Olá pessoal,
Domingo passado tivemos a segunda edição do Dungeon Carioca, evento de RPG que congrega mestres e jogadores versados na "nobre arte de rolar poliedros aleatórios sobre a mesa" e é claro "contar estórias através deles".
Foi um dia bem animado, com um público superior ao evento de estréia e em número bem animador, considerando que no mesmo dia havia não apenas um, mas dois eventos de fãs de seriados e filmes na cidade. Quem escolheu ir ao Dungeon Carioca, na Barra da Tijuca não se arrependeu: além de encontrar jogadores motivados, um café quentinho num clima de serra (bem atípico na cidade maravilhosa), ainda teve a chance de escolher participar de quatro mesas bem cheias.
Além da minha mesa de Call of Cthulhu (sistema clássico), sobre a qual vou falar em maiores detalhes em seguida, o evento contou com uma mesa de D&D 4ed repleta de miniaturas, uma de Shotgun Diaries com uma epidemia incontrolável de zumbis e uma de Espírito do Século cheia de heróis pulp tentando salvar o mundo das maquinações de um vilão simiesco.
Cada mesa teve em média 6-7 jogadores e os dados rolaram até as 20 horas.
Bom, eu não posso falar muito sobre as outras mesas, mas posso imaginar que foram bem animadas pela gritaria em alguns momentos. Minha mesa foi bastante divertida também.
Contando com seis jogadores, vários perdendo seus primeiros pontos de sanidade no universo do Mythos, a mesa lançou o grupo em uma tensa investigação na sonolenta cidade de Kingsport, uma das comunidades que compõem a Lovecraftian County, as paragens onde muitos dos contos se passam.
Os investigadores, amigos de infância tinham uma dura tarefa pela frente: descobrir o que havia acontecido com um amigo em comum que havia sofrido uma espécie de colapso mental durante uma terrível tempestade elétrica que varreu a cidade. Mais ainda, tinham de relacionar esse acontecimento com a fatídica destruição de um dos marcos da cidade, a misteriosa "Casa em meio às névoas".
Será que a condição de seu amigo teria algo a ver com a destruição da pequena construção inacessível no alto da Kingsport Head? Estaria a colônia de artistas e boêmios envolvida de alguma forma? Será que o grupo iria até o fim em sua investigação para ajudar o amigo a romper o silêncio?
Seguindo pistas e antigos arquivos encontrados na Sociedade Histórica local, relacionando testemunhos com crendices e o rico folclore da Nova Inglaterra, os personagens começam a arranhar a superfície de algo muito mais profundo e perturbador que os leva a um encontro com o Capitão Richard Holt, o notório "Terrible Old Men" (O velho mau) de Kingsport e a uma perigosa escalada que os colocará diante da própria Casa em meio às névoas e todos os segredos que ela esconde.
Diferente de aventuras mais tradicionais, "A Casa na Fronteira" é um cenário onde o risco reside na exploração de um ambiente sob o qual não se tem controle e onde tudo, virtualmente tudo pode acontecer.
Aqui estão algumas fotos da sessão:
Mesa arrumada bem no início das investigações. Eu gosto da abordagem chupada de "It" (filme baseado na obra de Stephen King) em que os investigadores são amigos que quando crianças compartilharam de uma mesma aventura e de um breve encontro com o inexplicável...
... encontro este que rendeu esse tipo de imagem. Bem legal que justamente a jogadora cujo personagem "viu" a criatura foi capaz de fazer um desenho do que havia sido visto. Mais legal ainda é que o personagem era um artista especializado em imagens dessa natureza. Um daqueles momentos em que personagem e jogador conseguem se unir para produzir um elemento que contribui para o cenário.
O grupo estuda o mapa de Kingsport e a imagem da Kingsport Head, a imensa montanha que lança uma sombra de mau agouro sobre a cidade aos seus pés.
O grupo tem acesso a algumas pistas e recortes de jornal que revelam um pouco mais sobre o passado da "Casa em meio às névoas". Quem a teria construído e com que intuito? No final do cenário algumas dessas perguntas serão respondidas.
Ao se aventurar nas traiçoeiras montanhas, o grupo arrisca a própria vida sendo confrontado com visões inexplicáveis, paisagens fantásticas e cenas que parecem ter saído de seus próprios sonhos (ou pesadelos!)
Ficha de um dos personagens e os dados que em alguns minutos salvam vidas... em outros causam tragédias.
E foi assim que os investigadores no final conseguiram resolver o mistério e abrir as portas para um novo universo até então inacessível, muito além das paredes do sono...
Ah sim, mês que vem teremos mais Dungeon Carioca, sempre no último domingo de cada mês. Não custa lembrar que a entrada é franca, o pessoal é super gente boa e o ambiente de primeira. Para quem está de bobeira aos domingos, é uma ótima oportunidade.
E no próximo teremos DUAS mesas com ambientações Lovecraftianas já que a minha esposa também se animou e pretende mestrar.
Cthulhu em dose dupla, estariam as estrelas se alinhando?
Você já ouviu falar de Deus Machina Demonbane? É uma visual novel que mistura os Mythos com ação e robôs gigantes.
ResponderExcluirEstava jogando Luciano, meu caro, além de ser um excelente narrador, você me inspirou a, além de jogar mais vezes Call of Cthulhu, aprender mais sobre o sistema e futuramente narrar minhas próprias histórias. Maldito seja! Hauahauahauah
ResponderExcluirGrande abraço!
Desculpa pela gritaria! rsrsrs Mas os zumbis de CDD Diaries estavam hilariantes...
ResponderExcluirKinni - Não conheço não. Vou procurar saber á respeito, mas pelo que você disse parece com a ambientação do Cthulhu Tech.
ResponderExcluirStoryteller - Hehehe! Mais um para o culto de Cthulhu.
ygor - Relaxa, tem problema não. Mesas com gritaria em geral são sinônimo de mesas divertidas. Migramos para outra mesa porque tinha lugar de sobra para se espalhar.
Galera, onde na Barra é esse evento?
ResponderExcluirTiago, esse evento ocorre mensalmente no Shopping Ion, que fica na Avenida das Américas altura do Extra. Para mais informações procure o blog Dungeon Carioca ou a página desse grupo no Facebook.
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