A violência, os sacrifícios de natureza bizarra e os relatos sobre as atividades dos Homens Leopardo se espalharam pela Nigéria de tal maneira que as autoridades embarcaram em uma cruzada para tentar erradicá-los de uma vez por todas.
Em 1949, as autoridades responsáveis pela Região de Opobo - uma das mais afligidas pelo Culto, enviaram mais de 200 homens fortemente armados com espingardas com a missão de caçar e erradicar o perigoso secto. As ordens eram de atirar para matar sempre que um membro do culto fosse descoberto, isso por que os Homens Leopardo jamais se rendiam, nunca se entregavam e quando cercados tentavam levar quantos inimigos conseguissem com eles.
Entretanto, apesar do contingente, armas e das várias medidas empregadas para deter os assassinos, as mortes continuavam e os Homens Leopardo pareciam até mais ousados do que antes. As patrulhas frequentemente ouviam gritos de pessoas aterrorizadas que haviam sido atacadas pelo culto, por vezes a poucos metros de onde a polícia estava instalada. Em vários casos, os próprios patrulheiros eram atacados pelos cultistas que cercavam veículos ou prédios.
Os Homens Leopardo tinham plena certeza de suas habilidades sobrenaturais, acreditavam que eram à prova de balas e capazes de escapar de qualquer armadilha ou emboscada mergulhando na escuridão. Muitos atos de sacrifício realizados pelo culto desafiavam os esforços das autoridades, como o caso de uma mulher que foi removida de uma cela onde estava sendo protegida, apenas para ser assassinada nos fundos da delegacia. Os cultistas haviam trocado as cavernas onde costumavam sacrificar suas vítimas por clareiras na selva, qualquer lugar onde pudessem matar indiscriminadamente. Vítimas eram ameaçadas e atacadas em plena luz do dia, e vários policiais passaram a acreditar que os Homens Leopardo realmente tinham poderes mágicos. Só isso explicava como eles conseguiam matar sem serem vistos.
Os Homens Leopardo tinham plena certeza de suas habilidades sobrenaturais, acreditavam que eram à prova de balas e capazes de escapar de qualquer armadilha ou emboscada mergulhando na escuridão. Muitos atos de sacrifício realizados pelo culto desafiavam os esforços das autoridades, como o caso de uma mulher que foi removida de uma cela onde estava sendo protegida, apenas para ser assassinada nos fundos da delegacia. Os cultistas haviam trocado as cavernas onde costumavam sacrificar suas vítimas por clareiras na selva, qualquer lugar onde pudessem matar indiscriminadamente. Vítimas eram ameaçadas e atacadas em plena luz do dia, e vários policiais passaram a acreditar que os Homens Leopardo realmente tinham poderes mágicos. Só isso explicava como eles conseguiam matar sem serem vistos.
A enervante habilidades dos Homens Leopardo em emergir silenciosamente das sombras e desaparecer sem deixar vestígio depois de matar frustrava os policiais de tal forma que muitos simplesmente desistiam da missão. Dos 200 policiais designados para combater o culto, 8 foram mortos e outros 54 pediram dispensa do trabalho em menos de um ano.
Havia ainda o enervante fato de que muitos ataques se confundiam com ataques de animais selvagens e as pessoas não tinham certeza do que estavam enfrentando. Além disso, era difícil conseguir testemunhas pois vigorava um medo quase palpável entre os civis que temiam sequer mencionar o nome do Culto. Havia a crença de que os chefes do culto comandavam animais selvagens a matar aqueles que falavam contra eles. A população nativa vivia em constante terror e nem mesmo as famílias das vítimas reportavam desaparecimentos por temer falar com as autoridades.
Em uma ocasião, as autoridades encontraram em uma clareira na selva um lugar onde os Homens Leopardo vinham realizando seus sangrentos rituais. A polícia destacou vinte homens para atacar a clareira em uma noite, mas quando os policiais chegaram se depararam com um bando de mais de 100 cultistas e simpatizantes. Diante dessas desvantagem tiveram de bater em retirada. Essa derrota mostrou que a situação era pior do que eles suspeitavam. Não haviam pistas para seguir, nem testemunhas ou provas concretas para chegar aos chefes da Sociedade.
O pior é que as pessoas não confiavam nas autoridades coloniais e muitos nativos aceitavam os cultistas como uma força inevitável, semelhante aos animais que caçavam na selva. Na ânsia de capturar membros do culto, muitos inocentes foram presos e agredidos para que entregassem envolvidos com o culto ou para confessar seu envolvimento. Torturas e execuções aconteciam diariamente e policiais perseguiam qualquer um que pudesse denunciar a identidade de um Homem Leopardo. O claro abuso de autoridade demonstrava a que ponto havia chegado o desespero dos oficiais do Serviço Colonial Nigeriano.
Enfrentando um inimigo invisível, numeroso e fanático as autoridades perceberam que não tinham como vencer essa batalha sem um planejamento bem feito e trabalho coordenado de inteligência.
Em uma operação, um agente fazendo-se passar pelo filho de um chefe tribal transitou por uma área rural escura onde já haviam ocorrido repetidos ataques. Um grupo de policiais armados aguardavam de tocaia. Na primeira noite, nada aconteceu mas na noite seguinte quando repetiram o plano, mais de uma dúzia de homens vestindo fantasias de leopardo saíram de seu esconderijo para atacar o oficial disfarçado. Os homens usavam garras metálicas e bastões ritualísticos e pareciam determinados a matar sua presa com a fúria de animais selvagens. Naquele momento, a "vítima" sacou uma pistola e começou a disparar abatendo dois agressores. A seguir, os policiais escondidos surgiram com espingardas. Após um violento tiroteio, cinco Homens Leopardo estavam mortos, mas infelizmente, o policial disfarçado também havia sido colhido pelo fogo cruzado.
Um dos cultistas havia sido gravemente ferido, mas mesmo assim conseguiu rastejar para a selva, correndo de quatro como se fosse um verdadeiro leopardo. Os agentes do Serviço Colonial seguiram seus rastros e conseguiram encontrar o homem agonizando. Mais adiante, havia uma clareira e de lá vinha o som de tambores e gritos. Os agentes seguiram em frente e se depararam com um ritual sendo preparado com Homens Leopardo e simpatizantes que esperavam o retorno dos outros com a vítima escolhida para o sacrifício. Os agentes nem se preocuparam em dar voz de prisão aos cultistas, chegaram disparando e derrubando todos Homens Leopardo que conseguissem acertar.
Quando a poeira e fumaça de pólvora baixou, havia mais 15 mortos e feridos, todos cultistas da Sociedade do Leopardo. Muitos deles também foram capturados e conduzidos para a cadeia.
Esta foi a primeira grande vitória das autoridades sobre o Culto do Leopardo. Mais importante do que simplesmente eliminar ou prender uma parcela dos cultistas, a notícia repercutiu em toda Nigéria graças a publicidade que a polícia deu ao incidente. Fotografias e reportagens mostrando os Homens Leopardo mortos e derrotados foram enviadas para todos as regiões e traduzidas em inúmeros dialetos tribais.
Com a prova de que os Homens Leopardo podiam ser mortos, as pessoas comuns passaram a acreditar que eles eram simples homens que se aproveitavam das superstições e não feras com poderes sobrenaturais. Eles não tinham acesso a poderes místicos e com certeza tampouco eram à prova de balas. Nas semanas seguintes, mais um grupo de cultistas capturados foi enforcado e seus corpos fotografados trajando as fantasias que lhes dava tanta autoridade.
Como resultado dessa campanha, testemunhas interessadas em auxiliar as autoridades começaram a se apresentar com informações sobre quem fazia parte do culto e onde ocorriam os rituais. Aparentemente, todos sabiam quem estava envolvido com as atividades do Culto, mas até então não tinham coragem de denunciá-los. Depois de mostrar que os Homens Leopardo eram mortais, a coisa mudou de figura.
Uma informação fez com que os policiais se embrenhassem na selva em uma expedição que os levou até um imenso altar coberto de manchas de sangue e ossos de numerosas vítimas. Na ocasião, eles capturaram pela primeira vez Chefes do Culto que acabaram se rendendo. Um desses chefes foi conduzido a uma Delegacia e lá os agentes arrancaram seus dentes com alicates para simbolizar que o Culto do Leopardo havia perdido suas presas.
O aumento de testemunhos e denúncias levou nos meses seguintes a um total de 90 prisões de cultistas, 50 dos quais foram publicamente executados para que continuasse se propagando a notícia de que os Homens Leopardo não passavam de homens. Por volta de 1955, os últimos membros do Culto foram presos e processados, mas a essa altura a Sociedade já havia se enfraquecido e perdido a maioria de seus seguidores.
Ainda que o Culto tenha continuado a operar na Nigéria realizando atentados e assassinatos até a década de 1980, ele nunca mais se recuperou e sempre que há algum tipo de ressurgimento as autoridades se empenham de descobrir os envolvidos e prendê-los. Em várias nações da África Ocidental, na Nigéria inclusive, ainda é crime utilizar qualquer tipo de roupa ou fantasia imitando a pelagem característica de leopardos.
Os misteriosos e letais Homens Leopardo deixaram várias questões em aberto após a sua queda. Quem eles eram? Por que eles praticavam tamanhas atrocidades? O que fez com que eles saíssem das sombras no final do século XIX e começassem seu banho de sangue? Como eles se organizavam e se mantinham atuantes apesar das perseguições?
Muitos pesquisadores acreditam que o Culto dos Homens Leopardo veio a tona como um grupo organizado para enfrentar a opressão dos colonizadores europeus na África, e que o rompimento da estrutura tribal tenha resultado na busca de tradições extremas quase esquecidas. Com o aumento do colonialismo, líderes tribais se mostraram incapazes de proteger seus povos e estes se voltaram para costumes que até então haviam sido repelidos. Era uma forma de se rebelar e enfrentar um inimigo comum, recorrendo ao que poderia existir de mais assustador e terrível. Quando verificamos que muitos alvos do Culto eram colonos brancos e nativos que se integravam a eles, sobretudo adotando seu estilo de vida, parece claro haver uma relação direta entre a presença colonial e os ataques. Contudo, a medida que os ataques foram se tornando cada vez mais sanguinários,a população nativa passou a temer os cultistas e recorrer aos próprios colonizadores para que estes os protegessem.
O Culto do Leopardo entrou para a história como uma das Sociedades Secretas mais misteriosas, assustadoras e letais de que se tem conhecimento. Eles jamais se renderam diante de quem tentou domá-los e como feras selvagens lutaram até serem extintos.
Muito interessante!!!
ResponderExcluirÉ tão fantasioso ao mesmo tempo tão sinistro.
ResponderExcluirhistória sinistra,acho que tinha um lugar em Tarzan onde esses caras viviam,e outro programa também mas não me lembro qual
ResponderExcluirSeria esse o culto a uma divindade chamada Kpossun?
ResponderExcluirFoi tão real por que não te em mais fotos meras ilustrações, eles sim teriam peles de leopardos e dentes lichados eu acho.
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