sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O Incidente de Falcon Lake - Um dos casos mais estranhos na história do Canadá


Stan Michalak ainda lembra de maneira vívida quando seu pai retornou doente e ferido depois que algo estranho aconteceu com ele nas florestas de Falcon Lake, província de Manitoba em maio de 1967. 

Foi algo que marcou a sua família e as vidas de todos e continua sendo um dos casos mais estranhos e inexplicáveis do fenômeno OVNIs. 

"Eu lembro de vê-lo na cama. Ele não estava nada bem, parecia pálido e perdido", recorda-se Michalak, que tinha nove anos quando tudo aconteceuEle recebeu a permissão de visitar seu pai e ficar no quarto de hospital onde ele estava internado por apenas alguns minutos. Isso foi no dia seguinte a ocorrência que ficaria conhecida como o Incidente de Falcon Lake.

"Quando entrei no quarto, senti aquele fedor horrível! Como um cheiro de enxofre e óleo de motor queimado que fica no nariz e é difícil de aguentar. Ele estava em todo canto, mas era mais forte no meu pai. Eu tentei chegar perto e abraçá-lo, mas parecia sair dos seus poros. Era ruim demais", contou Michalak, que está escrevendo um livro sobre o acontecimento que completou 50 anos.

"Eu estava com muito medo. Meu pai estava ferido e eu não sabia o que havia acontecido. As pessoas não contavam nada a respeito".

Mas com o passar dos dias Stan ficou sabendo de detalhes perturbadores a respeito do que havia acontecido, assim como as pessoas em geral que puderam ler nos jornais e assistir reportagens na televisão. O caso recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação e é debatido até hoje.


Resumidamente foi isso que aconteceu:

Stefan Michalak era um imigrante polonês, mecânico industrial e um geólogo amador que gostava de se aventurar pelas florestas nos arredores de Falcon Lake - à cerca de 150 quilômetros de Winnipeg, Canadá. Seu passatempo era fazer trilha, às vezes na companhia de algum amigo, mas na maioria das vezes sozinho. Stefan costumava pegar sua mochila, uma barraca e saco de dormir e partia para a floresta seguindo seus instintos. Era comum para ele, desde criança, sair para acampar naquela região de mata fechada. Em suas "expedições" ele coletava cristais de quartzo e amostras minerais que conseguia extrair dos rochedos.

Michalak conhecia tão bem a floresta que ninguém se preocupava quando ele dizia que iria dormir ao relento e ficar inacessível por dias. Em maio de 1967 ele escolheu adentrar ainda mais na floresta e se embrenhar em um trecho inóspito onde raramente os campistas costumavam entrar. 

Em 20 de maio, Stefan caminhou o dia inteiro chegando até um maciço pré-cambriano pouco explorado. O lugar possuía um veio de quartzo que ele começou a mapear fazendo a análise geológica e prospecção de algumas amostras. 

Perto do fim da tarde sua atenção foi atraída por um ruído alto semelhante a uma buzina que fez com que os ganços selvagens voassem assustados. Stefan correu para ver do que se tratava e se deparou com uma visão inacreditável. Dois objetos metálicos estavam flutuando no ar, há cerca de 45 metros de altura. Ele conseguiu perceber que haviam domos no topo deles e luzes avermelhadas que piscavam de maneira contínua nas laterais.


Os dois objetos flutuavam lentamente no ar até que um deles começou a baixar de altitude aproximando-se de uma pedra achatada a cerca de 50 metros de onde Stefan observava. O veículo desceu suavemente e as luzes mudaram de cor para um tom alaranjado mais intenso a medida que ele pousava. Em contra-partida o outro objeto ascendeu cerca de 200 metros e desapareceu atrás de nuvens baixas.

A luz que a coisa emitia era tão forte que obrigou Stefan a vestir os óculos de proteção que ele carregava na mochila. Apesar da luminosidade cegante ele conseguiu discernir que o veículo possuía um formato de disco e produzia uma vibração de baixa frequência. No instante que ele pousou por inteiro a luz diminuiu e o som parou. 

Acreditando se tratar de um veículo militar experimental norte-americano, Stefan resolveu aguardar. Ele permaneceu observando por meia hora, tempo que fez o esboço daquilo que estava vendo. Havia um cheiro no ar, uma combinação de enxofre e borracha queimada que se acentuou depois que o estranho objeto de 20 metros de comprimento parou de emitir a vibração. Então, de repente, uma espécie de porta se abriu na lateral prateada, revelando um interior brilhante.

Curioso pelo que estava acontecendo, Michalak decidiu sair de seu esconderijo e cautelosamente se aproximou do objeto tentando ver o interior dele sob um outro ângulo. A cerca de 20 metros da porta que permanecia aberta ele resolveu chamar por alguém no interior do veículo: "Ei, ianques! Vocês precisam de ajuda?" perguntou de maneira sarcástica uma vez que ainda acreditava se tratar de uma nave americana com dificuldades técnicas.


Uma vez que não houve resposta, ele arriscou outros idiomas que conhecia: russo, polonês e alemão. Não houve resposta e ele decidiu fazer uma aproximação da porta. A luz no interior era tão forte que ele colocou os óculos novamente. Lá dentro haviam vários painéis com tubos de luz branca e outros que emitiam uma pulsação colorida. Não havia, no entanto, qualquer sinal de vida.

Ele observou a parte externa que era feita de um metal prateado polido ao ponto de ser espelhado. Era bastante liso e não tinha qualquer símbolo. De repente a porta deslizou com um zumbido e se fechou por inteiro. O veículo então emitiu um zumbido e na sua lateral abriu-se uma grade com furos, como um exaustor em formato de grelha medindo aproximadamente dois metros de largura. Stefan instintivamente se afastou alguns metros, andando de costas, quando de repente a grade produziu uma descarga de gás super aquecido que o jogou para trás. Sua camisa imediatamente pegou fogo e as luvas que ele usava derreteram queimando suas mãos. Stefan caiu de costas atordoado. Ele rapidamente rolou no chão para apagar o fogo que produziu queimaduras no seu peito, braços e pescoço. Arrastando-se alguns metros para longe, ele viu o objeto flutuar lentamente e então subir rumo ao céu onde desapareceu.

A dor das queimaduras de primeiro e segundo grau só eram superadas por uma náusea que foi se tornando cada vez mais intensa. O gás que o atingiu tinha um cheiro concentrado de enxofre que o deixava tonto. Ele parou várias vezes para vomitar. Desorientado e com a pele queimando, Michalak ainda conseguiu encontrar o caminho de volta para fora da floresta, o que demorou quase seis horas.

Ao chegar a um motel de beira de estrada ele pediu ajuda e foi levado prontamente para um hospital de emergência em Winipeg. Ao ser atendido pelos médicos, contou a estranha história e revelou o que havia ocorrido em detalhes. As queimaduras que sofreu eram bastante intensas e deixaram um padrão de grelha arredondado em seu peito. Pelas semanas seguintes ele sofreu estranhos efeitos colaterais que incluíam diarreia, dores de cabeça, blackouts e perda acentuada de peso. As dores de cabeça eram tão intensas que ele chegava a desmaiar em meio às crises. Os médicos chamaram a atenção para o cheiro de enxofre de suas roupas e de sua pele causticada. Alguns sugeriram que ele tivesse sido exposto a algum tipo de substância química não identificada.


Enquanto se encontrava no hospital sob cuidados intensos, a família de Stefan Michalak se recorda de ter presenciado a visita de homens estranhos que fizeram várias perguntas a respeito de sua experiência. 

Um canal de televisão que ouviu a história decidiu ir até o local onde o incidente havia acontecido, mas foi impedido de se aproximar por policiais. A equipe foi barrada por um contingente de vinte policiais e imediatamente escoltados para longe. Em uma área há cerca de dois quilômetros do local viram vários veículos e caminhões militares, alguns deles com divisas da Força Aérea Norte-Americana (USAF).

O caso começou a chamar a atenção da opinião pública e o xerife de Falcon Lake deu uma declaração oficial afirmando que a área havia sido fechada para que as autoridades pudessem procurar pistas. Na ocasião, ele apresentou as luvas, os restos queimados da camisa e uma mochila que pertenciam a Michalak e que estavam na floresta. Ele negou, entretanto que o lugar tivesse recebido a visita de militares americanos. Enquanto isso no hospital, Michalak passou por um interrogatório e avaliação física e mental. O exame foi feito por dois médicos que se identificaram como sendo da Força Aérea Canadense. Eles estavam acompanhados por um terceiro homem, claramente americano, que conduziu a entrevista. Um dos exames realizados contou com um contador geiger para auferir a presença de radioatividade. Ele foi informado que o teste teve resultado negativo.

Após toda publicidade recebida pelo caso, o local onde o incidente teve lugar foi visitado por centenas de jornalistas e curiosos. Encontraram no sítio marcas escuras condizentes com queimaduras de altíssima temperatura em uma pedra achatada. A marca arredondada tinha cerca de 6 metros de diâmetro e se mostrou positiva para a presença de radiação. Muitas amostras de solo foram recolhidas por curiosos e analisadas positivamente para radiação.

A essa altura o incidente já havia se convertido em uma febre, atraindo a atenção de entusiastas e estudiosos do fenômeno OVNI que viajavam em bandos para a localidade. Muitas pessoas afirmavam categoricamente que o incidente era o caso mais notório de Contato alienígena desde Roswell duas décadas antes.


Uma vez que traços de radiação foram encontrados, a Comissão Nuclear do Canadá resolveu proibir o acesso de civis ao local. A Comissão, responsável por avaliar e investigar o caso, divulgou resultados oficiais atestando que amostras colhidas no solo apresentavam concentração de radiação 100 vezes maior do que em outras localidades da floresta. O sumário da investigação não apresentou nenhuma explicação razoável para essa descoberta. O que causou a radiação permanece até hoje desconhecido.

Stefan teve alta do hospital onde ficou internado por cerca de três meses. Ele se recuperou dos ferimentos e dos estranhos sintomas, embora as marcas de queimadura em seu peito jamais tenham desaparecido por completo.

"Aquilo virou minha vida de ponta cabeça," ele declarou em uma rara entrevista realizada em 1974 para a televisão norte-americana. "Levou muito tempo para que eu conseguisse dormir depois daquele incidente."

Stefan Michelak jamais mudou qualquer detalhe de sua história. Ele aceitou se submeter a um polígrafo e foi hipnotizado por psicólogos. Os resultados demonstraram que ele realmente estava falando a verdade. 

Ele faleceu em 1999, aos 83 anos de idade, acreditando até o final de sua vida que esteve frente a frente com algo inexplicável.

"Eu gosto de pensar que tenho a mente aberta, mas não costumo acreditar em histórias improváveis. Não posso desconsiderar o que aconteceu comigo, infelizmente não tenho como provar. Eu sei o que vi, e sei o que aconteceu e isso é o bastante para mim".

O Incidente de Falcon Lake foi intensamente investigado por agências do governo canadense e norte-americano. Trata-se do caso de OVNI mais documentado e estudado da história do Canadá. Diferente do célebre Caso Roswell, o Governo canadense reconheceu que o incidente ocorreu e que foi investigado, embora os resultados permaneçam sem uma explicação. 


Não se sabe o que provocou a concentração de radiação captada no local. Uma equipe de perícia criminal processou as luvas e restos da camisa queimada pertencente a Michalak e conclui que ambas foram expostas a um calor extremo. As queimaduras no corpo da testemunha também chamaram a atenção de todos; o padrão em forma de grelha não coincidia com nada achado na área. Os médicos consultados foram unânimes em dizer que seria impossível alguém infligir a si mesmo aquele tipo de queimadura. As amostras de solo ainda hoje possuem traços de contaminação por radiação e a vegetação no entorno da marca circular, nunca mais cresceu.

Todos que conheceram Stefan Michelak disseram que ele sempre foi um indivíduo discreto e decente, alguém que jamais inventaria uma história desse tipo. De fato, até o fim de sua vida ele concedeu poucas entrevistas sobre sua experiência e nunca gostou de se auto-promover.

Stan Michelak, concluiu de maneira muito razoável:

"Se meu pai inventou essa história, então ele era um verdadeiro gênio. De qualquer forma, eu sei que ele detestava falar sobre o assunto. Esse não é o comportamento de alguém que inventa algo assim. Ele nunca lucrou ou quis obter ganho pessoal explorando o incidente. Eu sei que aquilo o marcou para sempre, eu vivi isso ao seu lado e sei como sua vida foi alterada para sempre".

O Incidente de Falcon Lake continua em aberto.

3 comentários:

  1. Muito legal ter relatos sobre casos de ufologia , acho que devia ter um marcador para isso .

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  2. Muito bom!! Quando puder escreve mais sobre ufologia! Sou fã do blog 😎

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  3. Tem um caso no Brasil de um motorista que foi acertado por uma luz a noite é foi internado muito eufórico, e começou a ter regressão mental até a infância, caso barroso

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