Arqueólogos esbarraram em uma incrível descoberta há algumas semanas.
Em uma escavação de rotina para remoção de neve, um grupo encontrou uma série de inscrições deixadas por soldados durante a Primeira Guerra Mundial. As inscrições, mais de duas mil no total, foram gravadas nas paredes de um túnel que servia como proteção para camponeses durante os períodos mais severos do inverno ou em meio a cercos durante a Idade Média.
O local, conhecido como Cavernas de Naour, faz parte de um complexo subterrâneo natural que se estende por mais de três quilômetros, formado por dezenas de túneis, câmaras e recessos, muitos dos quais até hoje inexplorados. Durante os dias negros da Idade Média, os camponeses buscavam refúgio nessas câmaras para se proteger de inimigos e para encontrar um refúgio mais confortável quando a temperatura baixava. No interior dos túneis as pessoas podiam se esconder por semanas, contando com um abastecimento de água subterrâneo. O túnel foi bastante usado até meados do século XVII, quando a entrada principal foi bloqueada por soldados que descobriram o acesso e resolveram prender as pessoas em seu interior. Em 1887, foi realizada uma exumação dos corpos de mais de trinta indivíduos que haviam morrido no interior do complexo. Depois dos corpos serem retirados e devidamente sepultados, a entrada foi lacrada uma vez mais. Havia estórias sobre o lugar ser assombrado e o pároco da época decidiu não alimentar os rumores lacrando a entrada.
Em uma escavação de rotina para remoção de neve, um grupo encontrou uma série de inscrições deixadas por soldados durante a Primeira Guerra Mundial. As inscrições, mais de duas mil no total, foram gravadas nas paredes de um túnel que servia como proteção para camponeses durante os períodos mais severos do inverno ou em meio a cercos durante a Idade Média.
O local, conhecido como Cavernas de Naour, faz parte de um complexo subterrâneo natural que se estende por mais de três quilômetros, formado por dezenas de túneis, câmaras e recessos, muitos dos quais até hoje inexplorados. Durante os dias negros da Idade Média, os camponeses buscavam refúgio nessas câmaras para se proteger de inimigos e para encontrar um refúgio mais confortável quando a temperatura baixava. No interior dos túneis as pessoas podiam se esconder por semanas, contando com um abastecimento de água subterrâneo. O túnel foi bastante usado até meados do século XVII, quando a entrada principal foi bloqueada por soldados que descobriram o acesso e resolveram prender as pessoas em seu interior. Em 1887, foi realizada uma exumação dos corpos de mais de trinta indivíduos que haviam morrido no interior do complexo. Depois dos corpos serem retirados e devidamente sepultados, a entrada foi lacrada uma vez mais. Havia estórias sobre o lugar ser assombrado e o pároco da época decidiu não alimentar os rumores lacrando a entrada.
A fascinante descoberta de que o complexo foi usado durante a primeira década do século XX é simplesmente fantástica. O arqueólogo Gilles Prilaux, do Instituto Francês de Arqueologia, foi chamado para verificar as estranhas marcas e atestou sua autenticidade, elas foram deixadas por soldados em 1916.O acesso alternativo aos túneis foi encontrado por uma equipe de limpeza de neve, tratava-se de um portão de pedra que estava bloqueado.
As pedras, provavelmente foram colocadas ali pelos soldados quando eles deixaram o local e não foi difícil removê-las. Ironicamente, o lugar ficou fechado por quase cem anos sem que ninguém soubesse de sua existência.
Prillaux já havia realizado pesquisas nos arredores das Cavernas de Naour, mas até então, não tinha conhecimento da existência de uma entrada alternativa. Seus planos eram estudar a utilização do lugar durante a Idade Média, mas a nova descoberta fez com que ele mudasse o foco de suas pesquisas: "É com o tropeçar em um grande mural histórico, com o nome e pensamentos de homens que viveram há mais de 100 anos e deixaram gravado na pedra aquilo que sentiam, às vésperas de um dos mais sangrentos episódios da Grande Guerra, a Batalha do Somme".
Com a ajuda do fotógrafo Jeff Gusky, uma equipe foi capaz de documentar 1.821 nomes e iniciais, que já foram identificadas como pertencentes a 731 australianos, 399 britânicos, 55 americanos e uma quantidade ainda desconhecida de franceses e canadenses. Centenas ainda serão identificadas.
Além dos nomes, alguns soldados deixaram mensagens para parentes, amigos e colegas, pensamentos, poesias e aspirações, sobretudo o desejo de retornar para casa assim que a guerra terminasse e de encontrar um mundo pacífico.
Um soldado escreveu em francês as seguintes palavras:
"No fundo desses túneis, um simples soldado veio se proteger. Aqui ele encontrou refúgio do frio e da escuridão. Na companhia de seus irmãos de armas, ele teve a oportunidade de sonhar com dias melhores. Que esses dias cheguem logo, para o bem de toda humanidade".
O sítio, localizado próximo ao Campo de Batalha do Somme foi largamente utilizado pelas tropas francesas e de seus aliados como alojamento temporário. Os soldados provavelmente encontraram os túneis acidentalmente e o utilizaram como abrigo, assim como faziam os camponeses. O local parece ter se tornado bastante popular, como uma espécie de memorial, usado por aqueles que se preparavam para seguir rumo ao front e encarar a possível morte.
* * *
Eu fico imaginando o que mais poderia ser encontrado nesse túnel. A notícia me deu várias ideias que eu compartilho aqui com os colegas.
O Testemunho - Quem sabe um relatório tenha sido escrito por um oficial francês. Esta é a única fonte conhecida de algum episódio misterioso ocorrido durante o Caos da Guerra. Talvez, esse oficial tivesse receio de falar sobre uma descoberta bizarra, um evento que ele testemunhou, algo inexplicável ou aterrorizante que preferiu deixar registrado no túnel. Provavelmente seus superiores não levariam a sério suas palavras e o acusariam de inventar ou alucinar esses fatos. Talvez por isso, ele tenha guardado essa narrativa em uma bolsa e enterrado sob um monte de pedras para que ele fosse encontrado mais tarde. Infelizmente sua narrativa jamais foi achada, até agora...
O Artefato - Também é possível pensar na existência de algo mais estranho. Quem sabe, um grupo de soldados tenha sido chamado para escavar uma trincheira e durante seu trabalho desenterrou algo inexplicável. Talvez eles tenham achado uma estátua pertencente a um Deus Negro Ancestral, cheio de tentáculos e uma aura de maldade sufocante. Talvez eles tenham encontrado uma adaga amaldiçoada, enterrada ali desde os tempos da Guerra dos Cem Anos que coalhou esse mesmo solo de sangue. O que será que essa adaga é capaz de fazer se a sua lâmina for suja de sangue uma vez mais? Os soldados teriam escondido sua descoberta nas profundezas da caverna esperando que ela jamais fosse encontrada e por cem anos ela ficou na escuridão silenciosa. Sua longa espera terminou.
Os Famintos - As cavernas eram usadas por camponeses durante as frequentes guerras medievais e um grupo se escondeu ali dentro tentando escapar de seus inimigos. Ao invés disso, encontrou apenas a morte na escuridão, causada pela inanição. E se um ou mais desses pobres camponeses tivesse aderido ao canibalismo? E se eles tiverem, com base nessa medida desesperada, se transformado em algo blasfemo? Quem sabe uma comunidade de carniçais (ghouls) ainda vive nas profundezas, tendo hibernado por décadas, aguardando a chegada de visitantes depois de tanto tempo.
O Culto Profano - E se o complexo não ficou realmente abandonado por todo esse tempo? E se o lugar era usado por um bando de cultistas que realizava rituais profanos no interior das cavernas? Pior ainda: e se o complexo for o reduto de uma criatura invocada das estrelas e que se alojou na porção mais profunda do complexo. Nyogtha? Tulzcha? Um Lloigor extremamente poderoso? Há muitas entidades que poderiam se ajustar a esse cenário. É possível que os cultistas conheçam algum outro acesso que não foi encontrado e agora, é questão de tempo até ele ser descoberto por curiosos. Talvez eles tenham de agir o quanto antes para evitar que um grupo de arqueólogos e historiadores encontre seu centro de poder.
Os Fantasmas - Quem sabe o complexo seja realmente assombrado por espíritos e assombrações presas em seu interior. Esses espíritos pertencem aos camponeses ou aos soldados mortos, capturados ali há tanto tempo que nem eles mesmos sabem que estão mortos. Talvez os investigadores tenham de lidar com esses espíritos e dar a eles o devido descanso. Um exorcismo pode ser a solução, mas será que isso será suficiente?
As Inscrições Malditas - Talvez não haja apenas nomes escritos nas paredes da Caverna de Naour. É possível que alguns soldados tenham encontrado algo tenebroso habitando esse complexo subterrâneo e para impedir que ele fosse à superfície entalharam uma série de símbolos de proteção e trechos de uma magia de contenção nas paredes rochosas. Esse encantamento deveria lacrar a coisa que habita os túneis e conter seus esforços de ascender à superfície. O feitiço funcionou por todo esse tempo, mas agora que um grupo de arqueólogos está mapeando as paredes e recitando os estranhos nomes, o encantamento pode perder seu efeito.
E vocês? Tem alguma ideia usando a notícia que gostariam de compartilhar?
Galera o conteúdo do blog é excelente. Recolhendo muitas dicas para começar a aventura.
ResponderExcluirQueria sugerir, entretanto, um post sobre Call of Cthulhu para iniciantes. Como começar, o que ter a mão, etc, etc. Por exemplo: observo que todos os posts incluem pistas. Como produzir esse tipo de material e como usar no jogo?
abs
Daniel Silva