Essa é a imagem de uma das mais graves ameaças do nosso século.
O surto já vem sendo chamado de "a pior epidemia do Ebola na história", ainda assim informações fora da África tem sido esporádicas. Nos Estados Unidos, as notícia a respeito se concentram nos dois cidadãos norte-americanos - médicos de um programa de ajuda humanitária, que foram infectados. Enquanto isso, a doença já matou 932 pessoas (números da Agência Mundial de Saúde) na África Ocidental e mais de 2,000 foram infectadas desde o ressurgimento da doença em meados de março.
Estariam as informações a respeito dessa epidemia sendo encobertas para evitar o pânico?
O vírus ebola foi descoberto apenas nos anos 70, nas florestas da África. Os cientistas acreditam que o vírus viva nos morcegos da fruta, que ocupam as cavernas da região subsaariana. Nele o vírus não provoca doença. Mas uma fruta meio comida por um morcego e encontrada por outro animal pode dar início à epidemia.
Primatas são muito vulneráveis. Em apenas uma epidemia, mais de cinco mil gorilas morreram. Humanos contraem o vírus ao comer frutas ou caça contaminadas, ou ao manipular um animal morto.
A taxa de mortalidade do Ebola está na casa dos 60 a 90 por cento, as pessoas infectadas se não são tratadas imediatamente tem poucas chances de recuperação. Os efeitos comuns são febre, vômito e diarreia, sintomas que podem ser confundidos com uma vasta gama de outras doenças. Nas fases posteriores, o dano se torna mais sério com hemorragia. Das muitas maneiras que o vírus pode ser transmitido, as principais incluem a transferência de fluidos, o que coloca os médicos trabalhando com os doentes em grave risco. Os profissionais que estão realizando a ajuda humanitária nos precários hospitais montados às pressas, utilizam material de proteção que inclui respiradores, roupas e máscaras de borracha grossa. Um número significativo de médicos foram contaminados desde o início da epidemia.
Os sintomas do Ebola tem um tempo de incubação de até 21 dias para se manifestarem após a infecção. Isso significa dizer que um portador do vírus pode parecer perfeitamente saudável e transmiti-lo para muitas outras pessoas antes de se proteger. Foi justamente o que aconteceu com um Patrick Sawyer, um cidadão da República da Libéria, que carregou o vírus em seu corpo para Lagos na Nigéria, a mais populosa cidade da África. Das pessoas que tiveram contato com Patrick, sete apresentaram os sintomas da doença, sendo que quatro morreram em decorrência da infecção.
Como resultado, tumultos se formaram nos arredores de hospitais que estão oferecendo tratamento de pacientes. Os manifestantes culpam os estrangeiros pelo surgimento da doença. Ataques a estrangeiros e violência tem se multiplicado em Lagos desde que o primeiro caso foi reportado. O jornal New York Times informou recentemente que uma milícia armada se formou na Nigéria e está em atividade nas principais cidades, com o propósito de impedir a entrada de trabalhadores estrangeiros no país. Guardas de fronteira tem realizado uma triagem nas pessoas que entram no país, contudo com a extensão territorial do país é virtualmente impossível controlar quem passa pelas fronteiras diariamente.
Em Serra Leoa, que tem o maior número de casos de Ebola confirmados até o momento, o governo decretou estado de calamidade. Carros com equipamento de som circularam pelas cidades avisando as pessoas que deveriam ficar em suas casas e evitar se deslocar, qualquer pessoa apresentando os efeitos devia se apresentar imediatamente. A falta de informação a respeito da doença causou pânico: em Runte um vilarejo do país, uma mulher foi agredida por populares que diziam ser ela portadora do vírus. Depois de ter sido apedrejada ela foi abandonada à própria sorte.
Em Kenema, a polícia usou gás lacrimogênio para dispersar protestantes que se concentravam diante de um centro de tratamento. O tumulto se intensificou principalmente em face dos rumores de que a doença era uma cobertura para a realização de "rituais de canibalismo" que vinham ocorrendo no interior do hospital. Outras fontes de procedência desconhecida, afirmavam que a doença havia surgido através do uso de vacinas no início do ano. Em Serra Leoa a superstição ainda é forte quanto a métodos de tratamento médico modernos e a população desconfia das campanhas de eliminação de doenças, por esse motivo o país possui um dos mais altos índices de doenças infecciosas do continente. No caso mais grave registrado em fevereiro, dois agentes de saúde foram assassinados e um posto médico incendiado por uma multidão que culpava a equipe pela morte de uma criança que havia recebido vacinação.
Há diversas outras teorias conspiratórias mundo à fora.
Alguns acreditam que a cepa do Ebola ressurgiu após um acidente numa estação de pesquisas biológicas mantida pelo governo norte-americano na África. Essa base secreta, disfarçada como agência de saúde internacional, realizaria experimentos com elementos perigosos para utilização em guerra biológica. Ativistas de movimentos pela erradicação de armas dessa natureza acreditam que possa ter havido uma quebra de protocolo de segurança que infectou funcionários dessa estação. Verdade ou mero boato, uma estação de pesquisas privada em Serra Leoa recentemente foi desativada, contudo a ligação com o governo norte-americano não foi confirmada e parece ser mera especulação.
Tribos que vivem nas selvas da Guine culpam os primatas pela disseminação da doença em seu território. Desde o início do ano, macacos de diversas espécies foram abatidos por populares que queimam os animais para assim "dissipar os maus espíritos" em seus corpos. As autoridades tentam conscientizar as pessoas das reais formas de transmissão, mas as crendices populares são muito fortes e tem se mostrado um obstáculo.
O controverso Dr. Leonard Horowitz, em seu livro, "Emerging Viruses" sugere que o Ebola possa ter sido manipulado em laboratório, possivelmente pelo governo americano, para ser usado na África Central. Segundo o Dr. Horowitz a estrutura em espécimes colhidos do Ebola apresentam indícios de manipulação o que remete a uma possível criação laboratorial. A criação de um vírus letal e de seu controle através de um antídoto, estariam dentro da tática empregada pela guerra biológica. Comntudo, e preciso lembrar que Horrowitz tem opinioes polemicas e muitas delas sao duramente refutadas.
A epidemia de Ebola segundo fontes na AMS está entre as maiores ameaças globais desse século. Trata-se do segundo virus mais letal conhecido, perdendo apenas para a canine rabies que tem um índice de letalidade de 95%, mas que dispõe de vacinas. É possível que alguém infectado pelo Ebola saia da Africa, viaje para Heathow no Reino Unido e contamine em pouco mais de seis horas pelo menos 15 pessoas.
O bio-terror, uma modalidade de terrorismo ainda não empregada também é uma preocupação existente. Várias nações já manifestaram preocupação a respeito do uso de vírus como arma letal para ataques terroristas. O Ebola pode ser lançado no ar em forma de aerosol com relativa facilidade, bastando para isso o trabalho de um epidemiologista disposto a duplicá-lo em laboratório. Com o surto, amostras podem ser facilmente obtidas.
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Caras, vou dizer uma coisa... em matéria de horror real, esse tipo de Epidemia é algo que realmente me deixa apavorado.
Quando esse tipo de coisa começa a se espalhar pelo mundo as coisas rapidamente saem do controle. A desinformação nesses casos é o catalizador para violência e loucura. No início do século XX, nós tivemos algo parecido com a notória Gripe Espanhola que devastou populações inteiras no mundo inteiro. A chance de algo assim se repetir, num futuro próximo, segundo importantes pesquisadores é muito maior do que seria confortável imaginar.
Eu fico pensando como uma epidemia mundial iria afetar a todos nós, ainda mais diante da escalada populacional e do aparecimento de grandes centros urbanos no último século, onde a proximidade das pessoas acaba sendo total.
E num contexto do Mythos, fico imaginando um Nyarlathotep com um sorriso sardônico entregando para um grupo terrorista uma valise contendo amostras do Ebola para experiência e produção em massa.
Nada mais é que obra de Nurgle. Agora falando sério a coisa está feia. Sou médico e estou acompanhando tudo. o isolamento necessário não está sendo feito, o nível da epidemia já está no ponto de pular de continente e as restrições para viagens e migrações nem começaram. A melhor chance hoje que contam as autoridades é a epidemia desaparecer sozinha
ResponderExcluirO """respeitado""" Dr. Leonard Horowitz é um teórico da conspiração que se opõe a vacinação e acredita em homeopatia, além de já ter se envolvido em fraudes farmacêuticas. É o tipo de babaca que espalha desinformação e causa pânico com suas publicações pseudocientíficas para o público leigo e facilmente manipulável; e que só se preocupa com o próprio enriquecimento independentemente das consequências.
ResponderExcluirEssa doença já é perigosa e aterrorizante o suficiente por si só. Não há necessidade de exageros.
Confesso que nao conhecia a fama do sujeito. Dei uma olhada em algumas paginas e de fato a "respeitabilidade" dele escorreu pelo ralo. Nos dias atuais ser contra algo vital como a vacinacao, ainda mais se tratando de um medico e imperdoavel. Teorias conspiratorias existem desde que o mundo e mundo, o problema eh quando certas pessoas as defendem dde modo perigoso causando desinformacao. Vou editar o artigo. Obrigado pelo toque.
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