A aventura é o primeiro cenário do livro "The Mysteries of Meso-America" chamado "The Well of Sacrifice" (O Poço dos Sacrifícios), sugestivo o nome, não?
A estória não muito longa é ideal para encontros de RPG e para jogadores de primeira viagem. Por ser um cenário com altas doses de pulp e ação, o pessoal tende a encarar como uma aventura a lá Indiana Jones e eu reforcei bastante esse lado, sem esquecer é claro do horror dos Mitos. O resultado foi bem divertido, com alta taxa de mortalidade. De seis jogadores tivemos três mortos, um personagem sobrevivendo miraculosamente e outro saindo muito ferrado.
Como todos os demais cenários desse livro, as estórias se passam na América Central e envolvem expedições arqueológicas ou a exploração de ruínas maias e astecas. O cenário oficialmente se passa em 1914, mas fiz algumas mudanças para encaixá-lo em 1921 a fim de comportar sobreviventes de uma estória anterior que se passava no Peru.
Outra mudança essencial foi a inclusão de elementos dos Mitos. Originalmente o cenário era "No-Mythos" com monstros que não estavam ligados a mitologia de Lovecraft. Pô fala sério né, o nome da bagaça é Call of Cthulhu e fazem jogos sem os Mitos de Cthulhu. Não mesmo!Particularmente gosto bem mais dos cenários com as criaturas clássicas dos Mitos, por isso coloquei meus monstrinhos. Fazendo um "mea-culpa" talvez tenha exagerado um "pouquinho" na mão, o que resultou no trágico destino de alguns personagens. Por outro lado, é Call of Cthulhu e óbitos são esperados. Quer moleza? Então jogue algo com magia de cura e ressurreição.
A sessão contou com seis jogadores na mesa. O grupo era composto por personagens bem variados e úteis para a aventura. Os personagens formavam uma pequena expedição arqueológica e por isso havia no grupo arqueólogos, geólogos e antropólogos. Mas é claro, eles contavam também com exploradores e aventureiros, especializados em lidar com situações de risco, uma vez que a ação se concentraria nas selvas da Península de Yucatán.
Os personagens foram os seguintes:
Professor Warren Connors, formado pela Universidade Miskatonic em Arqueologia, ele é um respeitado acadêmico e veterano de expedições à América Central. Com sua experiência é natural que ele ocupe a função de Líder da Expedição. Conhecedor de Geologia, entusiasta de paleontologia ele tem como hobby a entomologia. Disposto a aumentar sua coleção de insetos, o Professor não dispensa sua rede de caçar borboletas e os frascos para coleta de espécimes
Frase: "Dia improdutivo? Como assim? Descobri duas borboletas e uma libélula raríssima"
Frank "Bulldozer" Murphy, ex-marine norte americano, serviu na ocupação da Nicarágua e foi dispensado depois de agredir um oficial. Rebelde, mau humorado e solitário ele foi contratado para garantir a segurança da expedição. Hábil no manejo de armas, ele tenta esquecer o episódio vivido nos Andes em que teve de abrir caminho à tiros de shotgun para escapar de estranhas criaturas.
Frank "Bulldozer" Murphy, ex-marine norte americano, serviu na ocupação da Nicarágua e foi dispensado depois de agredir um oficial. Rebelde, mau humorado e solitário ele foi contratado para garantir a segurança da expedição. Hábil no manejo de armas, ele tenta esquecer o episódio vivido nos Andes em que teve de abrir caminho à tiros de shotgun para escapar de estranhas criaturas.
Frase: "Esse monte de lixo são as tais descobertas arqueológicas?"
Harold "Harry" Thompson, correspondente internacional do Chicago Times e fotógrafo. Harry e Frank são amigos desde os tempos em que participaram da fatídica expedição no Peru. Desde então, Harry vem trabalhando para a National Geographic. Precisando de dinheiro depois de várias rodadas sem sorte nas mesas de poquer em Merida, ele aceitou participar da expedição. A função de Harry é registrar as descobertas e o progresso do grupo, mas ele gosta mesmo é de fotografar as senõritas.
Frase: "Posso tirar a foto. Deixá-lo bonito é que vai ser complicado"
Padre Alain Etiènne Brasseur, sacerdote francês com formação em filosofia e antropologia. Antes de seguir carreira religiosa ele cursou a Universidade de Medicina na França. Padre Brasseur trabalha como um voluntário na Missão de San Cristoban de la Cruz, no México. Ele acompanha o grupo com a intenção de levar a palavra de Deus às regiões mais profundas de Yucatán.
Frase: "Todos eles são filhos de Deus. Não importa em que fim de mundo escolheram viver, eles tem o direito de serem salvos!"
Isabella "Izzy" Morgan, aventureira e exploradora, filha de Trevor "Seis dedos" Morgan, renomado aventureiro desaparecido nas selvas de El Salvador. Nascida no Texas, ela cresceu domando cavalos selvagens e acompanhando o pai em expedições. Com Trevor aprendeu praticamente todos os truques de sua arriscada profissão. Dona de uma personalidade forte, Izzy não admite ser tratada de forma diferenciada por ser mulher e já esmurrou mais de um fanfarrão.
Frase: "Quero ver você me paquerar sem os dentes da frente".
Professor Arturo Perez de Arrebal é folclorista e cartógrafo. Arturo nasceu no México e se formou em História pela Universidade de Monterey. Ele foi contratado pela Universidade como guia e intérprete e é um conhecedor da região de Yucatán. Além de ser um excelente guia e um contador de estórias nato, Arturo é um aficionado no manejo do Rifle Lee Enfield. Seu forte sotaque, a paixão pela cultura mexicana e seu enorme sombrero (rivalizado apenas pelo bigode) fazem dele uma figura inesquecível.
Frase: "Sí, gringos, esse é o verdadeiro México!"
RESUMO DO CENÁRIO:
Segue o remumão do que aconteceu na aventura.
Cena 1 - Descoberta e Preparativos
A aventura se inicia em Mérida, capital da Península de Yucatán em 1921. O Professor Connors perseguia um raro espécime de coleóptero ferix pela biblioteca, quando acidentalmente derruba uma estante de livros. Apesar da bagunça, ele encontra um velho diário atrás de uma estante. O diário se mostra um achado fantástico. Trata-se de um livro de notas pertencente ao arqueólogo americano Donald Stillbridge que andou pela região em 1889 fazendo escavações. Stillbridge foi um explorador incansável e cheio de idéias polêmicas que morreu em um pequeno povoado nos cafundós da selva de Yucatán.
O diário narra acontecimentos na derradeira expedição conduzida por Stillbridge. Ele menciona a descoberta de ruínas na região de Quintano Roo nas profundezas da selva. Além das informações, dentro do diário está um mapa. Stillbridge descreve sua suspeita de que as ruínas são parte da mítica cidadela de Xamanik, uma cidade cuja localização jamais foi determinada. Em suas notas é menciona a existência de um Cenoté (reservatório de água) e de um Caracol (observatório astronômico) nas ruínas.
Connors compartilha a descoberta com seus superiores na Universidade de Miskatonic. A Universidade de Monterey é notificada pelo Professor Arturo Arrebal e também manifesta interesse em uma expedição. Nas semanas seguintes um grupo de aventureiros é contratado para acompanhar os acadêmicos até a região e atestar a veracidade das informações contidas no diário. Também são feitos os preparativos para a expedição: compra de equipamento, armas, munição, suprimentos e mulas.
Com tudo pronto o grupo faz as malas, freta um barco e parte.
Cena 2 - Viagem através da Selva
O grupo já formado segue de Mérida para o porto onde embarca em uma chalana à vapor, em péssimas condições. A embarcação contorna Cozumel e eles desembarcam no outro extremo da Península em uma praia paradisíaca. Seguem então por terra através da densa selva tropical.
Os investigadores decidem visitar o povoado de Pocambo, onde Stillwell morreu vítima de malária e onde foi enterrado. O pequeno povoado homenageia os "gringos" com uma festa de boas vindas. O prefeito local mostra os pertences de Stillwell doados por ocasião de sua morte e acompanha o grupo até o cemitério. Sorrindo eles garantem que se os gringos morrerem na selva e forem resgatados terão um grande enterro e não faltará flores em seus jazigos. Sorrindo amarelo, os aventureiros agradecem o gesto. O padre local, mostra alguns cadernos que pertenceram a Stillwell e o grupo se mostra curioso a respeito de estranhos desenhos.
Depois de passar a noite em Pocambo eles partem na manhã seguinte dando início a árdua jornada. Seguindo o conselho do Professor Arturo, decidem entrevistar nativos, todos descendentes dos Maias originais, e fazer perguntas a respeito das ruínas. Os nativos contam lendas sobre o lugar, afirmando que as ruínas são assombradas e habitadas por demônios morcegos. Os maias preferem evitar o local e se recusam a guiar o grupo, mas em troca de alguns presentes e de um rifle, os nativos apontam no mapa a localização aproximada das ruínas.
Cena 3- Enfim, as Ruínas
Depois de três dias vagando pela selva, sendo picados por percevejos e formigas, sofrendo com o calor e umidade a visão das ruínas é reconfortante. Os acadêmicos ficam extasiados com o que vêem, os outros não parecem tão animados. O sítio arqueológico está coberto pela vegetação que cresceu selvagem engolindo as ruínas e será muito trabalhoso fazer o mapeamento e processamento da área.
Enquanto os professores passam o dia trabalhando em escavações, Thompson tira fotos de tudo o que vê e Frank monta o acampamento. Connors, Brasseur e Arturo acompanham Isabela até o Cenoté, um enorme fosso subterrâneo que na época dos maias servia como reservatório de água. Connors sugere que o lugar deveria ter uma população de pelo menos mil habitantes. O que aconteceu com essas pessoas é um enigma que paira no ar.
Na manhã seguinte, Frank coordena os esforços para erguer uma stalea (espécie de totem de pedra) tombada. O grupo verifica que o monumento está recoberto de desenhos. Connors e Isabela começam a interpretar os desenhos e com sobresalto concluem que as representações ali entalhadas se referem a sacrifícios humanos. Sacrifícios e rituais de arrancar o coração, empalamento e outros horrores. O Professor Arturo comenta que mesmo para um povo acostumado a realizar sacrifícios, a importância dispensada a essa prática parece muito grande.
Quase como se os maias de Xamanic quisessem de alguma forma agradar aos seus deuses exclusivamente através de oferendas de sangue. Frank e Harry se entreolham preocupados. Tudo isso parece muito familiar... desagradavelmente familiar!
Uma das faces da stalea mostra vítimas de sacrifício e oferendas sendo lançadas no cenoté. Connors suspeita que uma seca tenha causado a ruína da cidadela.
Cena 4 - Explorando o Cenoté
O grupo devide se concentrar no grande reservatório de água recoberto de vegetação. Os investigadores passam um dia inteiro cortando e removendo plantas que se projetam para fora do Cenoté. Quando o suficiente é retirado, Izzy insiste em ser a primeira a descer por uma corda até o fundo. Diante de sua teimosia os demais acabam concordando. A exploradora é içada e desce cuidadosamente pelo paredão.
O fundo do fosso é escuro e sufocante, raios do sol são filtrados através do buraco no topo. O chão é recoberto de limo e guano evidenciando a presença de morcegos, também há cobras. Aos poucos os demais vão descendo e começam a processar algumas descobertas semi-enterradas: adereços artesanais, uma ponta de faca, alguns ossos... o trabalho é perigoso pois há buracos de profundidade desconhecida no chão da caverna.
Finalmente, Arturo encontra uma pedra trabalhada coberta de sedimentos que se revela uma estatueta com um nicho. Em seu interior, os investigadores encontram uma espécie de bolsa de couro e dentro dela um bizarro crânio desprovido de fossas oculares e dotado de chifres recurvos. "Um demônio" sussurra padre Brasseur fazendo o sinal da cruz. O grupo mal tem tempo de considerar a estranha descoberta pois saídos de uma fissura no chão surgem centenas de morcegos. Os animais cercam o grupo que busca se proteger da melhor maneira possível. Em desespero, agitam os braços e gritam. O som de asas é ensurdecedor e alguns são feridos levemente. Thompson dispara seu rifle, mas não parece adiantar. Felizmente os animais começam a deixam o túnel pela passagem no alto. Os investigadores retornam à superfície com o crânio para tratar os ferimentos.
Dentro da bolsa, Arturo encontra um pedaco de pano com símbolos bordados remetendo a uma divindade da mitologia Maia. Os símbolos se assemelham àqueles desenhados no caderno de Stillbridge. Connors relaciona os símbolos com Camazotz, o Deus Morcego que segundo a crença maia protege a encruzilhada entre o mundo dos vivos e dos mortos. Camazotz também é um guardião e mensageiro dos deuses.
Olha o Camazotz em sua representação de ídolo de pedra!
Sobre o crânio, o grupo tem a opinião dividida: Alguns acreditam que o estranho crânio pode ser uma farsa, embora ele seja feito de osso. "Talvez um indivíduo com uma deficiência facial acentuada". Arrisca Connors. Os demais preferem ficar em silêncio.
Cena 5 - A Caverna dos Morcegos
É claro que a descoberta leva o grupo a retornar ao fosso. O próximo passo na investigação parece ser descer pela fissura de onde saíram os morcegos, tudo indica que existe um tunel conectado a ele pois a chama de uma vela é soprada na entrada da passagem. O grupo rasteja pela fissura e se desloca para uma câmara rochosa ainda mais profunda.
O teto dessa Câmara parece vivo, tomado por milhares de grandes morcegos albinos. O grupo verifica que um túnel lateral conduz a outra câmara. Lentamente eles atravessam a câmara dos morcegos e chegam a outra extremidade.
A caverna seguinte possui inúmeras estalactites (que se projetam do teto como afiadas presas) e estalagmites (que surgem do piso rochoso). Nas paredes há inscrições rupestres que parecem contar as lendas sangrentas sobre Camazotz. Os investigadores se detém examinando os desenhos. O grupo segue então através de um lago subterrâneo de água gélida e prossegue em sua exploração encontrando várias inscrições, jarros e alguns ossos humanos.
Cena 6 - Algo pior que Morcegos
Cena 6 - Algo pior que Morcegos
Finalmente o grupo adentra uma espécie de corredor. Em meio a terrível escuridão do túnel, os investigadores começam a ouvir o som de grandes asas de couro. "São os morcegos!" exclama Arturo. Os demais tentam se proteger, mas é então que bem algo maior voa a poucos centímetros de suas cabeças. Thompson derruba sua lanterna com o susto e logo em seguida Isabella é erguida no ar se debatendo. A exploradora desaparece no túnel carregada por alguma coisa grande como um homem mas dotada de asas.
Arturo é o segundo erguido no ar que desaparece, levantado como um boneco de pano. Fica claro que mais de uma coisa está agindo no túnel, mas na tênue luz da lanterna é possível ver apenas sombras negras e esguias. Frank dispara a shotgun e o som de asas se afastam. O grupo remanescente decide correr pelo túnel na direção do bater de asas e logo ouve os gritos de Isabella e os pedidosde socorro de Arturo.
Cena 7 - A Câmara de Camazotz
Os investigadores adentram uma vasta câmara iluminada por fungos que produzem uma leve fosforecência amarelada. Há grandes estalactites no teto e atrás dessas estão dependuradas figuras humanóides: horríveis criaturas aladas destituídas de feições. Elas são esguias e negras como a noite, em suas cabeças possuem chifres recurvos e longas caudas. Nas mãos e pés longas garras de aparência dantesca.
Três das demoníacas criaturas estão no centro da câmara ao redor do que parece ser um fosso que borbulha com uma substância negra oleosa. Eles dançam ao redor desse fosso erguendo as mãos e batendo as asas como em um frenesi ritualístico.
Quando os investigadores entram na câmara duas delas se soltam do teto onde estavam penduradas e se precipitam sobre o grupo. O combate tem início no momento em que as criaturas investem com garras afiadas e o grupo responde com disparos de pistolas, rifles e escopeta.
Pior ainda, os investigadores que haviam sido capturados são atacados por outras criaturas que se desprendem do teto e os agarram com as caudas. Isabela e Arturo tentam lutar, mas são jogados violentamente contra estalagmites. Isabela é empalada e morre imediatamente. Arturo é seriamente ferido ao cair sobre outra estalagmite. O sangue deles faz com que estranhos símbolos em volta do poço brilhe.
O combate se torna cada vez mais desesperado. Frank derruba as criaturas com sua shotgun, mas outras continuam atacando. O padre Brasseur e Harry correm para ajudar o Professor Arturo e conseguem socorrê-lo. Connors mão tem a mesma sorte, ele é erguido no ar e despedaçado pelas criaturas que o agarram de todos os lados, promovendo uma chuva de sangue e vísceras sobre os demais.
Nisso algo pior do que as criaturas se ergue do fosso negro. Banhado pela bile escura e fumegante, a monstruosidade abre suas colossais asas e urra fazendo a caverna vibrar. É uma coisa saída de pesadelos, fruto da mente de um louco, um demônio morcego... Camazotz!
Harry surta ao ver a criatura. Arturo também não consegue suportar a visão absurda e corre desesperado tentando se afastar da câmara. Mesmo as criaturas que a invovacaram se afastam diante de sua presença. Em meio a toda loucura, o padre ergue seu crucifixo tentando esconjurar o demônio e por pouco não é derrubado pelas asas. A cruz cai no chão e o padre se arrasta para fora delirando e rezando. Foi um milagre ele ter desviado do ataque (Dodge, rolamento de 01!!!)
Frank cobre a fuga atirando repetidas vezes contra o monstro do abismo. O som da escopeta ecoa pela caverna e a potente arma dispara chumbo quente.
Harry consegue chegar até o lago e ajuda Arturo a atravessar para a outra margem. Dali eles correm através da sala dos morcegos e para a saída do cenoté. O padre grita para Frank se apressar, mas o ex-soldado não se dá por vencido. Ele continua atirando, esperando que a coisa caia mais cedo ou mais tarde.
Mas como enfrentar esse horror com armas normais? A criatura avança contra ele o envolvendo nas imensas asas. Frank luta bravamente, mas quando o monstro abre as asas, apenas ossos caem no chão da caverna. Ele teve sua energia vital totalmente consumida por Camazotz.
O padre testemunha a cena e cambaleia pelo túnel perseguido pelo monstro em seus calcanhares. As asas cada vez mais próximas. Miraculosamente ele esquiva de um segundo ataque mortal e mergulha no lago gelado e escuro. A coisa continua voando junto ao teto até se dar por satisfeita e retornar à caverna. O padre, mal acreditando na sorte que teve, rasteja para fora e usa a corda para retornar à superfície.
Os sobreviventes se reencontram nas ruínas. Por longos momentos ponderam sobre o que aconteceu e Harry decide se livrar das fotografias e do crânio. Tudo é lançado no poço.
"Vamos sair daqui... não há mais nada para nós nesse lugar!"
E os três sobreviventes reúnem rapidamente o equipamento e partem de Xamanik sem olhar para trás.
Notas sobre o Cenário:
- Essa aventura é curta e se propõe a ser um encontro com o horror dos Mitos. Ela não tem muita investigação, sendo mais pulp do que o convencional. Originalmente as criaturas que atacavam os investigadores eram morcegos albinos gigantes, uma raça de monstros que nada tinham de sobrenatural.
- Eu preferi incluir monstros semelhantes aos Nightgaunts do livro básico e fazer com que Camazotz fosse um avatar de Nyarlathotep bastante semelhante ao Haunter in the Dark. O bicharoco resistia a praticamente todos os ataques feitos contra ele, contudo, ele era vulnerável a luz. Se o grupo tivesse a idéia de concentrar as lanternas nele talvez pudessem ter sobrevivido e feito ele recuar.
- A história de Xamanik era a seguinte: a cidadela havia sido vítima de um terremoto que abriu fendas no cenoté e causou enormes privações à população. Acreditando ter sido abandonados pelos seus deuses, o povo da cidadela recorreu a sacrifícios e ao culto de deuses mais antigos para perdurar. Em troca de sacrifícios, o Deus Camazotz, um avatar de Nyarlathotep concedia ao povo água retirada do lago subterrâneo.
- As criaturas aladas reverenciavam Camazotz e depois de séculos no túnel cuja entrada estava lacrada atacaram os invasores com o intuito de oferecer um sacrifício para o Deus Morcego e assim invocá-lo.
- O Crânio pertencia obviamente a uma dessas criaturas aladas. A pessoa que o detinha podia ter relativo controle sobre morcegos. O grupo descobriria isso se tivesse levado o crânio até a caverna dos morcegos.
- Depois de se esquivar de dois ataques de 90%, decidi que o padre tinha o direito de sobreviver. Só isso explica o fato dele ter saído da caverna com vida. Obviamente o padre ficou conhecido como o "Padre Ninja".
Material e Handous:
Essa é uma imagem que mostra o mapa dos subterrâneos e alguns handouts usados no cenário.
Como se tratava de uma aventura sem muita investigação, não haviam muitas pistas físicas a serem coletadas.
Fotos da Sessão: