Os Shoggoth são uma das criações mais tenebrosas de H.P. Lovecraft.Recentemente um leitor perguntou o que diabos era um Shoggoth e assim eu me dei conta que o Mundo Tentacular estava negligenciando essas pobres aberrações.
Bem, não mais...
ANATOMIA DOS SHOGGOTH
A massa protoplásmica viva que compõe os Shoggoths é formada por um colóide translúcido, semi-fluido de aspecto viscoso. Ao longe ele parece uma enorme concentração de piche sempre gotejando, formando apêndices, membros, olhos, bocas que surgem e se dissolvem.
A membrana que reveste o protoplasma dos Shoggoth é incrivelmente resistente. Essa película transparente é capaz de suportar extremos de temperatura, exposição direta ao fogo de um maçarico de acetileno, doses maciças de radiação ou descargas elétricas sem aparentar qualquer desgaste. O frio extremo (temperaturas inferiores a -100 graus) é capaz de congelar parcialmente a membrana deixando os movimentos da criatura mais lentos. Munições e explosivos têm pouca chance de penetrar na película que absorve energia cinética dispersando qualquer impacto direto.
Não bastasse a resistência, Shoggoths demonstram uma notável capacidade regenerativa natural. A parte externa dos Shoggoth é dotada de poros que secretam uma espécie de muco responsável por "remendar" os ferimentos. Quando a criatura registra um ferimento, começa a produzir essa substância que rapidamente cobre a área afetada protegendo e regenerando. Em poucos minutos a região é totalmente reconstruída.
De um ponto de vista prático, Shoggoths são virtualmente indestrutíveis, exceto pelo uso de explosivos extremamente potentes ou artefatos nucleares. Eles também são imunes a passagem do tempo e não conhecem limitações impostas por envelhecimento, prova disso é o fato que após milhões de anos, os espécimes da Antártida permanecerem ativos. Shoggoths não precisam de alimento, luz ou oxigênio para sobreviver, o que os torna extremamente adaptáveis a qualquer ambiente.Além da resistência, a membrana tem a capacidade de absorver matéria orgânica e usar o resultado dessa decomposição para crescer. Shoggoths podem absorver animais ou vegetais, ampliando sua massa e tamanho. A absorção e feita através do contato por meio de secreções enzimáticas que dissolvem e assimilam a matéria orgânica. Um Shoggoth é capaz de dissolver o corpo de um ser humano adulto, decompondo ossos e tecidos em poucos minutos.
Quando criaram os Shoggoth, os seres ancestrais impuseram limites para a capacidade de absorção a fim de evitar o crescimento descontrolado. Aparentemente, o limite foi gravado no DNA de cada espécime e varia de acordo com a função para a qual a criatura foi concebida. É possível que existam Shoggoths de tamano colossal, enquanto outros atingem apenas alguns metros.
Outra característica da membrana é a maleabilidade funcional. Cada Shoggoth foi criado para executar tarefas e para cumprir essas funções da maneira mais eficiente possível. Eles podem moldar seus corpos e assumir formas que em geral copiam os membros ou apêndices dos Anciões. Um Shoggoth criado para auxiliar em construções, por exemplo, pode formar dezenas de braços para puxar um objeto ou ainda tentáculos fortes como aço para prender, erguer ou arrastar blocos de pedra.
Os Shoggoths são incrivelmente fortes, podendo levantar do chão monolitos de pedra ou derrubar paredes com sua massa esmagadora. Eles também são incansáveis podendo trabalhar por dias a fio sem necessidade de descanso. As enormes cidades de pedra que os Shoggoth ajudaram a construir são uma prova de sua força implacável e capacidade inabalável.
Além de criar membros temporários para auxiliar em suas tarefas, Shoggoths podem formar uma infinidade de órgãos sensoriais que recobrem sua membrana externa. Os olhos se adaptam as condições de luminosidade podendo ter diferentes cores, tamanhos e formatos. Eles conseguem enxergar perfeitamente no escuro ou nas profundezas do oceano. Shoggoths podem criar ou dissolver bocas, usadas tanto para segurar objetos quanto para morder. Durante sua revolta, as criaturas executavam seus antigos mestres decapitando-os violentamente com uma única e letal mordida.Shoggoths não possuem senso de olfato e são surdos. Podem, contudo, captar ondas de choque bastante sutis como, por exemplo, as causadas por alguém andando. Ondas sonoras criam reverberações registradas pela membrana externa e detectada quase que imediatamente. Sua prontidão e alerta, torna-os excelente guardiões.
Shoggoths são incapazes de verbalizar palavras através de aparato vocal. Entretanto, eles preferem usar o método dos seres ancestrais para se comunicar. Formando canais ocos em sua membrana eles sopram e assoviam, gerando sons e ruídos que podem ser interpretados como uma comunicação. O som descrito como "Tiki-li-li" pelos sobreviventes da Expedição Miskatonic, provavelmente é resultado do sopro através dessas câmaras ocas.
Os Shoggoth foram concebidos para a vida marinha e nesse ambiente assumem uma forma mais ou menos esférica que se desloca com leves movimentos de apêndices natatórios. Em terra, eles se movem arrastando sua enorme massa por intermédio de pseudópodes que se esticam e agarram o solo. Apesar de suas dimensões, podem se deslocar com notável rapidez considerando a massa e peso total.
Os Anciões dominavam uma forma de telepatia muito avançada empregada para comunicação no espaço ou no fundo do mar. Seus cérebros com cinco lóbulos conectados a finos cílios no topo da cabeça emitiam comandos telepáticos que agiam diretamente sobre os Shoggoths. Essa forma de comunicação permitia transmitir instruções diretamente na mente rudimentar de seus operários. Através desses comandos mentais, os Anciões controlavam os Shoggoths da mesma maneira que humanos conduzem tratores ou escavadeiras.Como medida de segurança, os Shoggoth foram criados sem iniciativa própria e dotados com uma inteligência apenas rudimentar. Para todos os efeitos, eles não passavam de ferramentas de trabalho, destituídos de livre arbítrio e incapazes de tomar decisões.
Quando a hegemonia dos seres ancestrais começou a ser contestada por outras formas de vida alienígena, os Shoggoth foram usados como armas. Isso desencadeou um processo de auto-preservação na mente dos Shoggoth que lhes permitiu romper o controle de seus mestres e desafiá-los. A imponderável insurreição quase ocasionou a destruição do Império da Raça Ancestral.
Com o desaparecimento dos seres ancestrais, muitos estudiosos do Mythos se perguntam a respeito dos Shoggoth. Os últimos registros afirmam que eles partiram para as profundezas marinhas quando a Era do Gelo tornou sua existência na superfície inviável. Ao migrarem para o fundo do mar, levaram consigo os Shoggoth.
Há rumores que a raça submarina dos Abissais tenham encontrado e compelido essas aberrações protoplásmicas à servidão. O Livro de Eibon menciona que Shoggoths protegem as portas da tumba de R'Lyeh onde dorme o Grande Cthulhu. Mesmo feiticeiros humanos já foram capazes de invocar Shoggoths através de magias muito antigas e rituais.
Alguns cultos de entidades do Mythos se vangloriam de contar com tais criaturas, usadas como guardiões de seus templos. Shoggoths, no entanto, são criaturas de vontade volátil propensas a se rebelar contra seus mestres. Compelir tais seres a servidão pode trazer resultados inesperados e mortais.

Ao chegarem ao nosso planeta milhões de anos atrás, os Seres Ancestrais encontraram poucas formas de vida nativas, mas um ambiente rico em possibilidades. Manipulando os recursos disponíveis criaram condições para garantir sua sobrevivência. A medida que elaboravam um plano de colonização permanente, concluíram que necessitariam de ferramentas para essa árdua tarefa. Sua avançada ciência genética lhes permitiu construir em laboratórios aquilo que necessitavam: serviçais. De todas as "máquinas orgânicas" que construíram, a mais impressionante, sem sombra de dúvida, foram os Shoggoth.
O que os Seres Ancestrais não esperavam é que os Shoggoth tivessem uma evolução espontânea. Até então, eles eram uma espécie privada de inteligência racional, construídos para servir exclusivamente como ferramentas obtusas, incapazes de pensar e tomar decisões por conta própria. O envolvimento dos Shoggoth na guerra, despertou neles um perigoso instinto nato de sobrevivência. Eles passaram a desejar sua liberdade, algo até então impensável, nutrindo um ressentimento cada vez mais profundo contra seus criadores.










Carregar o lança-chamas já é mais complicado. O gás pressurizado no cilindro do lança-chamas é calibrado por uma máquina, na ausência deste, os lança chamas podem ser carregados apenas com combustível líquido (o que acontece na sua aplicação civil). O combustível empregado é um óleo derivado do petróleo, mas outros combustíveis podem ser usados inclusive gasolina e diesel. Rolamento de Luck pode ser pedido pelo guardião especialmente sacana que gosta de deixar seus jogadores suando frio. Eu sinceramente apenas iria presumir um acidente mediante alguma colossal estupidez dos jogadores (como por exemplo, fumar enquanto prepara a a arma).
Os alemães aprenderam a tirar o máximo proveito do terror que a arma despertava e a empregavam de modo eficiente. Uma coluna de seis homens com lança-chamas avançavam em linha disparando contra as posições inimigas. A visão deveria ser horrível: línguas de fogo lançadas a até 18 metros que queimavam sem parar. Os soldados que manuseavam o lança-chamas vestiam uma indumentária aterrorizante composta de máscara e uniforme especialmente projetado para criar terror.
Os lança-chamas manuais eram práticos e na teoria a arma perfeita para lutas em curta distância ou em terreno de trincheiras. Um disparo podia desentocar uma guarnição inteira e a potência do líquido inflamável era tamanha que nada conseguia apagar as chamas por ele provocadas. Os soldados usavam normalmente uniformes de algodão e couro, incapazes de protegê-los contra as chamas infernais. Quando atingidos eles se lançavam no chão, gritavam e queimavam até a morte... de nada adiantava as tentativas de socorro dos seus companheiros, o mais eficiente era poupá-los da agonia com um tiro. O índice de letalidade de um disparo de lança-chamas era altíssimo, apenas superado pelas armas químicas largamente usadas na Grande Guerra.

Eu sempre gostei do cinema de horror da Itália. Dario Argento, Mario Bava e Lucio Fulvi, são apenas alguns nomes de peso entre os grandes realizadores do horror na terra do espaguete. Eles conseguiam transmitir mais suspense e apreensão em cenas silenciosas e enquadramentos do que diretores atuais gastando rios de dinheiro em efeitos digitais inócuos.
O filme se passa no interior da Itália durante a Segunda Guerra Mundial e foca em uma família de fazendeiros composta por Pietro (Michael Segal) e sua esposa Lucia (Debbie Rochon) que vivem em uma modesta propriedade na companhia de Alice (Marysia Kay) a irmã muda de Lucia. A guerra rolando solta, mas a grande preocupação deles é com sua fazenda e sua própria sobrevivência. Certo dia uma estranha luminosidade emerge do poço de água pouco antes de uma explosão e do surgimento de uma nuvem de fumaça. Estranhamente a partir de então a água adquire propriedades medicinais e os vegetais começam a crescer. Mas como sempre, é questão de tempo até que coisas estranhas aconteçam levando os moradores da fazenda à loucura e desespero.
Mas se por um lado, o filme chega perto de ser envolvente, por outro dá longas passadas na direção contrária ao cometer algumas gafes imperdoáveis.
Esse tipo de visão pseudo-religiosa quase coloca tudo a perder. Não sei se o diretor resolver incluir esse embate entre "bem e mal" em virtude de suas crenças particulares, mas o fato é que foi uma tremenda besteira. O sempre ateu e materialista Lovecraft deixava claro que as criaturas do Mythos não eram demônios, mas entidades de poder cósmico incalculável. Insistir na explicação religiosa para racionalizar as ações da criatura é remar contra a corrente, ainda mais em se tratando de um filme baseado na obra de Lovecraft.
O pacote recebeu o nome de Caja Negra pois o material vem acondicionado em uma "caixa luva" preta com o Elder Sign em relevo. (Dá para ver no canto esquerdo da imagem acima).


Uma mostra do bestiário das criaturas do Mythos. Esses desenhos em preto e branco parecem rascunhos feitos à mão livre. Eu gosto muito desse estilo que cria a ilusão de serem ilustrações de um caderno de desenhos.
Aqui estão as fichas e atributos de personagens clássicos dos contos de H.P. Lovecraft. Henry Armitage, Randolph Carter, Joseph Curwen e Edgard DeLa Poer. Tenho certeza que todos os principais personagens devem ter recebido esse mesmo tratamento.







