E aí pessoal?
No Dungeon Carioca de Setembro tivemos como tema "Games".
O que poderia sair disso? Bom, num primeiro momento fiquei em dúvida sobre o que poderia fazer, mas então lembrei de um cenário do livro "Atomic-Age Cthulhu" (lançado ano passado pela Chaosium) que na ocasião me lembrou demais o jogo L.A. Noire.
Para falar a verdade parece que o autor desse cenário, Brian Countermache, se inspirou levemente no game para escrever essa estória, tamanha a similaridade dela com o gênero Noir da Cidade dos Anjos. Bastou dar uma lembrada no roteiro para eu ter certeza que estava diante da escolha perfeita.
Fiz algumas mudanças leves, troquei a criatura principal e algumas situações e pronto. L.A. Diabolical é uma típica investigação de crime em Los Angeles, envolvendo o glamour de Hollywood. Mais do que isso, ela é sobre os desejos sinistros de quebrar os tabus sociais, romper com a normalidade eexplorar um mundo de perversidade proibida. Me lembrou os romances noir de James Elroy (LA Confidential, Dália Negra entre outros) dos quais chupei algumas situações e ideias.
No fim das contas, ficou uma boa estória de mistério que começa como um crime pequeno e vai tomando contornos de uma conspiração macabra envolvendo gente poderosa e influente no meio artístico.
Para dar o tom do game, fiz umas adaptações e construí como personagens dos jogadores um elenco formado pelos personagens principais de L.A. Noire, encabeçado pelo protagonista o detetive Cole Phelps, amparado pelos seus muitos parceiros. Fiz com que eles fossem uma espécie de "Força Tarefa" do Departamento de Polícia de Los Angeles, a Divisão de Crimes Sérios, especializada em investigar casos que precisam ser resolvidos com urgência. A mistura de vários policiais, cada qual com suas especializações ficou bem legal e deu um sabor de nostalgia para quem jogou L.A. Noir, e vontade de conhecer, em quem não jogou...
L.A. Diabolical tem originalmente uma outra inspiração que descobri ser bem real sobre um escândalo ocorrido nos anos 1950 envolvendo uma estrela em ascenção e seu interesse na Igreja diabólica do maluco Anton La Vey. Essa sacada foi muito legal, colocando artistas e personalidades famosas no universo do Mythos sob outros nomes.
Como essa era para ser uma aventura inspirada em personagens já bem definidos eu queria ter um diferencial. Algo que identificasse o grupo e quem cada jogador estava controlando. Além disso queria algo que os identificasse como policiais, componentes de uma Task Force. Por isso fiz esses crachás de identificação para serem usados como se fossem os distintivos dos personagens.
Aqui está o do personagem principal, o detetive Cole Phelps que na aventura faz parte do Departamento de Homicídios. As informações sobre o personagem eu consegui na internet em uma das muitas páginas dedicadas a L.A. Noire.
Eu gostei tanto da ideia que acabei fazendo um para mim também, afinal, todos na mesa teriam um distintivo e eu não queria destoar da maioria. Fiz um crachá de Great Cthulhu com o devido símbolo (ancestral) que usei de forma respeitosa (hehe).
Aqui estão os props da aventura, um monte de pistas de papel para uma investigação. Eu gostei especialmente das fotografias que coloquei e dos documentos do legista, sempre fica muito legal usar esse tipo de coisa.
Eu adorei esse prop. É um envelope em papel especial (que canibalizei de um convite de casamento!) e fotografias que eu achei na internet envolvidas em papel fino quase transparente. Deu um ar bacana muito parecido com aquelas fotos de estúdio.
Esses são aqueles típicos documentos de polícia, certificado do legista, resultado de autópsia (com o boneco para comentários), registro de prisão e carteira de motorista
Esses dois mapas tirei do livro Secrets of Los Angeles da Chaosium que tem trocentos mapas da Cidade dos Anjos. Só depois lembrei que tinha um mapa bem melhor que veio em outro livro de Darklands Noir e que ficaria perfeito nessa aventura. Mas tudo bem...
Esse aqui foi outro que eu gostei de como ficou. O convite de entrada para a Igreja da Noite, sem o qual os personagens não conseguiriam entrar para uma reuni. Eu sempre quis usar um desses envelopes pretos e esse serviu como uma luva. Essa é a parte da frente.
E esse é o verso do convite.
E aqui estão as fotos da Sessão de jogo lá no Centro Empresarial do Barra Shopping com o Mega Mate ao fundo:
Todo mundo com seus distintivos de investigador.
E oplacar final foiuma lavada para os jogadores. 6 x 0 - acho que terei de ser mais malvado na próxima aventura.
Parabéns, Luciano, sempre é uma alegria e satisfação muito grande ver matérias e fotos dos seus eventos e jogos, realmente espero um dia poder jogar com vocês!!! Vida longa ao Grande Keeper!!!
ResponderExcluirputz, queria saco pra ter todo esse cuidado com os props e etc q vc tem, fico imaginando quão divertidos (acho q não é a melhor palavra pra um jogo de CoC :p) suas mesas devem ser....
ResponderExcluirparabens meu vei...
Onde vc arrumou esses documentos de legistas?
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