A Capa interna do Diário e alguns dos Handouts encontrados durante a aventura.
"Para nossa surpresa, o Sr. Mirolenko tinha revelações estarrecedoras a fazer sobre suas pesquisas na Biblioteca da Universidade antes de nossa partida. O monge disse que estava realizando pesquisas no salão da biblioteca, consultando vários almanaques e compêndios, quando se afastou por alguns instantes de sua escrivaninha. Ao retornar encontrou sobre a mesa uma estranha carta sem identificação alguma. O conteúdo da carta era tão bizarro quanto aquela que recebemos em Arkham semanas atrás. Quem é o responsável por essas cartas e qual seria o seu interesse em nossa expedição?"
Pior ainda, após encontrar a carta, ele ouviu uma espécie de zumbido como o canto de uma cigarra. Algo que o deixou profundamente perturbado e fez com que ele recolhesse seu material o mais rápido possível para deixar a biblioteca aos trancos e barrancos. Kiril é um homem razoável, mas sua expressão ao relatar esse evento fez com que eu acreditasse (e temesse) cada palavra de seu estranho relato".
Trecho a respeito de uma das pistas encontradas na Biblioteca.
Uma visão geral de alguns Handouts.
"A mulher Ewenk nos recebeu em sua pequena tenda, instalada nos arredores de Ehrlian. Ela é uma espécie de feiticeira ou shaman para sua tribo nômade e nos recebeu em troca de duas cabras. Trata-se de uma figura exótica e surpreendente. Impossível precisar a sua idade, as pessoas nessa parte do mundo se parecem com o ambiente em que vivem. São rústicas e sombrias. Trate essa mulher como exemplo, ela não era velha, mas sua pele era enrugada como uma folha de pergaminho, ainda que tivesse energia e vigor típicos da mocidade.
Símbolos pintados em seu rosto serviam como algum tipo de proteção, magia ritual segundo o Professor Preston. Ficamos estarrecidos ao constatar que o padrão desses símbolos se assemelhava ao padrão protetivo empregado por Basil Ives em sua cabana infernal em Arkham. Tal coisa não pode ser coincidência! Simplesmente não pode".
O encontro com a shaman Ewenk
"Não há registros formais ou detalhados da Expedição Chin-Yang, mas sabe-se que ela foi marcada por acidentes e tragédia. Ao menos um dos exploradores sofreu uma queda fatal em um túnel profundo e desapareceu. Meteoros são sinais quase universais de azar e de mau-agouro, como se o céu, ou os deuses que habitam as terras insondáveis além do firmamento enviassem sua ira através dos céus para se chocar contra o solo. Começo a ponderar sobre velhas lendas e me pergunto se o saber dos antigos, mesmo que repleto de superstições não poderia ter algo de verdadeiro. Mas assustado recuo, prefiro afastar esses pensamentos, não é sadio tê-los em uma expedição de caráter semelhante ao nosso!"
Registro no diário durante a visita a Universidade de Beijing.
"Que interminável complexo subterrâneo. Quem poderia imaginar que abaixo das ruínas a uma profundidade indefinida existisse tal mundo subterrâneo? Andamos com cautela, esses túneis me dão calafrios. É como vagar por um interminável mundo alienígena."
Ao entrar nos subterrâneos.
"As coisas... elas surgiram em meio à escuridão perene e tão logo surgiram nos atacaram. Eram bestas inacreditáveis: pálidas e abomináveis. Uma delas tinha a forma de uma colossal serpente de corpo bífido que se dividia no torso criando duas cabeças distintas. As peçonhas gotejavam com bile negra e venenosa. Outro era um monstro roedor, outro tinha peculiaridades insetóides, outro era uma espécie de tromba elefantina que se arrastava feito um verme... todos no entanto indicavam ter uma origem similar dada a composição de seus corpos repulsivos. Era a mesma lama primordial e nauseante na qual cada um se decompôs quando nossas armas os alvejaram. O que eram? O que simbolizam e como a natureza pode permitir que tais coisas existam em um mundo coerente e são?"
Nota após enfrentar as Crias de Abhoth.
"A coisa irradiava pela passagem aberta como um portão flutuante no ar carregado por energias místicas. Ela fluia lentamente, mefítica como um véu de seda carregado pelo vento. Uma onda de maldade e podridão que se intensificou como uma torrente quando nossos tiros zuniram pela câmara. Descobrimos então que ela era dotada de algum tipo de inteligência, pois seus movimentos eram realizados com consciência ainda que nefasta e absurda para nossos padrões. Corremos para a saída no topo de uma rampa inclinada. E então veio a explosão que fez a câmara toda tremer e parte do teto ruir sobre tudo que estava lá embaixo".
Após o encontro com Abhoth.
"Estamos no limiar de nossas forças num dos ambientes mais inóspitos e hostis da Terra. O vasto Gobi se estende além de nossa linha de visão. E é uma visão árdua de ser contemplada. Deixamos os túneis amaldiçoados para um ambiente totalmente inverso, mas igualmente inclemente. Rogo para que encontremos a civilização antes que seja tarde demais. Se for nosso destino perecer aqui, espero que esse diário seja encontrado e que alguém com discernimento possa avaliar cada palavra e compreender que não são elas os devaneios de um insano, mas o relato fidedigno de alguém que viveu esses fatos por mais inacreditáveis que se mostrem. Amanhã começamos a andar".
O último parágrafo antes da continuação.
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