Por Eder Marques
Rolou no ultimo dia 8 de junho a aventura “Edge of Darkness” no evento Dungeon West em Campo Grande, Rio de Janeiro. O evento foi super legal e é um excelente espaço que está se formando para os rpgistas da Zona Oeste.
Essa aventura foi praticamente a minha primeira experiência enquanto Keeper de Call of Cthulhu e como tal eu acho que certas arestas de minha parte podem ser aparadas, no sentido de adquirir mais ritmo para narrar o jogo e se habituar com o clima, eu creio que isso virá com o tempo. Eu tinha preparado ela no intuito de divulgar o Financiamento Coletivo do Chamado de Cthulhu, mas acabou não rolando na época.
Sempre bate aquela insegurança, se tudo vai dar certo, se vai agradar, afinal a minha “formação” como mestre é essencialmente em Dungeons and Dragons e em jogos com narrativa bem descontraída e apesar de alguns tropeços meus acho que tudo correu bem, o sistema ajuda e muito por ser fácil.
Quanto ao jogadores eu não tenho absolutamente nada do que reclamar, eles tiveram atuações fantásticas. O grupo era misto no sentido de experiências com o jogo(metade já tinha jogado e a metade que nunca havia jogado) assimilou muito bem o sistema e incorporou os personagens muitíssimo bem, diga-se algumas idéias deles foram muito boas e abriram novas possibilidades de enredo. Um erro de minha parte, creio eu, tenha sido a construção dos personagens, talvez eles tenham ficado pouco “intuitivos” para o que a aventura pedia, da próxima eu farei personagens diferentes.
A aventura em si é bem simples e vem junto do livro básico, por incrível que pareça ela é muito boa e eu acho perfeita para introduzir novos jogadores. Não dá para falar muito do enredo da aventura sem dar spoilers, ela consistia em reparar um erro do passado indo a uma casa isolada no melhor estilo evil dead, a “condição de vitoria” dela é única e qualquer outro tipo de abordagem e tudo vai por água abaixo, ela é o tipo de aventura em que as coisas podem ficar muito feias e muito rápido, e não deu outra. Com um mistura de azar (diga-se, muito azar) e uma escolha pouco convencional (mas absolutamente plausível) resultou em um grandessíssimo TPK, é a vida, isso acontece em CoC e é parte do charme do jogo.
Eu aproveitei alguns props que o Luciano tinha me passado e expandi-os além de acrescentar alguns outros, e eles facilitaram imensamente a minha vida, aliais sem eles eu teria tido muita dificuldade em narrar. Além disso eu fiz uma minuta de planejamento bem detalhada e é algo que eu pretendo adotar em todas as minhas mesas a partir de agora.
Para concluir eu tiro o saldo positivo e o negativo da experiência: De positivo, foi que a contamos uma boa estória, que os props fazem a diferença, que uma minuta ajuda e que o sistema é fácil (de ensinar, aprender e mais importante, jogar). De negativo é que os personagens não foram os ideais, que eu devo prestar mais atenção em alguns detalhes e que ambiente para jogar é muito importante (o local em si é ótimo, mas a acústica atrapalhou um pouco e isso deu uma quebrada no clima).
E a conclusão com um legítimo TPK (Total Party Kill) |
Eu devo confessar que Call of Cthulhu é um jogo que mudou muitos paradigmas para mim enquanto rpgista, hoje eu posso afirmar que é um dos meus jogos favoritos.
Foi uma experiência extremamente gratificante e eu espero que seja apenas o começo de uma longa carreira de Keeper.
* * *
E é assim que o Culto de Cthulhu continua crescendo.
Bem vindo ao comando da nau que conduz os insanos, Keeper Eder!
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