quinta-feira, 21 de junho de 2012

Cinema Tentacular: Prometheus - Resenha do filme de Ridley Scott


O primeiro filme da franquia Alien lançado em 1979 é um precursor, um divisor de águas, um clássico que conseguiu tornar o gênero Sci-Fi algo assustador, escuro, asfixiante... até então a conquista do espaço era tratada como direito da humanidade, quando tivesse meios de chegar lá, bastaria para a humanidade esticar as mãos e agarrar com vontade. Alien lançou uma sombra pessimista sobre esse conceito adotado pelo cinema. Ele tornou o espaço um lugar ameaçador e estranho, que repudiava a humanidade e lembrava a ela constantemente de sua fragilidade: "No espaço ninguém o ouvirá gritar" dizia o cartaz do filme. 

Alien é um daqueles filmes que grudam na nossa mente e brincam com a nossa imaginação fazendo com que a gente tenha medo do escuro e receio de ficar sozinho. Ele não é apenas um filme soturno sobre um monstro matando astronautas, ele é um horror de primeira grandeza que continua assustando à despeito de terem se passado 33 anos. Substitua o imenso cargueiro Nostromo por uma casa assombrada e você tem um filme de horror gótico como os de antigamente. A grande graça do filme está em seus silêncios, nas sombras, na amargura dos personagens e na esmagadora aura de ameaça lançada pelo indesejado "oitavo passageiro".

Alien mexe com nossos medos mais primais, ao trazer para bordo da nave, uma coisa incontrolável, imponderável, implacável em seu intento único: sobreviver. Ele manipula nossos sentidos e remexe nosso estômago ao fazer do monstro o supremo parasita, "nascido" a partir de um membro da tripulação. "O Filho de Kane" como diz o insensível andróide Ash ao se referir a criatura que tanto admira. Alien nos coloca lado a lado com os tripulantes do Nostromo e faz com que a gente respire fundo cada vez que alguém tem que entrar numa sala ou cruzar um corredor com luz piscando. A personagem de Sigourney Weaver consegue passar aquela sensação de incontido pavor e asco diante do maior de todos os medos, o medo do desconhecido. A Ripley do primeiro filme é uma mulher que decide fazer de tudo para prevalecer diante da coisa que ameaça a ela e seus companheiros.

Eu poderia escrever parágrafos e mais parágrafos sobre Alien e sobre o quanto gosto desse filme (e de sua continuação Aliens - O Resgate).


Talvez por isso eu estivesse tão animado com a notícia do lançamento de Prometheus, uma espécie de introdução (ou prequel, como está na moda) que prometia revitalizar a franquia que andava capengando depois de bobagens como os dois sofríveis Aliens versus Predador. Mais do que um novo capítulo no universo de Alien, o filme seria dirigido por Ridley Scott, o diretor que há três décadas deu início ao pesadelo futurista.

Eu não sabia dizer exatamente o que esperava de Ridley Scott. Eu sempre fui um fã de Alien Blade Runner e reconheço a importância quintessencial dessas duas obras primas da ficção dirigidas por Scott. Mas a carreira do diretor inglês não é de hoje vem derrapando, sobretudo nos últimos anos com sucessos super-valorizados como Falcão Negro em Perigo Gladiador, passando por filmes fracos como Cruzada e Robin Hood até coisas realmente tenebrosas como Hannibal e G.I. Jane. A despeito disso, Scott parecia estar voltando ao seu lugar de direito, já que ele sempre se ressentiu das continuações usando os personagens e conceitos que ele ajudou a criar no universo de Alien. Em mais de uma ocasião ele concedeu entrevistas afirmando que desejava voltar a dirigir um Alien.



Mas vamos com calma! Uma das coisas que Scott deixou claro logo que recebeu o sinal verde do Estúdio 20th Century Fox para filmar Prometheus é que seu filme não seria sobre as criaturas que deram nome a franquia. Os xenomorphs de sangue ácido não seriam o foco da trama, embora o filme se passasse no mesmo universo em que eles habitavam. A estória iria se concentrar na origem da bizarra criatura elefantina, o Space Jokey como era chamado o alienígena que transportava em sua nave milhares de ovos de aliens e que teria sido vítima dessas criaturas. O Space Jockey, uma criação de J.R. Giger ganhou a alcunha de Engenheiro e papel central em Prometheus.

Scott deve ter ficado satisfeito já que quando estava filmando Alien por pouco não foi obrigado pelos executivos a cortar o Space Jockey por conta do orçamento. Na mente dos executivos do estúdio era um desperdício construir o modelo de uma criatura cuja importância não era central na trama. Dizem as lendas que Scott brigou para que o Jockey fosse mantido por considerar que ele era uma parte essencial na mitologia que ele desejava criar. Aquele alienígena gigante fossilizado com uma espécie de tromba e o peito explodido para fora concedia um ar de mistério ao filme. Sua existência era um enigma que em momento algum seria solucionado.

Foram necessários 33 anos para que o diretor contasse essa estória. Não poderia dar errado, certo? 


Mas contrariando os prognósticos, muita coisa deu errado em Prometheus. O resultado infelizmente é horrendo, no pior sentido da palavra. Prometheus é muito fraco e não passa de um emaranhado de situações que variam entre a previsibilidade total, a simples incoerência e total estupidez guiados por um roteiro que não entrega o que promete. Frustração maior, apenas a causada pelo desalentador Star Wars: A Ameaça Fantasma de George Lucas que conseguiu a façanha de manchar a "sagrada trilogia". Prometheus talvez não jogue lama na franquia Alien, mas não a ajuda em nada.    

Normalmente é difícil apontar o que dá errado em uma produção tão aguardada e antecipada. Em Prometheus pelo contrário, é difícil apontar os acertos, mas vou dar a mão à palmatória e elogiar aquilo que merece aplausos. 

Em primeiro lugar a competência técnica do filme é notável. Som de primeira que faz você sentir o motor pulsante das naves, fotografia acentuando a escuridão, efeitos digitais em 3D e direção de arte impecáveis. Cercado de indivíduos competentes, o filme prima com imagens impressionantes que conjugam elementos de rara beleza e desconcertante estranheza. Os cenários grandiosos e ao mesmo tempo opressivos, com interiores preenchidos por uma escuridão indevassável se revelam obras de arte com a marca de qualidade do genial designer suiço Giger, que deixou sua assinatura em toda série. As naves parecendo enormes catedrais góticas, as cavernas lembrando estruturas orgânicas e paisagens alienígenas com planetas colossais despontando no horizonte, remetem aos outros filmes.


O elenco cheio de faces conhecidas tenta sustentar a estória e faz o possível para desenvolver o roteiro cheio de buracos e inconsistências, brigando com linhas que pareceriam muito mais absurdas saindo da boca de intérpretes menores. 

Mas falaremos do elenco mais adiante na resenha, antes vou abrir um parênteses para falar do roteiro.

Não é segredo que Ridley Scott alimentava um antigo desejo de fundir a mitologia de Alien com o material polêmico dos Livros de Erich VonDeniken, o papa das teorias sobre os Deuses Astronautas. Scott confiou o roteiro a Damon Lindelof, cuja maior contribuição para o universo da ficção cientifica foi escrever a rocambolesca trama da série de televisão, LOST. Para alguns Lindelof é o responsável por enterrar Lost e encerrar a série com um final tão absurdo capaz de desafiar a devoção dos fãs mais fiéis (a minha inclusive).

A premissa escrita por Lindelof em cima de um rascunho de Scott e de idéias chupadas do livro "Carruagens dos Deuses" de Von Dëniken, envolve não apenas a descoberta de alienígenas em um planeta distante e de uma civilização muito avançada que cruzava as estrelas bem antes da humanidade existir. A trama se concentra em uma busca filosófica pela origem do homem e pelos assim chamados "Deuses" que semearam a vida em nosso planeta milhões de anos atrás. O filme levanta questionamentos sobre misticismo, religiosidade e progresso científico, sobre a busca pelo sentido da vida, nosso papel no universo e sobre nossa própria gênese. Grandes questões para um filme de ficção, mas nenhum desses questionamentos é tratado de forma profunda ou resulta em algo mais do que um pano de fundo para cenas de correria e explosões que se acumulam ruidosamente a partir da tumultuada metade final do filme.


Prometheus é basicamente um filme bobo e desnecessariamente pretensioso que propõe uma idéia interessante que não é desenvolvida a contento, descambando para situações arrastadas e personagens absurdamente incoerentes. Se você espera por um filme capaz de revigorar a série Alien, retomando aquilo pelo qual ela era famosa:  surpresas, reviravoltas, sustos e tensão capaz de colocar você na ponta da poltrona, esqueça. Prometheus pode se passar no mesmo universo de Alien, mas é definitivamente outro tipo de filme. 

Não há o menor sinal da atmosfera de temor que caracterizava o filme original. Prometheus é barulhento demais em contra-ponto aos enervantes silêncios do filme original. Nem mesmo os elaborados efeitos em 3D conseguem lançar algum suspense na trama. Personagens morrem, mas nenhum deles faz falta ou muda o panorama. Alguns você chega a dar graças à deus por serem mortos de uma vez.


O filme começa com um prólogo em algum momento da pré-história terrestre, quando o planeta recebe de um alienígena a semente de DNA que irá fazer florescer a vida em sua superfície. Não há uma explicação porque essa tarefa envolve um horrível sacrifício por parte do alienígena, mas essa é apenas a primeira das coisas que fica sem explicação, vá se acostumando. 

Na cena seguinte somos apresentados ao casal de arqueólogos Elizabeth Shaw e Charlie Holloway (Noomi Rapace e Logan Marshall-Green) que escavam uma encosta na Escócia no ano 2089. O casal tem estudado misteriosas inscrições e pinturas rupestres que sugerem contato com alienígenas por diversas culturas no passado. Cruzando as informações obtidas, os dois conseguem convencer o dono da Mega-Corporação Weyland a financiar uma expedição a um planeta com condições de suportar vida humana e que é mencionado nas inscrições ancestrais. Para os que não se recordam, a Weyland é o conglomerado financeiro dono do Cargueiro Nostromo no filme original e o responsável pela colônia de terraformação em Aliens, o Resgate. A missão da viagem científica é encontrar as formas de vida que inspiraram nossos antepassados e que podem ter dado o impulso definitivo para o surgimento da humanidade.



A equipe composta por 17 indivíduos, além do casal de arqueólogos, conta com Meredith Vickers (Charlize Therona fria analista da corporação Weyland, o capitão Janek (Idris Elba) um veterano de várias viagens espaciais e David (Michael Fassbenderum androide que faz as vezes de oficial de ciências, auxiliar médico, mordomo e copeiro. 


De longe o personagem de Fassbender se destaca, dando vida a um homem artificial que tem questionamentos profundos e que está disposto a acompanhar os humanos em sua busca e quem sabe encontrar suas próprias respostas. A interpretação contida na medida certa, cheia de pausas e reticências educadas faz de David o personagem mais interessante do filme. A apresentação dele como o único passageiro desperto durante a longa viagem é uma das melhores sequências do filme. Uma vez que não precisa dormir em uma câmara de hibernação, o androide passa seu tempo vagando pela nave, estudando, jogando basquete e assistindo filmes dos quais copia trejeitos dos personagens. Infelizmente o roteiro não permite que as motivações de David sejam compreendidas deixando em aberto várias das suas atitudes, sendo que algumas não ficam claras e acabam soando gratuitas.

Os demais tripulantes são dispensáveis e você sabe que eles não vão durar muito tempo, ao contrário dos tripulantes do Nostromo esses não vão fazer a mínima falta. O grupo de extras inclui personagens incrivelmente dispensáveis como o geólogo que "veio pelo dinheiro", o biólogo covarde e uma dupla de navegadores cuja única contribuição ao filme é lembrar que fizeram uma aposta bem sem graça lá no início. É de se imaginar que uma missão espacial que custou "um trilhão de créditos!" deveria contar com uma equipe mais profissional, infelizmente o desempenho da maioria dos tripulantes beira um quadro do show do Monty Python ou um filme dos Trapalhões. É incrível como cientistas não se sentem minimamente compelidos pelas implicações da missão na qual estão inseridos e são capazes das ações mais estúpidas. Sério, onde já se viu exploradores tirarem o capacete dentro de uma ruína alienígena, tocar em espécimes desconhecidos ou realizar uma análise de restos alienígenas sem usar máscaras ou luvas?


Uma vez que a missão chega ao seu destino e faz a tradicional descida cheia de drama, os exploradores começam a investigar sinais de vida extraterrestre encontrando uma espécie de pirâmide na superfície estéril do planeta. É claro, o grupo irá vasculhar essas cavernas fazendo descobertas sobre a tal civilização. É engraçado que nenhuma dessas descobertas parece ser significativa para os personagens. Emblemática é a cena em que o casal de arqueólogos descobre algumas pistas importantes sobre a origem da humanidade, mas decide colocar tudo de lado para transar.

Mas não apenas os humanos são idiotas inconsequentes. A raça primordial dos Engenheiros, os tais Deuses Astronautas (que apesar de gigantes não tem tromba e estão mais para albinos carecas), não passam no final das contas de alienígenas militaristas bem estereotipados cuja motivação é dúbia no melhor dos casos. Não há uma explicação satisfatória sobre o seu papel deles como criadores de vida em outros planetas e seu envolvimento na gênese dos Alien, esses sim, xeno-morfos interessantes. 

Lá pelas tantas, uma forma de vida nativa que parece ter escapado de um filme B de gosto duvidoso -- na boa, a coisa parece uma minhoca com uma vagina dentada. Teremos algum drama com o previsível atrito entre personalidades diferentes, culminado com um solução histérica na base do lança chamas e uma cena de parto involuntário que remonta aos filmes originais, sem um décimo do choque ou tensão que seriam característicos. Aos poucos, algumas revelações são lançadas para o público, a maioria pouco surpreendente como a presença de passageiros ocultos na nave e o background secreto da personagem de Charlize Theron.

Eu não vou cometer a gafe de divulgar spoilers e revelar o final, mas posso dizer sem medo que o filme vai deixar um gosto amargo na boca de muita gente. 



Muita coisa fica em aberto e os questionamentos filosóficos sobre a origem da vida na Terra vão para o ralo na parte final, quando o que importa é construir cenas de ação explosiva com detritos 3D voando pela tela. O roteiro não se propõe a explicar uma série de aspectos centrais na trama e como resultado temos uma infinidade de pontas soltas e perguntas que não são respondidas. 


Ridley Scott e a Fox Films deixaram bem óbvio que Prometheus se propõe a ser a retomada do universo de Alien, o que nos faz supor que vem aí algumas sequências -- dizem que uma trilogia é planejada. Pois bem, não contem comigo: "me enganou uma vez mérito seu, me enganou duas vergonha minha".


Ao meu ver, filmes de ficção científica mexem com a nossa criatividade, com nossa imaginação a medida que provocam e nos fazem refletir sobre as incertezas do futuro. O Alien original era um filme que funcionava por criar uma estória dramaticamente real mesmo que usasse para isso situações e um ambiente surreal. O ponto central dele é que quando nos lançamos rumo ao desconhecido, nunca sabemos o que vamos encontrar e quais serão os resultados desse mergulho. 


Prometheus parte de uma premissa semelhante. Ele investiga a necessidade de responder a enigmas essenciais da nossa própria origem e do risco que isso envolve. Infelizmente ele falha ao contar uma estória sem alma e sem identidade, justamente os elementos que os personagens buscam com tanto afinco.


Trailer:



12 comentários:

  1. É a melhor crítica que li sobre o filme. Concordo com você, e acrescento que a Noomi Rapace não convence, gostei muito dela na Triologia Millennium, mas de lá pra cá não vi outro filme que a atuação dela compensasse.

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  2. Cara, sua crítica foi muito boa! Também gostei da primeira metade do filme, mas a outra foi muito porra louca e corrida! Tb achei aquelas minhocas com vagina dentadas oriundas de filmes B, me lembrou "Galáxia do Terror", lembram? E fora que deixaram muita coisa sem explicação, a cena de sacrifício no início foi cortada, pois aquele Engenheiro que se sacrifica no início do filme para dar origem a vida na Terra, conversa com um conselho de engenheiros, com inclusive um ancião entre eles. Talvez justificasse melhor aquela cena e vai estar no DVD/Blue Ray! De resto não serviu de ponte nenhuma com Aliens, a história foi em outra lua, o "Alien" no final é diferente ou como eu costumo chamar um "protoalien"! E ficaram mais perguntas que respostas, parece que o Sr. Ridley Scott Prometheus e não cumpriris, rss...

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  3. Ah, aproveitando, saiu uma matéria hj no Jovem Nerd, onde divulgam o mundo Fantástico de H P Lovecraft, confiram, ok? http://jovemnerd.ig.com.br/jovem-nerd-news/livros/conheca-o-projeto-de-fa-o-mundo-fantastico-de-h-p-lovecraft/
    Abraço

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  4. Concordo plenamente com sua crítica.
    Ridley Scott e seus roteristas são umas mulas, se eles querem fazer uma franquia caça níqueis já havia argumento suficiente pra faze-lo, explorando a história da Elisabeth Shaw e David partindo na outra nave em busca do planeta natal dos Engenheiros. Mas agora o que temos… dois problemas na continuação: mostrar as aventuras dos dois acima e explicar como diabos a equipe da Nostromo descobriu tudo aquilo em outra lua, posto de uma forma muito similar aos acontecimentos de Prometheus. Ah vá a merda Scott, a essa altura do campeonato vc quer ganhar dinheiro fácil???

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  5. Prometheus é um lixo perdi 2 horas da minha vida com isso, filme desprezivel.

    Pior que ele quer gravar Blade Runner 2 e provavelmente irá matar o filme também.

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  6. Excelente crítica, sem dúvidas.

    Quem sabe agora o Guillermo Del Toro revê os conceitos dele quanto a tirar da gaveta o "Nas Montanhas da Loucura"... bom, pelo menos sonhar ainda é permitido. rs

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  7. Minha resenha, ou melhor, detonação:

    http://www.rpgpara.com/prometheus-um-filme-tosco-o-prometosco/

    Gilson

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  8. Amarelo, essa foi a melhor crítica/resenha que li sobre o filme. Concordo com tudo, e constato que tudo que o Mr. Lindelof faz deixa um gosto estranho na boca, uma vontade de gostar mas que não se concretiza por pura incompetência. Isso deve ser algum tipo de dom, não?

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  9. Esse Lindelof está com o filme completamente queimado agora. Nunca mais pago para assistir algo dele, se é que me darei ao trabalho de assistir.

    Gilson

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  10. Excelente crítica. Eu, que tenho pouquíssimo contato com filmes como Alien etc., saí muito frustrada do cinema, imagino grandes fãs e conhecedores profundos das histórias que o motivam. Realmente um lixo.

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  11. Boa a critica que confirma minha sensação de algo não impactante, algo sem clareza ou melhor sem proposito e quando há algum proposito é algo previsivel e infantil, de um aparato técnico incrivel jogado fora por falta de roteiro esse damon lindelof faz arte contemporânea rs , bom nome pra guardar e ficar longe, chega de enigmas do tipo lost.

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  12. Melhor crítica que já li sobre um filme.
    Assisti ontem o filme, e você realmente acertou em tudo.

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