Cena 4: Morgan City
O grupo decide seguir para Morgan City, uma cidade menor no interior dos Everglades, os pânatnos centrais da Louisiana.
A viagem de trem leva 3 horas e o grupo chega a tempo do almoço. Morgan City é uma típica cidade do sul dos EUA. Com pessoas conservadoras e tradições que parecem estranhas para ianques, nascidos e criados na Nova Inglaterra.
O grupo decide se hospedar no Hotel Washburn, a mesma retratada no cartão postal enviado por David Carter. O gerente, Sr. Colson, se recorda dos Carter, os irmãos alugaram um quarto e pagaram adiantado por um mês, mesmo que só tenham ficado por 2 semanas. Em um dia eles saíram dizendo que ficariam fora por alguns dias mas não retornaram. Quando a locação do quarto expirou, Colson empacotou os objetos e roupas dos irmãos.
Perguntado a respeito de algo estranho ou fora do normal, Colson dá de ombros. Ele diz que os rapazes se meteram numa briga de bar com alguns baderneiros locais. Mas não foi nada sério. Por isso ele acha que os irmãos deixaram a cidade.
Raymond se passando por advogado da família consegue convencer o sujeito a mostrar os objetos deixados por eles. Além de roupas, há uma grande quantidade de papéis e livros. Will reconhece o material como parte das pesquisas, mas nada ali ajuda muito a entender o que eles estavam procurando ou qual seu próximo passo. O Dr. Campbell, no entanto chama a atenção para a quantidade de livros versando sobre bruxaria, ocultismo e magia negra.
Um dos livros, intitulado "Secret Traditions of the Deep South" possui alguns trechos sublinhados e anotações com a caligrafia de Allan (que Will reconhece). Nas notas de rodapé o arqueólogo escreve a respeito de Lendas de Deuses e Divindades aprisionadas que são recorrentes na mitologia de várias culturas.
Na última página ele anotou o seguinte:
"Assim como os Titãs acorrentados pelos Deuses do Olimpo... os Grandes Antigos permanecem presos aguardando sua libertação". Ele fez uma anotação ao lado Liyuh pp129
Os investigadores decidem visitar o xerife da cidade que está à frente da investigação sobre desaparecimento dos rapazes. O escritório do delegado é simples e o sujeito não gosta de forasteiros - ainda mais ianques se metendo em suas investigações.
Raymond ainda se fingindo de advogado consegue enrolar o xerife e ele fala em que pé está a investigação. A teoria que ele trabalha é que os rapazes provavelmente não estão mais na cidade e nem no sul. Eles sumiram depois de se desentender com alguns moradores locais que não gostaram de ver ianques visitando e fazendo perguntas a negros da cidade. Bucky não deixa de perceber que o xerife usa um anel com o símbolo da Ku-Klux-Klan o que evidencia que ele é um membro dessa sociedade. A maneira como o xerife fala também deixa claro seu desdém pelo que ele chama de "liberais do norte e seu governo amante de negros, católicos e judeus". Vai ser difícil contar com o apoio do xerife.
Cena 5: A arte de conquistar inimizades
O grupo decide viistar a Sociedade Histórica de Morgan City e lá conhece a Sra. Hannah Parish. Ela auxiliou nas pesquisas feitas pelos irmãos na biblioteca. Os dois consultaram um grande número de livros e documentos. Will e Campbell decidem ficar na biblioteca enquanto os demais saem para procurar os desordeiros com quem os irmãos se desentenderam.
Eles vão até um bar e começam a fazer perguntas a respeito dos irmãos. Logo descobrem que foi um desordeiro da cidade, um tal Bill Bob Cates (esse da foto aí do lado) que se desentendeu com os irmãos. O sujeito é um valentão local. Os detetives decidem fazer uma visita a ele. Billy Bob é um caipira violento que dirige um caminhão reboque todo enferrujado. É difícil convencê-lo a cooperar, mas Harry dá um jeito de fazer o sujeito responder perguntas depois de aplicar nele uma tremenda surra.
O desordeiro diz que não fez nada a não ser dar um susto nos irmãos. Os dois andaram pela cidade fazendo perguntas para os negros. Billy Bob além de ter uma tatuagem da KKK é primo do xerife. O grupo descobre que os irmãos estiveram na companhia de Tyrone Jessep um negro que trabalha numa fazenda nas cercanias de Morgan City.
O grupo consegue encontrar Tyrone e o sujeito confirma que esteve com os irmãos. As perguntas deles eram a respeito do tempo em que Ty vivia em um povoado chamado Black Moss nas profundezas do bayou. Eles estavam interessados em saber de um culto naquela região. Jessep conta aos detetives que quando era rapaz havia uma seita que se reunia nas noites sem lua no pântano. Essas pessoas cantavam músicas estranhas e tocavam tambores para coisas que viviam no pântano... coisas monstruosas que às vezes respondiam as preces em troca de sacrifícios e adoração.
Jessep deixou Black Moss há muitos anos e nunca mais voltou. Seus pais temiam esse culto e fugiram enquanto podiam. Os irmãos, segundo ele, se referiam a essas estórias como lendas, mas Tyrone afirma que elas são verdadeiras.
Enquanto isso na Sociedade Histórica, Will e Campbell examinam alguns mapas e documentos pesquisados pelos irmãos. Entre os documentos há um recorte a respeito do desaparecimento de um Encouraçado Confederado na época da Guerra Civil. Esse couraçado, chamado de C.S.N. Sumpter, supostamente transportava um carregamento de ouro que seria usado para manter o sul na guerra. Ele sumiu nas cercanias da cidade de Black Moss e jamais foi encontrado.
O nome Black Moss surge novamente em alguns jornais antigos que foram pesquisados. Eles mencionam vários casos de "justiça vigilante" na cidade. Os recortes dão a entender que linchamentos são algo muito comum entre os habitantes desse lugar. As fotos de enforcamentos e assassinatos deixam o Dr. Campbell preocupado. A Sra. Parish se refere a Black Moss como uma cidade decadente no meio do pântano, com gente estranha que gosta ainda menos de estranhos.
Os dois buscam por um livro que consta no acervo da biblioteca mas que foi retirado pelos irmãos, um volume chamado Liyuh. A sra. Perish o emprestou aos irmãos, trata-se de um livro antigo versando sobre folclore e superstições. Ela jamais leu o livro, mas os desenhos nele a deixaram enojada. "É o tipo da coisa que me dá calafrios!" diz incomodada.
Quando o grupo se reencontra, concorda que todas as evidências apontam na direção da cidade de Black Moss e que se desejam realmente encontrar os irmãos devem seguir para lá o quanto antes.
Cena 6: Bem vindos ao Grande Nada... Black Moss
Os investigadores arrumam seus pertences o mais rápido possível. Os agentes da Pinkerton sabem que suas ações com o valentão da cidade não vão ficar impunes e por isso é melhor sair de Morgan City o quanto antes.
O grupo aluga um Ford T, mas na saída da cidade é perseguido pelo caminhão guincho de Billy Bob que tenta tirá-los da estrada. Um caipira bêbado armado com uma shotgun aparece na janela e ameaça o grupo, a perícia de Bucky na direção acaba salvando o dia. O caminhão se choca numa cerca e os investigadores escapam em alta velocidade.
As estradas são horríveis e a sinalização é quase inexistente, o clima quente e úmido do pântano faz com que os investigadores se sintam incomodados. Enfim após uma viagem desagradável encontram Black Moss.
O povoado não tem mais que 100 habitantes que residem em casebres velhos de alvenaria. É um lugar atrasado e com um povo estranho e fechado em seus costumes, há claros indícios de casamento consanguíneo e algumas pessoas nas ruas são estranhamente parecidas e de aspecto no mínimo esquisito. Os investigadores imediatamente sentem que os moradores locais os observam desconfiados e confabulam entre si.
Só um adendo: Falando sério, olha a foto que eu encontrei desses caras aí em cima... tinha jogador que queria fazer rolamento de sanidade só de ver a foto quando eu disse que esse era o aspecto geral dos habitantes de Black Moss. Essa foto deveria alimentar teorias da conspir~ção a respeito da real existência dos Mythos.
No posto de gasolina, Bucky descobre que há uma senhora que possui uma pensão. Eles vão até lá e falam com a Sra. Renkin a proprietária. Eles mostram uma foto dos irmãos e ela reage com surpresa. Quando indagada a respeito afirma que não sabe de nada. O grupo percebe que ela olha aflita na direção da rua, alguns moradores da cidade espiam os forasteiros pela janela.
Logo em seguida dois homens entram pela porta. Um deles veste um terno antiquado e jaqueta, ele sua em profusão e exala um cheiro de colônia barata, o outro é um sujeito de tapa olho e barba escura cerrada. O primeiro se apresenta como Jacques Murat prefeito da cidade, o outro é o xerife local Phil Arnot que grunhe alguma coisa para os forasteiros ao ser apresentado.
O prefeito veio dar uma espécie de boas vindas, já o xerife está mais interessado em saber quanto tempo eles vão ficar na cidade. O grupo diz que está de passagem, à procura de dois irmãos que estiveram recentemente em Black Moss. O prefeito enxuga a testa, o xerife apenas olha a foto e diz que não os viu. "Ninguém costuma vir a Black Moss, é uma cidade isolada", diz o delegado "nós até questionamos a necessidade de uma pensão". diz olhando para a dona do estabelecimento.
"Se algum forasteiro tivesse aparecido por aqui, com certeza nós saberíamos", diz Murat com um sorriso falso. "É uma cidade pequena, de gente simples."
"E gostamos das coisas desse jeito" se apressa em completar o xerife.
Quando os dois saem, a Sra. Renkin entrega aos investigadores as chaves do quarto, ela olha sobre o ombro dos investigadores onde está um rapaz que leva as malas para os dois quartos. "Jay Wilkins!" diz ele enquanto os aloja num dos quartos.
Bucky repara que o rapaz usa um relógio de pulso muito bonito. O tipo da coisa que não seria muito comum em um lugar retrógrado como Black Moss. o grupo desconfiado entra em seus quartos imaginando em que tipo de lugar se meteram.
Aqui terminou a primeira parte da aventura.
Bastante divertido esse cenário. Muito bom!
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