Um vídeo feito numa igreja católica no interior do México está deixando fiéis (e até descrentes) de cabelo em pé. O vídeo é rápido, mas tem algo de imensamente sinistro nele.
As imagens mostram uma igreja e no fundo uma estátua de Jesus Cristo crucificado abrindo e fechando os olhos. A cena, postada no Youtube em 3 de agosto, já foi visualizada quase dois milhões de vezes e tem causado muita discussão.
O vídeo tem menos de 2 minutos de duração e qualidade mediana, sendo um pouco escuro. Contudo, é possível ver perfeitamente que os olhos da estátua "se abrem" quando a câmera dá um zoom, aos 35 segundos.
Eles se mantém abertos por aproximadamente seis segundos, nesse momento eles se fecham e a escultura volta ao normal.
Confira no vídeo abaixo:
Na internet, as opiniões se dividem e, é claro, não falta polêmica. Enquanto uns acreditam que a estátua da Capela de Saltillo, em Coahuila de Zaragoza, está de alguma forma "viva" e que as câmeras flagraram um milagre, outros afirmam que a piscada de Cristo não passa de uma ilusão de ótica ou de uma montagem muito bem feita.
O responsável pelo vídeo não quis se manifestar a respeito, contou apenas que estava filmando uma celebração comum e que não esperava que tal coisa fosse acontecer. Ele mesmo se disse chocado com o ocorrido e se defendeu afirmando que jamais realizaria a montagem de algo tão sério.
De acordo com o site Elancasti, o vídeo foi feito em junho deste ano, e se tornou viral após a postagem feita, na semana passada, pelo portal Adimensional, especializado em investigação de casos estranhos e/ou de paranormalidade.
Segundo o Adimensional, mais de 20 especialistas em fenômenos paranormais, padres, escultores, editores e designers analisaram as imagens e não encontraram nenhum indício de fraude. Também não acharam qualquer explicação para o ocorrido.
Os representantes da igreja no México não comentaram o caso.
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Obrigado ao amigo Erick Sebrian que descobriu essa postagem e mandou o link.
Caras, eu sempre tive um profundo respeito por estátuas sacras. E por respeito, quero dizer que elas sempre me assustaram um bocado.
Durante minha infância e adolescência inteira, estudei em um tradicional Colégio de Freiras no Rio de Janeiro e como boa instituição católica, é claro, haviam várias estátuas de santos espalhados pelas áreas comuns, sobretudo nas escadas.
Na escadaria principal que levava até a Capela do Colégio havia uma estátua em especial que sempre me deixava inquieto. Não pela estátua em si, mas por um detalhe sinistro naquela imagem da Nossa Senhora. Ela tinha ao chão uma imagem pequena de uma serpente que sem dúvida representava o diabo, que seus pés descalços pisavam.
Até aí, tudo bem... acho que esse tipo de representação é até mais ou menos comum em arte sacra. Ela simboliza o domínio da Virgem sobre as forças do mal ali encarnadas pela serpente, pisando na cabeça do demônio fica constatado o poder do bem sobre o mal. Ela pisa em sua cabeça peçonhenta e não é ferida e nem sofre represália.
O que me incomodava não era a estátua, mas a face da serpente, horrivelmente humana e terrivelmente macabra. O artista que havia moldado aquela imagem tinha colocado na expressão demoníaca alguns detalhes assustadores: Olhos vermelhos injetados, uma língua bífida que pendia da boca cheia de dentes pontiagudos e uma expressão absurdamente maligna. O artista chegou ao ponto de conseguir reproduzir os olhos do demônio, abertos de uma forma que ele pudesse olhar para cima com uma expressão transbordando ódio. Tudo isso num corpo de serpente dotado de dois bracinhos (!!!) que sempre pareceram os de um bebê medonho.
Pintada de verde escuro com escamas, você via os detalhes daquela face colérica e enfurecida apenas olhando bem de perto. Não tenho dúvidas que a maioria dos adultos simplesmente passava sem reparar. Mas para crianças, era impossível não ver de perto, já que a estátua ficava sobre um pedestal na altura exata dos olhos infantis que passavam diante dela diariamente.
Eu detestava aquela coisa, mas tinha de passar toda manhã bem na frente e não conseguia desviar os olhos. Em resposta, recebia aquela encarada, da serpente, algo que me dava arrepios.
Lembro que meus pais me levavam a Capela do Colégio nas missas de sábado (foi lá que eu fiz minha primeira comunhão) e eu odiava passar por ali. Se era ruim ser encarado pela serpente de dia, imagine depois do anoitecer.
Mas enfim... a história não seria nada além de uma lembrança de infância se não tivesse um outro detalhe curioso.
Quando eu tinha uns 10-11 anos, um dos alunos mais velhos quebrou a estátua, derrubando ela do alto de seu pedestal, direto no chão. Ela deslizou a escadaria e foi parar no primeiro degrau com partes lançadas para todo lado em um espetáculo que lembrava um atropelamento, uma vez que deixou braços, cabeça e pedaços nos degraus.
Eu me recordo do menino (lembro inclusive o nome dele, mas não vou colocar aqui) que devia ter uns 13-14 anos sendo levado para a sala da diretora logo depois de ter empurrado a estátua. Lembro do Inspetor de Corredor perguntando porque ele tinha feito aquilo, e do garoto (alto para sua idade, cabelo curto e usando bermudas jeans até o joelho) chorando, dizendo que odiava aquela estátua e não queria mais olhar para ela. Juro!
Nas semanas seguintes, talvez até meses seguintes não se falava de outra coisa no colégio. Claro, surgiram estórias a respeito da estátua e de repente todo mundo "via coisas estranhas" perto dela. A estátua passou a ser "assombrada" e gerou inúmeras lendas pelos corredores, contadas pelos alunos mais velhos para assustar os mais novos.
O resumo do incidente foi que o aluno acabou expulso do colégio e a família dele teve que pagar pela reforma da estátua - que dizem, era bem antiga, o que não deve ter saído barato (façam as contas, o colégio onde eu estudava foi fundado em 1920, isso aconteceu em 198x). Além disso, diziam que a estátua sempre estivera no convento das irmãs e pertencia à história do colégio. rapaz ficou com fama de maluco e alguns inventavam que ele era o próprio anticristo. Crianças podem ser muito malvadas...
Seja como for, muitos meses mais tarde, a estátua apareceu novamente no corredor para horror das crianças. Mas havia algo diferente nela. Eu nunca soube ao certo se ela havia sido afinal de contas reformada ou se era inteiramente outra peça. Fato é, que a expressão severa e odiosa da serpente havia sido muito atenuada e não era mais tão aterrorizante como antes. A nova pintura ou a nova versão, havia atenuado a face diabólica, a tornando mais parecida com um serpente normal, sem os atributos humanos que tanto me incomodavam na época.
É engraçado, mas eu lembrei dessa estória apenas enquanto conversava sobre essa imagem acima do Cristo de olhos abertos. Fazia muito tempo que não pensava a respeito disso; é engraçado como as coisas ficam enterradas no nosso subconsciente e ressurgem repentinamente. Como aqueles sonhos dos quais a gente não se recorda, exceto quando algo no dia seguinte nos remete a eles.
Por falar em sonhos, espero que essa noite eu não tenha pesadelos com serpentes, olhos malignos me encarando e lembranças de infância.
Eu espero... espero mesmo!
Isso me fez lembrar de um quadro que havia no colégio de freiras onde estudei ( e que ainda deve estar por lá). Retratava duas crianças passando sobre uma ponte quebrada à noite, tendo um anjo de guarda aparecendo por trás para obviamente protegê - las. Só que o tal anjo era retratado de tal forma que mais parecia uma assombração que ia agarrar os dois. E aquilo sempre me deixou muito impressionado!
ResponderExcluirExcelente post! Também me lembrou muito a minha infância em colégio religioso.
ResponderExcluirO post me lembrou quando eu tinha medo do Jesus da Porta da Esperança quando criança. Geralmente eu saia de perto da TV quando era hora dele aparecer.
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