domingo, 27 de abril de 2014

Criaturas Rastejantes - Seres repulsivos no imaginário coletivo do Japão


O mundo em que vivemos está repleto de estranhas lendas a respeito de criaturas misteriosas, monstros bizarros e bestas que são vistas raramente e apenas pelos cantos dos olhos. Essas criaturas desconhecidas, conhecidas como criptoides despertam todo tipo de reação, desde um fascínio mórbido, curiosidade científica e é claro, autêntico espanto. Há entretanto alguns que são especialmente revoltantes em sua aparência e que causam arrepios fazendo os pelos na nossa nuca ficarem em pé; são as criaturas que habitam não apenas a fronteira entre o real e o imaginário, mas também povoam nossos pesadelos. São criaturas que rastejam e espreitam, se impregnando na nossa imaginação, criando impressões desagradáveis e deixando um sentimento de indescritível pavor.
O Japão talvez seja um dos lugares no mundo onde o misto de fascínio e horror por essas criaturas se mostra mais presente. Por alguma razão, o povo japonês possui um interesse incomum por estórias a respeito de animais misteriosos que vivem nas florestas fechadas, nas regiões inóspitas e até abaixo das cidades superpopulosas na vastidão das redes de esgoto. Há vários programas de televisão, revistas especializadas e grupos que se dedicam a "caçar" esses criptoides.

Aqui estão algumas estórias coletadas no Japão a respeito de coisas que apavoram a Terra do Sol Nascente. 

Serpentes Gigantes
Quando alguém menciona serpentes gigantes, a primeira imagem que nos vem a mente são as selvas escuras da Amazônia ou os pântanos no coração da África, entretanto, o Japão é a casa de várias lendas a respeito de serpentes gigantes vagando pelo interior.
Exploradores pioneiros relataram o encontro com enormes répteis nas florestas do país. Colonos que se concentraram em povoar as regiões montanhosas mais remotas trouxeram estórias a respeito de cobras capazes de engolir cães, veados e até mesmo porcos selvagens, e que em algumas ocasiões poderiam fazer o mesmo com um viajante infeliz pego de surpresa. Camponeses que vivem perto de florestas com densa vegetação mencionam um tipo de anaconda gigantesca que chamam uwaba-mi, ou yamakachi.

Nessas áreas florestais habitadas por anacondas, os moradores apenas entram na mata levando armas para se defender de ataques surpresa. As cobras são um perigo real e ser pego por uma delas pode ser uma experiência fatal. Supostamente até o início do século XX, cobras gigantes eram mortas ou capturadas por camponeses para serem apresentadas a curiosos em troca de dinheiro. 
Na literatura folclórica japonesa, há estórias a respeito de guerreiros Samurai enviados para investigar relatos e eliminar cobras gigantes. Algumas destas estórias, obviamente exageradas, ganharam o status de lendas, mas mesmo estas nos fazem imaginar se as narrativas épicas envolvendo samurais batalhando com cobras gigantescas não tem ao menos um fundo de verdade.

Avistamentos de misteriosas serpentes gigantes são comuns até os dias atuais no Japão. De fato, estórias sobre cobras com vários metros de comprimento são tão comuns que povoam não apenas as manchetes de jornais sensacionalistas, mas diários respeitados. Talvez o caso moderno mais famoso envolvendo o avistamento de um réptil desproporcional tenha ocorrido no Mt. Tsurugi, na província de Tokushima. O pico com 6,413 pés de altura dentro do Parque Nacional de Tsurugi Quasi é a segunda maior montanha da Ilha de Shikoku.

Mt. Tsurugi tem uma longa tradição de lendas e sempre foi associado a todo tipo de fenômeno paranormal. A a´rea é notória pelos desaparecimentos registrados, pelas anomalias magnéticas e luzes misteriosas que surgem à noite. Entusiastas dos fenômenos OVNI afirmam que o monte é visitado frequentemente por discos brilhantes e esferas de cor pulsante. Entre as muitas estórias na região, dizem que existe uma pirâmide enterrada sob a montanha que encerra em seu interior tesouros de um povo desconhecido. Curiosamente esse tesouro seria guardado por uma serpente colossal que já teria engolido mais de um explorador em busca das riquezas ocultas.

Se testemunhas oculares podem ser levadas em consideração, as estórias a respeito desse enorme guardião reptiliano são muito mais do que mera lenda. A criatura é vista ocasionalmente por pessoas acampando, por escoteiros e hikers. Nos últimos anos inúmeras pessoas afirmam ter visto o animal que segundo alguns relatos mede mais de 15 metros de comprimento, tem escamas negras com manchas avermelhadas e é capaz de desaparecer entre os arbustos tão rápido que é quase impossível registrá-la em fotos ou filmagens. Os numerosos casos de desparecimento por vezes são atribuídos a cobra que age de forma agressiva e ataca mesmo quando não é provocada.    

Mas há muitos outros relatos a respeito de répteis hostis no Japão. Em maio de 1973, guardas florestais trabalhando no Parque Nacional de Humaragi disseram ter encontrado uma serpente com dimensões tão incríveis que uma testemunha teria enlouquecido ao se deparar com o monstro. De acordo com os guardas o animal media pelo menos 16 metros e passou tão próximo que um deles chegou a ser desequilibrado por ele. A cobra supostamente emitia um sibilar alto que fez os guardas fugirem em desabalada corrida. O relato ganhou grande divulgação na mídia e deu início a um pânico entre os residentes locais. Centenas de outras pessoas afirmaram ter visto o animal o que obrigou as autoridades a realizar buscas na floresta a procura do animal. Nada foi encontrado.      

Em junho de 1976 oficiais de polícia foram chamados para investigar o desaparecimento de dois moradores de uma área florestal que haviam sumido depois de se embrenhar na mata para uma pescaria. No mesmo dia, um grupo que acampava na floresta afirmou ter visto uma enorme serpente nadando nas águas do riacho onde os pescadores haviam sido vistos horas antes. Uma expedição em larga escala foi organizada para encontrar qualquer indício da passagem dos homens ou do réptil. Nenhum deles foi encontrado, porém um rastro, supostamente deixado pelo deslocamento de um enorme réptil, foi encontrado na lama. O rastro tinha 40 centímetros de largura e partia de um descampado onde havia vegetação amassada e sinais de luta. Os especialistas chamados para analisar os rastros não tiveram dúvidas de que eram marcas condizentes com a passagem de um animal de grande porte.    
Não muito tempo depois, voluntários que exploravam a floresta encontraram uma enorme pele de cobra pertencente a um animal com pelo menos 8 metros de comprimento. Muitos não acreditaram na descoberta e afirmaram que ela foi plantada por jornalistas em busca de uma estória sensacional. A pele foi coletada e examinada, e embora ela tenha se mostrado autêntica, pertencia a um réptil africano jamais encontrado no continente asiático.  
Na Província de Gunma, o Museu de História Natural tem em sua exposição uma enorme mandíbula de réptil medindo 34 centímetros o que indicaria pertencer a uma enorme cobra. Críticos, no entanto apontam que a peça pode ser na verdade a mandíbula de um tubarão espertamente disfarçada como algo pertencente a um réptil. Em Gunma há abundantes relatos sobre cobras que ultrapassam os dez metros de comprimento vagando pelas florestas que recobrem boa porção da região. No período das chuvas, relatos sobre répteis de todos os tipos e formas se multiplicam. Um morador teria encontrado uma serpente medindo 11 metros no quintal de sua casa, ele fotografou o animal, mas a foto não foi considerada uma prova definitiva.

Outras regiões no Japão sofrem com a mesma febre da serpente. Em janeiro de 1987, uma cobra com sete metros foi acusada de ter devorado um potro numa fazenda de criação de animais na província de Kochi. Dias depois, um fazendeiro que morava nos arredores contou foi acordado por um barulho no galinheiro e quando foi investigar se deparou com uma galho atravessado. Inspecionando com mais cuidado a madeira revelou ser de fato um réptil que estava terminando de devorar seus animais. O cão da fazenda espantou o enorme réptil que rastejou para a floresta onde sumiu na vegetação rasteira.
Em Izu, uma enorme cobra branca medindo pelo menos nove metros - e segundo alguns uns bons 12 metros, teria entrado no pátio de construção de um hotel. Muitos trabalhadores que testemunharam a sua aparição abandonaram o emprego, temendo que a horrível criatura pudesse voltar. Uma inspeção na floresta próxima não revelou nada, mas isso não acalmou os ânimos dos operários que continuaram sustentando sua versão do ocorrido.

As selvas do mundo são a morada de várias espécies de cobras realmente gigantescas, curiosamente no Japão não há animais nativos que se aproximem dessas dimensões. O que está por trás desses relatos tão frequentes e antigos?

Centopéias Gigantes

O Japão é conhecido por ter em seu ecossistema espécies de centopéias realmente grandes. Conhecida como mukade, essa espécie pode crescer até 28 cm, embora espécimes desse tamanho sejam bastante raros. Essas grandes centopéias de coloração vermelha cobreada, com a parte inferior amarela ou laranja comem desde baratas até pequenos roedores. E não bastasse o fato de que suas pinças poderem machucar uma pessoa, elas ainda por cima são venenosas. 


Casos de mordidas de mukade são preocupantes nas zonas rurais do Japão. A toxina desses animais pode causar espasmos e falência respiratória em indivíduos alérgicos. Todos os anos há relatos de pessoas que morrem em decorrência do ataque de centopéias gigantes. Na estação das chuvas milhares delas saem das florestas se alojando em muros de tijolo, telhas e rachaduras. Algumas entram nas casas e acabam se escondendo em sapatos e peças de roupa. Em 1998, uma epidemia em Kazuri fez com que milhares de centopéias obrigassem a população a abandonar a cidade às pressas, três mortes foram documentadas e as autoridades tiveram de interceder fumegando as ruas com inseticidas poderosos.

Essas centopéias venenosas já são grandes e assustadoras, mas há relatos de animais ainda maiores.

O Período Edo (1603 a 1867) produziu muitas estórias a respeito de centopéias gigantes que segundo cronistas mediam mais de um metro de comprimento. Esses animais eram altamente venenosos, com uma toxina que podia matar um homem adulto em minutos. As centopéias ganharam fama como animais traiçoeiros e perigosos descritos como seres temidos. Há uma famosa lenda surgida nesse período a respeito de um Samurai que tem que enfrentar um enorme mostro na forma de uma centopéia que havia matado a família de sua amada. Nessa mesma época espécimes gigantescos eram exibidos por shows circenses chamados misemono, famosos por levar a vilarejos coisas espantosas. Jarros e garrafas de vidro segundo boatos guardavam mukade com mais de 1,20 m. Alguns shows itinerantes apresentavam lutas de centopéias, um espetáculo que por atraia a atenção. 

Tais estórias no entanto não estão confinadas apenas às estórias e ao folclore. Na zona rural do Japão surgem frequentemente relatos sobre centopéias gigantescas, muito maiores do que se poderia imaginar. Na Província de Saga surgiu um relato que dava conta de uma mukade com pelo menos 1 metro de comprimento encontrada em uma pilha de madeira em 1986. O fazendeiro que contou a estória disse ter matado o animal com uma pá, mas o jogou fora nauseado.
 
Mas há coisas ainda mais estranhas quando se trata de centopéias no Japão. Um grupo de excursionistas em Nagano teria acordado uma noite com o som de algo caindo do alto da árvores. Encontraram no alto da tenda uma centopéia medindo quase um metro. O animal era tão grande e pesado que o grupo simplesmente derrubou a barraca e deixou que ele retornasse para a mata. No mesmo ano, uma centopéia medindo 36 centímetros teria sido capturada em Nagano e exposta com grande estardalhaço no Museu local, constituindo um novo recorde. Isso deu origem a vários outros relatos sobre o avistamento de centopéias com tamanho exagerado. Em 1991, uma família que passava férias em uma cabana na beira da floresta teria sido vítima do ataque de centopéias gigantes que os envenenaram e morderam até a morte.


No folclore japonês existe um monstro conhecido como Omukade, descrito como uma centopéia gigantesca, maior até do que um homem que mata as suas vítimas, come suas entranhas e se aloja na cavidade torácica. O Omukade vivia perto de pântanos e túneis cavados na terra. Outra criatura bizarra é o Aji-Koija um espírito maligno que pertencia a uma mulher que quando viva se deliciava comendo centopéias. O veneno dos animais peçonhentos a amaldiçoada e fazia com que seu cadáver fosse habitado por centopéias gigantes. Segundo o folclore, a Aji-Koija vivia nas florestas, seduzindo viajantes e homens, arrastando-os para seu covil onde revelava suas reais intenções de devorá-los. Para surpreender suas pobres vítimas, ela se aproximava fingindo querer dar um beijo, mas quando abria a boca centopéias saíam de dentro dela para uma mordida letal.     

Tais relatos são menos frequentes, mas ainda assim surgem de tempos em tempos. Seria possível que espécies ainda desconhecidas das já enormes mukade existam no Japão? Atualmente as maiores espécies de centopéias conhecidas são a gigantesca Centopéia de Pernas Amarelas do Peru, também conhecida como Centopéia Amazônica (Scolopendra gigantea), que pode atingir até 45 centímetros de comprimento. Haveria algo maior e mais horrível vivendo no Japão? 

Vermes Gigantescos
Quando a maioria das pessoas pensa a respeito de criptoides, muitas vezes não imaginam que eles podem estar abaixo dos seus pés. E para encontrar alguns deles seria necessário escavar profundamente o solo em busca de pistas. Vermes estão entre os animais mais repulsivos da natureza, e vermes especialmente estranhos e desconhecidos são por definição algo que faz a maioria das pessoas suar frio.


Há incontáveis estórias envolvendo vermes gigantes surgindo em diferentes partes do Japão de tempos em tempos. Um dos centros é a Província de Hyogo, na Ilha de Honshu, que detém o estranho título de região com os maiores vermes do Japão. Algumas minhocas recolhidas nessa região registraram mais de um metro e meio de comprimento. Uma entrada transcrita no livro oficial da Província datada de 1712 menciona um notável acontecimento ocorrido na cidade de Tamba (hoje parte da Província de Hyogo).

A nota descreve um imenso deslizamento de terra ocorrido no vilarejo e a descoberta de dois enormes vermes achados nos destroços. Um desses animais media 1.5 m de comprimento, enquanto o outro era ainda maior, atingindo incríveis 3 metros. Outro deslizamento de terra ocorrido naquele mesmo ano desenterrou uma minhoca cujas dimensões atingiam 4 metros.
Um relato mais moderno vem de Mikata-gun, que se localiza nas montanhas da Província de Hyogo, ele data de 1996 quando um fazendeiro encontrou uma minhoca de 1,45 m, e com quase 5 cm de diâmetro enquanto preparava o solo para ser semeado. O animal foi recolhido e levado para a feira agrícola e apresentado como curiosidade.
 
Vermes Gigantes são comuns em outras partes do Japão. Em Okayama, uma mulher afirmou ter encontrado um verme de 3 metros de comprimento em um campo de flores. O animal foi salvo e medido, mas seguindo os registros ele não mediria mais do que 1 metro, alguns no entanto afirmam que o animal foi cortado na metade e que ele era muito maior. A outra parte da minhoca, se é que ela existia, jamais foi achada.


Talvez o mais estranho caso venha de Fukuoka, na ilha de Kyushu. Em 1997, um homem viu algo estranho na margem de um rio onde ele costumava parar para se banhar. O sujeito achou que se tratava de algum tipo de tubo de PVC, mas quando olhou com mais cuidado descobriu que era um pedaço de um enorme verme meio enterrado na terra. Ele foi buscar outras pessoas e segundo testemunhas, a coisa tinha trinta e seis centímetros de comprimento e mais de 20 centímetros de diâmetro, sendo que os dois lados estavam rasgados o que levava a crer que se tratasse de um animal muito maior. Especialistas e biólogos examinaram o pedaço mas não conseguiram chegar a uma conclusão sobre a sua origem. Eles estimaram que se aquilo pertencia a um animal real, este teria pelo menos dez metros de comprimento. Infelizmente pelo seu estado de deterioração era impossível sequer afirmar que se tratava dos restos de um verme.
A maior minhoca do mundo pertence a espécie Megascolides australis, que existe apenas no deserto de Gippsland na Austrália. Esse animal pode atingir até 3 metros de comprimento, mas há rumores de espécimes no deserto profundo chegando a mais de 10 metros. Vermes gigantes também estão presentes no subsolo da Amazônia brasileira onde se destaca o minhocão, um animal que supostamente atingiria 6 metros, sendo que registros não corroborados dão conta de espécimes com mais de 14 metros.

Ratos Gigantes


Tóquio é uma das maiores metrópoles do mundo com uma população de milhões. Abaixo das ruas movimentadas da capital japonesa existe um mundo à parte; escuro e misterioso. Em suas vastas câmaras se estendem incontáveis galerias de esgoto, canos de transmissão de águas pluviais, estações de metrô, algumas abandonadas há décadas, outras lacradas e desconhecidas. Esse labirinto subterrâneo forma um império sinistro, quase que invisível sob os pés da população que não imagina o que existe lá embaixo.

Como em muitas cidades, Tóquio é infestada por ratos. Eles estão em todo canto. Acima e abaixo da superfície os roedores se escondem dos painéis de neon e das luzes fortes vagando pelas sombras, roubando e comendo. Acredita-se que para cada pessoa em Tóquio exista mais de 20 ratos adultos. Mas quem pode saber ao certo já que o subterrâneo de Tóquio permanece bloqueado?

Esporádicos relatos de trabalhadores responsáveis pelas redes de esgoto descrevem coisas estranhas habitando os túneis da cidade. Ratos que segundo alguns rumores são maiores do que cães, carregados de doenças e infestados de parasitas vivem e se multiplicam de maneira crescente.
    

Em 1988 um operário da rede de esgoto de Tóquio tirou uma fotografia que se tornou famosa mundialmente, a imagem de um enorme rato flutuando em uma pilha de lixo. Apesar da escuridão em que a foto foi tirada é possível perceber que se trata de um animal grande, do tamanho de um gato. Outros animais de tamanho exagerado também já foram recolhidos nas calhas do sistema de drenagem e nas grades de ferro, alguns deles tão grandes que muitas vezes os trabalhadores acham que se trata de um gato ou mesmo de um cachorro morto.

Segundo testemunhas, os maiores ratos vivem nas partes mais profundas do sistema de esgoto, dezenas de metros abaixo do nível da rua. Além de serem animais quase selvagens, seu tamanho faz com que eles se comportem de maneira agressiva podendo atacar oponentes maiores, como seres humanos. Segundo rumores, algumas estações de metrô desativadas nos anos 60 foram totalmente lacradas, mas em seu interior ainda proliferam populações compostas de milhões de ratazanas que jamais viram a luz do dia. Eles também seriam estritamente canibais, alimentando-se uns dos outros ao longo de gerações.

Há outro fator ainda mais preocupante do que o simples tamanho desses animais, o rumor de que o lixo sem tratamento acumulado nos túneis em adição com compostos químicos e poluentes, possa ter gerado animais doentes, alterados geneticamente. Em 2008, um rato albino e sem olhos foi encontrado numa galeria de esgoto desativada. O animal tinha uma série de deformidades que apontavam para algum tipo de deficiência genética.


A preocupação com ratos infestando os subterrâneos das maiores metrópoles do mundo é uma questão que vem sendo tratada com preocupação por órgãos de saúde pública. Ratos cada vez maiores tem sido encontrados e não causa mais estranheza a descoberta de animais enormes em cidades com grandes complexos industriais. Ano passado em Nova York um rato do tamanho de um gato foi recolhido numa galeria a poucos metros da superfície (foto acima). O que vai acontecer quando estes animais mais agressivos e possivelmente vetores de doenças chegarem a superfície dispostos a disputar espaço com os humanos?

*     *     *

Roedores, vermes, insetos, répteis... alguns horrores podem ser deste mundo.

Por vezes, não é preciso recorrer a entidades cósmicas cheias de tentáculos para causar arrepios, bem aqui perto de nós estão coisas bem assustadoras e ainda desconhecidas. 

2 comentários:

  1. Adorei o post. Recentemente tive um conto meu selecionado em uma antologia chamada Terror na Amazônia. O conto é horror cósmico puro. Homenagem ao Lovecraft, mas no contexto amazônico, mais especificamente no da Ilha de Marajó. A criatura descrita é exatamente assim, um ser rastejante. Não tive como não associar.

    Mais uma vez, parabéns pelo artigo. Muito bom!

    ResponderExcluir
  2. Eu adoro esse blog,frequento a anos e mesmo após todos esses anos ainda me surpreendo com os acho aqui!!!!

    ResponderExcluir