sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

True Detective: Terra Noturna - Pistas, Indícios e Sinais do Primeiro Episódio (Parte 2)

Salve Detetives, 

Tiveram tempo de digerir as pistas e indícios da postagem anterior? Estão prontos para mais uma leva de pequenos detalhes que podem ter passado batidos e que podem ser importantes para a solução do caso? 

Então, vamos lá...

Aqui vamos dar continuidade a nossa postagem sobre o Primeiro Episódio da quarta temporada de True Detective: Terra Noturna, começando com...

8 - Quem (ou o que) é "Ela"?


Na Base de Pesquisa Tsalal em pleno Alasca, um cientista sofre um repentino surto e tudo o que consegue articular para seu assustado colega que assiste a cena é: "Ela está de volta!

Então as luzes se apagaram e algo horrível acontece.

Pouco antes, uma manada de Caribous pressente algo estranho e decidem correr todos na mesma direção lançando-se no vazio de uma ravina para a morte certa. 

Mais tarde, a Chefe Danvers está dormindo quando a voz de uma criança chama: “Mamãe, ela está acordada”. E então, logo na cena seguinte, quando Navarro se depara com um urso polar caolho, uma voz sibila no rádio: "Ela está acordada".

O que diabos está acontecendo em Ennis, Alasca?

Que estranha presença é essa, cujo despertar parece reverberar e mandar ondas de medo através da cidade e da região inteira? É algo que tanto animais quanto pessoas são capazes de captar, alguns com maior sensibilidade. 

O Alasca é uma terra conhecida pelo grande misticismo e pelas tradições xamânicas dos povos nativos. O folclore local compreende uma vasta gama de seres espirituais, geralmente associados com animais guias que existem no limiar entre o plano material e espiritual. Em geral esses espíritos se aproximam de tribos que prestam a eles devoção totêmica. Esta pode vir na forma de louvores, de adoração ou mesmo de sacrifício. No misticismo inuit quando uma tribo se associa a um espírito, ela passa a ter predicados associados a ao animal em questão - nesse contexto o corvo pode representar sabedoria, uma rena, resiliência e uma raposa, astúcia. 

Mas não são apenas espíritos guias que compõem as crenças nativas. Há uma vasta gama de seres sobrenaturais - de espíritos malignos, monstros canibais e seres mortos-vivos que fazem parte do folclore do Alasca. Seria a tal "Ela" a representação de uma dessas entidades? 

Se eu tivesse de apostar em alguma entidade, a minha favorita seria SEDNA


Esta figura é uma Deusa maior na religião Inuit que tem controle sobre o submundo e o mar. Diferentes comunidades oferecem versões para o mito, mas na maioria a história é a mesma.

Sedna era uma linda donzela que um dia irritou o pai ao recusar uma proposta de casamento. Furioso, ele a levou para o mar aberto em seu caiaque com o intuito de jogá-la no mar. Sedna agarrou-se ao caiaque, forçando o pai a cortar seus dedos com um facão. Ela afundou no oceano, mas não morreu. Os Deuses se comoveram e a transformaram em uma deusa permitindo que suas pernas se transformassem em uma cauda e escamas crescessem em seu corpo. Ela passou então a viver nas profundezas e se tornou a senhora dos mares. Ela habita as profundezas, sendo uma entidade justa com aqueles que são bons e furiosa para com os que a desagradam.

Diz a lenda que cada um dos seus dedos decepados se transformou em um diferente animal marinhos, que servem à sua vontade e que ela controla. Aliás, se vocês perceberem no desenho feito pelo menino, os dedos da personagem vista estão ausentes e deles pingam sangue. "Uma lenda local" diz a mãe, quando seu namorado pergunta do que se trata aquilo. 

É cedo para dizer se Sedna será parte da história, mas parece bastante razoável assumir que "Ela" deve desempenhar um papel importante na trama.

Outra possibilidade muito comentada é que Annie K, a ativista assassinada, talvez tenha sido trazida de volta dos mortos como um espírito vingativo. Nesse caso, ela estaria em busca de uma compensação contra aqueles que a mataram, mas também contra aqueles que de alguma forma pervertem a natureza pelo qual ela decidiu lutar. Nesse contexto, os cientistas na Estação TSALAL seriam um alvo em potencial - talvez por eles serem um elemento dissonante na natureza polar, talvez por um ou mais deles, estarem envolvidos na morte de Annie. Talvez, as duas coisas.
No entanto, eu não acredito nessa mudança radical para True Detective. Não creioq ue a série irá se tornar abertamente sobrenatural, já que esse elemento sempre foi tratado de forma muito discreta, quase como um background da história que tem os pés cravados no realismo de uma investigação procedimental. O que acredito é que alguém, em busca de vingança, pode usar uma lenda local para justificar suas ações, fazendo-se passar por um ser mítico, a tal "Ela".

Uma outra possibilidade é que muitas das bizarrices ocorrendo em Ennis sejam resultado de algo que foi liberado no meio-ambiente. Sabemos que a água na cidade está comprometida, que uma ativista foi assassinada e que uma mina de carvão parece causar uma série de problemas na comunidade. Poderiam os estranhos acontecimentos ser causados por algum tipo de contaminação? Um vazamento de gás, uma contaminação da água ou quem sabe algo pior que foi liberado pela equipe da estação em suas pesquisas? Isso poderia explicar porque o primeiro episódio foi marcado por tantos acontecimentos violentos - a saber agressões, assassinatos, colisões de automóveis, desaparecimentos etc...

Eu imagino que a explicação para tudo possa estar relacionada a uma questão ambiental levada às últimas consequências, mas novamente, é cedo para saber. Talvez alguém afetado por essas condições externas tenha decidido assumir o papel de uma lenda local para buscar vingança. Em Ennis parecem haver vários candidatos a tal coisa.  

9 - Quem matou Annie K?
 

Seis anos atrás, Annie Masu Kowtok (também conhecida como Annie K) foi encontrada morta nos arredores de Ennis. Ela foi esfaqueada 32 vezes por uma arma do crime não identificada que deixou feridas em forma de estrela em seu corpo. Sua língua foi cortada, mas não encontrada. Depois que ela foi abandonada, ela foi chutada até que suas costelas e dentes se partissem. O assassinato foi brutal em todos os sentidos.

A Detetive Navarro foi a primeira a chegar na cena do crime e esse incidente marcou sua carreira dali em diante. Trabalhando sob o comando do então chefe de polícia Hank Prior (John Hawkes), ela ficou obcecada com o caso, mas não conseguiu fechá-lo. Para piorar, ela acabou perdendo seu posto como detetive e sendo rebaixada a patrulha.

Não sabemos ainda porque esse caso se tornou uma obsessão para Navarro, mas é possível que sua dedicação a resolver esse crime vá além do fato dela ser descendente de nativos. Poderia haver algum envolvimento de sua irmã que em uma breve aparição sugeriu haver algum problema psiquiátrico, talvez esquizofrenia ou abuso de drogas. Há muitas possibilidades, mas tudo leva a crer que Navarro começou a se aproximar de pessoas poderosas e que suas perguntas incomodaram os poderosos de Ennis.  

Annie vinha protestado contra as minas Silver Sky e o seu possível impacto ambiental no delicado ecossistema do Alasca, mas como as minas proporcionam emprego ao povo de Ennis (inclusive seu irmão), o ativismo estava longe de ser bem-vindo. Talvez Annie tenha descoberto algo muito sério que justificou seu assassinato. Talvez ela tenha testemunhado algo? Talvez ela não estivesse investigando sozinha? Há muitas variáveis nesse caso e ainda poucas informações. 

Danvers sugere que há suspeitos demais para que um dia esse crime seja decifrado. "Este nunca será resolvido", explica ela. "Ennis matou Annie. Este maldito lugar. Nenhum assassino jamais será encontrado."

Diante dessa constatação transbordando impotência da Chefe de Polícia, alguém poderia ter decidido fazer justiça com as próprias mãos. Mas a pergunta persiste, "Quem"?

Outra coisa... essa foto abaixo:


Antes que perguntem, SIM! 

A tatuagem ou marca nas costas de Annie K, e cujo contorno pode ser visto na borda da fotografia de um dos ferimentos em seu corpo, sem dúvida é a espiral que tanto conhecemos; o Símbolo do Rei Amarelo. Parece claro que existe uma conexão entre os crimes na Louisiana e os estranhos acontecimentos em Ennis, Alasca. Talvez não sejam os mesmos assassinos, mas com certeza, eles seguem um Modus operandi similar em que se sobressaem violência e características ritualísticas muito bem definidas. Quais outros pontos de contato existem? Veremos...

O que sabemos é que os crimes brutais parecem seguir um padrão de brutalidade extrema contra mulheres. Dora Lange, morta sob uma árvore na Louisiana e Annie K, encontrada surrada em Ennis parecem cumprir o mesmo papel de vítimas dos poderosos, daqueles que se sentem acima da lei ou que comandam. Elas são como sacrifícios para que o poder jamais mude de mãos. E como o Tempo é um Círculo Plano, estes sacrifícios estão fadado a se repetir para sempre em diferentes lugares. 

9 - A Língua Humana
 

No centro de pesquisa TSALAL uma língua humana arrancada é encontrada no chão.

O sinal de que algo bizarro aconteceu naquele lugar e que aquilo é apenas o início de uma sucessão de acontecimentos macabros. Danvers observa que a língua pertence a uma mulher nativa, com base nas cicatrizes que resultariam de uma prática tradicional de preparação de redes. A linha das redes deixa pequenas marcas na língua das mulheres que usam a boca para cortar o liame.

Ao ouvir sobre a língua recuperada, Navarro presume que seja de Annie K, já que seu assassino (ou assassinos) cortaram sua língua. Um recado bastante claro, para que "aqueles que falam demais" fiquem em silêncio. Contudo,  Annie foi assassinada há seis anos, enquanto a língua parece estar em perfeitas condições, não tendo se deteriorado mais do que dois dias. Como isso é possível?

Então, será a língua de outra malfadada mulher Iñupiaq? Teria a língua original sido guardada e preservada pelo assassino, visto que ela jamais foi encontrada?


Outro detalhe que liga um dos cientistas da estação TSALAL ao crime é que o casaco de Annie K parece ter sido recuperado e usado por um dos membros da equipe. Danvers percebe que o rasgo do casaco foi remendado com um patch costurado bem em cima de onde havia um rasgo. Aliás, é isso que leva Danvers a acreditar, ainda que, com relutância, em uma possível conexão. Contudo, o casaco em questão desapareceu.

Me parece um tanto idiota que um assassino guarde o casaco de sua vítima por seis anos e o use de forma corriqueira no dia a dia. Assassinos tendem a reclamar troféus, mas não creio que alguém seria estúpido a esse ponto. Mesmo que se considerasse tão acima da lei. O casaco me parece um magufin investigativo, algo que serviu para trazer Danvers para o caso e nada mais. Mas é claro, isso só saberemos quando o casaco for encontrado, já que por hora ele se encontra desaparecido.

10 - A Vingança na forma de um Urso Polar


Em determinado momento da trama, a Policial Navarro se depara com um enorme Urso Polar andando no meio de Ennis. O animal se volta para ela, a olha por um instante e depois se afasta deixando a aturdida policial sem entender se aquilo é real ou um tipo de alucinação.

Para falar a verdade, nem eu sei ao certo se ela realmente viu isso, ou se imaginou a cena.

O urso polar em questão tem um detalhe marcante, ele não possui um dos olhos, este está vazado, deixando em seu lugar uma ferida em "forma de estrela", como aquelas muitas lacerações no corpo sem vida de Annie K.

A maior questão relacionada ao Urso Polar é que ele poderia ser o animal guia de Annie K, e que sua aparição em Ennis representasse o retorno do espírito da ativista em busca de vingança. Eu acho que é um tanto "in the face" esse pensamento, não acredito que True Detective irá enveredar pelo campo do sobrenatural de uma maneira tão direta, já que até hoje ele meramente insinuou tal coisa na primeira temporada. Talvez o urso polar realmente não exista e Navarro teve meramente uma alucinação... 

Por outro lado, um Urso Polar seria um animal perfeito para personificar um "Espírito Vingativo".  

Senão vejamos... ele é um animal poderoso, quase uma força da natureza personificada; implacável e feroz como poucas outras. O Urso Polar é um símbolo do Alasca tão grande quanto o Caribou, mas ele seria a melhor opção para extrair vingança contra aqueles que a vilipendiaram. A simbologia do Urso Polar também é clara, ele é um animal majestoso que um dia dominou as estepes do Alasca, mas que em face da presença humana daninha, tem sido arrastado para a beira da extinção - há cada vez menos ursos no norte polar. 

Não é exatamente uma novidade ver um espírito da vingança assumir essa forma. Aqueles que assistiram a série ou leram o livro "Terror", devem se recordar do Urso Tupilaq, uma fera vingativa invocada por xamãs inuits para vingar sua tribo contra a presença predatória dos brancos. Não acho que True Detective vai nesse mesmo sentido, mas não seria impossível ponderar sobre essa possibilidade.  

12 - Por que Hank Prior mantém os arquivos do caso? 
 

Há algum tempo, a delegacia de polícia de Ennis foi inundada, então Hank levou algumas caixas de evidências para casa por segurança. 

Em seu escritório lotado, o filho de Hank, encontra os arquivos do caso guardados em uma caixa. O rapaz rouba os arquivos à pedido de Danvers e entrega a ela o material sem que o pai venha a saber. Por que Danvers parece desconfiar que Hank entregaria os arquivos de bom grado? Nesse caso, ele estaria cometendo um crime obstruindo o caso de Annie K? O que ele tem a ganhar negando justiça?

Sabemos que depois de Navarro ter perdido seu status como detetive, quem assumiu o caso foi ninguém menos que Hank. Diante da constatação de Danvers de que ninguém moveria um dedo para resolver o assassinato, podemos assumir que Hank é um tira sujo. Talvez ele tenha ganho algum benefício com as pessoas poderosas da cidade, mas com certeza ele deixou o trabalho pela metade.

Pela maneira que Danvers trata Hank, fica bem claro que ela sabe que ele é um policial sujo que está mais preocupado em receber agrados de outras pessoas (isso fica claro quando Danvers menciona as "chupadas" que Hank recebia da mulher que bateu o carro).


Acho um pouco estranho que o filho de Hank tenha ajudado Danvers, claramente prejudicando o pai, mas uma explicação para isso é que o rapaz não quer agir da mesma maneira. O fato dele namorar uma mulher nativa pode indicar algo nesse sentido: ele sabe que o pai age de forma errada, por isso não quer ser como ele.

De uma maneira ou de outra, acho que Hank Prior é uma vítima em potencial de seja lá quem está por aí matando pessoas que participaram do caso de Annie K. Não vou me surpreender se ele aparecer morto nos próximos episódios. 

12 - A Espiral está de volta 


Na primeira temporada de True Detective, as espirais eram um símbolo assustador e recorrente ligado ao Rei Amarelo e a onda de assassinatos místicos cometidos pelo seu seguidor. 

A espiral estava na cena do crime de Dora Lange na árvore, estava nos cadernos das mulheres atraídas para a Igreja do Rei, ela estava nas paredes do velho templo abandonado, estava no padrão de vôo dos pássaros nas alucinações de Rusty Cohle e na grama cortada pelo assassino. Mais importante, a espiral estava no Templo em Carcosa, na testa das caveiras de velhas vítimas.

Não creio que a espiral vista na imagem acima seja mera coincidência. A presença desse símbolo é a certeza de que há forças observando e influindo nos acontecimentos, forças que regem o universo além da casualidade. Quando Danvers dispõe no chão de sua casa as fotografias retiradas da Estação de Pesquisas e as relaciona com as fotos de Annie K a conexão é imediata. Os dois casos estão de alguma forma conectados e a espiral é o aceno decisivo.

Não há casualidade na roda do destino de True Detective, o tempo é um círculo plano que faz as coisas acontecerem de forma pré-determinada uma e outra vez. 

13 - Quem é Travis?
 

Eu deixei o melhor para o final.

Essa temporada de True Detective parece seguir um caminho que claramente envolve o sobrenatural de uma maneira bem mais direta. Um dos elementos mais marcantes que comprova isso nesse primeiro episódio vem na forma de uma presença fantasmagórica.

Em determinado momento, Rose Aguineau (Fiona Shaw) está limpando sua caça quando, em um rádio próximo, uma voz masculina grita: "Tem alguém aí?" Ela se vira e vê um homem magro ao ponto de quase ser esquelético parado bem perto. Barbado e descalço, ele veste apenas uma camisa de flanela e ceroulas. Ela o chama de Travis e pergunta: "O que você quer?" Silencioso, mas concentrado, ele caminha pela paisagem gelada, lançando uma sombra escura na neve alva, sem no entanto deixar pegadas.

Vestida para o clima com uma parca completa, chapéu, luvas e botas, e armada com uma lanterna, Rose o segue pela paisagem gelada. Eventualmente, Travis para e faz uma dança ao mesmo tempo assustadora e estranha. Ele então solta um grito silencioso e parece rasgar as próprias roupas em uma demonstração de terror. Então aponta para a paisagem vazia indicando o caminho que Rose deve seguir, e onde ela encontra os restos mortais dos cientistas de TSALAL.


Quando Navarro chega ao local, ela fica surpresa quando a senhora explica que Travis a trouxe até ali. “Travis está morto, Rose”, diz a policial, ao que Rose responde calmamente: “Eu sei”.

Ok, estava bem claro que Travis é um fantasma e que ele se comunica com Rose. Mas quem era Travis e qual o seu papel na história?

Vamos às respostas mais simples.

Para começar, Travis não é outro senão o pai de Rusty Cohle, o policial interpretado por Matthew McConaughey, na primeira temporada. Para quem não se recorda desse detalhe, Rusty comenta ao menos em duas ocasiões que seu pai vivia no Alasca e que ele passou parte de sua adolescência na companhia dele. Travis era um tipo estranho, alguém que abominava o mundo moderno e que encontrou no Alasca, na fronteira selvagem, o refúgio definitivo. Ele ensinou Rusty a caçar com arco e flecha e a rastrear, também foi ele quem parece ter forjado na alma do filho aquela "encantadora" personalidade pessimista.

Se vocês não acreditam, basta dar uma olhada na biografia do personagem Rusty Cohle, onde consta que o pai dele se chamava Travis Cohle.


Essa na minha opinião é a última ponta solta na relação entre a quarta temporada e a primeira. A relação que faltava para estabelecer a ponte entre as duas investigações e a presença do Rei Amarelo na trama. Me parece que Travis terá um papel central na trama, como uma presença disposta a ajudar a resolver os crimes e mostrar a face dos culpados.

No último episódio da primeira temporada de True Detective, quando Rusty fala emocionado de sua experiência de quase morte ele cita que seu pai e sua filha estavam do outro lado para recebê-lo. E que lá ele sentiu calor e aceitação. Travis parece ser alguém disposto a fazer o que é correto, no caso, trazer a justiça a Ennis.  

Não creio que teremos uma aparição surpresa de Rusty Cohle na trama, mas imagino que em algum momento seu nome irá surgir, sobretudo se o Rei Amarelo começar a se manifestar na história. Me recordo de que na terceira temporada o caso da Louisiana é brevemente citado num dos últimos episódios (como um horrível Red Herring, na minha opinião). Mas agora, a coisa parece ter um sentido e uma razão de ser.

Travis como o pai de Rusty pode estar aqui para ajudar num caso similar ao que o filho resolveu. Talvez seu fantasma esteja aqui para confrontar a presença daqueles que cultuam o Rei Amarelo, assim como fez o seu filho. Novamente, isso me leva de volta ao Círculo plano. Será que é o destino dos Cohle de alguma forma interferir quando a presença do Rei Amarelo incide sobre a psique humana e força as pessoas a atos medonhos? 

Eu quero acreditar que a série vai seguir por esse caminho... quero mesmo!

*     *     *

Então detetives, esse é o resumo da semana.

A empolgação é grande, a expectativa enorme. Em termos gerais, True Detective - Terra Noturna foi muito além do que eu imaginava. Vamos torcer para que mantenha esse nível do início ao fim.

2 comentários:

  1. Muito bom, infelizmente eu mal lembro da primeira temporada. Deu até vontade de rever

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    1. Vale a pena rever... eu assistir no começo desse ano e gostei até mais do que quando vi pela primeira vez. A série continua ótima, não envelheceu nada.

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