quarta-feira, 24 de julho de 2024

Artefatos Fora de seu Tempo - Objetos impossíveis e que não deveriam existir no passado


Em abril de 1886, um grupo de mineiros de carvão que trabalhava em uma mina em Broad Top Hills, no centro da Pensilvânia, encontrou algo ao mesmo tempo intrigante e notável. Enquanto extraíam carvão, descobriram um pedaço de ardósia que parecia trazer uma série de rostos humanos toscamente esculpidos. Eles acharam a descoberta notável o suficiente para removê-la com cuidado e mostrá-la aos seus empregadores e à imprensa. 

A descoberta causou grande alvoroço, sendo relatado no Lewistown Gazette em 25 de abril de 1886. As figuras foram descritas como se tivessem sido "cortadas com um cinzel de gravador" e trazendo imagens de rostos humanos com "queixo, boca, bochechas, testa e olhos claramente delineados." Dada a profundidade da camada de carvão e a época em que ela teria sido construída, as esculturas teriam que ter sido feitas milhões de anos antes de qualquer um dos ancestrais da humanidade perambular e trabalhar em pedra, para não falar, ter a tecnologia para produzir ferramentas capazes de realizar esse trabalho.

Então, qual a explicação para tal coisa existir?

Um editor do jornal, rapidamente arriscou o palpite de que as imagens eram "uma formação fossilifica de mofo ou germes que floresceu ali". Não seria nada, senão uma enorme coincidência parecerem rostos humanos. Os mineiros mantiveram sua história e as descrições das testemunhas colocaram em dúvida tal explicação. As testemunhas insistiram que se tratava de esculturas de rostos humanos, mesmo que não estivessem à altura dos escultores modernos. Foram tiradas fotos da placa, mas, infelizmente, nenhuma delas sobreviveu até a era atual. Ainda assim, as esculturas da mina de carvão Broad Top eventualmente tomaram seu lugar como um dos menos relatados, mas numerosos relatórios do que é amplamente conhecido como Artefatos Fora do Lugar, ou Ooparts

Há muitos exemplos desses artefatos ao redor do mundo, mas a maioria dos cientistas tradicionais buscam diligentemente encontrar explicações razoáveis para eles. Para estes pesquisadores, eles não passam de fenómenos prosaicos e meras coincidências que não devem ser usados como base para questionamentos sobre a cronologia da ciência e progresso humano. 

Muitas vezes as “explicações” são convincentes e acabam explicando a real natureza desses artefatos, contudo há aqueles que desafiam qualquer argumento racional. São artefatos tão estranhos, tão incomuns e tão fora de seu tempo que não há uma explicação razoável para sua mera existência.

Há apenas dois anos, um relatório foi divulgado nas redes sociais apresentado a sensacional descoberta feita por  jovem nas margens de um rio perto de Watertown, Nova Iorque. Ao extrair do leito do rio uma placa de xisto, ele encontrou preso a ela o que parecia ser um relógio de bolso do início do século XX. A descoberta não parecia nada demais, exceto pelo fato de que o relógio era bastante peculiar por não ter símbolos convencionais em seu mostrador ou qualquer indicação de para que ele servia. Mas não era só isso... A misteriosa peça, chamada de relógio, estava incrustada na rocha, com evidente fossilização e cristalização que não poderiam se formar em apenas um século. Para isso, seriam necessários milhões de anos.

Não obstante, o relógio estava ali, desafiando a cronologia e uma explicação razoável.


Este não é o único artefato Oopart  descoberto que passa incólume diante de refutações normais.

Um dos artefatos Fora do Lugar mais famosos é a conhecida Bateria de Bagdá. Encontrada no Iraque em meados de 1940, a peça foi estimada como sendo de 250 a.C. Ela é composta de uma simples jarra de barro com tampa feita de asfalto. Pendurada nessa tampa está acoplada uma barra de ferro envolvida por um cilindro de cobre. Testes foram realizados na era moderna mostrando que se você enchesse a jarra com vinagre (substância comum na época), ela seria perfeitamente capaz de produzir uma pequena quantidade de eletricidade. 

Como o responsável por essa criação teria essa noção? Os pesquisadores que tiveram acesso a Bateria de Bagdá  atestaram que todos os materiais usados para sua criação eram de uso comum na época. Contudo, sua combinação é no mínimo estranha. Para que alguém envolveria uma barra de ferro com cobre e encheria uma jarra com vinagre se não para gerar uma reação química? A combinação é muito inusitada para não ser proposital. Não existe nenhuma menção a iraquianos em 250 aC pesquisando à respeito de geração de eletricidade, então quem criou essa coisa? E como ele sabia que ela geraria eletricidade?

Outro item curioso do passado é o lendário Mecanismo de Anticítera, que tem aparecido em tantos documentários que muitas pessoas sem dúvida já ouviram falar dele. Datado de uma época antes de Cristo, parece ser um engenho incrivelmente complexo de engrenagens e alavancas, capaz de realizar todos os tipos de cálculos de navegação com base em observações celestes. Numerosas reproduções modernas do dispositivo foram criadas e ele parece totalmente funcional. Em resumo, o artefato poderia ser o primeiro GPS da história.


Mas como seus criadores tinham noção de tal coisa? Eles estavam simplesmente muito à frente de seu tempo em termos de criação de engrenagens e alavancas? E o que dizer de sua notável capacidade de observação dos céus? Nada explica como eles foram capazes de construir tal coisa em uma época em que a tecnologia e ciência eram mera superstição. Tal como acontece com outros exemplos, talvez fossem pessoas excepcionalmente inteligentes que estavam à frente do seu tempo, mas cujo conhecimento se perdeu até que o resto da civilização os alcançasse. Infelizmente as explicações sobre "pessoas extraordinariamente capazes" em um determinado tempo e lugar deixam muito a desejar. 

Há um monumento apelidado de "A Grande Muralha do Texas", descoberto em 1852 que desperta dúvidas sobre quem, como e por que ele foi erguido. Trata-se de uma enorme construção de pedra erguida quando os indígenas eram os únicos habitantes da América do Norte. As pedras são enormes e quase simétricas, encaixando-se como um quebra-cabeça. As pessoas que viviam na região nessa época sequer possuíam montarias equestres, para não falar da capacidade de mover enormes monólitos. Especialistas afirmam que o monumento poderia ser uma formação natural, mas essa explicação não parece satisfatória. Ao observar as pedras é impossível deixar de perceber o encaixe perfeito delas e o fato de serem peças diferentes. 

Dizem o mesmo da infame Estrada Bimini, localizada no litoral das Bahamas. A "estrada" é formada por enormes pedras com centenas de toneladas perfeitamente encaixadas, resultando no que parece ser uma arquitetura inteligentemente projetada. Mais incrível ainda, ela se encontra num lugar submerso, no fundo do oceano há ​​milhares de anos. Como então teria sido montado esse arranjo? Não poderia ser mera coincidência ou decorrência da ação natural.


Alguns dos mais notáveis exemplos de Oopart são difíceis de refutar e as explicações oferecidas pelos céticos parecem ser, na melhor das hipóteses, um esforço de imaginação.

Consideremos o Cubo de Salzburgo, também conhecido como a Peça de Ferro Wolfsegg. Embora não tenha realmente a forma de um "cubo perfeito", ele é um pedaço de ferro de altíssima pureza dotado de uma estranha ranhura no centro. Foi descoberta numa mina de carvão em Wolfsegg am Hausruck, na Áustria, no ano de 1885 e se encontra em exibição no Museu de Viena. O que o torna notável é que foi encontrado dentro de um bloco de carvão que os mineiros estavam processando. Essa camada externa de carvão mineral se formou ao longo de aproximadamente 60 milhões de anos. A única explicação sugere que "de alguma forma" ele ficou incrustado no carvão durante o processamento. Contudo carvão é muito frágil e inserir um objeto de ferro tão refinado em um bloco de carvão sem quebrá-lo é algo praticamente impossível. Para todos efeitos, o cubo parece ser algo de outro mundo. Como ele foi construído? Como chegou lá? E quem o moldou nessa forma quase perfeita?

Depois, há o caso da Fuente Magna que foi descoberta no início do século XX, uma peça de cerâmica lindamente gravada com estranhas figuras de animais e escrita no interior em pelo menos dois idiomas diferentes. Sendo que um deles foi traduzido como sumério antigo! O que torna esta descoberta verdadeiramente única é o fato de ter sido descoberta a cerca de 75 quilômetros da cidade de La Paz, na Bolívia. Na mesma escavação arqueológica foram recuperados outros artefatos datados de muito antes de os primeiros exploradores europeus chegarem América do Sul. 

Como poderia alguém na Bolívia estar familiarizado com a língua suméria séculos atrás? Alguns críticos argumentaram que o texto sumério dentro da tigela contém erros na forma como os caracteres são formados, mas outros apontam que os escritos evoluíram ao longo do tempo. Outros céticos simplesmente levantaram as mãos e declararam que a tigela deve ser uma farsa, mas mesmo assim, ela permanece um mistério até hoje.


Outro objeto que desafia teimosamente a maioria das explicações convencionais é o Martelo de London. Em 1934, um operário chamado Max Hahn o descobriu numa escavação nos arredores de London, Texas. O artefato é formado por uma pedra de aparência curiosa com um pedaço de madeira semelhante a um cabo de ferramenta firmemente embutido nela. Sem pensar muito à respeito, a família Hahn o colocou em uma prateleira durante anos, até que um de seus filhos ficou curioso e conseguiu quebrar a pedra para investigá-la melhor.

No interior da rocha, encontraram a cabeça de um martelo claramente feito pelo homem, provavelmente do final do século XIX. Os restos do cabo de madeira eram velhos o suficiente para que partes dele se transformassem em carvão. Como ele foi inserido em pedra sólida ou como rocha se formou ao redor dele? Os céticos afirmam que o martelo foi perdido por alguém e a pedra ao redor se formou através do processo de concreção mineral. Mas o London Hammer não parece estar envolto em substâncias simples, mas em rocha muito sólida. Como isso aconteceu? Não há uma explicação razoável para tal coisa no reino da geologia.

O martelo está em exibição no Creation Evidence Museum e constitui um enigma até os dias atuais. Ninguém foi capaz de oferecer uma teoria para tal formação inusitada. 

Diante de todas essas peças incomuns, o que podemos dizer?

O tema Artefatos fora do Tempo é realmente fascinante e desperta debates acirrados na comunidade científica. Sem dúvida, existem aqueles que são quase certamente o resultado de fraudes, interpretações erradas ou uma má compreensão das capacidades tecnológicas das sociedades antigas. No entanto, há casos realmente inexplicáveis que não possuem uma explicação razoável. 


Uma possibilidade defendida por alguns pesquisadores metafísicos é que poderíamos estar diante do que é conhecido como Fenômeno dos Objetos Desaparecidos (DOPs). Muitas pessoas experimentam isso. Seriam objetos comuns que aparentemente desaparecem, apenas para reaparecer mais tarde em um lugar onde ninguém esperava ou supunha ser possível seu surgimento. Não se sabe como tais objetos poderiam entrar e sair da nossa realidade e que força seria responsável por isso, mas os postulantes afirmam que a causa seria um aparente deslocamento de matéria. 

Alternativamente há os postulantes da Teoria dos Deuses Astronautas que especulam sobre visitantes alienígenas que estiveram em nosso mundo há milhões de anos atrás. Eles teriam deixado pistas de sua passagem, sendo que algumas sobreviveram à passagem das eras. Algumas dessas ferramentas poderiam ter sido esquecidas e acabaram encapsuladas pela passagem do tempo em formações geológicas que demandam milhões de anos. Há ainda a hipótese levantada por alguns de que os artefatos não teriam origem extraterrestre, mas sim de homens capazes de viajar através do tempo. Estes teriam visitado pontos do passado remoto e lá esqueceram suas ferramentas que acabaram incorporadas ao ponto focal do espaço/tempo após seu descarte.

Se nenhuma dessas explicações preencher adequadamente as lacunas, honestamente não restam muitas outras opções. Seriam extraterrestres ou viajantes do tempo descuidados? Civilizações avançadas desconhecidas? Uma espécie de Falha na Matrix? 

Talvez nunca saibamos com certeza, mas o que sabemos é que os céticos nem sempre são capazes de explicar os mistérios que surgem. O universo e as coisas que o constituem parecem ser muito mais complexos do que ousamos imaginar. Nossa compreensão do tempo e da realidade ainda é muitíssimo vaga e os Artefatos Fora do Tempo podem ser as peças de um quebra-cabeça incrivelmente complexo.

Um comentário:

  1. Deuses astronautas me lembra sempre aquele cara de cabelo em pé do alienígenas do passado kkkk. Bom artigo, espero q um dia possamos solucionarmos da onde vieram esses objetos

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