quinta-feira, 13 de abril de 2017

Ravenloft: 2. Rose and Thorne, no Coração das Trevas


Os aventureiros colhidos por uma noite das mais lúgubres exploram o interior da Mansão e seus muitos mistérios. Cada aposento revela uma pequena peça de um medonho quebra cabeça.

A Mansão um dia foi o antro de uma decadente congregação chamada Die Hand Die Verletz (A Mão que Machuca). Essa cabala formada por indivíduos ricos e de ascendência aristocrática glorificava algo que chamavam de Poderes Negros, uma maldade primordial em estado puro. Acreditavam ainda que essa força havia gerado uma espécie de Messias das Trevas que os guiaria em direção da imortalidade, concedendo-lhes poder além de suas ambições. 

"A loucura permeava cada aspecto desse covil de iniquidade. As visões que experimentamos eram absurdas e extremamente perversas. Espetáculos de maldade e decadência encenados por monstros mascarados como pessoas".

Diário de Braguir, Sacerdote de Lathander

"Não eram apenas os perigos apresentados por essa Casa Vil que nos ameaçavam - não eram somente as armaduras animadas, as armas flutuantes, os espectros e seres de além túmulo, mas havia um mal invisível e persistente. Algo que estava em todo canto, podíamos sentir, mas que permanecia a espreita, observando e nos estudando. Logo soube que aquele lugar precisar ser purificado."

Das memórias de Rün Havenhide, Guerreiro do Halo Solar


Os líderes da cabala profana eram dois aristocratas, um casal chamado Gustaff e Elizabeta Durst. A Casa pertenceu a eles, e os dois abriram suas portas para que o local fosse palco para os mais desprezíveis atos de iniquidade: necrofilia, canibalismo, profanação, perversidades e rituais negros. Se essas paredes malditas falassem, relatariam uma história de decadência e pavor sem igual.

Mas mesmo em meio de todo esse horror, existe um pequeno resquício de pureza na Casa dos Lamentos. As crianças, os filhos dos demônios Durst ainda residem no local como fantasmas ignorando sua condição. Os heróis encontram as crianças Rosalva (Rose) e Thornvald (Thorne) em um quarto trancado, local onde foram esquecidas quando a Casa foi invadida pelo tal Messias das Trevas.  

"As pobre crianças ainda habitavam aquele lugar embora já não estivessem vivas a sabe lá quanto tempo. Havia uma tristeza profunda no ar, e meus companheiros pareciam claramente perturbados pela descoberta funesta. Após conversar com os espíritos, eles asseguraram que a única maneira de escapar das agruras da Mansão, e também libertá-los, seria destruir o Coração que residia nos porões da propriedade. Resignados demos início a busca"

Do Diário de Adrie

Os heróis conseguem reunir as cinco peças metálicas que compõem o brasão da Casa Rose & Thorne. Dispostos sobre o local correto, eles funcionam como uma chave garantindo acesso a uma escada em espiral que desce a caminho dos subterrâneos.

Nas escadas de pedra que conduzem às entranhas da propriedade, o som ritmado de um enorme coração pode ser ouvido.

"Não há como dizer o que os aguarda nas profundezas desse lugar. Mas ao que parece, é o único caminho que nos resta. Libertar os espíritos dessas crianças tornou-se uma missão pela qual vale a pena se arriscar. Se isso servir para por um fim a essa maldade, terá valido a pena"

Das anotações de Gareth II sob o título "antes da descida".


Nas profundezas a companhia de investigadores é confrontada com terrores ainda maiores. O que restou dos cultistas do Die Hand Die Verletz, ainda vagam pelos corredores tortuosos da masmorra de pedra. Famintos pelo cheiro de sangue e pela proximidade de carne humana para saciar seus apetites medonhos. Nas câmaras mais profundas, os heróis combatem hordas de carniçais que avançam sem temor, encontrando como resposta aço e magia, fogo e coragem.

"Numa câmara finamente decorada, diferente de todas as outras que compõem essa masmorra decrépita, encontramos Gustaff e Elizabeta. Ou ao menos, aquilo que eles se tornaram... A batalha contra os dois foi árdua e sangrenta, não cabem detalhes da barbárie e da ferocidade. Tudo que posso dizer é que demos cabo de todos os carniçais e mortos vivos que protegiam o lugar. O fedor nauseante da morte insepulta recobre cada canto... Tudo que eu almejo é sair dessa tumba e ver o dia novamente, respirar ar puro. Mas é preciso descansar, pois sinto que há ainda mais nos aguardando...".

Do diário de Simone de Beaumont


Recobrando as forças após o terrível embate, o grupo segue para a câmara final de onde ecoam os sons ritmados de um gigantesco coração preso a correntes no alto. A coisa abominável fornece vida a toda a casa, como se fosse um enorme organismo. Antes que os heróis possam atacar a coisa, eles experimentam uma visão:

"A visão que nos arrebatou foi de um pavor ocorrido naquele aposento esquecido pela luz solar. Nos deparamos com a cena de um massacre. Aquele que o culto acreditava ser um Messias das Trevas, furioso com alguma transgressão cometida, desceu sobre a congregação matando todos os presentes com requintes de crueldade. Em seguida, tomando o coração de uma vítima recém sacrificada o alçou em uma corrente para que ele se torna-se o Coração da Casa. A casa não era portanto uma obra do Culto, mas da vontade desse ser monstruoso. E a cada batida, o Coração profano reverberava sua vontade".

Diário de Braguir, Sacerdote da Luz Solar.

E logo depois da visão, uma criatura vil de composição lodosa se ergueu de uma fossa atacando aqueles que estavam se recuperando da revelação atroz. A coisa feita de lodo negro um dia foi usada pelo Culto na nauseante tarefa de digerir os restos de seus sacrifícios. Abandonada e faminta, a aberração se ergueu de seu covil para atacar os heróis.


"Tivemos de enfrentar aquela abominação antes de dar cabo no Coração! Eu já havia ouvido falar de criaturas gosmentas como aquela, mas nunca esperei encontrar uma. E espero jamais encontrar outra! Ao fim do combate, minha armadura e espada haviam sido parcialmente corroídas pela bile ácida da criatura que escorreu também sobre minha pele deixando bolhas. Por Lathander, as surpresas dessa casa amaldiçoada parecem não ter fim!"

Das memórias de Rûn Havenhide.

Após destruir o Pudim Negro, os heróis se apressam para deixar a Masmorra dos Lamentos, pois a casa parece ser consumida logo depois do Coração receber o golpe derradeiro. Assim que o órgão cessa de bater, a casa inteira começa a ruir. No fim, os heróis conseguem deixar o lugar, que é sugado por inteiro colapsando sobre si mesmo.

É o fim da Casa dos Lamentos...

(ao menos por enquanto).

Os vídeos do Stream já estão no Facebook:

Parte 1:


Parte 2:



Parte 3:



Parte 4:



Um comentário:

  1. Mano, manda mais disso que ta ficando incrivel!! E se puder faz campanha de CthulhuTech, A lenda dos 5 anéis ou dos Elder Evils do D&D!

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