O Professor George Angell de Providence, que investigou as raízes do Culto de Cthulhu morreu em meados de 1926, vítima de um misterioso ataque cardíaco enquanto andava pelas docas de Newport. Segundo rumores ele teria trombado com um marinheiro negro pouco antes de sentir os primeiros sintomas do ataque cardíaco fulminante que o matou. O marinheiro norueguês Gustav Johansen, indivíduo central em uma fantástica narrativa envolvendo a exploração das ruínas de R'Lyeh, também foi vítima de um infortúnio fatal em Oslo. Johansen teria sofrido um acidente e morrido em decorrência de complicações cardíacas inesperadas. Alguns amigos comentaram que ele vinha sendo seguido por dois homens com aparência estrangeira.
Francis Wayland Thurston, o acadêmico que reuniu documentos à respeito do culto e tentou lançar uma luz sobre suas ações na Nova Inglaterra também foi vítima de um inesperado ataque, vindo a falecer no início de 1927. A morte de Thurston ocorreu em circunstâncias ainda mais misteriosas, tendo ele chegado a pedir ajuda à polícia alguns dias antes, afirmando que estava sendo perseguido por "pessoas que desejavam lhe fazer mal". Thurston não foi capaz de descrever quem eram seus seguidores, mas supôs que seriam estrangeiros, "provavelmente homens do mar, ligados a um tipo de seita".
Um dos símbolos de Cthulhu que adorna os locais de culto |
O inspetor John Legrasse da polícia de Nova Orleans, envolvido diretamente na diligência que colocou fim a um culto no coração do pântano da Louisiana, quase teve fim semelhante. Em 1908, dois anos depois de capturar um bando de maníacos envolvidos com Cthulhu, Legrasse sofreu um atentado enquanto voltava para casa. Ele foi atacado em frente à sua propriedade, mas conseguiu se livrar dos agressores disparando contra eles. Na briga, Legrasse, foi levemente ferido, mas acabou sendo hospitalizado após sentir uma súbita fraqueza da qual eventualmente se recuperou.
Embora muitos neguem que exista algo como uma conspiração mundial, as circunstâncias misteriosas nessas e em muitas outras mortes inexplicáveis parecem apontar para algo muito mais sinistro que o acaso. E que pessoas envolvidas com o culto colocam suas vidas em grave perigo. Há fortes evidências de que cultos devotados a Cthulhu mantém grupos de assassinos em suas fileiras. Seu propósito é manter as atividades do Culto em segredo, evitando assim que seus planos ou mesmo sua existência seja revelada ao mundo.
O temido manto dos Sacerdotes de Cthulhu |
Trata-se de um grupo que opera dentro do culto como justiceiros à serviço dos sacerdotes. Os cultos os conhecem por diferentes nomes e eles atuam de diferentes maneiras, seu objetivo no entanto, é sempre o mesmo: punir os infiéis e levar a ira de Cthulhu àqueles que o desagradam.
O método preferido de assassinato empregado pelo Culto de Cthulhu é a administração de veneno.
Quando um novo assassino prova seu valor, ele é levado para um dos templos onde aprende tudo à respeito de venenos e toxinas. Esse "treinamento" pode demandar anos até ser concluído, uma vez que o assassino deverá compreender cada etapa do processo de criação do veneno, a maneira como ele age na fisiologia humana e até como se tornar imune a ele.
O círculo dos assassinos acumula um profundo conhecimento à respeito de substâncias tóxicas, obtido ao longo de séculos pelos seus membros. Eles são zelosos de seus segredos e raramente compartilham essas informações. Entre outras coisas, o assassino aprende a extrair veneno de aranhas raras encontradas no sudeste asiático, recebe instrução sobre como produzir uma seiva tóxica destilada de fungos fosforescentes especialmente cultivados e o complexo processo de secar a bexiga de certos peixes albinos para criar um pó mortal cuja inalação leva à morte em poucos segundos.
O assassino aprende também como ministrar esses vários tipos de veneno sem chamar a atenção. No ocidente, os assassinos empregam anéis de metal embebidos com a substância venenosa de sua escolha. Uma agulha quase imperceptível na base do anel permite que o veneno seja transmitido para a corrente sanguínea da vítima. Basta um leve toque ou um esbarrão para que a toxina seja injetada deixando apenas um arranhão ou uma perfuração quase indetectável na pele. A substância age diretamente sobre o coração, causando uma falha crônica aproximadamente dois minutos após a aplicação, em geral resultando na morte. Mesmo que a vítima sobreviva, os efeitos da toxina se fazem sentir levando a doença, inconsciência ou coma.
Uma faca usada pelos assassinos do Culto de Cthulhu |
Contudo, cada facção emprega os métodos com os quais se sente mais familiarizada. Os assassinos à serviço do culto no Peru, usam uma rara toxina extraída das glândulas de sapos da floresta tropical criados pelo culto. Essa toxina mortal é disposta em pequenos dardos de madeira que podem ser disparados por zarabatanas. A arma é efetiva a até 6 meros de distãncia e um único disparo é suficiente para derrubar um homem adulto. Método semelhante é empregado por uma facção que vive nas selvas de Sumatra e usa bumerangues com bordas afiadas para transmitir o veneno extraído de raras flores derivadas da papoula.
A notória máscara do Culto em Marselha |
Em alguns casos, os assassinos à serviço do Culto de Cthulhu podem empregar métodos mais dramáticos para mandar um recado, sobretudo se eles desejam intimidar outras pessoas.
Em Marselha, uma facção se notabilizou por eliminar suas vítimas usando uma espécie de garrote adaptado a uma máscara estilizada de couro que guarda semelhança aterradora com o semblante do Grande Cthulhu. Nas Ilhas Marquesas, um culto reservava às suas vítimas uma morte dantesca mergulhando-as em piscinas naturais onde nadam moréias famintas. Isso sem falar dos vários cultos de Cthulhu que negociam suas vítimas com abissais ou as entregam em sacrifício a tenebrosas bestas marinhas.
O perigo de investigar as atividades dos cultos devotados a Cthulhu, como se pode ver não se limitam a esfera da loucura. O perigo existe e é considerável para qualquer um corajoso (ou tolo) o bastante para cruzar o caminho desses indivíduos.
Otimo post!!!
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