quinta-feira, 10 de maio de 2018

O Portal dos Deuses - Passagens dimensionais e civilizações antigas


Se você imagina que as alegadas portas e portais para outras dimensões e realidades paralelas, são resultado apenas da interferência do homem com as leis da natureza e da própria fábrica do universo, pense novamente.

O conceito de realidades paralelas e de múltiplos universos já havia sido contemplado há muitos séculos por civilizações ancestrais que acreditavam ser um fato existirem outros universos além do nosso, ocultos da nossa percepção, mas acessíveis por intermédio de certas passagens.

Esses povos acreditavam na existência de alguns lugares no mundo que seriam abençoados (ou amaldiçoados, dependendo de seu ponto de vista) com um tecido da realidade mais fino, do tipo que, com pouco esforço poderia ser atravessado. Tais lugares seriam territórios no qual o sobrenatural se manifestaria com maior frequência, onde coisas estranhas aconteceriam e onde o mundo mágico se faria presente. Não é de se estranhar que tais lugares se convertessem frequentemente em sítios de adoração aos Deuses e entidades poderosas, dignos da construção de templos monumentais ou ainda de peregrinação por parte de seus fiéis. 


Um destes lugares mágicos é a floresta petrificada de Markawasi, localizada nos Andes peruanos. Repleta de pedregulhos de granito que foram entalhados na forma de vários animais e formas humanoides por artistas pré-históricos, a floresta é extremamente misteriosa. Desde tempos imemoriais ela atraía povos nativos, entre os quais os Huasi (antepassados dos Incas) que consideravam o lugar sagrado. Acredita-se que Markawasi tenha sido um dos primeiros lugares a atrair uma concentração de indivíduos que viajavam distâncias consideráveis para visitar o local. Quando pensamos em povos antigos, que viveram no século XIII ou XIV antes de Cristo, raramente os imaginamos abandonando o lugar onde nasceram, cresceram e tinham segurança, mas nesse caso específico, existia uma verdadeira peregrinação de pessoas para visitar ao menos uma vez em suas vidas a floresta.

Estudiosos acreditam que o local foi um movimentado centro religioso para os Huasi e que chegou a contar com cidadelas, templos e acomodações para seus visitantes. A Civilização Inca, que veio muito depois deu o nome Markawasi ao local, que no idioma significaria "casas de dois andares". Ninguém sabe como ele era chamado originalmente ou quem eram exatamente os Huasi e quando viveram na região. Seja qual for a sua idade exata, os restos de prédios e estruturas podem ser encontradas distribuídos em todo platô. Restos de construções e de objetos usados no dia a dia comprovam que os Huasi ergueram não apenas casas, mas oficinas, escolas e até observatórios astronômicos. Há também numerosas chulpas (tumbas) pontilhando as cavernas de pedra e grutas rasas. Corpos naturalmente transformados em múmias pelas condições climáticas são testemunhas de que cadáveres ilustres eram carregados para serem enterrados nesse local especial. Muitos dos cadáveres ainda vestiam ornamentos como máscaras e cetros que os identificam como chefes tribais, poderosos guerreiros e feiticeiros de importância.

Mas o que tornava Markawasi um lugar especial era sua posição estratégica como intercessão entre dimensões. O local todo para os Huasi era sagrado uma vez que formava um eixo através do qual o Reino dos Deuses podia ser acessado.


Explorado por arqueólogos desde o início do século XX, Markawasi sempre possuiu muitas lendas e histórias a respeito de recessos profundos e túneis que levariam ao interior das montanhas. Expedições inteiras teriam desaparecido em busca dessas passagens, contudo muitos acreditam que eles não meramente desapareceram em câmaras subterrâneas, mas foram transportados para outras realidades da qual não conseguiram voltar. As passagens levariam para outras dimensões e quando aqueles que as atravessaram conseguissem atingir a superfície novamente, veriam a si mesmos transportados para outras dimensões.

Indivíduos explorando a Markawasi se queixam frequentemente de uma sensação de confusão e náusea. Os céticos afirmam que isso se deve a altitude e as condições insalubres do deserto, mas há os que acreditam que essa sensação é causada pela influência das outras dimensões. Da mesma maneira, fenômenos incomuns relacionados a magnetismo e eletricidade parecem acontecer com frequência na região inteira. Descargas elétricas espontâneas, bolsões de eletricidade estática, objetos de metal que são atraídos e bússolas girando sem parar são muito comuns. Mais difícil de explicar são os estranhos objetos voadores que são vistos com alarmante frequência, sobrevoando o platô e desaparecendo do nada. Globos luminosos, discos de metal e formas triangulares flutuam sobre as estátuas colossais como se estivessem sondando o ambiente.  

 Os casos de estranheza, no entanto não se limitam a avistamento de OVNIs.

O Dr. Raul Rios Centeno é um respeitado estudioso de Markawasi e ele coletou várias histórias a respeito de pessoas que foram afetadas pelo local e que tiveram experiências com o que poderia ser compreendido como deslocamento dimensional. Um caso citado por Centeno envolvia uma mulher chamada Helena Vidal que foi diagnosticada com uma desordem chamada hemiplegia, que resulta em fraqueza e completa paralisia do lado esquerdo do corpo. 


Helena contou que começou a manifestar essa doença depois de acampar na floresta na companhia de amigos em 1994. Durante uma trilha ela disse que o grupo se deparou com uma estranha cabana que além de ter sido construída num lugar extremamente isolado era bizarra de outras maneiras. A construção tinha uma aparência incomum, parecia rústica, ainda que resistente, tendo sido erguida com pedra. Ao passarem em frente da cabana, algumas pessoas vestindo trajes nativos surgiram do interior carregando tochas. Eles os olhavam como se fossem assombrações. Três dessas pessoas começaram a gritar em um idioma que eles desconheciam enquanto outros se colocaram de joelhos com a testa tocando o chão em uma posição de respeito. A cena surreal durou alguns instantes, sem que o grupo conseguisse entender o que estava acontecendo.

Helena então disse que sentiu uma necessidade de se aproximar e ver mais detalhadamente aquelas pessoas, talvez prestar alguma ajuda. Ao dar dois passos na direção deles sentiu uma força a envolvendo, como se o ar estivesse momentaneamente saturado de eletricidade estática. Helena ainda deu um terceiro passo e nesse momento foi lançada violentamente para trás, repelida por uma força invisível que causou sua paralisia.

Especialistas acreditam que o grupo de Helena inadvertidamente experimentou um vislumbre de uma outra dimensão e que as pessoas que habitavam a cabana puderam ver em contrapartida o que julgaram se tratar de "deuses ou seres incompreensíveis". Centeno conjectura que se Helena tivesse conseguido atravessar a barreira teria cruzado para o outro lado. Quando ela tocou a barreira, esta reagiu e a rechaçou fazendo com que o portal se dispersasse. Com efeito o vórtice de energia danificou seu sistema nervoso. 

A estranha cabana, depois da experiência simplesmente desapareceu como se jamais tivesse existido. E segundo o Dr. Centeno ela realmente jamais existiu... ao menos em nossa realidade.


Centeno colecionou outros testemunhos a respeito de vislumbres de outras dimensões tão ou mais impressionantes que o descrito por Helena Vidal e seus amigos.

Em 1987, uma equipe de arqueólogos da Universidade de Lima realizando expedições no marco de pedra conhecido como Monte da Tartaruga tiveram uma visão notável. Os membros da expedição disseram ter visto um vale tomado de construções de estranha arquitetura como nenhuma outra cuja origem pudessem determinar. Os prédios eram longos e achatados, feitos de pedra escura e divisados por ruas largas pavimentadas por paralelepípedos. Ao olhar com maior cuidado, as testemunhas afirmaram ter visto estranhos seres humanóides de baixa estatura, pele escura e cabeça alongada. A sensação geral é de que eles não eram humanos. As criaturas estavam tão surpresas diante da aparição do grupo, quanto eles. O contato durou apenas alguns instantes e foi marcado por curiosidade de ambos os lados. Então, tão repentinamente quanto começou, a experiência se encerrou e a cidadela desapareceu diante de seus olhos como se jamais tivesse existido.

Mais recentemente, em 2007 um grupo de excursionistas retornou de um acampamento erguido nos arredores do marco rochoso conhecido como Cabeça do Inca com uma história inacreditável. Afirmavam ter visto uma série de globos luminosos mais ou menos do tamanho de bolas de futebol voando. As formas emitiam um brilho intermitente de coloração alaranjada e produziam um ruído de estática. Os globos flutuaram sobre as barracas onde o grupo estava acampado a aproximadamente 10 metros de altura. Depois de alguns minutos eles começaram a se afastar lentamente. Um grupo seguiu os globos de luz até um vale no qual encontraram uma espécie de parede luminosa que flutuava em pleno ar. Os globos mergulharam nessa passagem desaparecendo. Refletido nessa parede os excursionistas conseguiram divisar uma paisagem estranha. Na passagem aberta era dia e não noite, o céu tinha uma coloração esverdeada e o ambiente era completamente diferente. O portal ficou aberto por mais alguns segundos, quando desapareceu em um flash de luz deixando no ar um cheiro de ozônio.

Surpreendentemente, o Peru possui outro local onde estaria localizado um famoso portal dimensional. Conhecido como Puerta De Hayu Marka, ou "Portão dos Deuses" ele se localiza  a apenas 1200 quilômetros ao sudoeste de Lima e é um marco bastante conhecido por observadores de OVNIs e entusiastas de histórias estranhas.


O Portão dos Deuses é uma grande parede de rocha com 23 metros de altura e que parece ter sido deliberadamente trabalhada para ficar lisa. Mais do que uma simples atração para turistas e uma fonte de fascínio para arqueólogos, os nativos acreditavam que o paredão um dia serviu como portão para outras dimensões. De acordo com Mitos dos Incas, a passagem serviu como acesso para que deuses ancestrais entrassem em nosso mundo na aurora dos tempos. A passagem teria sido lacrada pelos deuses, mas estes entregaram a sacerdotes um disco de ouro que poderia ser usado para ativar a passagem e abrir a porta para seu retorno. Segundo as lendas, os sacerdotes poderiam viajar através desse portal e também receber a visita dos seres que habitam o outro lado.

As lendas mencionam que esse disco sagrado foi encontrado depois de ter caído do céu, e que ao menos um sacerdote depois de se aventurar através da passagem jamais retornou. É interessante que geólogos estudando a face rochosa de fato encontraram uma depressão no topo da passagem onde supostamente um objeto em forma de disco poderia ser encaixado. As lendas antigas não mencionam o que teria acontecido com o disco que permitia ativar o portal, mas há rumores de que a peça teria sido escondida depois de uma guerra. Como punição por perder a ferramenta que ativava o portão os nativos teriam sido punidos com uma doença mortal que devastou sua população. Outros rumores mencionam que no dia em que o Portal dos Deuses for ativado uma vez mais, o mundo passará por uma mudança dramática e que a raça humana descobrirá a sua verdadeira origem.

Algumas pessoas sensíveis descrevem uma sensação inquietante ao se aproximar do monumento de pedra. Descrevem alucinações bastante vívidas nas quais vêem estrelas, pilares de fogo e até experimentam episódios fora do próprio corpo nos quais enxergam a região como era há séculos. Algumas narrativas citam uma ligação desse portal com ao menos outros cinco paredões de pedra semelhantes, como o existente nas Ruínas de Tiahuanaco. Traçando uma linha reta sobre cada um desses portais, o ponto de intercessão deles é exatamente sobre o Lago Titicaca. Alguns teóricos supõem que se por acaso todos os portais forem ativados simultâneamente, o Grande Lago também se abrirá, permitindo "a passagem dos Deuses em seus navios voadores". 


Seja lá por qual razão a Puerta De Hayu Marka foi criada, trata-se de uma história intrigante que merece o apelido de "Portal Estelar do Mundo Real".

Civilizações no passado pareciam saber mais a respeito dessas alegadas passagens dimensionais do que nós hoje, talvez por que no passado distante eles tenham de alguma maneira se comunicado com os seres que estão além e visto estes seres como Deuses. Talvez um dia sejamos capazes de entender o significado desses lugares místicos e seu propósito, Mas por enquanto, eles permanecem como testemunhas silenciosas dos tempos em que os deuses podiam ser encontrados, bastando para isso cruzar uma porta. 

Um comentário:

  1. É curioso o fato de que esta geração, mesmo com a tecnologia cada vez mais avançada, não consegue explicar sobre isso e outras coisas de civilizações mais antigas que usavam ferramentas e equipamentos mais rudimentares. Talvez porque o nível de "ignorância" era menor do que agora.

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