sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Diário Perdido - O sinistro relato do que aconteceu na Floresta de Pittsfield


Pesquisadores e estudiosos dos fenômenos paranormais frequentemente se deparam com casos que realmente se destacam e que impressionam até o mais calejado investigador. Alguns levantam uma sobrancelha de ceticismo quando as coisas são realmente desconcertantes. Certos casos são fraudes óbvias, mas há outros que desafiam as convenções e colocam em cheque nossas crenças mais profundas.  

Recentemente, um caso muito estranho chamou a atenção na internet. Ele envolve um galpão abandonado, um caderno descartado repleto de anotações misteriosas, uma série de desaparecimentos bizarros e todo tipo de ocorrência estranha numa floresta considerada mal-assombrada. 

É difícil determinar quanto dessa história é verdade, ou mesmo quanto realmente aconteceu. Contudo é sem dúvida uma narrativa perturbadora que vale a pena conhecer. Continue lendo, caro leitor e decida por si mesmo no que acreditar.

A série de eventos assustadores que se desenrolaram em nossa história foi trazida por um usuário do Reddit chamado "mikamagika". Ela diz que seu nome verdadeiro é Hannah e que na época dos acontecimentos, ela era uma estudante de 19 anos vivendo em Massachusetts nos Estados Unidos. Em um verão, ela e alguns amigos decidiram tirar uma semana para desfrutar de um acampamento isolado localizado a apenas 40 minutos de Pittsfield bem no coração de Berkshires. Era um lugar onde ela afirmava ter acampado desde os 8 anos de idade sem incidentes e onde sempre se sentiu em paz. Todos embarcaram na viagem com entusiasmo, prontos para aproveitar a calma serena da floresta e nadar no lago. Mas o que aconteceu se mostrou muito distante de uma viagem tranquila e sem incidentes.

Nos primeiros três dias de camping, o grupo de seis aproveitou sua estadia, conversando ao redor da fogueira, nadando no lago, fazendo caminhadas e, em geral, se divertindo muito. No quarto dia, eles decidiram explorar as trilhas de caminhada para seguir uma rota mais aventureira na floresta. Eles levaram um mapa e um dispositivo GPS. O grupo não estava particularmente preocupado em se perder porque a área era cercada por uma cerca que a delimitava com um parque nacional. Todos iriam nessa excursão, exceto um dos membros, conhecido apenas como Ben, que decidiu ficar para trás por causa de uma violenta dor de estômago. Eles encheram suas mochilas com água, lanches e suprimentos de emergência, se despediram de Ben e seguiram por uma das trilhas em direção à natureza. De início foi tudo muito divertido, mas as coisas ficariam assustadoras muito rapidamente a partir daí.


No começo, as coisas correram normalmente, mas conforme eles se aprofundavam na floresta, uma das integrantes do grupo, Eileen, afirmou ouvir alguém sussurrar seu nome, o que compreensivelmente a assustou. Enquanto eles continuaram outro membro do grupo chamado Tyler afirmou ter visto uma sombra através das árvores, como se fosse alguém espreitando. O grupo inteiro estava ficando assustado, mas eles acabaram rindo da situação e seguiram adiante. A certa altura ouviram o som de sinos distantes, o que era estranho já que estavam afastados de tudo. Por mais assustadora que fosse a situação, isso meio que contribuiu para aumentar a sensação de aventura entre os amigos. 

Mas eles não esperavam pelo que viria a seguir, algo que os pegou de surpresa. Hannah conta:

“Por volta das 15h, encontramos algo interessante na mata. Eram guirlandas feitas de gravetos dobrados dispostos em círculos, com um metro a um metro e meio de diâmetro. estavam colocados no chão ou penduradas em árvores. Também encontramos alguns desses galhos trançados ao redor das árvores. Eileen, é claro, estava assustada e queria voltar, mas Jacob e Tyler encontraram alguns totens esculpidos em pedra e ficaram interessados naquilo. Também achamos postes de madeira antiga fincados no solo com estranhos símbolos talhados em toda circunferência. Imaginamos que talvez fosse algo feito por tribos nativas, mas não tínhamos certeza. Era simplesmente estranho."

Pouco mais adiante o grupo avistou um galpão velho e dilapidado literalmente no meio do nada. O lugar obviamente não era usado há algum tempo, ainda que estivesse relativamente em boas condições. Os amigos ficaram curiosos sobre a estrutura e decidiram bisbilhotar. Acharam o galpão bem trancado com cadeado e as janelas firmemente pregadas. Havia entretanto uma janela que tinha apenas um prego mantendo-a fechada. Com um pouco de esforço, eles conseguiram abrir e entrar. Começaram a explorar o interior. 

Hannah conta o que aconteceu depois:

“O cheiro era horrível lá dentro. Uma mistura de ferrugem, folhas mortas e algo azedo suspenso no ar. Olhamos ao redor e os meninos acenderam suas lanternas, pois as janelas não forneciam muita luz. Lá dentro, havia uma cadeira de madeira, uma pilha de cobertores empoeirados de aparência desagradável, uma mesa de madeira virada de lado, alguns ossos pequenos (pensamos que fossem de animais) e toneladas de folhas e sujeira no chão. Havia marcas de mãos e pegadas por toda parte, então definitivamente pensamos que algum vagabundo estivesse vivendo ali.

Tyler sugeriu que alguém usava o lugar como cabana de caça ou talvez fosse o esconderijo de um assassino em série. Eileen sequer entrou no galpão, estava apavorada demais e preferiu esperar na porta. Tyler continuou dizendo que não estava brincando e apontou para os ossos. Ele salientou que as esculturas de gravetos eram estranhas, quase como um aviso para manter curiosos afastados. Nós rimos de forma nervosa, mas confesso que aquele lugar começou a me causar arrepios. 


Continuamos a explorar e vasculhamos os cobertores encontrando algumas velas meio queimadas, um sinalizador de emergência usado e alguns fósforos. Foi então que encontrei o caderno."

O caderno em questão é descrito como "um daqueles pequenos cadernos de composição que você pode encontrar em corredores de lojas com material de escritório", ele estava sujo e amarrotado. Suas páginas estavam rabiscadas com uma escrita frenética. Hannah relata:

"Estava sujo e borrado pela umidade que manchou a tinta. As palavras haviam sido escritas por alguém com pressa com tanta força que o papel quase rasgou em alguns pontos. Chamei meus amigos e folheamos o arremedo de páginas. Era assustador pra caramba e parecia um diário de filme de terror. Ficamos todos super assustados! Jacob disse que seria melhor levar de volta para o acampamento. Não nos sentíamos seguros para ler lá.”

Mais tarde, após voltarem ao acampamento, os amigos decidiram ler o que parecia ser um diário.

Ele se iniciava de forma bastante inócua, com o autor alegando ser uma garota de 14 anos chamada Cassie, que tinha vindo até o lugar acampar com sua família. Nas primeiras páginas ela detalha algumas atividades mundanas de acampamento na companhia de seus pais e irmão, mas então a coisa toma um rumo brusco para o bizarro. "Cassie" escreve no final de sua narrativa: 

"Eu me perdi deles ontem. Não sei o que fazer. Não sei se alguém vai me encontrar. Não sei onde estou ou para onde ir. Estou com medo e não sei o que fazer. Se alguém encontrar isso, você tem que saber o que aconteceu.


A menina relata que ela e sua família encontraram "estranhas coisas feitas de gravetos em todo canto. Gravetos colocados ao redor das árvores", depois disso começou a sentir alguém espreitando na mata e ouviram o som de gravetos estalando na floresta. Levi (o irmão mais velho de Cassie) tocou uma das rodas de gravetos e teve uma erupção cutânea alguns minutos depois. Eles encontraram aquele mesmo galpão, mas o pai achou que poderia ser perigoso ir até lá sem saber quem era o dono. A família montou então um acampamento temendo que chovesse naquela noite. 

Cassie escreve então:

"Ficou muito, muito escuro depois do sol se esconder. Não conseguíamos ver nem estrelas nem a lua. Papai disse que vinha chuva pesada. Fomos dormir. Ouvimos passos fora da barraca, mas mamãe e papai não viram ninguém. A alergia de Levi piorou e mamãe passou pomada em sua mão. Ouvimos passos à noite. Ficamos todos juntos. Algumas vezes, ouvi o som de sinos. Toques distantes e curtos. Fiquei com muito medo. Papai saiu para dar uma olhada com a lanterna na mão, mas ele disse não ter visto nada.  

A noite durou tanto que nenhum de nós dormiu. O sol finalmente nasceu e nos levantamos para arrumar nossas coisas. Papai achou pegadas por todo o acampamento no cascalho e na terra. Havia mais coisas de graveto. Mamãe começou a chorar e disse que queria ir embora. Estava nublado lá fora. Demoramos um pouco para desfazer o acampamento, estávamos muito cansados. Quando fechamos as mochilas, voltamos à trilha.

Andamos muito, não sei por quanto tempo. Estava escuro e nublado. Uma chuva fina começou a cair. De repente, não vimos mais Levi! Ele sumiu. Estava ali um minuto antes e depois não estava mais! Para onde ele foi? Papai chamou por ele, gritou seu nome e mandou ele aparecer. Não ouvimos nada! Ele disse que ia procurar na mata, que ele não podia ter ido muito longe.

Papai demorou, demorou tanto que mamãe ficou assustada e começou a chorar. Ela gritou várias vezes e xingou. Esperamos por horas, mas nenhum deles voltou. Mamãe disse que teríamos de seguir em frente, que não podíamos ficar ali paradas e que a área de camping não deveria estar muito distante. 

 
Caminhamos mais uma hora e vimos o local onde estava o carro. Minha mãe ficou mais aliviada. Ela abriu o carro e buzinou várias vezes esperando que meu pai pudesse ouvir. Ficamos bem quietas ouvindo e de repente escutamos a voz de meu pai (ou de Levi) chamando bem longe. Minha mãe tocou a buzina de novo. Ela decidiu ir atrás deles, e disse que eu deveria buzinar a cada dois minutos para ela encontrar o caminho de volta até o estacionamento. 

Ela entrou na mata, eu toquei a buzina como ela mandou. Mas ela entrou na mata e sumiu. Não voltou. Nem ela, nem papai e nem Levi."

A páginas seguintes do diário foram arrancadas. Três sou quatro páginas estavam faltando e quando ele recomeçava a caligrafia parecia mais frenética.

"Quando amanheceu eu voltei para a floresta para tentar achar meus pais. Depois da noite passada eu não quero ficar no carro sozinha. Não com o homem andando ao redor dele. Caiu uma chuva forte de madrugada. Chorei e rezei a Deus para que alguém me encontrasse. Mas ninguém veio".

Após mais duas páginas rasgadas, o diário prossegue com a mesma caligrafia apressada arranhando o papel desesperadamente. Estranhamente o irmão dela, Levi, parece ter reaparecido sem que se explique como ele retornou. O trecho solto segue assim: 

"(...) o cheiro era muito ruim lá fora e os passos ficaram mais altos. Chamei Levi e pedi para ele não sair de perto de mim. Tinha aquele barulho de novo - de sinos e assobios. Parecia o som que as baleias fazem debaixo d'água, mas muito longe. Levi disse que podiam ser coiotes ou algo assim. O sol finalmente nasceu, e quando saímos do galpão estava frio e úmido. O cheiro era horrível! Uma mistura de lixo podre e sujeira. E folhas mortas e terra. A neblina ainda estava por toda parte, não conseguíamos ver além da linha das árvores a apenas alguns metros de distância."

De manhã continuamos a procurar o carro, Levi disse que poderia dirigir ele. Eu estava com medo de voltar até o estacionamento depois daquela noite. Nós achamos o lugar, mas o carro estava todo destruído. Tinha mais pegadas no cascalho e a terra estava remexida do lado de fora. Levi tentou mexer no carro, mas ele não funcionava. Vestimos nossas jaquetas e colocamos algumas coisas em nossas mochilas. Ele disse que devíamos descer a trilha, caminhar 5 quilômetros até a entrada do parque. Andamos e andamos. Levi parecia estar chorando e eu chorei também. Eu estava com muito medo e fome, não queria que anoitecesse. Gritamos por nossa mãe e nosso pai. Gritamos por ajuda. Ninguém nos ouviu ou disse nada. Começou a ficar escuro de novo. Não conseguíamos enxergar nada. Eu disse a Levi que a gente devia (...)


Mais algumas páginas estavam arrancadas violentamente do caderno e então um trecho concluía o diário de maneira abrupta:

“Eu não aguento mais caminhar. Estou com fome e frio demais. Meus pés estavam machucados e com bolhas, as meias molharam. Não aguento mais ficar na floresta, não suporto ficar sozinha. O galpão era o único lugar onde eu poderia passar a noite. Eu fiquei com medo de voltar aqui, mas não posso ficar na mata com o homem ruim.

Eu chamei Levi, chamei Mamãe e Papai até ficar sem voz. 

Não tem o que comer no galpão, mas pelo menos é protegido. Eu queria que alguém me encontrasse, qualquer um menos o homem que caminha quebrando os gravetos. Eu sei que ele está aí fora. 
 
Eu dormi e quando acordei o céu estava roxo, com o pôr do sol atrás das nuvens. Eu ouvi os gravetos estalando novamente. O ar está frio e molhado. Vai anoitecer daqui a pouco. 

Eu quero meu pai. Não é justo!"

Em seguida, o diário termina de uma maneira lacônica e desesperançosa com letras em forma ocupando duas linhas:

MEU NOME É CASSANDRA RUPERT TENHO 14 ANOS

MINHA MÃE É ELAINE RUPERT MEU PAI É KEVIN RUPERT

MEU IRMÃO É LEVI RUPERT, ELE TEM 16 ANOS

NÓS FOMOS ACAMPAR EM 27 DE JUNHO DE 2017, 

POR FAVOR, NOS ENCONTRE."


O restante do caderno estava em branco, embora algumas páginas tenham sido arrancadas no final. Quando concluíram a leitura os amigos estavam divididos sem saber se aquilo era verdade ou uma brincadeira. Na manhã seguinte, Hannah e seus amigos retornaram e contataram oficiais florestais para relatar o que tinham encontrado. Os policiais ficaram preocupados o suficiente para ligar para o xerife do condado e para o Departamento de Polícia de Pittsfield. Jacob, Tyler e Hannah concordaram em guiar os policiais até o galpão em veículos ATV. Eles desconheciam a existência do lugar escondido na mata. 

Hannah descreve em seguida:

“Demorou cerca de uma hora para chegar à trilha em que estivemos na noite passada. Chegamos à trilha por volta das 11 horas da manhã. Ficamos esperando com o policial T. Grady enquanto Jacob foi na frente, acompanhado de outros dois policiais florestais até o Galpão. O resto de nós relaxou e ficamos conversando com o policial que estava cético à respeito da nossa descoberta.

Grady, no entanto, mencionou: "Droga, isso é loucura! Quem dedicaria tanto tempo a fazer essas guirlandas de gravetos?" Uma hora depois, Grady recebeu uma chamada de rádio de seus colegas dizendo que poderíamos seguir em frente até o Galpão que ficava no final da trilha.  

Eu estava nervosa e meu coração batia forte o tempo todo. Tyler segurou minha mão enquanto nos aproximávamos, estávamos bem assustados, sobretudo depois de ler o diário. Quando chegamos um dos policiais, o mais velho chamado Skagway, disse que haviam revistado o interior do galpão e achado indícios de crime. Ele não disse o que haviam encontrado naquele momento, mas percebi que Tyler estava ali do lado, pálido e com uma expressão assustada. Os policiais passaram uma mensagem para a central passando a localização exata do galpão e como chegar lá. Então, ele nos disse que devíamos voltar para a central para prestar testemunho”.

Hannah explicou que ela e os amigos foram interrogados individualmente, e mais tarde descobriram que a família Rupert havia realmente desaparecido naquelas matas alguns anos antes. Uma grande busca foi organizada para procurar a família, mas nenhum sinal deles foi descoberto.

“Os policiais e os federais vasculharam cada centímetro quadrado daquela floresta em um raio de 40 quilômetros, encontraram algumas coisas perturbadoras mas nenhum sinal da família. Eles encontraram as guirlandas de gravetos e os restos de um carro incendiado, cerca de 4 milhas ao norte do local onde o carro dos Rupert teria sido estacionado segundo Cassie. Como ele chegou lá, ninguém sabia. Era um local bem distante da estrada e quase inacessível. Ele estava destruído e tinha uma árvore crescendo dentro dele, como se estivesse lá há tempo. O mais estranho é que ninguém sabia da existência do tal Galpão, embora eles tenham passado pela área repetidas vezes durante a busca pelos Rupert".


Os policiais não sabiam explicar a existência daquela estrutura que parecia ter simplesmente passado desapercebida. Para eles só poderia ter sido erguido nos últimos anos, embora estivesse claramente muito deteriorado para ser algo novo. 

A história envolvendo a descoberta do Galpão e do Diário de Cassie Rupert vazou nos jornais locais. Alguns sugeriam que era uma fraude e que o diário não poderia ser admitido como uma prova uma vez que não havia como creditar a autoria das anotações a menina desaparecida. Foram cedidos cadernos de colégio e anotações feitas pela menina e embora a letra fosse bastante semelhante os grafologistas contratados para atestar sua autenticidade se dividiram nesse pormenor. 

Após prestarem seu depoimento sobre o ocorrido e as circunstâncias da descoberta do diário supostamente pertencente a Cassie Rupert, o grupo de Hannah foi liberado e eles puderam retomar às suas vidas. Uma nova busca foi organizada pelas autoridades junto do Gabinete de Polícia Florestal contando com voluntários, mas a medida não trouxe nenhuma novidade ao caso.

Algumas semanas depois do ocorrido, Hannah relata que alguns garotos de uma cidade vizinha decidiram ir até a floresta para ver o galpão com os próprios olhos. Os três rapazes não retornaram! Seus pais ficaram apavorados e uma nova busca foi realizada vasculhando cada centímetro da floresta novamente. Não encontraram nada até chegarem ao raio de 4 milhas de onde os Rupert desapareceram originalmente. Lá encontraram mais daquelas malditas espirais, a maior delas com 3 metros de diâmetro. Nesta encontraram o que parecia ser cabelo humano trançado entre os galhos e ramos. Testes periciais testaram os cabelos e descobriram que eram de 5 pessoas diferentes — três desconhecidos e de dois dos meninos desaparecidos.

Houve pânico. As pessoas na região ficaram apavoradas pois não sabiam o que pensar. Uma grande busca com voluntários foi organizada e um toque de recolher foi estabelecido para pessoas com menos de 21 anos. Obviamente, o acampamento foi fechado, bem como o parque nacional até que a investigação pudesse ser concluída. Eles vasculharam a área cuidadosamente usando cães farejadores e homens treinados em seguir rastros na floresta.

No terceiro dia de busca, os Guardas Florestais retornaram da floresta trazendo consigo um dos rapazes que havia desaparecido. Ele estava esgotado e severamente desidratado, mas em condições físicas razoáveis. Mentalmente ele estava bastante perturbado e confuso. O rapaz, chamado P. Riley, de 15 anos foi admitido no Hospital local e recebeu tratamento. Ele não foi capaz de lembrar o que aconteceu e nem de revelar o paradeiro de seus colegas cujos cabelos foram achados na enorme guirlanda localizada alguns dias antes. Os especialistas concluíram que Riley havia sofrido um tipo de trauma severo que o fez enterrar as lembranças dos incidentes transcorridos após a sua entrada na floresta. De fato, ele não tinha lembranças de nada após sua entrada nas matas. Até o momento, os especialistas não tiveram sucesso em fazê-lo recordar do ocorrido.


A cidade natal dos rapazes fez uma vigília por eles e suas famílias. O relatório oficial atesta que os meninos provavelmente se perderam na floresta e foram vítimas de alguns acidente ainda não explicado. Esse mesmo acidente deve ter causado o profundo trauma no único sobrevivente.

As autoridades policiais negaram os rumores que surgiram que afirmavam terem sido descobertos indícios de violência nas imediações do Galpão que os rapazes procuravam. Uma testemunha teria revelado aos jornais que uma camisa suja de sangue foi descoberta pendurada em um galho de árvore. Outro boato dava conta de que marcas de arranhões e pegadas ensanguentadas teriam sido encontradas no misterioso galpão. 

Os guardas e policiais continuaram fazendo buscas naquela maldita floresta, mas nada mais de significativo foi encontrado. Eventualmente o parque e camping foi reaberto a visitantes com placas alertando para o risco de pessoas se perderem em seu interior.

Eventualmente pessoas visitando a região encontraram mais daquelas guirlandas, em tamanhos variados, algumas bastante pequenas e outras consideravelmente maiores. Quem as deixou lá e por qual motivo ninguém sabe. É claro, algumas pessoas relataram nos meses seguintes terem visto coisas estranhas nas profundezas da floresta de luzes estranhas tarde da noite a ruídos de murmúrio e gemidos. 

Mas, com o tempo, as coisas começaram a se acalmar sem que nada anormal tenha acontecido.


E esse é praticamente o fim da história de Hanna. É um relato intrigante e angustiante, apresentado como um relato factual sem nenhuma pista de que seja ficção. Contudo há muitos elementos sobre os quais cabe certo grau de ceticismo. O relato não apresenta nenhuma prova material do ocorrido e não identifica corretamente as testemunhas. Há também o fato de que nenhum local e nenhuma data são fornecidas. É difícil até mesmo saber se "Rupert" é o nome real da família, já que o autor várias vezes observa que os nomes foram alterados para fins de privacidade. Também não se menciona o que aconteceu com o diário de Cassie Rupert se é que ele realmente existiu.

É difícil dizer, e mais difícil ainda saber o que pensar dessa história bizarra. Se alguma parte dela realmente aconteceu ou se tudo não passa de invenção não é possível dizer. No entanto, o relato de Hannah no Redit é suficientemente assustador e perturbador para gerar discussão. 

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