Ossos de dimensões colossais pertencentes a uma espécie extinta de pinguins, a Palaeeudyptes klekowskii foram descobertos em uma ilha na Península Antártida. De acordo com um novo estudo publicado na revista científica Comptes Rendus Palevol na semana passada, esses ossos recém encontrados pertenciam a uma espécie de pinguim que podia atingir dois metros de altura, sendo o maior e mais pesado pinguim jamais visto.
O biólogo Thomas Huxley descobriu o genus de um pinguim gigante chamado Palaeeudyptes em meados de 1859, e desde então, quatro subespécies foram identificadas. O Palaeeudyptes klekowskii, descrito em 1990, é o maior do genus, e viveu entre 37 e 40 milhões de anos atrás. Aquela foi "uma época perfeita para os pinguins, quando algo entre 10 e 14 espécies diferentes viviam juntas na costa Antártida", disse Carolina Acosta Hospitaleche do Museu de La Plata na Argentina.
Pinguins azuis atualmente não ultrapassam os 40 centímetros de altura, enquanto o maior da espécie conhecido como Pinguim Imperador, atinge no máximo 116 centímetros. Contudo, incluindo os pinguins extintos, a média de altura das aves é ainda mais heterogênea. O menor pinguim é o Eretiscus tonni da Patagônia, que mede apenas 35 centímetros e pesa 0.94 quilos. Até então, o maior pinguim primitivo era o extinto Anthropornis nordenskjoeldi, com 166.3 centímetros de altura e que pesava 82 quilos e 800 gramas.
Em sua nova tese, Hospitaleche descreve os ossos da espécie Palaeeudyptes klekowskii como “de tamanho assombroso.” O tarso e metatarso (ossos longos da perna que se formam a partir da fusão de duas estruturas) e fragmentos do úmero (a parte da asa) são reminiscentes do Período final do Eoceneoe foram desenterrados na Ilha de Seymour.
De acordo com as estimativas, o metatarso - que mede 9.13 centímetros de comprimento - pertence ao "maior e mais impressionante pinguim" descrito até o momento. O animal teria aproximadamente 2 metros de altura, pesando mais de 115 quilos. Mesmo que o úmero não possa ser usado como referencial apropriado para determinar o tamanho do animal, é lógico através da mera observação que ele pertence a uma ave de grandes proporções. Na imagem acima é possível ver a localização dos ossos encontrados.
Esta enorme ave era provavelmente um pinguim piscívoro (se alimentando de peixes), com uma grande capacidade respiratória e capacidade de mergulho para caçar suas presas. Ele poderia ficar de baixo da água por mais de 40 minutos.
A Ilha de Seymour já revelou outros fósseis de pinguins e se mostra um ambiente propício para a descoberta de outras ossadas uma vez que é habitado por pinguins há milhões de anos.
Baseado na descoberta desse animal, é impossível não lembrar dos Pinguins Albinos de "Nas Montanhas da Loucura" de H.P. Lovecraft.
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Baseado na descoberta desse animal, é impossível não lembrar dos Pinguins Albinos de "Nas Montanhas da Loucura" de H.P. Lovecraft.
"De repente, uma bojuda forma branca se destacou à nossa frente e lançamos a luz da segunda lanterna sobre ela... a coisa branca, bamboleante, tinha seis pés de altura (dois metros), mas logo nos pareceu que não era um daqueles outros. Veio então um instante de relaxamento quando a forma se moveu em direção a uma arcada lateral à nossa esquerda para se reunir a outras duas da mesma espécie que a chamavam em tons roucos, pois tratava-se mesmo de um pinguim, ainda que de uma espécie enorme, desconhecida, maior do que o maior dos pinguins reais conhecidos, e monstruosa na sua combinação de albinismo e virtual ausência de olhos".
Segundo a Lovecraft wikia:
Os Pinguins Albinos (Aptenodytes albus) encontrados pela Expedição Miskatonic são uma espécie fictícia criada por H.P. Lovecraft em sua novela de 1936. O narrador William Dyer, os descreve como animais estranhos e massivos medindo quase dois metros de altura.
Segundo Dyer, o pinguim por eles encontrado é descendente de uma espécie mais arcaica vista em esculturas e entalhes de baixo relevo feitos pela Raça Ancestral (Elder Things). Quando a temperatura na Antártida tornou-se glacial, os animais retrocederam para o interior dos túneis subterrâneos do abismo que levava à Cidade da Grande Raça. Milênios na escuridão perene desse abismo "destruiu a pigmentação e atrofiou os seus olhos até quase desaparecerem".
Eu me pergunto se a visão de tais pinguins gigantes e estranhos poderia motivar algum custo de sanidade. Mas acho que aqui, o que incomoda é a percepção de que essas aves sofreram mudanças graça ao seu confinamento abissal que as fez brancas e tornou seus olhos inúteis na eterna escuridão. É a prova d eque a natureza, diferente do Mythos é capaz de se adaptar e se conformar com o ambiente. Já as criaturas ancestrais, passados milhões de anos continuavam fundamentalmente iguais pois o tempo nada significa para esses seres.
É uma sacada interessante que eu só me dei conta após concluir esse artigo.
Eu me pergunto se a visão de tais pinguins gigantes e estranhos poderia motivar algum custo de sanidade. Mas acho que aqui, o que incomoda é a percepção de que essas aves sofreram mudanças graça ao seu confinamento abissal que as fez brancas e tornou seus olhos inúteis na eterna escuridão. É a prova d eque a natureza, diferente do Mythos é capaz de se adaptar e se conformar com o ambiente. Já as criaturas ancestrais, passados milhões de anos continuavam fundamentalmente iguais pois o tempo nada significa para esses seres.
É uma sacada interessante que eu só me dei conta após concluir esse artigo.
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