada parecia detê-lo. 

As histórias relatam que ele controlava as feras e manipulava a disposição dos homens, transformando mesmo aqueles anteriormente pacíficos em guerreiros sedentos de sangue. Nyarlatophis reuniu um grande exército que o serviu fanaticamente, repetindo seu nome como um mantra e proclamando-o como uma espécie de profeta fadado a destronar o Faraó e derrubar os Deuses.

Sua face era escondia atrás de uma máscara e atrás dessa máscara haveria apenas o vazio cósmico com estrelas e galáxias redopiantes. Encarar esse abismo, era a perdição dos homens e ninguém ousava fazê-lo.

Sua rebelião foi derrotada em Karnak graças a sacerdotes que usaram antigas magias e rituais místicos para dispersar suas tropas.

O avatar teria desaparecido, mas um importante artefato - sua Máscara, foi carregada por um de seus fiéis seguidores além do Mar Vermelho. Eventualmente, a peça acabou sendo enterrada em um templo no deserto de Har Hevron onde recentemente foi desenterrada e confundida com um artefato Neolítico por arqueólogos israelenses.

A máscara guarda o potencial para reviver Nyarlatophis.

Cercado por lendas e histórias confusas, existe a crença de que o artefato transformaria a pessoa correta que o vestisse em um Líder de Homens, alguém que se tornaria um Grande Conquistador e Senhor da Guerra de todo Oriente Médio. Ao longo da história, muitos Reis ambicionaram encontrar a Máscara e vesti-la para concretizar as lendas... muitos, desde Sargon I, o Magnífico a Ramsés, o Grande a desejaram. Nenhuma campanha teve êxito em localizá-la. 

Mais recentemente o tirano iraquiano Sadam Hussein a ambicionou após tomar conhecimento da sua existência através de manuscritos existentes na Universidade de Basrah. Arqueólogos a serviço de Hussein vasculharam os desertos em busca dela, sem encontrar nada.

Ninguém poderia imaginar que o artefato estivesse escondido no Deserto de Israel. O que a sua descoberta significa para o futuro dessa conturbada região do planeta, apenas o futuro poderá dizer...

Mais preocupante, membros do Estado Islâmico (ISIS) que abraçaram uma vertente mística, tomaram conhecimento da existência da Máscara através de textos antigos. Eles fariam de tudo para obtê-la, já que o artefato poderia ser usado para concretizar seus planos megalomaníacos de construir o Grande Califado.

A Máscara não tem efeitos se simplesmente vestida sobre a face, embora esse contato possa causar pesadelos e visões vívidas do passado remoto. Contudo, se a Máscara for vestida por algum indivíduo capaz de desempenhar um complexo Ritual de Confirmação, seus poderes se revelam.

A Máscara se fixa no rosto da pessoa, tornando-se virtualmente impossível de ser removida.

A mente do indivíduo é invadida por revelações absurdas e segredos esotéricos, bem como a verdade sobre Nyarlathotep e os Antigos. Aos poucos, o indivíduo desenvolve poderes e capacidades sobrenaturais, desenvolve uma percepção mística e passa a compreender poderosas magias. Também é capaz de controlar a vontade dos homens e submetê-los a seus caprichos. Tais poderes, no entanto, pervertem a sua natureza humana, abrindo caminho para que Nyarlatophis assuma seu corpo.

Uma vez reencarnado, o lendário Feiticeiro Conquistador tem como objetivo único submeter o Oriente Médio e Norte da África à sua influência. Tomos muito antigos como o Rasul al-Albarin afirma que a Máscara de Nyarlatophis está fadada a ser encontrada, dando início a um período de grande agitação que deixará um rastro de morte e destruição jamais vista em todo Oriente Médio.

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