E concluindo a nossa série de Espíritos, Fantasmas e Monstros do Folclore Japonês, mais sete criaturas que você não quer encontrar na Terra do Sol Nascente.
8) Kekkai
Outro elemento recorrente no mundo sobrenatural do Japão é a presença de bebês assustadores e/ou monstruosos. Há algo nos mistérios da concepção e do nascimento que é realmente assustador, mas na Cultura Nipônica não são poucos os fantasmas e demônios que assumem a forma de recém nascidos. Os fantasmas desse grupo são comumente chamados de Sanke, sendo o Kekkai o pior deles.
8) Kekkai
Outro elemento recorrente no mundo sobrenatural do Japão é a presença de bebês assustadores e/ou monstruosos. Há algo nos mistérios da concepção e do nascimento que é realmente assustador, mas na Cultura Nipônica não são poucos os fantasmas e demônios que assumem a forma de recém nascidos. Os fantasmas desse grupo são comumente chamados de Sanke, sendo o Kekkai o pior deles.
O Kekkai é uma criança nascida com sangue diabólico correndo em suas veias. Por vezes, a criatura manifesta uma pequena peculiaridade: orelhas pontudas, olhos de gato ou feições caprinas, em casos extremos pés de bode, chifres, pinças de caranguejo e pelos negros podem surgir tornando o bebê uma abominação medonha.
O mais temido Kekkai não pode sequer ser identificado como um bebê humano. Ele se forma no útero como uma massa disforme de carne e cabelo escuro do tamanho de uma bola de basquete que mais parece um tumor do que uma criança. Não obstante, essa coisa ao nascer chora como uma mulher desesperada causando uma onda de pânico em todos que ouvem seus uivos agudos. Não raramente médicos e enfermeiros ficam paralisados de medo e a coisa age livremente matando a mãe e escapando para algum lugar escuro onde possa crescer.
Não por acaso, essa assombração aterroriza especialmente mulheres. A crença de que o Kekkai surge a partir de relações sexuais espúrias ou proibidas foi muito disseminada no Japão sobretudo em áreas rurais onde a iniciação sexual é um tabu. Inúmeros abortos clandestinos foram realizados por mulheres temerosas de que seus filhos não desejados poderiam se tornar Kekkai.
Não é de se admirar que a taxa de natalidade no Japão esteja em queda.
O mais temido Kekkai não pode sequer ser identificado como um bebê humano. Ele se forma no útero como uma massa disforme de carne e cabelo escuro do tamanho de uma bola de basquete que mais parece um tumor do que uma criança. Não obstante, essa coisa ao nascer chora como uma mulher desesperada causando uma onda de pânico em todos que ouvem seus uivos agudos. Não raramente médicos e enfermeiros ficam paralisados de medo e a coisa age livremente matando a mãe e escapando para algum lugar escuro onde possa crescer.
Não por acaso, essa assombração aterroriza especialmente mulheres. A crença de que o Kekkai surge a partir de relações sexuais espúrias ou proibidas foi muito disseminada no Japão sobretudo em áreas rurais onde a iniciação sexual é um tabu. Inúmeros abortos clandestinos foram realizados por mulheres temerosas de que seus filhos não desejados poderiam se tornar Kekkai.
Não é de se admirar que a taxa de natalidade no Japão esteja em queda.
Uma das muitas, muitas assombrações demoníacas que parecem uma bruxa velha e que vagam pelo Japão. A Oshiribaba é uma das entidades mais temidas e assustadoras.
A princípio ela pode parecer apenas uma velha feia e de modos desagradáveis como uma risada estranha e movimentos desconjuntados. Em algumas variantes, a bruxa tem os cabelos grisalhos repletos de piolhos, uma corcunda, dentes acavalados ou algo que a torna especialmente desagradável aos olhos da maioria. A bruxa se apresenta para mocinhas, em especial aquelas que tem uma aparência acima da média.
Ela oferece a elas produtos de beleza, pó compacto, baton, rouge ou seja lá o que for. A Oshiribaba promete que seus produtos são maravilhosos e que vão realçar a beleza da pessoa escolhida. Por algum motivo, o espírito parece ter um poder de convencimento enorme, pois se não fosse isso, como explicar que alguém aceitaria de uma velha medonha produtos de beleza?
Seja como for, os produtos parecem funcionar muito bem. A pessoa constata que eles são muito bons e que de fato a tornam mais atraente e desejada. Tudo isso, é uma grande ilusão! Embora a mulher se veja cada vez mais linda e jovem, inclusive nos espelhos, todos os outros cada a vêem cada vez mais feia e enrugada. No fim, elas acabam se tornando tão aterrorizantes e deformadas quanto a Oshiribaba que lhes ofereceu a chance de serem lindas.
Um dos termos usados para mulheres feias no Japão, ao longo dos séculos é Oshiribaba, um termo pejorativo, usado entre adolescentes para designar aquelas colegas com poucos atrativos e predicados físicos.
10) Ittan-Momen
Mas nem só de coisas feias e assustadores vive o submundo do sobrenatural japonês. Tem outras coisas que são menos apavorantes e simplesmente... esquisitas.
Mas nem só de coisas feias e assustadores vive o submundo do sobrenatural japonês. Tem outras coisas que são menos apavorantes e simplesmente... esquisitas.
Tomemos como exemplo o Ittan-Momen que sequer parece assustador. Ele é basicamente um grande pedaço de tecido de algodão que por alguma razão foi possuído por um espírito. Soa meio sem graça, não é?
O problema é que o Ittan-Momen é incrivelmente maligno e tem a desagradável habilidade de voar por aí e se enrolar ao redor da cabeça das pessoas que estão dormindo ou por alguma razão inconscientes - bêbados e drogados, nos últimos tempos parecem vítimas ideais. Uma vez envolvendo a cabeça, ele começa a apertar de tal maneira que a pessoa se vê incapaz de removê-lo, morrendo asfixiada. O Ittan-Momen parece um sádico filho da mãe, mas não é apenas isso.
Em algumas versões, a entidade seria capaz de entrar pela boca de suas vítimas com o objetivo de fazê-las engasgar e sufocar, Em outras, ele se envolve ao redor do pescoço e puxa o pobre diabo até estrangulá-lo. De todos os ângulos essa toalha de algodão do mal é um calhorda assassino.
É curioso como os japoneses associam os espíritos malignos ao seu dia a dia. Algumas pessoas ainda hoje associam o tratamento básico de esterilização de ferimentos com o mito do Ittan-Momen, temendo que tecidos sejam colocados sobre si, mesmo que esse seja um procedimento comum em Centros Cirúrgicos de todo mundo. Em algumas lugares do Japão, colocar um pano sobre a cabeça de uma pessoa é um mau agouro, algo evitado por todos.
11) Isonade
O Folclore japonês é cheio de seres marinhos mitológicos, o que não é exatamente surpreendente uma vez que o Japão é uma Ilha. Além disso, marinheiros e pescadores são supersticiosos em todas as partes do mundo.
O Isonade é um terror marinho. Para alguns ele é interpretado como um animal estranho e perigoso, mas muitos acreditam que ele seja algo mais: uma entidade fantasmagórica pavorosa. Imagine um tubarão, grande e assustador vivendo em qualquer lugar com água, não necessariamente água salgada, o que inclui rios, lagos e pequenos reservatórios de água. Agora imagine que esse tubarão mata pelo prazer de matar e não para se alimentar ou preservar seu território. O Isonade é um bicho cruel com inteligência sobrenatural e motivação para fazer o mal.
Além disso o bicharoco possui barbatanas que são afiadas como um ralador de queijo, sendo que ao invés de queijo ele costuma ralar pessoas. O isonade utiliza essas barbatanas para filetar suas vítimas cortando-as em pedaços que são então devorados por todos azarados o bastante para encontrar um deles cara a cara.
Tubarões são temidos onde quer que seja, mas só a possibilidade de haver um tubarão inteligente caçando por esporte deve ser uma sensação incômoda, sobretudo quando você vive do mar. Muitos marujos japoneses fazem oferendas para tubarões antes de entrar na água esperando ganhar assim uma espécie de salvo-conduto. O costume existe até hoje e inclui é claro um pedido especial para manter o Isonade bem longe deles.
O Folclore japonês é cheio de seres marinhos mitológicos, o que não é exatamente surpreendente uma vez que o Japão é uma Ilha. Além disso, marinheiros e pescadores são supersticiosos em todas as partes do mundo.
O Isonade é um terror marinho. Para alguns ele é interpretado como um animal estranho e perigoso, mas muitos acreditam que ele seja algo mais: uma entidade fantasmagórica pavorosa. Imagine um tubarão, grande e assustador vivendo em qualquer lugar com água, não necessariamente água salgada, o que inclui rios, lagos e pequenos reservatórios de água. Agora imagine que esse tubarão mata pelo prazer de matar e não para se alimentar ou preservar seu território. O Isonade é um bicho cruel com inteligência sobrenatural e motivação para fazer o mal.
Além disso o bicharoco possui barbatanas que são afiadas como um ralador de queijo, sendo que ao invés de queijo ele costuma ralar pessoas. O isonade utiliza essas barbatanas para filetar suas vítimas cortando-as em pedaços que são então devorados por todos azarados o bastante para encontrar um deles cara a cara.
Tubarões são temidos onde quer que seja, mas só a possibilidade de haver um tubarão inteligente caçando por esporte deve ser uma sensação incômoda, sobretudo quando você vive do mar. Muitos marujos japoneses fazem oferendas para tubarões antes de entrar na água esperando ganhar assim uma espécie de salvo-conduto. O costume existe até hoje e inclui é claro um pedido especial para manter o Isonade bem longe deles.
12) Bake-Kujira
Outro terror marinho, o Bake-Kujira diz respeito a um espírito que assume a forma de uma ossada gigante de baleia.
Os japoneses possuem uma longa e polêmica tradição como baleeiros e arpoadores. A maioria das nações modernas diminuiu ou baniu de vez a prática de predação de baleias em virtude do risco de extinção dos animais, mas no Japão, a caça à baleias continua sendo praticada. Apesar do clamor público da própria população, pesca de baleias ainda é uma atividade aceitável.
Talvez em face de toda polêmica, a Bake-Kujra se tornou um espírito popular nas últimas décadas. Segundo o mito, quando uma baleia é morta injustamente ela pode retornar como uma criatura vingativa que existe com o propósito único de afundar barcos e punir aqueles que a mataram. Baleias prenhas, que são abatidas de forma cruel ou cuja pesca é injustificada, são as que mais frequentemente podem retornar.
O Bake-Kujira é uma visão aterrorizante. Uma enorme criatura formada por imensos ossos de baleia colados por cartilagens. Ela é extremamente inteligente e vingativa, abarroando quaisquer embarcações que encontra pela frente e levando marinheiros às profundezas. Aqueles que participaram de sua morte são punidos de maneira ainda mais terrível, os marujos são engolidos e ficam aprisionados no interior do leviatã como mortos vivos pela eternidade.
No Japão, as pessoas consideram ver uma baleia um sinal de boa sorte, mas encontrar um Bake-Kujira é motivo de desespero e pânico. Em vilarejos pesqueiros, os ossos de baleias eram enterrados muito longe, queimados ou pulverizados para que não retornassem como espíritos vingativos. Monges shintoístas abençoavam os restos para que eles não voltassem. O mero rumor da presença dessas entidades avistados em alto-mar já era suficiente para lançar populações em uma onda de desespero e fazer com que pescadores sequer cogitassem sair para trabalhar.
13) Hyosube
O Hyosube faz parte do vasto rol de pequenos duendes malignos do folclore nipônico.
Não são poucos os monstrinhos que fazem parte dessa categoria, contudo o Hyosube parece ser o pior deles. Não é pelo tamanho, já que ele não é mais do que um anão cabeçudo, de corpo compacto e coberto de pelos escuros e crespos.
O problema de cruzar o caminho de um Hyosube é que tradicionalmente avistar uma dessas criaturas está associado a um azar crônico que acaba levando a pessoa a uma morte trágica. Esses duendes não tentam se esconder, eles ficam felizes em transmitir sua má sorte e sentenciar seus desafetos (basicamente qualquer pessoa!) a acidentes fatais. Na lista de acontecimentos trágicos há espaço para atropelamentos, ataques de animais selvagens, afogamento e até queda de raios.
A única coisa que pode evitar o acidente é deixar uma oferenda para o Hyrosube que o amaldiçoou, de preferência frutas que devem ser esmagadas e abandonadas em um jardim. Nesse caso, a criatura será atraída ao local, comerá tudo, destruirá toda plantação e partirá podendo ou não remover seu mau olhado. Berinjelas são a comida favorita deles e portanto as melhores chances de conseguir o favor deles é oferecendo essa iguaria.
Pode parecer bobagem, mas no interior do Japão ainda hoje é costume deixar berinjelas espalhadas pelos campos para que os Hyosube saciem sua fome e deixem as pessoas em paz. Outro detalhe curioso é que até o século XIX, anões eram mau vistos no Japão pois alguns acreditavam que eles eram de alguma forma ligados a essas criaturas. Na sociedade japonesa, crianças nascidas com nanismo por vezes eram afogadas por parteiras e enterradas em caixas com pedaços de berinjela, um costume bizarro que ainda hoje teima em acontecer em regiões isoladas e supersticiosas.
O Hyosube faz parte do vasto rol de pequenos duendes malignos do folclore nipônico.
Não são poucos os monstrinhos que fazem parte dessa categoria, contudo o Hyosube parece ser o pior deles. Não é pelo tamanho, já que ele não é mais do que um anão cabeçudo, de corpo compacto e coberto de pelos escuros e crespos.
O problema de cruzar o caminho de um Hyosube é que tradicionalmente avistar uma dessas criaturas está associado a um azar crônico que acaba levando a pessoa a uma morte trágica. Esses duendes não tentam se esconder, eles ficam felizes em transmitir sua má sorte e sentenciar seus desafetos (basicamente qualquer pessoa!) a acidentes fatais. Na lista de acontecimentos trágicos há espaço para atropelamentos, ataques de animais selvagens, afogamento e até queda de raios.
A única coisa que pode evitar o acidente é deixar uma oferenda para o Hyrosube que o amaldiçoou, de preferência frutas que devem ser esmagadas e abandonadas em um jardim. Nesse caso, a criatura será atraída ao local, comerá tudo, destruirá toda plantação e partirá podendo ou não remover seu mau olhado. Berinjelas são a comida favorita deles e portanto as melhores chances de conseguir o favor deles é oferecendo essa iguaria.
Pode parecer bobagem, mas no interior do Japão ainda hoje é costume deixar berinjelas espalhadas pelos campos para que os Hyosube saciem sua fome e deixem as pessoas em paz. Outro detalhe curioso é que até o século XIX, anões eram mau vistos no Japão pois alguns acreditavam que eles eram de alguma forma ligados a essas criaturas. Na sociedade japonesa, crianças nascidas com nanismo por vezes eram afogadas por parteiras e enterradas em caixas com pedaços de berinjela, um costume bizarro que ainda hoje teima em acontecer em regiões isoladas e supersticiosas.
Outro monstro dos tempos modernos, cuja origem não foi determinada.
A Kushisake-Onna é uma mulher que vaga pelas ruas movimentadas das metrópoles usando uma máscara no rosto semelhante a usada por milhares de cidadãos para se proteger da fumaça e poluição. Ela parece uma pessoa normal e não se preocupa em se misturar a população.
A criatura tende a procurar crianças ou adolescentes, aproximando-se deles e fazendo perguntas como se estivesse perdida. Depois de receber as informações desejadas, ela escolhe uma das crianças e pergunta a ela se a acha bonita. Se a criança responder que sim - porque em geral ela parece bonita, a Kushisake-Onna remove a máscara mostrando sua face horrivelmente retalhada por um corte nos dois lados da boca. Nesse momento, ela pergunta novamente se ela ainda é bonita. Se a criança disser que não, o espírito agarra a criança e a mata de uma maneira violenta, em geral estrangulando ou mordendo sua garganta. Se a criança responde que não, a Kushisake-Onna poupa sua vida, mas transforma a criação em uma réplica dela mesma, produzindo horríveis cortes nos cantos de sua boca.
Pode parecer uma lenda urbana boba, algo criado com o intuito de meramente assustar crianças e impedir que elas falem com estranhos, contudo o temor desse espírito causou uma epidemia no Japão na década de 1970. Crianças e até adultos desconfiavam de mulheres vestindo máscaras e temiam tanto que elas pudessem ser a Kushisake-Onna que evitavam falar ou prestar ajuda.
O temor chegou a tal ponto que uma campanha foi veiculada na televisão para conscientizar as pessoas que a entidade não existia. Antes disso, um projeto de lei chegou a ser votado em algumas regiões do Japão para impedir mulheres de usar máscara. Se isso não demonstra um medo palpável, que tal o fato de uma mulher ter sido apedrejada até a morte por crianças nos arredores de um colégio em Osaka? Tudo isso por que ela vestia uma máscara cirúrgica e tinha uma deformidade de palato. O medo por resultar em situações muito estranhas, especialmente se as pessoas forem confrontadas com o objeto de seu terror.
Tem um episódio da série Constantine que aparece uma criatura que deve ter sido inspirada na Kuchisake-Onna, já que segue toda essa descrição, e ainda é uma atriz japonesa que interpreta a entidade/espírito/criatura.
ResponderExcluirMas na série dão uma explicação específica dos motivos da entidade agir assim.
Sim mas inspiração é uma coisa, original é outra...
ExcluirAlias também sou fã de Constantine
Na parte sobre a Kuchisake-Onna tem um erro: "Se a criança disser que não, o espírito agarra a criança e a mata de uma maneira violenta, em geral estrangulando ou mordendo sua garganta. Se a criança responde que não, a Kushisake-Onna poupa sua vida,(...)"
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