Cientistas estudam o mistério do mais antigo cérebro humano preservado, encontrado na Grã-Bretanha. O cérebro, em excelente estado de conservação têm mais de 2500 anos de idade.
Descoberto por uma equipe de arqueólogos em York, em 2008, o bem preservado pedaço de massa cinzenta levou cientistas a investigar como esse órgão sobreviveu por tanto tempo em tão bom estado.
Resultados de um estudo conduzido recentemente encontraram sinais de componentes químicos que teriam ajudado na preservação através de embalsamamente e defumação. O time de pesquisadores sugere que o cérebro tenha sido removido e imediatamente depositado em uma urna contendo uma mistura de lama que ajudou a preservar e prevenir o órgão de se decompor.
A análise de proteírnas também confirmou que o velho cérebro pertenceu a um ser humano - que viveu entre 670 e 480 a.C. "A maior parte da massa cerebral continua presente, embora tenha se reduzido substancialmente em volume -- pela perda de água" disse o Dr. Matthew Collins da Universidade de York.
Outras análises dos restos indicam que ele pertencia a um homem com idade entre 26 e 45 anos. A existência de certos edemas lançam indícios de que o indivíduo em questão tenha sofrido estrangulamento e em seguida foi ritualisticamente decapitado. O restante do cadáver não foi localizado. Apesar de apresentar ferimentos menores, a remoção parece ter sido realizada com certo grau de habilidade utilizando para isso uma ferramenta afiada e outra semelhante a uma colher, que permitiu a retirada completa do órgão da caixa craniana.
Após a retirada do cérebro, este foi encerrado em um pote lacrado feito de argila e coberto de lama fresca à seguir enterrado. As condições de frio acrescida da baixa concentração de oxigênio no solo naturalmente cooperaram para a preservação. A temperatura baixa diminuiu o processo de degradação da matéria, enquanto a falta de oxigênio reduziu a ação de micro-organismos e bactérias.
"Mesmo com esses fatores positivos, o mistério de como o cérebro não se deteriorou permanecia". disse o professor Collins. "É curioso pois normalmente esse órgão é um dos primeiros a se deteriorar. Por essa razão acreditamos na ação de um fator externo".Sabe-se da existência de técnicas de embalsamamento datadas desse período utilizando para isso ervas e plantas como a cânfora. O processo de defumação também conhecido pelos povos daquela época era usado como forma de preservação.
Para entender melhor o fenômeno, pesquisadores enterraram cérebros de porcos, tentando simular as condições existentes no sentamento pré-romano e recriar o ocorrido. "Ainda é cedo para dizer qual o método de preservação usado e mais importante porque as pessoas se deram a esse trabalho, mas o fascínio dos povos das ilhas britânicas por cabeças decepadas é bastante conhecido".
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Um cérebro de 2500 anos perfeitamente preservado?
Para quem leu "Um Sussurro nas Trevas" a explicação parece incrivelmente simples:
Ah, esses Mi-Go, sempre esquecendo algum indício de sua passagem pelo nosso mundo.
Fico imaginando se esse cérebro preservado ainda poderia ser ligado a um cilindro metálico de Yuggoth a fim de, quem sabe, dar um depoimento sobre o que aconteceu em uma bela manhã na antiguidade.
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