Escrito por Rodrigo Spohr
comentado por Luciano Giehl (em azul)
Em praticamente todo filme de ação que retrata o passado (diga-se, principalmente, há mais de 200 anos atrás), há cenas de luta com espadas, machados, lanças, clavas e uma miríade de outros tipos de armamentos que nos despertam, muitas vezes, curiosidade. Como funciona o tipo de dano que estas armas são capazes de causar? O que é “mais” letal, um machado nórdico ou a lâmina de um bisturi nas mãos de Hannibal Lecter?
Obviamente, na vida contemporânea, existem exemplos adaptados para quase todos os tipos destas (alguém já viu o hilário Machete?). Da “peleja com facão”, passando ás brigas de bar com facas, homicídios com machados de corte de lenha, empalamentos acidentais em grades de ferro (acreditem, isto acontece!), os mecanismos de lesões por armas brancas estão muito presentes no dia a dia, apesar da grande magnitude de dano que as chamadas “armas de fogo” podem causar. Neste artigo, abordaremos os mecanismos básicos de lesões por armas brancas e seu envolvimento, de maneira objetiva, com o processo de vida e morte no ser humano.
Cabe apenas salientar que as informações aqui contidas são de caráter exclusivamente “lúdico”: muitas delas estão simplificadas, e este material serve apenas para diversão em RPG.
1) Corte: (giletes, estiletes, facas, sabres, lâminas de bisturi, garras)
"Nosso colega estava caído de bruços em uma enorme poça de sangue. Ao virar seu corpo percebemos três grandes cortes paralelos e diagonais que começavam na garganta e desciam em direção ao peito por mais de 30 centímetros. O corte não era profundo, mas foi letal uma vez que rasgou-lhe a carótida. A morte deve ter vindo rapidamente, mas a expressão de horror na sua face pálida não trazia qualquer conforto".
- descrição do ataque de um Byakhee.
Lesões pelo mecanismo de cortes costumam causar sangramento considerável, o quão mais profundas forem, e o quanto mais veias e artérias houver em seu percurso. Logo, como na quase absoluta maioria das vezes, o que mais importa é o local afetado, e não tanto a extensão!
Esse tipo de lesão é mais extenso do que profundo, e não costuma ser letal, exceto quando atinge uma artéria importante, ou nos casos de “degola”.
A importância dessa lesão é que ela é comum em torturas, onde não deseja-se matar a vítima precocemente, apenas causar dor; outra função seria mutilar alguém, como uma represália criminosa a algum ato (vide máfias); ainda, pode ser o sinal de uma cirurgia prévia.
No submundo dos cultos homicidas há espaço para as mais vis torturas. Imediatamente nos vêm a mente as torturas empreendidas por Joseph Curwen em suas pobres vítimas trazidas de volta à vida para revelar seus segredos. Causar cortes superficiais com lâminas afiadas é uma maneira de causar terror na vítima sem o risco de uma morte precoce.
Descrição: Lesões por corte costumam ser em forma de linha, sendo a entrada e a saída da lesão um pouco mais fina do que o “corpo” da mesma. É prático imagina como se fosse uma cobra, cuja cabeça e cauda são mais finas do que o resto do corpo.
Vítimas de cortes sofrem 0/1d3 pontos de sanidade. Em caso de sangramento severo a sanidade é aumentada conforme o julgamento do keeper. Uma perda muito grande nesse caso pode ocasionar hematophobia.
Exemplo clássico: quando o homem barbeia-se com uma gilete, e acaba cortando-se e sangrando um bocado, apesar do pequeno corte (que homem aqui que se barbeia nunca fez isso?). Cortes leves de cozinha ao cortar e descascar alimentos. Um bisturi cirúrgico habilmente empunhado por um cirurgião. O corte de cacos de vidro ou de arame farpado.
Exemplos em CoC: as garras de algumas criaturas são afiadas o bastante para provocar esse tipo de lesão. Os Byakhee, Andarilhos Dimensionais, Ghouls e Servidores de Glaaki são exemplos clássicos de monstros com garras extremamente afiadas. As ferramentas cirúrgicas dos Mi-Go são capazes de cortar com uma perfeição notável.
Ou mesmo um serial killer sádico (Lecter? Alguém disse Hannibal Lecter?).
2) Perfurante: (setas, dardos, flechas, espinhos, agulhas, picador de gelo, presas)
"Algo então o atingiu de frente. Algo que fez o mundo ficar escuro por um momento. Ao abrir os olhos pontos pretos piscavam e uma tontura fez sua cabeça rodopiar. Havia algo de errado... muito errado! Só então ele percebeu que alguém havia golpeado seu rosto e que o cabo de uma estaca de madeira se projetava de sua face direita. A ponta afiada estava enterrada na maçã do rosto como um corpo estranho cravado fundo até o osso".
- o horror de um ataque com estaca afiada.
Este mecanismo de dano é justamente o oposto do corte: sua profundidade supera a extensão superficial. Costuma sangrar menos, e quando em abdômen e tórax, por exemplo, pode causar sérios danos aos órgãos internos (como nos pulmões, no fígado, baço, intestinos...), mesmo que não aparente a princípio. Esse tipo de lesão NÃO deve ser subestimado pelos danos aos órgãos internos que pode ocasionar! Narradores cruéis podem descrever aos seus incautos jogadores, para dar uma falsa sensação de alívio, algo do tipo:
“Você sente a seta penetrar em sua barriga, causando uma dor terrível. Arrancando-a, sente-se mais aliviado, até porque o sangramento é pequeno.”
Sem dúvida essa seta irá causar problemas ao incauto personagem, que pode ter tido, por exemplo, um pedaço do intestino perfurado. Além do que tirar a seta do local pode ocasionar um sangramento, visto que a arma estava estancando o sangramento, por exemplo. Mas este tipo de situação será abordado em um próximo artigo.
Os danos perfurantes são especialmente medonhos pois a vítima é empalada por um corpo estranho. Uma flecha ou uma seta são os exemplos menos dramáticos. Uma faca cravada nas costas em ângulo reto, um espeto entrando pela barriga ou um grande pedaço de ferro constituem uma visão assustadora. Armas perfurantes que causam dano de impale ficam presas no corpo e arrancá-la da ferida carece de um rolamento na tabela de resistência onde a força de quem tenta arrancar age como ativo e metade do dano impingido ocupa o pólo passivo.
Indivíduos sofrendo ferimentos perfurantes perdem pelo menos 0/1d4 pontos de sanidade por ser vítima desse tipo de dano. Uma perda severa de sanidade pode ocasionar fobias relacionadas a dor física e sofrimento.
Vale ressaltar que um tiro NÃO é uma perfuração apenas, então NÃO entra nessa classificação, certo?
Descrição: um pequeno orifício, de extensão pequena. Quem já fez um exame de sangue e se lembra daquele buraquinho na pele que fica após parar o sangramento sabe muito bem como é uma ferida de perfuração.
Exemplo clássico: quando recebemos alguma vacina/injeção, o ferimento de um espeto de ferro que adorna uma cerca, uma faca afiada descendo em ângulo reto.
Exemplo em CoC: as presas de uma “vampiro”, experiências cirúrgicas dos Mi-Gos, os espinhos de Glaaki.
3) Pérfuro-cortantes: (adaga, punhal, baioneta, facas)
"A impressão é que um grande urso ou animal selvagem o havia atacado. Haviam enormes marcas de garras que rasgaram sua face e o peito. Retalhos inteiros de carne tinham sido arrancados e os ferimentos chegaram a cortar os músculos. O abdomen fora dilacerado e parte dos intestinos pendia para o lado de fora. O cadáver estava estirado em uma pedra como se fosse uma boneca de pano, sangue escuro pintara a rocha. No céu, aves carniceiras voavam cada vez mais baixo".
- o que restou de uma vítima após o ataque de um Lloigor.
Eis aqui a clássica “facada”: uma mistura de ferimento perfurante com ferimento cortante. Deve-se sempre ser levada em consideração, pois além de rasgar a superfície, este tipo de ferimento comumente fere vasos sanguíneos, lesiona órgãos, e pode tranquilamente matar, ainda mais quando acerta em cheio uma artéria importante, ou um órgão com uma grande vazão sanguinea.
Este tipo de ferimento é muito comum em brigas de bar, em assaltos e em agressões passionais; no universo CoC, é clássica a imagem de um cultista com uma adaga ritualística, e isso pode ser útil ao mestre a descrever as marcas de alguém que foi esfaqueado até a morte em prol do belprazer de uma divindade nefasta.
Há tanto sangramento interno quanto externo, então pode haver uma quantidade considerável de sangue no local ou mesmo na vítima.
Esse ferimento descreve perfeitamente o dano causado por alguns dos monstros mais temidos dos Mythos. São criaturas grandes e com uma força muito superior a de um ser humano normal. Essas criaturas são dotadas de garras afiadas que quando acertam cortam fundo de lado a lado da vítima. O dano é assustador.
Descrição: uma metáfora bastante precisa é chamar esse tipo de lesão de navicular (em forma de barco), pela forma característica da lesão. Isto acontece devido a faca (arma mais comum deste tipo de lesão) ser mais fina na ponta, e em sua continuidade, ir “engrossando”, em todas as suas dimensões.
Além disso, pode ter um ou mais gumes (a parte afiada do instrumento), o que nos ajuda a entender que instrumento foi utilizado para provocar o machucado (facas possuem um gume, punhais e baionetas, dois).
Aqueles que recebem dano perfuro-cortante perdem 0/1d4 pontos de sanidade. Danos mais severos podem ocasionar uma perda maior e até alguma fobia relacionada a dor física.
Exemplo Clássico: Uma briga de bar, assalto à mão armada com uma faca, o resultado de uma luta de baionetas nas trincheiras da Grande Guerra.
Exemplo em CoC: um sacrifício ritualístico com adaga; uma estocada por garras especialmente grandes de uma criatura do Mythos como por exemplo Dagon, uma Cria das Estrelas de Cthulhu, Lloigor ou um Shantak.
4) Corto-contuso: (machado, facão (machete), foice, gadanha (a clássica “foice” do Grim Reaper), guilhotina, machadinha, roda de um trem em movimento, mordida de um animal grande)
"O que poderia ter causado aqueles ferimentos, nós não pudemos determinar. Parte da barriga havia sido arrancada fora por uma mordida ovalar medindo mais de trinta centímetros de diâmetro. A perna havia desaparecido e em seu lugar se projetava um osso fraturado e pedaços ensanguentados de carne pendendo em tiras. O braço direito havia sido mordido mas não a ponto de ser decepado. Era como se tivesse sido... chupado. Ele se transformara em uma massa de carne lacerada e sem pele, a mão havia desaparecido por completo".
- um Gug ao saborear carne humana.
Particularmente em minhas campanhas, é um dos meus tipos preferidos de lesão, por ser altamente debilitante.
Uma lesão desse tipo sempre é bastante brutal. Decepa membros, quebra ossos, causa um dano considerável a qualquer um. Ninguém sai feliz e contente após receber uma machadada na perna, acredite (é, não é nem um pouco difícil de acreditar nisso, eu sei!), não que alguém fique vibrante após se machucar de qualquer maneira, óbvio!
Estas lesões sangram MUITO, e são extremamente debilitantes, e muito facilmente podem levar um indivíduo à morte: poucos sobreviveriam a uma destas armas acertadas em cheio na cabeça.
Seu dano depende do peso do instrumento, da qualidade da lâmina e da força do manipulador; logo, um machado pesado, de boa lâmina, carregado por um “Innsmouthniano brucutu” é uma arma extremamente mortal!
Criaturas do Mythos são plenamente capazes de causar esse tipo de dano, principalmente aquelas grandes e dotadas de uma boca repleta de dentes afiados. O resultado lembra a mordida de um tubarão ou de um tigre que a cada investida dilacera os músculos, rompe tendões e tritura os ossos. Talvez esse tipo de dano proporcione as descrições mais "coloridas". Um mestre com bons recursos narrativos vai deixar seus jogadores em estado de choque ao descrever um dano dessa natureza.
Outro aspecto especialmente chocante relacionado a esse tipo de ataque é que os monstros em questão não visam apenas matar a vítima. Muitas vezes o dano é causado pela ação de se alimentar da carne de sua presa. Como na descrição acima, muitos dos horrores de Lovecraft são carnívoros e adoram arrancar enormes pedaços de suas presas ainda se debatendo. Compreender isso pode custar alguns pontos adicionais de sanidade.
Descrição: a lesão deste tipo costuma ter suas bordas “serrilhadas”, já que o impulso da arma literalmente arranca pedaços de pele e carne; além disso, pode haver exposição dos músculos, ossos ou a separação do membro em relação ao resto do corpo. Caso sobreviva, costuma haver hematomas ao redor do local da lesão, devido a força do golpe.
Ferimento corto-contuso é especialmente traumático, um dano desse tipo ocasiona a perda de 1/1d6 pontos de sanidade, isso se a vítima sobreviver ao dano. Fobias relacionadas a esse dano podem variar muito de acordo com o agente causador do ferimento.
Exemplo Clássico: briga de facões em (geral) áreas rurais, armadilhas para urso, machados de lenhador, a mordida de um aligator ou pit-bull.
Exemplo CoC: Uma bela mordida de um Cão de Tindalos, de Dagon e Hydra, Lloigor, as bocas na palma das mãos de Y´Golonac, um Vampiro das Estrelas se alimentando, os brutais Gug e Ghasts ou até mesmo um Horror Caçador.
5) Contusão: (socos, chutes, cassetete, porrete, taco de beisebol, colisões de automóveis, quedas)
"Nós achamos o corpo de nosso guia transformado em uma polpa sangrenta e coberto com um tipo de gosma pegajosa. Só descobrimos que era ele pelos objetos pessoais largados ali perto. Era como se uma lesma colossal tivesse rastejado por cima dele, esmagando seu corpo até se tornar um rastro vermelho que se estendia por quase 5 mestros. O pouco que restou havia sido achatado e dilacerado, cada osso de seu corpo pulverizado por um peso avassalador".
- o esmagamento de um Dhole.
Lesões deste tipo ocorrem de maneira frequente, desde brigas desarmadas, passando para a violência policial, até mesmo em quedas de grandes alturas, acidentes de trânsito como atropelamento e choque entre veículos. É o tipo de dano que me arrisco a dizer que é o mais comum de nosso dia-a-dia, seja batendo algum dos dedos do pé em alguma quina de mesa, a perna dolorida após uma partida de futebol, o escorregão no piso molhado...
Apesar da ampla presença no cotidiano, este tipo de dano pode demonstrar atitudes perversas, como lesões por abuso infantil, brigas violentas, linchamento público...
Esse tipo de dano inclui dezenas de tipos diferentes de ataque. A variedade é tão grande que nem é possível enumerar. Alguém ferido dessa forma expõe sinais típicos como manchas arroxeadas que qualquer um é capaz de reconhecer como a ação de terceiros. Um roll de Idea reconhece um ferimento dessa natureza ainda que a vítima muitas vezes insista em se tratar do resultado de uma queda do alto de escadas ou encontrão num armário.
Descrição: Lesões contusas costumam ocorrer frequentemente no dia-a-dia, e possuem um espectro de dano bastante variado: da vermelhidão, que desaparece em questão de horas, passando pelas equimoses (os “roxos”, que vão gradativamente mudando de dor, que costumam ocorrer em “batidas” mais fortes: sim, é aquele “roxo”, que dias depois torna-se mais escuro, daí vira verde, amarelo...), fraturas de ossos, e em casos extremos, ruptura de estruturas (como o abdômem em um atropelamento, onde ocorreria, por exemplo, a saída das vísceras – intestinos, fígado, estômago... – pela barriga).
Monstros dos Mythos incrivelmente grandes e pesados são capazes de causar esse tipo de dano. Certos monstros literalmente pisam e esmagam suas vítimas debaixo de apêndices, pés, tentáculos ou patas enormes. A pressão é semelhante a de um compactador de lixo ou de um rolo compressor. Não é uma visão nada bonita.
Além disso, dependendo o instrumento, pode ficar a marca do contato, como a forma de um cassetete, de uma bota ou a marca de um soco-inglês.
A perda de sanidade pode variar muito de acordo com o dano. Ferimentos menos severos não acarretam nenhuma perda, mas o esmagamento pode causar uma perda de até 1/1d6 pontos nos casos mais extremos. O keeper é o melhor juiz para cada caso.
Exemplo clássico: atropelamento de um pedestre por veículo domiciliar, um golpe da coronha de uma arma, um cassetete ou um taco de baseball, um pedregulho rolando uma ladeira.
Exemplo CoC: Os punhos do Grande Cthulhu, descendo dos céus, e pulverizando a indefesa vítima! (sem dúvida é o melhor exemplo). Criaturas colossais como um Dhole achatando um infeliz em seu caminho, a ação de um Pólipo Voador, as patas de uma cria de Shub-Niggurath ou de um Servo Informe de Tsathogua.
Alguns adendos: é importante lembrar que uma única arma é capaz de manifestar mais de um tipo de lesão.
Uma espada, por exemplo, pode ser cortante, se tangenciar superficialmente a pele; pode ser perfuro-cortante, se for estocada; pode ser corto-contusa, se aprofundar-se sobre a pele e músculos; pode ser contusa, se brandida em sua lateral (aqui no Sul chamamos de “bater de prancha”). Logo, nosso exemplo pode caracterizar 4 dos 5 tipos principais de lesão por arma branca. Isto pode ser utilizado pelo mestre, caso ele queira dificultar alguma investigação, e por conseqüência, a vida de seus jogadores.
Como última nota, preferi não utilizar nenhuma imagem de lesão real em ser humano, pois nem todos gostam de ver isto “ao natural”, e este direito deve ser preservado (apesar de que, ao ler isto, poderá visualizar bem as cenas, espero!).
Esse aliás é o objetivo dessa série de artigos mostrar que um dano não é apenas a perda de alguns pontos de Hit Points. Um personagem atingido por uma arma sangra, sofre, sente uma dor extrema e uma descarga de adrenalina incrível. Alguns jogadores se ressentem de que as ambientações investigativas (como CoC e RdC) possuem poucos combates. Minha solução para isso é simples: o keeper deve se esforçar para tornar os combates o mais sangrento, detestável e assustador possível (ou seja se aproximar o máximo possível da dura realidade do que é uma luta até a morte!).
Acredite, isso vai diminuir o ímpeto dos jogadores pelo combate ou vai deixá-los horrorizados com a possibilidade de um deles vir a acontecer.
Nota: O custo de sanidade relacionado ao dano sofrido constitui uma regra opcional que o keeper pode facilmente ignorar. Eu acredito que sofrer um ferimento tem um custo psicológico relacionado. Quanto mais brutal o ferimento maior seu custo para a vítima e porque não para aqueles que testemunham a cena. É possível, contudo, empregar essa regra apenas em caso de um ataque obtendo sucesso crítico. Novamente, o keeper tem a palavra final.
Um grande abraço, até a próxima.
...muito util não so para CoC/RdC quanto para qualquer aventura/investigação onde se queira "desbanalizar" o combate e a violência...otimo post...mal posso esperar pelo proximo...
ResponderExcluirRealmente bem útil para vários tipos de jogos!
ResponderExcluirAcho que ele serve bem para ensinar aos jogadores de jogos mais heróicos como as coisas são em jogos mais “realistas”, ou melhor, dizendo onde um tiro bem dado, ou com cassetete pode ser tão mortal quanto um raio de íons.
Em primeiro lugar, ótimo artigo, certamente vou conseguir descrever cenas de violência com muito mais detalhes nas minhas próximas investigações.
ResponderExcluirDeixo apenas uma pergunta, apesar do enfoque do artigo não ser sobre regras, mais alguém acredita que o dano de combate corpo a corpo é muito desequilibrado em CoC? Alguém usa alguma house rule?
A unica que eu já lí envolvia não reduzir pontos de vida, mas rolar o dano contra a CON da vítima, falha indicando nocaute (curiosamente essa regra foi publicada pela Steve Jackson Games).
Pessoalmente, eu reduzi os modos de combate corpo-a-corpo à uma única habilidade de 35% que causa 1d4 pontos de dano (se é um soco, chute, cabeçada, etc. depende da situação), sendo que martial arts aumenta apenas 1 ponto de dano o valor. Não fiquei muito satisfeito, mas pelo menos pegar uma faca não reduz a chance de sobrevivência de um investigador desarmado, e um chute deixa de poder causar até 3d6 pontos de dano...