terça-feira, 19 de setembro de 2023

O Lapso de Tempo de Kersey - Exploradores de épocas passadas


Uma das ocorrências mais estranhas no campo do paranormal diz respeito ao fenômeno categorizado como "Lapso de Tempo". 

Estes são fenômenos em que indivíduos ou mesmo grandes grupos de pessoas parecem passar através de algum tipo de véu entre o tempo e espaço, tendo um vislumbre do passado distante, apenas para serem catapultados de volta ao tempo presente, confusos e sem entender o que aconteceu. Tais casos tendem a ser raros, mas quando ocorrem também tendem a ser bizarros.

Um lapso de tempo bastante estudado e detalhado alegadamente ocorreu com um grupo de jovens na Inglaterra, uma ocorrência que os levou a retornar à um vilarejo do interior e que deixou um mistério sem solução.

Era o outono de 1957, quando três cadetes da Marinha Real Britânica decidiram visitar a então tranquila região de Suffolk. Nesse dia, os cadetes William Laing, Michael Crowley e Ray Baker, tinham como objetivo simples, seguir uma estrada pela bucólica área, observar alguns locais assinalados no mapa de que dispunham e retornar antes do anoitecer. Considerando que era um dia claro e ensolarado, eles tinham pela frente uma caminhada agradável pela paisagem pitoresca e a princípio, isso foi exatamente o que eles encontraram. Mas as coisas estavam prestes a dar uma guinada na direção do incomum e do inexplicável.

Ao longo do caminho, os homens, passaram por um pequeno povoado chamado Kersey, um vilarejo tranquilo com pouco mais de cem habitantes vivendo em prédios medievais e ruas estreitas. A medida que se aproximavam do local, tudo parecia perfeitamente normal. O sino da igreja badalava, aves cantavam e fumaça saia das chaminés. Já que Kinsey estava no mapa, eles se aproximaram pensando em parar num pub e quem sabe beber uma cerveja. Entretanto, à medida que observavam o povoado ele parecia estranho. Em primeiro lugar, havia um silêncio tumular. Era como se o lugar estivesse deserto, abandonado.

Os sinos e pássaros haviam silenciado repentinamente, como se um manto de quietude tivesse baixado sobre o local. Tudo parecia estático: folhas cobriam as ruas, os galhos recurvos das árvores permaneciam parados, não havia vento, nem movimento. Não havia vivalma nas ruas escuras e algo sinistro parecia se precipitar sobre o vilarejo como uma sombra.

O lugar parecia tão esquisito que um dos cadetes diria mais tarde:

"Era um povoado fantasma, por assim dizer. Era desconcertante ver aquilo, sentir aquela aura de isolamento. Eu podia jurar que havíamos voltado no tempo. A sensação que eu experimentava era de tristeza profunda e depressão esmagadora. Mas havia outra coisa, um sentimento de tristeza. As sombras eram longas e escuras, formando poços de escuridão fria que me perturbavam".


Pior ainda, os cadetes relatavam sentir uma presença sobre o povoado: algo que não conseguiam ver, mas cuja existência eram capazes de perceber claramente.

Mas isso não seria tudo. Ao explorar o interior do povoado eles não encontraram carros, nenhuma linha de força, postes de telefone, bicicletas, nem mesmo ruas pavimentadas. Ao invés disso tudo tinha um ar antigo, austero e rudimentar. Os prédios em estilo medieval podiam ser vistos e o que predominava era a alvenaria rústica de séculos atrás.

Acrescentando um componente surreal, até mesmo a estação parecia ter mudado. Não era mais a primavera que eles percebiam, mas um cinzento crepúsculo invernal que os recebia. Um frio repentino os envolvia, com um nevoeiro denso erguendo-se do nada.

O grupo decidiu se aproximar de um dos prédios desertos para olhar o que havia em seu interior e se surpreendeu ao encontrar o que parecia um tipo de açougue. Um dos rapazes, o cadete Crowley, descreveu o lugar nos seguintes termos:

 "Não havia mesas e nem cadeiras, apenas um balcão de madeira atravessado. Sobre a bancada estavam duas ou três carcaças de bois esquartejados em grandes pedaços. Alguns deles estavam esverdeados e apodrecidos. As pequenas janelas estavam abertas, mas não haviam insetos apesar do cheiro nauseante que emanava do aposento cujo piso estava coalhado de sangue viscoso. Eu lembro que quando espiamos através da janela, sentimos uma forte náusea. A sensação era de descrença de que alguém poderia largar um lugar naquela estado, a não ser que precisasse fugir o quanto antes".

Os cadetes observaram outros prédios que pareciam ser pequenas casas. No interior espartano acharam alguns móveis rústicos e detritos descartados no chão de terra batida. Os habitantes, fossem quem fossem, haviam abandonado o lugar carregando suas parcas possessões. A impressão era de que deviam ter fugido repentinamente, escapando de uma grave ameaça. As lareiras ainda estavam com cinzas aquecidas o que indicava que a população tinha partido não fazia tanto tempo.

Eles foram até a Igreja que era claramente o marco principal do povoado. Mas o que os surpreendeu foi que o Campanário visto de longe havia desaparecido. A igreja ainda estava lá, mas muito mais simples e acanhada do que visto anteriormente. Era como se ela se resumisse a um prédio simples, sem muitos adornos e com um crucifixo de madeira sobre um altar irregular de pedra grés. Da torre que haviam avistado de longe e do sino que escutaram claramente retinir à distância,  não havia sinal.

A essa altura, os três homens estavam muito assustados e inseguros de prosseguir em sua exploração. Aquela sensação esmagadadora de ameaça persistia e, de fato, apenas havia aumentado. A cada lugar que exploravam o sentimento inquietante aumentava até se tornar insuportável. Eles decidiram sair dali o quanto antes.

O grupo cruzou o povoado caminhando rapidamente, sem olhar para os lados ou parar para admirar os detalhes. Tão logo deixaram o vilarejo, eles foram percebendo que à distância as características originais foram retornando. As casas modernas, os postes de força e a torre da igreja ressurgiram tão logo eles se afastaram. Havia novamente o som reconfortante dos sinos, dos pássaros e do vento da primavera.

Os cadetes retornaram para a academia com uma história incomum sobre Kersey. Nem todos acreditaram nos estranhos detalhes da narrativa, mas logo se percebeu que ele era congruente. Os cadetes lembravam exatamente dos mesmos detalhes.


Demorou muitos anos até que o caso chamasse a atenção do pesquisador paranormal Andrew MacKenzie, da Sociedade de Pesquisa Psíquica da Inglaterra. O estudioso havia ouvido rumores sobre o incidente no começo dos anos 1980. Intrigado ele conseguiu localizar os envolvidos e os convenceu a visitar Kersey para ouvir em primeira mão seu relato do ocorrido. 

Uma das principais coisas que impressionaram MacKenzie é que o relato deles era historicamente acurado. O local em que eles viram as carcaças de fato foi um açougue até meados do século XVIII. A Igreja também parecia guardar similaridade com a forma medieval original, antes do acréscimo da torre no início século XX. 

Outras observações da planta da cidade também encaixavam com documentação histórica, a qual os cadetes jamais tiveram acesso. MacKenzie chegou a conclusão de que os jovens cadetes experimentaram um fenômeno conhecido como lapso de tempo no qual pessoas viajam inadvertidamente através de um portão temporal. O fenômeno ocorre a despeito da vontade do viajante, ele simplesmente se desloca de uma época para outra geralmente sem saber o que está acontecendo.

Há teorias que tentam explicar os lapsos de tempo. Certos lugares parecem ter maior probabilidade de manifestar esse fenômeno, em especial locais com histórico de guerras, tragédias ou genocídio. Tais lugares supostamente são coalhados de emoções fortes e energia residual de acontecimentos traumáticos que desencadeiam os lapsos de tempo. Eles criam as condições para o fenômeno.

Segundo a história local, o povoado de Kersey foi destruído no século XV durante guerras civis inglesas. A população em pelo menos uma ocasião foi totalmente destruída por soldados. Outra possível tragédia que pode ter desencadeado o Lapso de Tempo remete ao período em que o povoado foi devastado pela Peste Negra na primeira metade dos anos 1400. 

Após iniciar suas pesquisas, MacKenzie ficou surpreso ao descobrir outros casos em que pessoas experimentavam Lapsos de Tempo nos arredores de Kersey. Os resultados da pesquisa de MacKenzie foram incluídas em um livro intitulado "Exploradores de Épocas Passadas", publicado em 1997.

É claro, muitas pessoas se mantém céticas diante dos casos de Lapso de Tempo. Os críticos apontam algumas discrepâncias históricas e afirmam que não há uma prova contundente sobre o fenômeno. No fim das contas, não há como ter certeza se os cadetes passaram pelo incidente paranormal ou não. Teriam eles sido transportados através do tempo para outra época? E se sim, como isso teria acontecido? Ou haveria alguma explicação razoável para o que transcorreu com eles naquela idílica paisagem do interior britânico. 

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

A Longa Campanha - Material do Guardião para Máscaras de Nyarlathotep (Parte 2)

Continuando com a postagem do material que usei na minha Campanha Máscaras de Nyarlathotep.

Nesse artigo eu mostro o material que guardo dentro das caixas de campanha apresentadas no artigo anterior. Como é muita coisa, preferi fazer apenas alguns comentários sobre as fotografias para não tornar o artigo longo demais. 

ARMAS E EQUIPAMENTO

Eu já havia trabalhado anteriormente em cartões com detalhes das armas e equipamentos em Chamado de Cthulhu. Acho que é uma maneira rápida e eficaz de deixar perto dos jogadores as informações pertinentes quando um combate tem início. E em se tratando de uma campanha PULP a quantidade de combates obviamente seria maior.

Eu utilizei a maioria das cartas de armamento e equipamento que já tinha, mas criei alguns exclusivamente para a Campanha. Há algumas armas específicas equipamentos específicos e um enorme surgimento de objetos mágicos únicos. 

PROPS

Se tem uma campanha oficial da Chaosium que dá a oportunidade ao mestre de criar props, essa campanha é Máscaras de Nyarlathotep (MdN).

As aventuras são recheadas de objetos importantes, itens de poder e é claro, Máscaras que possuem um significado especial na trama.

Eu até gostaria de ter criado mais props para a Campanha, mas os que utilizei foram bem úteis para evocar o espírito do jogo e funcionaram muito bem.

Os meus props favoritos foram o Ankh da Irmandade do Faraó Negro (que era usado virado de cabeça para baixo, representando o caráter perverso da divindade) e o pequeno crânio com o símbolo do Culto da Língua Sangrenta. 

O Crânio rapidamente se transformou em uma espécie de "cartão de visitas" dos cultistas africanos. Aqueles que recebiam esse objeto sabiam que mais cedo ou mais tarde, a Língua Sangrenta viria atrás deles. Desde a primeira aparição (nos pertences de Jackson Elias), até a última, no capítulo do Quênia, o bizarro símbolo foi responsável por causar alguns arrepios na mesa. 


As armas produzidas na Impressora 3D não eram exatamente props da campanha, mas acabaram se tornando. 

As Máscaras de Nyarlathotep também desempenham um papel importante na campanha. Há diferentes momentos em que Máscaras são encontradas e algumas delas causam efeitos e abrem as portas para acontecimentos inesperados.

Eu usei a seguinte regra na minha mesa, se por (des)ventura algum dos jogadores pegasse uma máscara e colocasse diante do rosto, eu assumia que o personagem havia feito exatamente a mesma coisa.

E como previsto, foi exatamente o que que aconteceu no capítulo de Nova York: alguém vestiu a máscara. 

Essas Máscaras eu obviamente não confeccionei, elas são Máscaras autênticas, mas que encaixaram perfeitamente na campanha.

CADERNO DE NOTAS

Em uma campanha longa e repleta de detalhes, como e o caso de MdN, nomes de pessoas, lugares e detalhes vitais precisam sempre estar ao alcance do Guardião e dos Jogadores.

Esse caderninho funcionou como uma espécie de guia para não deixar esquecer de alguns detalhes cruciais da campanha. Uma espécie de "quem é quem" de indivíduos, objetos e personagens importantes.

Gostei do acabamento que usei nas caixas e reaproveite para a capa do caderno. Ficou bem legal!

PEN DRIVE DA CAMPANHA

A quantidade enorme de papéis, recursos do Guardião e anotações criou uma preocupação.

E se por acaso acontecesse alguma coisa com esse material no computador. (Ok, existe a nuvem, mas sabe como é... o medo de perder algum material era enorme)

Só sabe a desgraça que é perder detalhes de uma campanha de RPG, aquele que já perdeu. Pensando nisso, reuni todos os arquivos em um pen drive que fica guardado junto com o material de campanha físico.

Arranjei uma caixinha e um adesivo de identificação para que ele não se perca e para que não seja apagado.

OS PORTA RETRATOS DOS PERSONAGENS

Eu sempre gostei de referências visuais para facilitar a compreensão de quem são os personagens e com o que eles se parecem. 

Em MdN eu fiz uso desses porta retratos contendo a imagem de cada um dos personagens.

As imagens foram colhidas na internet, em sites com imagens pulp e foi fácil encaixar cada personagem em sua imagem. 

OS MORTOS FAMINTOS:

Na historia central de MdN, Jackson Elias é um escritor especializado em explorar o lado mais sombrio da humanidade. 

No passado, ele esteve envolvido em diferentes investigações sobre cultos e seitas ao redor do mundo. No primeiro cenário, que se passa inteiramente no Peru, Jackson e o grupo, membros de uma Expedição à caminho da mais isolada região do país, se vê às voltas com um horrível culto andino.

A aventura serve como Prólogo de Máscaras de Nyarlathotep e serve para estabelecer a amizade e vínculo entre os investigadores e o NPC.

Uma sacada interessante desse prólogo é que a aventura se transforma em um livro escrito por Elias e editado pela Prospero Books de Londres. O titulo do livro é Os Mortos Famintos (ou em inglês, "The Hungry Dead").

O mais legal é que encontrei a capa do livro na Internet, o que deu origem a um prop bem bacana.

Imprimi capa, lateral e o verso do livro de Elias. Em seguida peguei um livro com a capa lisa e colei nele, fazendo parecer que se tratava de um livro autêntico.

Ficou até melhor do que eu imaginava.

Para completar, adicionei uma dedicatória especial aos investigadores. O livro seria um presente para o grupo no encontro marcado por Jackson Elias em Nova York - o início oficial da campanha.

DIÁRIOS DA CAMPANHA

Eu sempre gostei de Diários de Campanha em RPG. 

Se tem uma coisa que ajuda a aprofundar uma história e faz com que ela ganhe uma nova dimensão - é relatar os acontecimentos de jogo como se fossem incidentes na vida de indivíduos reais.

Achei esse caderno de notas e pensei em usá-lo como o diário da campanha Máscaras de Nyarlathotep.

Infelizmente, esse ainda é um trabalho em curso. A ideia era escrever as memórias dos personagens, usando o formato de cartas, anotações ou ainda do diário particular deles.

Eu cheguei a escrever os dois primeiros capítulos - Peru e Nova York, mas o trabalho infelizmente parou nesse ponto, mais por falta de tempo de sentar e escrever do que por qualquer outra razão. 

O diário poderia ser consultado pelos jogadores e atualizado entre um capítulo e outro, mas confesso que na empolgação acabei me estendendo demais e escrevendo muito mais do que devia. 

Ainda assim, penso em retomar a história cobrindo os principais pontos da campanha como um registro vívido das sessões.

DIÁRIO DA INVESTIGAÇÃO DE ELIAS

O Diário da Investigação de Jackson Elias sobre o misterioso destino da Expedição Carlyle talvez seja o meu prop favorito.

Na história original, Elias dá o pontapé inicial na trama ao começar a investigar os acontecimentos cercando a mau fadada expedição, ocorrida em 1919. 

Minha ideia era simular o diário no qual Elias fez anotações, reuniu pistas, fotografias e escreveu suas suspeitas sobre a Expedição Carlyle. 

Além disso, o diário contém várias pistas sobre a Expedição, seus membros e o mistério de seu desaparecimento.

Procurei imagens para ilustrar as páginas, fiz uma colagem de recortes de jornal, fotos, mapas e tudo mais. No fim, acho que ficou bem interessante: folhear essas páginas em busca de um insight do que Elias estava pensando e de suas suspeitas funcionou bem. 

Eu colei todos os recortes do fictício Pilar Reposte, um jornal que cobriu os principais fatos da Expedição e noticiou os acontecimentos em ordem cronológica.

Utilizei fotografias de época, muitas delas de expedições reais para ilustrar a viagem dos membros da Expedição e anotações como se estas tivessem sido feitas por Elias.

Imprimi as fotografias em sépia para dar um ar mais antigo (meio amarelado) e acredito ter encontrado o tom correto para representar o diário de um investigador experiente como Jackson Elias. 

Elias também se concentrou nos membros principais da Expedição Carlyle, dedicando várias páginas a analisar o background deles e qual a participação de cada um nos eventos que levaram as suas trágicas morte.

Muitas das pistas também serviram para atiçar a curiosidade dos jogadores, incentivaram o início da investigação e fez com que o grupo questionasse uma série de elementos controversos que ficaram em aberto. 

Essa talvez seja a minha página favorita no Diário Investigativo de Elias. Um mapa no qual ele faz uma análise dos lugares por ele visitados e de suas suspeitas sobre acontecimentos bizarros cercando a Expedição Carlyle.

A GRAVAÇÃO EM CERA

Nos anos 1920 havia duas maneiras de fazer gravações de voz: usar um fonógrafo com discos de vinil ou então um ditafone que preservava os sons em cilindros de cera.

O segundo método foi desenvolvido e patenteado por Thomas Edison e embora não tenha sobrevivido até a metade do século passado, ainda era empregado em 1925, data nominal da campanha MdN.

Em determinado momento, um cilindro de cera com a voz de Elais é encontrado pelos investigadores e ele literalmente fala com eles de além túmulo.  

Eu quis tornar esse trecho da campanha o mais autêntico possível, por isso criei uma réplica de um estojo para guardar cilindro de ditafone.

Esse rótulo do "Edison Standard Record" eu achei na internet e reproduzi nessa latinha. Ficou bem semelhante ao material original.

É claro, eu não tenho o aparelho para reproduzir o som, mas fui atrás do mais próximo. 

Fiz uma gravação abafada com a voz levemente distorcida para soar como algo antigo. Na gravação, Elias "falava" com os personagens e passava adiante algumas de suas suspeitas sobre o que havia acontecido com a Expedição Carlyle.

Eu tenho bastante orgulho desse trecho. Deu trabalho, mas ficou bem produzido. 

ESCUDO DO NARRADOR

MdN possui um escudo oficial que contém informações específicas e detalhes para auxiliar o Guardião. Esse escudo faz parte da campanha original e mostra no verso um dos mais terríveis avatares do caos rastejante. 

Eu tenho também essa versão do escudo de Campanha pertencente ao Kit do Guardião editado na França. Eu gosto muito da imagem no verso que mostra um grupo de Investigadores nas cercanias da terrível Montanha do Vento Negro no Quênia. 

Essa arte do Escudo francês é simplesmente deslumbrante!

O OLHO DA LUZ E TREVAS

Sem querer recair em Spoilers, mas na campanha existe um artefato lendário chamado Olho da Luz e Trevas que desempenha um papel de grande importância na trama.

Dada a importância do objeto, achei que seria legal ter um prop físico dele para poder ser manipulado pelo grupo. Imprimi ele colorido e colei em um pedaço de massa epóxi moldável para parecer uma tabuleta rachada na metade.

Eu cheguei a tentar fazer ela em argila, mas infelizmente o resultado foi bem ruinzinho. 

No fim das contas, a impressão foi a melhor opção.

MARCADOR DE PÁGINAS

Eu sempre gostei de ter um marcador de páginas, para não perder algum detalhe ou achar as páginas mais rápido no livro.

Fiz dois marcadores, um para cada livro. No verso dele eu anotava as páginas e referências para encontrar mais facilmente dentro do livro os trechos que eu precisava.  

OS DADOS OFICIAIS E DE NYARLATHOTEP

Eu consegui encontrar esses dados exclusivos da Campanha e de Nyarlathotep lançados pela Q Workshop.


Os dados da Campanha são brancos com símbolos egípcios que remetem diretamente ao Faraó Negro, uma das máscaras mais famosas (e terríveis) do Caos Rastejante.


J[a os dados dedicados a Nyarlathotep são vermelhos e com uma espécie de arabesco  em preto. Por sinal, os dois são muito bonitos!

PASTA DE HANDOUTS

Máscaras é uma campanha com uma quantidade absurda de Recursos do Guardião.

Para guardar melhor os recursos eu usei primeiro envelopes pardos, uma para cada capítulo da campanha e um para os Recursos de ambientação que podiam ser usados em mais de um cenário. 

Separar dessa maneira foi uma forma mais fácil e rápida de manter a organização nas caixas e fazer com que cada recurso pudesse ser achado mais facilmente.

Encontrei essas imagens que se referem a cada capítulo da campanha na internet, acredito que são imagens da versão espanhola da campanha. 

Fiz uma impressão colorida para cada uma das capas e colei nos envelopes pardos.

Mas como os envelopes tinham a tendência de rasgar ou amassar, decidi adotar essas pastas pretas que são bem mais resistentes e duráveis, além de dar um charme especial ao material.

Usei as mesmas imagens para identificar cada uma das pastas de material.

Aqui é possível ver como ficou cada pasta de material. Elas contém os recursos, fotos, anotações e informações gerais que eu usei quando narrei os cenários.

Dessa maneira os Recursos do Guardião (Keepers Handout) ficam mais arrumados e organizados.

Eu acabei tomando a decisão de plastificar boa parte dos recursos do Guardião, pois sabia que eles seriam manipulados e usados pelos jogadores. 

Por um lado cortou meu coração ter que recortar o Kit do Guardião, mas por outro, acho que o material assim ficou bem mais protegido. Sem o risco de sujar, amassar ou rasgar. 

No fim, foi uma boa decisão. 

FOLHETOS DE VIAGEM

Esses Folhetos de Viagem são um achado!

Eles contém informações sobre as localidades visitadas no decorrer da campanha.

Além de serem lindos, os folhetos contém notas sobre hotéis, atrações turísticas, propagandas, mapas e até propagandas de lugares onde os investigadores poderiam se interessar em explorar.

Imprimi os folhetos em papel fotográfico e dobrei como se fosse um folheto de viagem de verdade. Ficou ótimo! 

HANDOUTS

É até difícil contar quantos Recursos do Guardião fazem parte da Campanha Máscaras de Nyalathotep.

Se eu tivesse de chutar, diria que há mais de uma centena deles. 

Acabei encontrando alguns adicionais que eram apenas citados na campanha e fiz mais alguns para expandir o material. Não cheguei a contar, mas é muita coisa.

Eu gosto especialmente das fotografias de época em preto e branco ou sépia.

Usei muitos retratos de época ou de atores conhecidos para que praticamente todos os NPCs que os jogadores encontraram tivessem uma imagem de referência. Essas eu costumava colocar no Quadro Branco no decorrer da campanha.

Boa parte das pistas que usei, eu achei na internet. As diferentes versões da Campanha publicadas na Espanha e na França oferecem material de primeira.

Esses acima são slides da cidadela no deserto australiano apenas citados na versão americana. Já na versão francesa havia as imagens em negativo. Eu imprimi e fiz os slides.

Outro Handout que ficou bacana foi esse aqui - o Regnum Congo, um livro contendo segredos do ramo africano do Culto da Língua Sangrenta.

Eu reutilizei esse Recurso, que havia usado anteriormente em um outro cenário. Mas achei que seria oportuno te-lo novamente para o trecho de Máscaras que se passava em Nova York.

O CAOS RASTEJANTE

Essa é outra adição que utilizei na minha campanha. 

São páginas contendo informações vitais sobre Nyarlatotep - O Caos Rastejante.

Os investigadores conseguiam obter essas informações na reta final da campanha e assim descobriam detalhes sobre a sinistra entidade que estavam enfrentando.

O material eu tirei aqui do blog mesmo, apenas alterei alguns trechos do texto para que ele ficasse como algo tirado de um tomo de conhecimento proibido. 

FICHAS DE PERSONAGENS E MAPAS

Assim como os Recursos do Guardião, achei que seria interessante manter as fichas dos investigadores separadas para deixar tudo organizado.

Eu usei uma pasta grande para guardar cópias das fichas, cartão das armas, folhas de anotações outros itens que os jogadores precisassem manter próximos.

A Pasta contendo as fichas ficou bem prática.

Eu usei o modelo de Ficha de Personagem específico para a Campanha.

 

Decidi guardar todos os mapas em um mesmo folder para facilitar o acesso a eles.

Como os mapas da campanha são excelentes, não precisei procurar cartas adicionais.

O que fiz várias vezes foi ampliar os mapas para o formato A3. Assim os mapas ficavam maiores e mais fáceis de serem examinados.

Com as cópias, eles também podiam desenhar, rabiscar ou traçar o curso de suas viagens diretamente nos mapas.

Em certa altura da campanha eu adotei a tela da televisão com forma de mostrar os mapas.

Mas eu continuo preferindo as versões em papel. 

Muitas vezes eu simplesmente prendia o mapa no Quadro Branco e usava uma seta imantada para mostrar onde o grupo estava em dado momento da campanha.

Ufa!

Vou cortar o artigo em mais uma parte para que não fique longo demais. 

Tem, mais algum material de campanha, mas o próximo artigo - no qual mostro o Quadro Branco, será o último. 

Fiquem conosco então!