A maioria das coisas que acontecem à nossa volta possuem uma explicação perfeitamente razoável. A Ciência, a Razão, mesmo o Bom Senso, são ferramentas essenciais para manter a coesão e nossa racionalidade. Elas permitem que o universo possa ser organizado conforme a nossa visão reconfortante de normalidade. É essa familiaridade que nos permite preservar nossa sanidade. Mas e quando nos deparamos com incidentes que desafiam nossos conceitos de normalidade e fazem com que encaremos a realidade como muito mais bizarra do que ousamos imaginar.
Existem certos casos, como o narrado abaixo que constituem enigmas indecifráveis, verdadeiras quimeras que desafiam qualquer explicação, não importa de que ângulo tentamos esmiuçar os detalhes. E quanto mais pensamos a respeito deles, mais complexos eles se tornam, mais perturbadores.
Aqui está um famoso exemplo.
Era Julho de 1954; um dia como qualquer outro, apenas um pouco mais quente do que o normal.
Um homem de aproximadamente quarenta anos chegou ao movimentado Aeroporto Internacional de Haneda em Tóquio, capital do Japão. Ele era caucasiano e tinha uma aparência convencional. Parecia um homem de negócios: vestindo um terno preto de corte moderno, gravata azul e sapatos bem engraxados, carregava uma valise de metal de visual incomum. Seus cabelos eram castanhos, os olhos azulados em um tom pálido, mas sua expressão refletia absoluta confusão. Ele suava demasiadamente e enxugava repetidas vezes a testa úmida com um lenço. Olhava de um lado para o outro como se estivesse estranhando alguma coisa no ambiente. Abordava pessoas enquanto tentava falar com elas, mas ninguém compreendia seu idioma incomum.
Finalmente, alguém chamou a segurança e logo ficou claro que ele não falava japonês e não entendia o básico de inglês. Ele foi então convidado a acompanhar os guardas até uma sala de verificação onde havia um intérprete.
Na sala, o sujeito tentou se comunicar, mas ninguém entendia seu complicado idioma. O agente de imigração pediram documentos; até que enfim ele compreendeu a palavra "passaporte" e produziu os documentos guardados no bolso do paletó.
Os papéis pareciam legítimos, documentos oficiais emitidos por alguma nação soberana atendendo todos os requisitos da legislação internacional. As palavras, no entanto, estavam escritas em caracteres estranhos, semelhantes ao árabe. Os selos e carimbos emitidos também pareciam genuínos, inclusive as estampas de entrada e saída de vários aeroportos ao redor do mundo. A fotografia também estava de acordo com o rosto do homem, apenas mais jovem.
O agente do aeroporto chamou seu supervisor e eles verificam o passaporte novamente. O problema é que eles nunca ouviram falar do país que o emitiu, um lugar chamado Taured. O procedimento seria buscar o corpo diplomático do país e falar com um funcionário oficial, mas Taured simplesmente não existia.
O homem foi interrogado. Ele se mostrou incomodado e fez menção de sair , mas acabou detido. O oficial teve então a ideia de mostrar um mapa e o sujeito olhou confuso. O agente apontou o Japão e então disse "Taured", sinalizando para o mapa.
O homem apontou para a Europa, mais especificamente o pequeno Principado de Andorra que se localiza na fronteira entre Espanha e França. Mas pareceu ainda mais confuso e a seguir zangado. Ele jamais havia ouvido falar de Andorra, e não conseguia entender porque sua terra natal, Taured, não estava no mapa.
Ele mostrou então uma série de fotografias, moedas e cédulas retiradas de uma carteira de couro. Tudo parecia legítimo. As fotos eram do sujeito ao lado de uma mulher, supostamente sua esposa, e crianças, seus filhos. O dinheiro e as moedas eram perfeitas, em papel e metal idêntico ao emitido ao redor do mundo. Ele também tinha algumas cédulas estrangeiras, libras, liras, marcos e francos. Dois carimbos atestavam que ele estivera no Japão, mas as datas de entrada e saída eram absurdas: 1986 e 1988! Na valise papéis e documentos datilografados identificavam uma companhia que possuía sede em Tóquio, mas lá, ninguém havia ouvido falar do sujeito ou de Taured.
Espantados com tudo o que viram, os oficiais decidem levá-lo a um hotel e oferecer um quarto onde ele pudesse ser mantido até que a questão fosse resolvida. O homem foi escoltado para o Hotel e durante o percurso no automóvel observava curioso pela janela, falava em seu idioma inescrutável e finalmente cedeu ao desespero... ele chora e xinga.
No hotel retoma a compostura e aceita comer um lanche providenciado pelos guardas. Então sentindo-se cansado, deita na cama e dorme. Dois guardas são destacados para ficar na porta e impedir que ele saia até sua situação diplomática ser resolvida.
Na manhã seguinte, os guardas batem a porta e ninguém responde. Eles decidem usar uma chave reserva e entrar; encontram o aposento vazio. Há um leve cheiro de ozônio no ar. O Homem de Taured, no entanto, desapareceu.
A polícia estabelece que o homem só poderia ter deixado o aposento pela janela, embora o quarto fique no oitavo andar do hotel. Todos os objetos pessoais desapareceram com ele. Os guardas sustentam que ao menos um deles esteve na porta todo período. Na portaria do hotel, que fica trancada à noite, ninguém se recorda de ter visto a saída de um hóspede com a descrição do homem. O hotel é revistado de cima até em baixo, todos os quartos, salas e instalações. Nada é achado.
Tudo o que as autoridades encontram é um pedaço de papel amassado na lixeira com alguns símbolos e números anotados. Eles foram escritos no misterioso idioma presente no passaporte.
As autoridades emitem um alerta para deter o homem com a descrição se ele aparecer em algum aeroporto, estação ferroviária ou porto do país. Ele deveria ser parado imediatamente.
Ele não é visto novamente, o mistério jamais foi solucionado.
* * *
Por estranho que possa parecer, o Caso do Homem de Taurde é verídico. Ao menos, todos os fatos aqui narrados foram comprovados por testemunhas.
As autoridades japonesas jamais conseguiram determinar o paradeiro do sujeito misterioso cuja identidade permanece um mistério.
Críticos desse incidente alegam que não há como comprovar que o incidente realmente aconteceu pela ausência de provas ou documentos. Tudo o que se tem são testemunhas - os agentes do aeroporto, guardas que escoltaram o homem e alguns passageiros. Um relatório foi escrito a respeito do ocorrido, mas as autoridades do aeroporto não foram capazes de produzir sequer esse documento que validaria o ocorrido.
Alguns teóricos que correspondem à teoria dos múltiplos universos e realidades paralelas, acreditam que o Homem de Taured era um viajante dimensional, um habitante de outra realidade que falava a verdade quando se apresentava como um cidadão de Taured. De alguma maneira, ele teria viajado através do tempo e espaço, indo parar no Japão de 1954.
Surpreendentemente, viajantes semelhantes apareceram em várias ocasiões. Em 1851, um homem foi encontrado vagando pelas ruas de Frankfurt no noroeste da Alemanha. Ele afirmava ser natural de um lugar chamado Laxaria no continente de Sakria. Outro homem que falava um idioma desconhecido foi capturado depois de roubar um pão em Paris no ano de 1905. Ele alegava ser um habitante de Lizbia, que as autoridades assumiram se tratar de Lisboa. Sua língua no entanto, não era o português e ele não reconhecia Portugal no mapa como sendo sua terra natal.
Será que Taured fica em outra dimensão? E o que dizer de Laxaria e Liziba? Teriam essas pessoas atravessado para nossa realidade ou estavam perpetrando uma brincadeira?
Se eles pertencem a outra dimensão, como chegaram à nossa? Como o Homem de Taured teria voltado ao seu lugar de origem, se é que ele retornou, constitui um mistério ainda maior. O que teria acontecido com o homem? Será que, pessoas poderiam realmente cruzar o limiar entre realidades e desembarcar inadvertidamente em um mundo estranho? Qual seria a reação ao se ver de um momento para outro em uma dimensão que embora similar, guardava diferenças fundamentais?
Muitas questões que tudo indica, permanecerão sem respostas.
(ao menos até um de nós cruzar... para o outro lado)
(ao menos até um de nós cruzar... para o outro lado)
Muito completo show de bola
ResponderExcluirSensacional!
ResponderExcluirsomos incapazes de desvendar o minimo que nos cerca, e ai vem alguns e falam que sabem a verdade das coisas.
ResponderExcluirNo texto se fala de um pedaço de papel amassado na lixeira com alguns símbolos e números anotados que foram escritos no misterioso idioma presente no passaporte.
ResponderExcluirIsso num seria uma evidencia? uma prova documental da existência desse homem e de onde ele veio?
Interessante,quando eu for em Tóquio novamente vou atrás dessa história
ResponderExcluirSensacional!!!!🖖🏻👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirAmei!
ResponderExcluirJá ouvi histórias semelhantes que mostraram-se grandes farsas. No entanto há outras como essa que ainda são um grande mistério
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