Fala aí pessoal,
Semana passada eu escrevi uma resenha bastante longa, dividida em duas partes a respeito de Tales from the Loop, uma das mais fantásticas ambientações lançadas esse ano.
Fazia tempo que eu não ficava tão empolgado por um RPG novo. Loop rapidamente se tornou um cenário que me agradou, não só pela proposta de jogo, mas pela simplicidade, pelas regras que permitem improviso, pela senso de nostalgia e por tantos outros fatores que nem preciso enumerar.
Gostei tanto do Loop que decidi fazer algo diferente, que destacasse o jogo e que o tornasse mais do que simplesmente um outro livro na prateleira. Eu queria algo que desse a ele a importância que ao meu ver ele merece.
Foi assim que surgiu a ideia de fazer uma caixa onde ele pudesse ficar guardado. A ideia veio da lembrança de infância, quando eu tinha uma caixa onde costumava guardar coisas que realmente eram importantes pra mim na época (meus Comandos em Ação, adesivos bacanas, figurinhas carimbadas, quadrinhos etc.)
A Caixa deveria seguir esse mesmo princípio, servir para guardar material de jogo e objetos que remetem diretamente ao universo dos anos 1980, o pano de fundo para os Mistérios de Tales from the Loop.
Engraçado que a medida que a coisa foi crescendo, foram surgindo outros elementos que eu fui acrescentando à caixa e que deram a ela o flavor exato que eu estava procurando. Ela deveria ser uma caixa de tralhas de moleque e acho que no fim das contas ficou bacana.
Uma vez que fotos valem mais do que mil palavras, aqui estão VÁRIAS fotos de como ficou o resultado final.
A caixa ao meu ver tinha que ser de madeira e eu escolhi essa textura de engradado para ficar dentro da proposta do jogo. Desde o início eu achei que o azul seria a cor ideal para os itens e para a caixa, já que essa cor está não apenas na capa do livro, mas em boa parte da arte no interior.
Eu gostei desses adesivos com coisas que remetem aos anos 80 e que concedem à tampa uma imagem bem coisa de moleque. Tudo colado sem muita cerimônia, colado de qualquer jeito.
Esse adesivo onde diz "Perigo - Pessoas não autorizadas devem ficar longe" é bem dentro do espírito Tales from the Loop e algo que um pequeno investigador dos mistérios colocaria na tampa de sua "caixa de segredos".
A Caixa serve perfeitamente para guardar o livro básico e mais um monte de tranqueiras que servem de "eastern eggs" da ambientação.
Aqui está o material todo que fica guardado dentro da caixa.
E a maneira como tudo fica acondicionado no interior dela. A caixa ficou meio pesada, cerca de 5 quilos, mas nada fica fora de lugar ou chacoalhando. De qualquer forma, preferi colocar o livro em um plástico bolha e as fichas/papéis em pastas de plástico. No fim, ficou tudo bem organizado.
Aqui o livro e o mapa da cidade de Boulder onde se passa a minha campanha. Eu encontrei o mapa na internet e mandei imprimir colorido em tamanho A5. É possível que eu mande fazer outro para que um mapa fique com os jogadores e eles possam escrever nele no decorrer da aventura e marcar onde estiveram e o que acharam em cada localidade.
Tem um mapa das Instalações do Loop na Suécia. Eu penso em fazer uma aventura que se passe no Loop europeu com o grupo. Talvez uma espécie de intercâmbio ou deslocamento espacial, no Loop tudo é possível.
Esses são os painéis do Escudo de Tales from the Loop que eu fiz. Para isso, costumo usar um dos escudos modulares cedidos pelos jogadores. Basta colocar as imagens no lugar e pronto. Como as regras do sistema são bem simples, nem precisa de muito material do lado do narrador, sobrando espaço para meus apontamentos.
Essa caneca eu mandei fazer com base em uma imagem que encontrei na internet. Ficou muito legal e o acabamento ficou perfeito com o título do jogo. Adorei esse trabalho!
A caneca não serve para muita coisa, mas como decoração no centro da mesa para lápis e material para escrever fica perfeito!
Esse potinho não ficou bem como eu queria. A ideia era ter um copo para rolamento dos dados. Eu coloquei papel veludo preto no interior, para que não faça muito barulho e um adesivo com o logo do jogo ao redor para personalizar.
Não ficou ruim, mas acho que eu vou dar mais uma caprichada para ficar mais ao meu gosto. Eu pretendo dar uma mexida nos dados e personalizar um set azul específico para Tales from the Loop. Já até encontrei os dados lisos e pretendo colocar em uma das faces o símbolo da Riksenergi.
Esse prop ficou bem legal, é um texto de boas vindas aos "Anos 80 que nunca existiram" com uma explicação básica a respeito da ambientação e qual a dinâmica no jogo.
O envelope acompanha uma série de imagens - impressas com qualidade de fotografia, da sensacional arte de Simon Stälenhag. O prop serve como uma espécie de álbum de apresentação do cenário para os jogadores iniciantes.
As fotos ficam todas guardadas no interior desse envelope tipo convite de casamento.
Esse é outro prop que me agradou bastante. Um diário de campanha para que possam ser anotados os principais acontecimentos durante as aventuras e os jogos. Eu usei um caderno Mead Composition (que é o mais usado por estudantes nos Estados Unidos). Colei na capa o logo do jogo e uma série desses adesivos baratos de caderno para dar uma "cara anos 80".
Adorei também os adesivos de "confidencial".
Dentro do Diário - que ainda está vazio, tem espaço para colar fotografias e handouts que vão sendo coletados no decorrer de cada mistério. Na contracapa, estão os "Princípios do Loop" que constituem as diretrizes para jogar o cenário.
Mas oq ue seria de Tales from the Loop sem a trilha sonora anos 80? A década que nos deu algumas músicas inesquecíveis tinha que fazer parte da caixa. Então pedi para um colega que gravasse uma fita com "hits" da época que incluem Michael Jackson, Madonna, A-Ha, Billy Idol, The Clash e tantos outros que marcaram época. Valeu, Flávio!
Tudo bem que o mais provável é que usemos o Spotify para fornecer a trilha original, mas não custa ter a versão em fita k-7. Por sinal, uma fita só, acabou sendo pouco e acabamos recorrendo a um "volume 2" para incluir mais alguns hinos dos anos 80.
Essa caixa menor serve para guardar os props e handouts que ão forem colados no Diário de Campanha. Eu gosto dessas caixinhas para guardar pistas e documentos, dá um ar bacana e fica bem mais organizado que deixar tudo solto.
Sem falar que dá para guardar no interior as fichas de Luck dos personagens. Luck é algo extremamente importante no decorrer do jogo e como o uso é frequente seria mais bacana distribuir fichas.
Eu pensei primeiro em usar fichas de fliperama, mas quando vi o preço delas no mercado livre, desisti. Depois pensei em usar uma ficha amarela na qual pudesse desenhar o Pac Man, infelizmente o resultado não ficou dentro do esperado...
No final das contas, recorri a essa ficha de pôquer na qual colei de um lado um pac man e no verso um fantasma. Mais anos 80, impossível!
Os botons do cubo mágico e do Genius servem para identificar os personagens que já usaram a música de seu personagem durante a sessão, uma das regras da casa que eu acrescentei ao jogo. Sempre que um jogador pede sua música favorita (limitado a uma vez por sessão e apenas um jogador por cena) ele recebe automaticamente três dados bônus para um rolamento.
Mas o que seria dessa tralha toda se a gente não jogasse.
Sendo assim, fizemos demos o ponta-pé inicial da campanha Quatro Estações da Ciência Estranha, com a aventura "Summer Break and the Killing Birds" (Férias de Verão e os Pássaros Assassinos).
A transmissão, na íntegra, feita ao vivo com o Velho Crânio, está na página do grupo Tales from the Loop Brasil, entra lá para dar uma olhada!
É quem quiser participar do grupo, é só pedir acesso que eu coloco para dentro!
Muito legal!
ResponderExcluirUma caixa personalizada assim devia ser lançada junto com Tales from the Loop no Brasil .
ResponderExcluirCara, que maneiro! Parabens!
ResponderExcluirAcho sensacional esse RPG, vc teria como disponibilizar pra gente esse texto de boas vindas aos "Anos 80 que nunca existiram"?
ResponderExcluirÉ muito capricho! Podiam seguir seu exemplo e lançarem uma box assim no Brasil.
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