E aí pessoal, Mesa Tentacular está de volta depois de um longo hiato.
Semana passada tivemos nosso já tradicional encontro de RPG aqui na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o Dungeon Carioca/Next que acontece todo mês no Centro Empresarial do Barra Shopping.
Aproveitei a ocasião para narrar minha primeira aventura de Call of Cthulhu 7a. Edição.
Na realidade, eu já havia mestrado uma aventura teste na Edição anterior do encontro, mas naquele caso, era uma aventura cujas regras adaptei para a sétima - no caso "Uma Família Feliz", um material originalmente escrito para a quinta edição. Já na semana passada, escolhi uma aventura concebida originalmente para a sétima edição, uma das estórias que acompanham o Keepers Handbook e se propõe a ser uma introdução tanto para Keepers quanto Investigadores de primeira viagem.
Escolhi "Amid in the Trees" (algo como "Entre as Árvores"), uma aventura que se provou bastante divertida e movimentada.
Amid in the Trees (doravante apenas "Amid") oferece um roteiro com mais ação do que o normal.
Não temos aqui tanta investigação e pesquisa quanto nas aventuras convencionais, mas isso está longe de ser um problema. Ao invés disso, temos uma boa dose de ameaça pairando no ar, mistério e um pouco de Survival Horror se o grupo deixar as coisas descambarem para um jogo de gato e rato.
No geral, gostei bastante da estória e de sua proposta de ser uma introdução ao jogo. Sem dúvida, ela vai agradar principalmente aos jogadores que preferem um estilo mais aventureiro em suas explorações dos Mitos Ancestrais e um embate face a face com o inimigo.
Não vou falar muito a respeito do roteiro para não estragar as surpresas para aqueles que ainda planejam jogar. O que posso dizer é que essa aventura é muito legal e vale a pena ser usada para seu grupo.
A ideia central é bem simples:
Um grupo de indivíduos é formado às pressas com o objetivo de se embrenhar em uma isolada floresta no Estado de Vermont atrás de criminosos que sequestraram a filha de um figurão. Os investigadores assumem o papel de pessoas atrás da recompensa oferecida, da fama ou de uma boa estória para contar. Perseguindo os bandidos, eles entram cada vez mais fundo na mata sem imaginar que os sequestradores serão o menor de seus problemas e que no coração da floresta há coisas mais antigas que a humanidade espreitando.
Aqui estão as fichas dos personagens:
Construí seis personagens para a estória. Como sempre, fichas prontas para facilitar e entrar direto na estória.
Os grupo contou com os seguintes personagens:
- Dayton Shroeder - Agente da Pinkerton, contratado pelo pai da menina para trazê-la de volta com vida (custe o que custar).
- John Morgan - Caçador de Recompensas, incumbido de trazer os criminosos vivos ou mortos.
- Dr. Clifford Hayes - O dedicado médico da cidade de Benington, que se oferece para participar da caçada humana.
- Leonard Spetzer - Um jornalista de Boston atrás de uma bela estória e quem sabe a chance de se tornar um herói (registrando os acontecimentos com sua câmera).
- Shelby "Shade Tree" Olsen - Um vagabundo e andarilho de ferrovias que vê na caçada uma oportunidade de ganhar alguns dólares.
- Patrick Gibson III - Um carismático político em busca de reconhecimento e de fama, interessado em angariar votos graças a feitos de bravura (esse personagem ficou de fora).
Estes são os Handouts da Aventura:
Resolvi criar meus próprios Handouts ao invés de usar apenas os que vinham na estória, que não eram muitos.
Como é uma aventura mais física e menos investigativa, as pistas envolvem imagens com cenas da estória, mapas e um cartaz com a descrição dos procurados.
Esse de longe foi meu Prop favorito na aventura:
Fiz também uns cartões com as estatísticas das armas carregadas pelos personagens.
Como essa aventura permite que o grupo leve consigo um arsenal de espingardas, rifles e pistolas achei que seria uma boa fazer essas cartas para facilitar. No fim das contas, fiz mais um monte de cartas com todo tipo de arma e equipamento que pode ser usado repetidas vezes.
O equipamento de jogo e minhas anotações atrás do Escudo.
Mais alguns mapas e anotações atrás do escudo.
Os investigadores lendo um estranho diário perdido no meio da floresta.
A essa altura, sonhos bizarros, ruídos incomuns e a presença de um perseguidor implacável na floresta silenciosa já estavam trabalhando para o clima crescente de paranoia.
Mas no fim...
Os aventureiros acabaram triunfando diante dos horrores e das situações inesperadas.
Foi um jogo bem divertido e embora ninguém além dos pobres NPCs tenham morrido, nem todos os personagens podem comemorar dizendo que saíram ilesos - a sanidade desceu a ladeira.
Mas o que importa é que eles conseguiram salvar a situação e sobreviver às minhas tentativas de aniquilá-los. E em Cthulhu isso equivale a ganhar o dia!
Ao menos, até a próxima estória...
(Valeu pessoal, grande jogo!)
PS - Ah sim, essa aventura contou para o Programa Cult of Chaos de Guardiões (Keepers) dispostos a levar Call of Cthulhu para eventos e apresentar as regras a novos jogadores aumentando assim o nosso secto. Aliás, nesse quesito missão cumprida, já que de cinco jogadores três nunca tinham perdido um único ponto de sanidade em Cthulhu.
Quem quiser participar de uma mesa dessas, é só a gente combinar!
PPS - As fotos, ao menos as bem tiradas são obra de Gabriel Veloso, nosso parceiro do Velho Crânio.
Muito bom!
ResponderExcluirQue venha o próximo!