Primeiro as boas notícias: Ray Volcoro está vivo!
A cena de abertura do episódio 3 de True Detective foi marcada pela estranheza. Na realidade diria até mais: parecia algo saído de um dos muitos filmes esquisitos de David Lynch (Cidade dos Sonhos, Veludo Azul, Estrada Perdida). Para falar a verdade, não é de agora que eu tenho reparado em um clima que remete diretamente a obra do diretor David Lynch. As paisagens vastas vistas do alto, os closes nos personagens, os detalhes estranhos nos coadjuvantes, a trilha sonora meio noir, a sensação de que todos vivem em uma espécie de sonho acordado...
O fato do filme estar com esse tom Lynchiano (estou criando um termo) para alguns pode ser interessante, para outros nem tanto. O polêmico diretor de Twin Peaks não é exatamente uma unânimidade. Seja como for, a aura de esquisitisse que permeia os filmes assinados por David Lynch atingiu a escala máxima nas primeiras cenas do episódio 3, intitulado "Maybe Tomorow" (Talvez Amanhã).
A experiência surreal de Velcoro foi agonizante. Não dava para saber se aquilo era um delírio, uma alucinação, um sonho ou mesmo uma visão do além pelos olhos de um homem ferido fatalmente. A experiência dele remetia a uma daquelas visões de pós vida na qual alguns vêem uma luz e seus entes queridos chamando. No caso de Velcoro sua experiência envolvia uma conversa com seu pai e a apresnetação de um sósia do cantor Conway Twitty cantando a balada mega-brega "The Rose". Esquisito? Muito!
Logo em seguida Velcoro acorda ofegante. Costelas partidas, ferimentos aqui e ali, sem ar, mas vivo. Os disparos foram de munição não-letal de borracha. Dói pra cacete, mas não mata, o tipo da coisa que a polícia utiliza para dispersar tumultos.
O fato de Velcoro estar vivo é um alívio para quem já estava se sentindo órfão do detetive corrupto (de longe o personagens mais interessantes da temporada). Muita gente estava comentando que essa reviravolta seria extremamente perigosa, afinal sacrificar um protagonista dessa maneira logo no segundo episódio era uma temeridade. Para ser sincero, eu achei que Velcoro tinha ido para o inferno dos tiras corruptos e que as futuras participações do Collin Farrel seriam em flashback. Já estava inclusive aceitando que essa poderia ser uma virada interessante na trama, colocando Velcoro de alguma maneira envolvido na resoluação indireta do caso. Mas não seguiu por aí.
Mas qual é a desse atentado? Porque o assassino, que usou um método extremamente cruel para despachar Caspere optou por poupar Velcoro? Qual a sua motivação para apenas derrubar o policial e não matá-lo? A morte de Caspere, tudo indica, foi um assassinato movido por ódio, vingança ou reparação. Ninguém mata daquela maneira cruel (pendurando, cegando com ácido e estourando os países baixos!), a não ser que haja emoções muito fortes envolvidas. O assassino não tinha a mesma motivação contra Velcoro, por isso o poupou de um destino semelhante. Simplesmente o tirou de combate e foi embora.
À primeira vista essa cena pode ter parecido desnecessária, uma cena que está lá apenas para atrir o público para o episódio seguinte; curioso em saber se o personagem sobreviveu ou não. Mas acredito que essa sequência tem uma razão de ser: ela vai marcar o início de uma mudança no personagem. As visões de Velcoro enquanto estava desmaiado aparentemente vão ter efeito na sua personalidade e vão fazer com que ele reavalie sua vida louca. Não acho que o personagem vai ficar "bom" de uma hora para outra. Lembre-se isso é True Detective, ninguém se coloca totalmente no lado negro ou no lado branco, todos vestem cinza. Mas depois disso, imagino que Velcoro vai assumir um tom cinzento mais claro. Já é possível ver alguns efeitos diretos disso: Velcoro se reúne com seus chefes corruptos e pede para ser retirado do caso, ele conversa com Frank dando a entender que teve uma reviravolta, ele busca o pai (Fred Ward - que envelheceu muito desde "Remo desarmado e Perigoso") para colocar a conversa em dia, tenta uma pequena conciliação com a ex-mulher, e até bebe água ao invés de whisky... Entretanto, na minha opinião, a principal mudança no detetive vai ser em relação ao caso. Ele deve focar na resolução deste, doa a quem doer, porque o caso representa o ponto de mudança de sua personalidade, o momento em que ele decidiu dar uma guinada na sua vida.
No que diz respeito a detetive Bezerides a relação dela com seus chefes é tão ruim quanto a de Ray com seus patrões no Departamento de Polícia de Vinci. Uma das suas supervisoras chega a sugerir que Ani tente se aproximar sexualmente de Velcoro para ganhar sua confiança. É o tipo de conselho sórdido que vemos em uma série como True Detective, na qual indivíduos em posições proeminentes fazem qualquer coisa para atingir seus objetivos, não importando quem ou o que precisem sacrificar. O fato da sugestão vir de uma mulher é ainda mais perturbador.
Minha teoria é que toda essa pressão sobre os detetives, exercida por diferentes grupos, cada qual com seus próprios interesses, acabará saíndo pela culatra. Cada um dos detetives está sendo pressionado a agir por conta própria e resolver o caso atendendo a uma agenda particular de seus chefes. Acredito que em última análise, isso vai servir para unir os detetives e fazer com que eles confiem uns nos outros, uma vez que já está claro, não podem confiar em seus comandantes. Essa é uma saída muito interessante que permite aos personagens centrais desenvolver um vínculo mais forte do que o simples ideal de justiça. Como toda boa estória noir, os detetives acabam fazendo o que é certo não porque a lei assim dita, mas porque o caso acena como uma espécie de redenção para tudo de errado que eles já fizeram.
Desde o início, os três detetives da temporada estão sendo retratados como figuras trágicas, cheias de faltas, vícios e defeitos. O propósito disso, me parece, será permitir que eles encontrem alguma salvação resolvendo esse caso de maneira limpa, à despeito do que desejam seus superiores. Como isso vai se desenvolver, só saberemos no futuro.
E quanto a Frank Semyon? No episódio anterior vimos Frank fazer um verdadeiro trabalho de investigação no submundo. De certa forma, o detetive mais eficiente até o momento é o gangster. Claro, ninguém mais do que ele tem interesse de descobrir quem matou Caspere porque sua fortuna e seu futuro dependem disso. Curiosamente para fazer o trabalho de detetive ele precisa incorporar novamente sua porção gangster, coisa que ele não parece muito à vontade em fazer. O desejo de Frank, era deixar a vida de criminoso e abraçar o papel de homem de negócios. A construção milionária da estrada de ferro ajudaria a legitimar seu dinheiro a medida que aumentaria sua influência. Desde o início vemos Frank falando em deixar um legado e construir um futuro. Seus planos incluem ter um herdeiro, através de fertilização já que por meios naturais parece haver algum impedimento. O desejo dele de legalizar seus negócios, ter um filho indicam que ele também estava em busca de redenção pelo seu passado - "Deixar tudo para trás". Mas ironicamente, para se ver livre dos seus pecados ele precisa cometer mais algumas atrocidades aqui e ali: tirar dinheiro de alguns, ameaçar outros e mostrar que ainda dá conta do recado.
Numa das melhores cenas do episódio, Frank reúne alguns bandidos de quem precisa obter informações e quando um deles levanta dúvidas sobre sua autoridade ele mostra que ainda é o mesmo Frank de anos atrás. Depois de dar uma surra no sorridente cafetão com dentes de ouro (onde pode-se ler as palavras Fuck You), ele remove a provocação na base do alicate. "Eu nunca gostei dessa porcaria!" diz ao arrancar os dentes do sujeito um por um. Frank está sob grande pressão, não duvido que ele vai acabar cruzando o caminho dos detetives auxiliando estes na solução do caso quando descobrir que eles estão comprometidos com esse objetivo. Ao invés de três detetives, teremos quatro?
E por falar nele, onde anda o terceiro detetive?
O patrulheiro Woodrugh ainda está perdido em sua nova função de investigador eparece relutar dentro da sua nova função. Tudo o que ele queria,a final, era continuar voando pelas estradas do sul da Califórnia em sua moto, trabalhar como detetive não o deixa nem um pouco satisfeito. Pior ainda é que sua linha de investigação o conduz ao lado mais barra pesada da cidade, em busca das garotas de programa com quem Caspere estava envolvido. A linha de investigação faz todo sentido, Caspere costumava buscar companhia feminina em todo canto e sua casa é um altar aos aspectos mais doentios do sexo. A pista mais quente diz respeito a uma prostituta chamada Tasha, que ainda não sabemos quem é. Os indícios acabam levando Paul a mesma boite onde ele esbarra (literalmente em Frank), lá o patrulheiro segue em busca de informações sobre a vida promíscua de Caspere.
O que torna a visita ainda mais perturbadora para Woodrugh é que ele acaba dependendo da ajuda de um rapaz gay com contatos na tal boite, o mesmo que ele estava espionando da janela do hotel. Está claro que Paul tem sérios problemas emocionais e não aceita sua própria condição sexual o que o deixa frustrado e irritado. Suponho que não vai demorar até ele explodir de vez.
Nesse episódio nós temos um pequeno vislumbre daquilo que Paul tenta ocultar sobre o seu passado. Tudo indica que quando ele trabalhou para a Black Mountain no Oriente Médio (provavelmente no Iraque) Paul acabou se envolvendo com um companheiro de armas. Como comentou um colega, deve ter rolado um tipo de "Brockeback Iraquiano", com o tal sujeito que Woodrugh encontra em dado momento da estória. Há alguns indicadores claros de que Paul está dividido, mas tenta resistir: o fato dele encontrar o ex-companheiro de armas num circuito de motociclismo (transbordando testosterona), o discurso no qual deixa claro que não voltaria a trabalhar para a companhia de segurança e a reação furiosa quando o sujeito tenta tocar no tal "assunto proibido" demonstram o tamaho da tensão pela qual ele está passando. Por pouco Paul não avança no sujeito para parti-lo ao meio. É impressão minha ou Paul sempre faz uma cara de apreensão quando alguém encosta nele? Com a mãe foi assim, com esse amigo também... será que Paul sofreu alguma coisa mais no Iraque?
Há mais um indicativo curioso: enquanto trabalhava no Iraque Paul parece ter participado de uma ação militar em uma vila, algo que terminou muito mal. O que será que aconteceu? Tudo leva a crer que a coisa saiu de controle, descambando para um inevitável massacre no qual Paul e o colega tiveram participação direta. Vai ver, os dois se arrependeram, vai ver tentaram evitar e por isso foram desligados da companhia. Com certeza os fantasmas da guerra, deixaram cicatrizes profundas nos dois e nós saberemos mais detalhes em breve.
Outro detalhe interessante é que o parceiro de Velcoro, o detetive Dix aparece seguindo Woodrugh e tirando fotos. Está claro que ele já percebeu o dilema sexual do patrulheiro e espera tirar vantagem disso, fotografando algum encontro indiscreto, para depois chantageá-lo.
Na sequência mais movimentada do episódio, Ani e Velcoro seguem a pista do automóvel usado pelo assassino e por pouco não conseguem capturá-lo. O sujeito destrói o veículo e quando é visto foge às pressas, atravessando uma auto-estrada. Achei curiosa a máscara que ele escolheu usar dessa vez: uma máscara branca aparentemente sem feições, bem diferente daquela utilizada quando ele matou Caspere e feriu Velcoro - a máscara de corvo negro que lhe rendeu o apelido de "Birdman" (Homem Pássaro). A perseguição é alucinada, e por pouco Ani não acaba atropelada por um caminhão, não fosse Velcoro saltar em cima dela.
Não está claro se é o verdadeiro assassino, mas Ani parecia ter certeza, já que gritou "É ele" antes de iniciar a perseguição. Claro, o sujeito vestia uma máscara e acabara de incendiar um automóvel, mas não há como ter certeza de que se trata do assassino ou de outra pessoa envolvida. E se não for, então temos dois indivíduos trabalhando juntos o que deixa as coisas ainda mais complicadas. Eu aposto em algum tipo de conspiração envolvendo pessoas que foram afetadas por Caspere, seja economicamente ou emocionalmente. Se tivesse de sugerir alguma coisa, diria que alguém que sofreu nas mãos de Caspere (uma prostituta vingativa?) fez um sangrento ajuste de contas. Mas essa é apenas uma suposição que confesso é bem rasa.
Ah, eu nem acredito que estava esquecendo de comentar a visita de Ani e Paul à casa do prefeito de Vinci logo no início do episódio. Cara, o que era aquela foto de família na parede da sala? Tudo ali era extremamente bizarro: a jovem esposa do prefeito fumando maconha dentro de um saco plástico e recortando revistas, a decoração com gosto prá lá de duvidoso e a aura de exagero permeando cada aposento explorado. Lembra que eu comentei que True Detective está parecendo um filme de David Lynch? A visita a Casa do Prefeito Chessani só reforça esse lado onírico esquisitíssimo. Ela tem todos os elementos de um sonho acordado: repleto de visões que não se encaixam e de acontecimentos sem muito nexo. As escadarias, as portas enormes, as fotografias, tudo tem um quê de surreal.
E então somos apresentados ao filho do prefeito (o ator brasileiro Vinícius Machado) que na sua primeira aparição arremessa uma mulher, supostamente uma prostituta do segundo andar da casa direto na piscina. O que dizer desse personagem? O cara é o clássico babaca, filhinho de papai, playboy, cheio do dinheiro e disposto a explorar todos os excessos que sua fortuna pode proporcionar. Ele trabalha como "organizador de festas", o que acende uma luz de alerta já que Caspere parece figura fácil em várias "festas exclusivas". Infelizmente Chessani Jr não está disposto a dar maiores informações sobre seu trabalho, ameaçando chamar um advogado para expulsar os detetives da casa do papai prefeito.
Já sabemos que Tony (esse é o nome do sujeito) é um consumidor regular de cocaína que deveria ter sido preso por agressão e direção perigosa. O prefeito deu um jeitinho para que nada acontecesse e as queixas fossem retiradas. É o tipo do cara que deve estar envolvido em alguma coisa pesada ou que ao menos está ali para atrair suspeitas.
Não podemos esquecer também da filha adolescente de Chessani vista muito rapidamente. Ani a encontra sentada no quarto examinando o que parece ser um mapa rodoviário da Califórnia (Hmmm). "Está tudo bem?" Ani pergunta e a garota nem se importa de responder, simplemsente fecha a porta na cara da detetive.
Família desajustada é pouco! O antro de luxo dos Chessani parece ser um ninho de cobras, cada uma escondendo segredos mais profundos. Não duvido que ainda ouviremos falar deles ao longo dessa estória e que ao menos um deles tenha ligação com o caso.
Bom é isso...
De um modo geral, "Maybe Tomorrow" não trouxe muitas pistas para o caso. O episódio ajudou a aprofundar alguns pontos da personaliadde dos personagens e sinalizou mudanças profundas para os próximos episódios. Eu francamente achei o episódio com um ritmo mais lento que o normal, não exatamente arrastado, mas menos ágil. Apesar de ter havido uma cena de ação com uma boa perseguição, o clima surreal e onírico deixa no ar uma impressão pesada. A mudança na direção mais enxuta de Justin Lin, para a mais contida de Janus Pedersen ficou bem evidente no estilo e forma.
True Detective continua provocativo, mas tendo passado mais de um terço da segunda temporada me pergunto se todos os plots que estão sendo apresentados serão fechados à contento. Temos até o momento um caso que está se tornando cada vez mais confuso. Uma solução parece muito distante.
A sensação é que existem MUITAS pontas soltas, mas estas não parecem mais do que fiapos, finos demais para amarrar uma conclusão. Não há nada onde possamos nos apegar ou que parecem apontar para uma direção do caso...
Talvez amanhã.
PISTAS E INDÍCIOS DO EPISÓDIO
PISTAS E INDÍCIOS DO EPISÓDIO
Com o término do episódio 3 de True Detective, acho que a questão mais importante passando pela mente das pessoas era: "Quem diabos é Stan?"
Bom, dei uma boa pesquisada e aqui estão alguns detalhes a respeito do sujeito:
Stan é apenas um capanga de Frank Semyon, um pau mandado contratado para bater em pessoas e fazer o que o chefe mandar. O tipo do cara que mandam pular e ele pergunta "qual a altura"?
Quando o cadáver do sujeito é descoberto dentro de uma lixeira, o próprio Frank comenta:
"Quem diabos teria alguma coisa contra o Stan? Quem é ele para merecer isso?"
O choque vem do fato do cadáver apresentar os mesmos ferimentos impingidos a Ben Caspere que é um cara importante, influente, rico e que aparentemente coleciona inimigos e desafetos. Mas o Stan??? Quem diabos é o Stan? E porque ele "merecia algo melhor"? nas palavras de Frank.
Se você não sabe quem é o Stan não se preocupe, você não está sozinho, essa foi a reação geral dos espectadores diante da descoberta do cadáver:
Se você ficou preocupado achando que perdeu alguma cena ou que cochilou, pode ficar tranquilo. Stan não é ninguém!
Ele é basicamente o capanga #4 na quadrilha de Frank. O papel é interpretado por Ronnie Gene Blevins. Ele aparece claramente em duas cenas. No primeiro episódio, ele está na cena de flashback, parado ao lado de Velcoro (ainda sem o bigode). Ele é o sujeito no meio.
Bem isso e terminar assim:
Agora, a questão é ligar Stan a Ben Caspere... será que ele trabalhou para Caspere ou sabia de alguma coisa? Difícil elaborar muito sem saber nada a respeito desse personagem. Veremos como isso vai se resolver...
oie, achei esse blog, pois procurava algum que escrevesse sobre esta maravilhosa série. obrigada pelos textos e parabéns pelo blog!!! mas, e o stan??? aquele amigo do frank, que morreu... vc não falou sobre ele... quem é ele??? tiraram os olhos dele tb, não??? abraços!!!
ResponderExcluirCara, dá uma olhada nesse post que fala de um clube secreto que faria todo sentido no contexto da série.
ResponderExcluirhttp://www.vanityfair.com/hollywood/2015/07/true-detective-season-2-bohemian-grove-secret-society-guerneville
Fala King!
ResponderExcluirÓtimas considerações sobre o episódio, achei este terceiro um fôlego a mais nesta segunda temporada, curti bastante a atmosfera meio Twin Peaks (talvez meu lado fã do Lynch contribui para isso, hehe).
Concordo com o que você disse sobre o Velcoro mudar, ainda mais após o Frank falar para a garçonete que "Alguém assassinou ele", que frase impactante. É realmente como se Velcoro tivesse morrido naquela casa, aquele que está batendo de frente com Frank e seus superiores é alguém diferente.
Também senti falta de uma consideração sobre o Stan, será que alguém está realmente querendo atingir o Frank? O modus operandi é (aparentemente) o mesmo do Caspere. Será que o Stan faz parte de algo maior (explico abaixo)?
Concordo também com o que o Ivan postou, até este terceiro episódio ainda não tinha conseguido conectar a série com algum acontecimento real, como aconteceu com a primeira temporada. Com o termino deste, comecei a dar uma procurada em fóruns estrangeiros e acabei batendo com a tal da Bohemian Grove e cara, faz muito sentido. Além das várias (e descaradas) referencia a presidentes e pessoas de poder e o símbolo do clube ser uma ave, o sonho do Ray no início da temporada faz muito sentido, o velho Velcoro diz:
"Eu o vejo... Correndo em uma floresta. Você é pequeno. As árvores são como gigantes."
O Bohemian Grove fica no meio de uma floresta na Califórina, floresta de sequoias, que são arvores enormes!
Indo para este lado do Bohemian, pensei que talvez o Stan também estivesse de alguma forma ligada ao clube e isso acabaria sendo um tipo de queima de arquivo.
Mas uma coisa que eu estou ficando mesmo intrigado é com a música de abertura dos episódios, não sei se mais alguém notou, mas a estrofe final da música nos três primeiros episódios mudaram!
Episódio 1:
"Minha mulher está aqui
Minhas crianças também
Suas sepulturas estão salvas
de fantasmas como você
Em lugares profundos
Com raízes e barbante
Vivo a vida
que deixei para trás
A guerra foi perdida
O tratado assinado
Eu não fui pego
Eu cruzei a linha"
Episódio 2:
"Eu não podia matar
Do mesmo jeito
que você matava
Não podia odiar
Eu tentei e falhei
Você me entregou
Pelo menos você tentou
Estava ao lado deles
Aqueles que você despreza
Mas não se importe
Não se importe
Eu vivo a vida
que deixei para trás"
Episódio 3:
"Esse enxame de moscas
era seu coração
Esse monte de mentiras
já foi sua boca
Você os serve bem,
não estou surpreso
Você é da família deles
Você é do tipo deles
A guerra foi perdida
O tratado assinado
Eu não fui pego
Eu cruzei a linha"
Duvido que isto não tenha algum sentido, só estou quebrando a cabeça para encontra-lo.
É isso, desculpe se me alonguei de mais.
Abraços e até a próxima.
Opa Krahe, essa informação sobre a música é incrível! Eu não tinha percebido a mudança na letra.
ResponderExcluirSobre o Bohemian Grove eu acho que pode ter alguma ligação com algo no estilo dessa sociedade. Eles dificilmente usariam o mesmo nome, já que poderia gerar problemas... mas não descarto que podem usar um nome diferente, assim como fizeram com a Black Mountain (que é Black River).
Sobre o Stan, que você e a Patrícia comentaram, foi uma falha minha. Escrevi o texto e acabei perdendo uma parte que não salvei. Para não ficar atrasado, acabei postando sem reescrever esse trecho que falava das pistas do episódio.
A morte do Stan é realmente essencial. Afinal, se o sujeito sofreu os mesmos ferimentos de Caspere, ele se tona a vítima número 2 do Birdman. Mas como temos muito poucas informações sobre quem é ele, fica difícil de pensar por que teria sido eliminado.
Ah sim, já escrevemosa respeito do Bohemian Grove aqui no Mundo Tentacular. Para quem está curioso em saber mais a respeito aqui vai o link:
ResponderExcluirhttp://mundotentacular.blogspot.com.br/2011/11/sociedades-secretas-os-complexos.html
E tem inclusive uma adaptação para Chamado de Cthulhu:
http://mundotentacular.blogspot.com.br/2011/11/bohemian-grove-em-cthulhu-conspiracao.html
Muito bom o texto e os comentarios! Deu pra dar uma esclarecida em algumas coisas. Estou a espera do Recap 4. Abraços
ResponderExcluirTO VENDO AGOR
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