Por Troy Taylor do Blog Haunted Museum
A investigação envolvendo uma antiga propriedade no Condado de Essex chamada de Reitoria Borley marcou época e até hoje é lembrado como um dos mais notórios casos paranormais da história.
Foi a investigação da Reitoria que tornou Harry Price uma celebridade e o transformou no mais famoso "caçador de fantasmas" de sua época, estabelecendo o padrão para os que o seguiram. O cuidado de Price ao documentar cada passo de sua investigação e a forma como ele catalogou suas descobertas estabeleceram o modus operandi de investigações paranormais dali em diante.
Muitas das observações de Price à respeito da Reitoria Borley foram obtidas pessoalmente, uma vez que ele explorou o local em várias ocasiões afirmando ter visto e ouvido inúmeros fenômenos como o soar de sinos, sons de batidas surdas nas paredes e objetos flutuando pelo ar. Price coletou dezenas de testemunhos de inquilinos da casa, falou com vizinhos e moradores das redondezas que relataram suas experiências sobre a reitoria maldita.
Por cerca de um ano, ele pagou aluguel e residiu na casa a fim de passar a maior parte do tempo possível em seu interior. Obcecado pela investigação, ele chegou a publicar anúncios em jornais buscando pesquisadores paranormais que quisessem participar de sua pesquisa, oferecendo a eles a oportunidade de "acampar" na casa a fim de determinar a presença de entidades no local. Mais de quarenta voluntários responderam ao chamado de Price, que escreveu um relatório para cada um dos participantes de sua experiência. O resultado foram dois livros que se tornaram verdadeiros manuais de referência para futuras investigações paranormais. Os livros intitulados "The Most Haunted House in England" E "The End of Borley Rectory" publicados respectivamente nos anos de 1942 e 1946, ganharam popularidade e solidificaram a fama de Price como "desbravador do além".
A despeito do que dizem muitos de seus detratores, os livros são um marco no estudo da parapsicologia. Eles incluem detalhes minuciosos de como foi realizada a investigação da casa assombrada. Enquanto os críticos mais ferinos vêem nos livros um exemplo clássico de "busca pela fama", futuros pesquisadores usaram as noções ali contidas como referência para suas próprias pesquisas.
A REITORIA BORLEY
Muitos críticos, entretanto afirmavam que a coisa não passou de uma fraude, um golpe publicitário construído por um pseudo-investigador em busca de fama e reconhecimento público. Um
jornalista acusou Price (após sua
morte, é claro)
de deliberadamente mentir sobre o fenômeno e produzir as atividades fantasmagóricas usando truques de cena.
A pequena paróquia de Borley está localizada em uma região desolada e pouco povoada perto da costa leste da Inglaterra, próxima da fronteira de Suffolk. É um lugar solitário e seria esquecido não fosse o fato de ser a localização do que veio a ser conhecido como "a casa mais assombrada na Inglaterra".
A crônica se inicia em 1362, quando Eduardo III concedeu as terras da Propriedade Borley aos monges beneditinos para que construíssem ali um mosteiro. Séculos depois, quando Henrique VIII baniu as ordens monásticas, a propriedade foi confiscada e os religiosos expulsos. A posse foi transferida para a poderosa família Waldegrave que a transformou o prédio no escritório administrativo da paróquia local.
Entre 1862 e 1892, o reverendo H.D.E. Bull, um parente dos Waldegraves, se tornou Reitor da Borley. Um
ano depois de sua
nomeação, ele deu início a expansão da Reitoria e construção de novos anexos. Apesar das advertências dos locais, a construção se espalhou sobre o antigo cemitério usado pelos monges, local que muitos acreditavam ser assombrado. Seu filho, o Rev. HF Bull, que permaneceu à frente da família até sua morte em 1927, sucedeu-o como reitor e concluiu as obras. Depois disso, a reitoria ficou vaga por mais de um ano, até outubro de 1928, quando o reverendo Guy Smith foi nomeado para o cargo. No entanto, ele deixou a reitoria apenas um ano depois, atormentado segundo os rumores por fantasmas.
Houve acontecimentos estranhos
em torno da reitoria por muitos anos antes da residência do Rev. Smith, mas todos
os envolvidos sempre mantiveram a discrição. Em 1886, a Sra. Byford, enfermeira da casa paroquial demitiu-se alegando não suportar mais as "pegadas fantasmagóricas" ouvidas noite após noite. Mais de
14 anos depois, as duas filhas do primeiro reitor viram a famosa "Freira Fantasma" andando no gramado em frente da reitoria com a cabeça baixa e o semblante tristonho. O avistamento ocorreu no meio da tarde e coincidiu com outros estranhos acontecimentos que foram relatados pela família, incluindo batidas fantasmagóricas, passos inexplicáveis, incêndios repentinos e muito mais. As jovens mulheres eram constantemente molestadas por esses fenômenos sempre que vistavam a propriedade, mesmo assim o reverendo Bull parecia se divertir com eles. Ele chegou a construir uma casa de verão na propriedade, onde podia passar a noite e assistir o aparecimento da freira fantasma.
Seu filho, o Rev. Harry Bull também nutria enorme curiosidade sobre o assunto e conversava frequentemente com seu amigo J. Hartley sobre as assombrações que pareciam habitar a Reitoria. Hartley mais tarde forneceria várias informações a Price sobre aparições dos fantasmas.
Os membros da família Bull não foram os únicos a presenciar manifestações fantasmagóricas detrás dos portões da Reitoria. Fred Cartwright, um carpinteiro local, relatou ter visto o espectro da freira fantasma pelo menos quatro vezes durante sua entrevista a Price. Até 1939, 14 pessoas contaram ter visto o mesmo fantasma, três outras pessoas afirmavam ter visto um coche fantasmagórico translúcido correndo pelo pátio puxado por cavalos espectrais e outros dois visitantes presenciaram a manifestação de um corpo decapitado voando pelo pátio.
Em junho de 1929, dois anos após a morte de Harry Bull e nove meses após o Rev. Smith assumir a reitoria, a história de ocorrências fantasmagóricas em Borley foi mencionada em um jornal. No dia seguinte, Harry Price recebeu um telefonema de um editor de Londres o convidando a visitar a propriedade. Ele foi informado sobre os diversos fenômenos ocorridos, tais como, pegadas fantasma, estranhas luzes, sussurros fantasmagóricos, o espectro de um homem decapitado, o vulto de uma menina de branco, a carruagem fantasma, a aparição de pedreiros que ergueram o prédio e é claro, o espírito da freira tristonha.
Segundo as lendas da região; quando a Reitoria ainda era um monastério, por volta do século XIV teria ocorrido no local um terrível crime. Um monge e uma jovem freira haviam iniciado uma relação indecorosa censurada pelos demais religiosos. Furioso com o que acontecia, o abade (que em algumas versões tinha uma paixão doentia pela mesma jovem) ordenou uma severa punição ao casal. O monge foi arrastado para o pátio e degolado, enquanto a freira foi emparedada ainda viva em uma câmara no interior do monastério. Price zombou da ideia, mas ficou intrigado com os fenômenos associados a reitoria e prometeu visitar o lugar.
Acompanhado na sua primeira visita a Borley por um conhecido jornalista e pela sua secretária pessoal, Price visitou a propriedade. Conversaram com o Reverendo Smith e observaram alguns exemplos menores de fenômeno poltergeist por si mesmos. Price conduziu uma longa entrevista com Mary Pearson, a empregada doméstica da reitoria, que havia visto a carruagem fantasmagórica em duas ocasiões e estava firmemente convencida que a casa era assombrada. Mais tarde, naquela noite, o grupo realizou uma sessão de contato espiritual no "Blue Room", salão onde coisas estranhas ocorriam. Durante a experiência, eles foram surpreendidos quando uma vela saltou da mesa se chocando contra a parede. No dia seguinte, Price realizou outras entrevistas e falou com as filhas do Reverendo Bull. Elas relataram alguns fenômenos que haviam presenciado na adolescência.
Os eventos ocorridos e as sinceras palavras das testemunhas foram suficientes para convencer Price que algo estranho estava acontecendo na casa. Aquele dia de junho marcaria o início de uma intensa e avassaladora investigação paranormal.
Price cunhou a ideia do "kit de caçador de fantasmas" para auxiliar a investigação. Ele usava fitas métricas para verificar a espessura das paredes e dimensões dos cômodos, empregava estetoscópio para procurar passagens secretas e correntes de ar; aperfeiçoara o uso de câmeras fotográficas para interiores; havia encomendado uma câmera com controle remoto para registrar movimento; utilizou um kit de impressão digital para registrar marcas suspeitas, empregava termômetros sensíveis para variações mínimas de temperatura ambiente e chegou até
mesmo a usar telefones
portáteis para manter o contato entre pesquisadores em diferentes ambientes. Desde o primeiro dia, Price ficou muito interessado pela casa, acreditando que ele poderia ser um fascinante desafio às suas habilidades.
Sua segunda visita a Borley aconteceu duas semanas após a primeira. Desta vez, ele documentou o achado de uma medalha religiosa e de outros itens que pareciam sugerir a existência de um elemento católico na assombração. Houve também uma vez que o som de sinos foram ouvidos por toda a casa, embora os fios usados para chamar os servos tivessem sido cortados há muitos anos. O toque constante era uma fonte de grande preocupação para o Rev. Smith e sua esposa. Após o início da investigação de Price, as coisas pareciam ter se intensificado e o casal resolveu abandonar a casa em julho de 1929.
Ao longo dos 14 meses seguintes, a reitoria permaneceu vazia. De acordo com relatos locais, uma janela sobre a casa foi aberta por dentro, mesmo com o prédio deserto e com as portas trancadas. A porta que levava a escadaria principal foi encontrada escancarada e haviam cacos de vidro espalhados pelo chão embora não se tenha dado pela falta de nenhum objeto. Os moradores que viviam nas proximidades disseram ter visto "luzes" e ouvido toda sorte de sons lamurientos como horríveis murmúrios e gemidos.
Apesar do Rev. Smith e de sua esposa terem deixado a casa por causa dos fantasmas, as coisas tinham sido relativamente pacíficas até aquele ponto. Tudo mudaria em outubro de 1930, quando o reverendo Lionel Foyster e sua esposa, Marianne, se mudaram para Borley. O tempo de Foysters na casa trouxe um aumento acentuado na atividade paranormal. As pessoas eram trancadas nos aposentos, utensílios domésticos desapareciam, janelas se quebravam, móveis se moviam, sons estranhos eram ouvidos. No entanto, o pior dos incidentes envolveu a Sra. Foyster, que relatou ter sido levantada de sua cama por uma força invisível e arremessada violentamente no chão. Em outra ocasião, ela contou que a mesma força a atacou no jardim e tentou sufocá-la, por pouco não a levando a inconsciência.
A atividade durante este período foi mais variada e muito mais violenta do que antes. O Rev. Foyster manteve um diário e, mais tarde compilou um manuscrito que nunca foi publicado chamado "Quinze meses em uma casa assombrada". Harry Price, mais tarde, usou trechos do manuscrito em seus livros sobre a Reitoria Borley. Não há dúvida de que o Rev. Foyster, Marianne, sua filha adotiva e, mais tarde, um jovem rapaz que ficou com eles como um convidado, passaram por experiências estranhas e às vezes aterrorizantes.
As coisas tomaram outro rumo inexplicável quando começaram a surgir uma série de mensagens rabiscadas nas paredes da casa, escrita em uma caligrafia desconhecida. Eles pareciam estar se comunicando com a Sra. Foyster, usando frases como "Marianne, por favor ajude" e "Marianne reze por nós".
As coisas ficaram tão difíceis que em maio de 1931, os Foysters deixaram a reitoria para que pudessem ter alguns dias de paz e tranquilidade. Em junho, um amigo dos Foysters, visitou a propriedade e descobriu o lugar totalmente bagunçado, como se as coisas tivessem sido espalhadas por toda a casa desocupada. Quando a família retornou, o fenômeno violento começou de novo. Em um ponto, a Sra. Foyster foi arremessada de sua cama ferindo o braço.
Em setembro daquele mesmo ano, Harry Price tomou conhecimento dessas violentas manifestações. Pouco tempo depois, ele e alguns amigos fizeram uma visita à reitoria e tiveram algumas experiências estranhas, incluindo portas batendo e garrafas que foram atiradas sobre eles. Como em quase toda a atividade poltergeist a Sra. Foyster estava presente, Price estava inclinado a acreditar que ela era inconscientemente a causadora do fenômeno. Ele também considerou a idéia de que os acontecimentos podiam estar sendo encenados. No entanto, ele acreditava na possibilidade de a freira fantasmagórica e outros fenômenos serem genuínos.
Apesar dos fenômenos assustarem Marianne, Price afirmou que pelo menos um dos espíritos da casa havia decidido pedir ajuda a esposa do reitor. Esta foi a explicação que ele apresentou para as mensagens misteriosas que continuavam a surgir pedindo ajuda. Price acreditava que os escritos tinham vindo da jovem freira. Esses indícios,
mais tarde, se encaixaram na teoria de Price que o mistério Borley envolvia assassinato e traição, embora o personagem central da tragédia não fosse a freira da lenda, mas outra jovem religiosa.
Os meses que se seguiram trouxeram mais sinos e portas batendo, mas depois de uma sessão espírita as coisas acalmaram. Os sinos ainda tocavam ocasionalmente e itens voavam pelo ar, mas não havia o que era descrito como uma "atmosfera ameaçadora". O restante de 1934 foi tranqüilo, mas em 1935, as manifestações voltaram e se tornar violentas. A cama era arrastada e objetos quebrados, em outubro daquele ano, os Foysters resolveram partir. Eles decidiram deixar a casa e vender o lugar antes que algo ainda mais terrível acontecesse.
A igreja ofereceu a casa a Harry Price - por cerca de um sexto de seu valor - mas, após alguma hesitação, ele decidiu não comprar o lugar, mas alugá-lo por um ano. Price planejava conduzir uma extensa investigação em torno da propriedade, usando pesquisadores voluntários para acompanhar e documentar qualquer coisa fora do comum. A investigação durou um ano e foi criteriosamente documentada através de um diário dos acontecimentos.
O primeiro passo de Price foi publicar um anúncio na coluna pessoal do Times em 25 de maio de 1937 à procura de pesquisadores de mente aberta, dispostos a literalmente "acampar" na reitoria. O objetivo era gravar todos os fenômenos e obter testemunhas desses eventos. O anúncio dizia:
CASA
ASSOMBRADA: pessoas responsáveis e inteligentes, intrépidas, críticas e imparciais, são convidadas a juntar-se como observadores em uma investigação científica da suposta casa assombrada no condado de Home. Instruções adicionais serão fornecidas aos interessados. Formação científica ou a capacidade de operar instrumentos é requerida. O lugar se localiza em um vilarejo isolado, portanto veículo próprio é essencial. Interessados devem contatar Caixa H.989,
The Times, E.C.4
Price foi inundado com potenciais candidatos, a maioria dos quais incrivelmente inadequados. Depois de escolher cerca de 40 pessoas, ele entregou a cada um o primeiro manual sobre como conduzir uma investigação paranormal. O volume tornou-se conhecido como o "Livro Azul". Cada voluntário recebeu ainda equipamento necessário para estudar a casa e os fenômenos que ali ocorriam.
Durante as investigações, os pesquisadores receberam ampla liberdade para buscar os fatos. Alguns deles empregaram seu próprio equipamento, mantiveram diários precisos e outros conduziram sessões espíritas visando contatar os fantasmas que habitavam o lugar. Quem mais ajudou nas investigações foi o Sr. S.H. Glanville. Ele e sua família tinham um interesse especial em Borley e passaram muitos dias lá. Foi Glanville que pesquisou com grande zelo a história de Borley desde o início até a noite do incêndio em 1939. Parte do material foi finalmente publicado nos livros de Price e Glanville permaneceu completamente no comando das investigações quando ele não estava presente.
Os observadores recrutados por Price vieram de profissões, lugares e classes sociais distintas, mas todos contribuíram fornecendo dados sobre a sua experiência pessoal na casa. Muitos deles passaram noites na Reitoria em um aposento que serviu de "base" e onde vários instrumentos haviam sido instalados. Alguns vieram sozinhos, outros vieram em grupos, céticos, crentes e desmistificadores. Um bom número não viu nem ouviu nada, mas alguns tiveram experiências estranhas. Essas experiências foram qualificadas como sons bizarros, movimento de objetos, sensações inexplicáveis, luzes enigmáticas e aparições espectrais, sobretudo a freira fantasma.
Todos concordaram que havia algo estranho em Borley, alguns foram categóricos em afirmar que a reitoria era o centro de um grande distúrbio paranormal. O número de fenômenos, sua variedade e a duração de suas observações também forneceram argumento contra quaisquer acusações de que Harry Price havia promovido um golpe de publicidade.
Houve dois acontecimentos marcantes no período em que Price alugou a casa. Uma delas foi a observação dos "escritos nas parede". Esse fenômeno que parecia uma espécie de "pedido de socorro" desesperado pela primeira vez começaram a aparecer durante a ocupação. A maioria delas dirigidas a "Marianne" e alguns não-crentes sugeriram que a Sra. Foyster as tivesse escrito, embora ninguém pudesse oferecer um motivo para uma brincadeira dessa natureza. Estranhamente, os rabiscos continuaram a aparecer nas paredes muito tempo depois da Sra. Foyster ter deixado a Reitoria e Price acreditava que eles forneciam pistas vitais para elucidar o mistério. Cada pequeno fragmento foi marcado, fotografado e datado.
O outro acontecimento importante ocorreu em 1938 com a realização de uma série de sessões espíritas, realizadas pelo Sr. Glanville, sua família e vários amigos. Durante uma sessão de contato, um suposto espírito chamado "Marie Lairre" relatou que em vida havia sido uma freira na França, mas havia deixado o convento para casar com Henry Waldegrave, membro de uma abastada família cuja casa senhorial ficava no local da Reitoria. Enquanto vivia na mansão, seu marido havia estrangulado ela e enterrado seus restos na adega.
A história encaixava com o fenômeno da freira fantasma as mensagens escritas. Price teorizou que a ex-freira havia sido enterrada em solo não-consagrado e que portanto havia sido condenada a assombrar a propriedade sem encontrar repouso.
Em março de
1938, cinco meses após a primeira menção a Marie Lairre, outro espírito, que se chamava "Sunex Amures", prometeu que a reitoria iria queimar naquela noite e que a prova do assassinato da freira seria encontrada nas ruínas. A Reitoria não ardeu naquela noite, mas exatamente 11 meses depois, em 27 de fevereiro de 1939, um novo proprietário, o capitão WH Gregson, estava desempacotando seus livros na biblioteca, quando derrubou uma lâmpada a óleo e começou um incêndio. O fogo se espalhou rapidamente e a construção foi destruída. Foi dito que o fogo começou no ponto exato que o espírito havia previsto e que "figuras estranhas foram vistas caminhando nas chamas."
O edifício foi demolido em 1944, mas a história estava longe de terminar.
A publicação do primeiro livro de Price sobre sua investigação na Reitoria Borley, causou enorme repercussão. A reitoria estava agora em ruínas, mas isso não impedia curiosos de visitar o local. Ao longo dos anos da Segunda Guerra Mundial, muitos visitantes exploraram o entulho e, ocasionalmente, passavam a noite nas ruínas.
O Rev. WJ Phythian-Adams, realizou algumas das investigações mais fascinantes e relevantes sobre a reitoria. Depois de ler o livro de Price, analisar mapas da casa e fotografias dos escritos na parede ele escreveu uma cronologia detalhada da Reitoria Borley desde os tempos medievais. Ele pesquisou a biografia da família Waldegrave e cruzou os dados com declarações de um médium utilizando poderes psicométricos para captar memórias residuais no local. Adams formulou uma estória convincente sobre a tragédia da freira fantasma.
Muitos disseram que a história sobre Marie Lairre não passava de adivinhação inteligente, mas o Rev. Phythian-Adams obteve plantas do monastério beneditino e indicou a Harry Price onde ele deveria cavar em busca dos restos da freira. Em agosto de 1943, Price na companhia de alguns colaboradores deu início às escavações.
Semanas depois, removendo entulho e alvenaria, a equipe chegou às vigas de sustentação da construção onde localizaram objetos antigos como panelas, bacias de metal e fragmentos de porcelana. Em meio a esses objetos desenterraram uma mandíbula humana, provavelmente de mulher, parte de um crânio, costelas e duas medalhas religiosas bastante antigas. O material foi todo fotografado e registrado para análise futura.
Em maio de
1945, um enterro cristão foi realizado para os supostos ossos de Marie Lairre, que foram depositados em uma cova abençoada num cemitério a dois quilômetros da Reitoria Borley.
Até hoje, a Reitoria Borley é apontada como a mais legendária e famosa casa assombrada da Inglaterra.
muito bom......
ResponderExcluirvc está de parabéns......
Ótimo texto
ResponderExcluirDesde a publicação anterior sobre o Harry Price fiquei na expectativa de que a reitoria ainda pudesse existir e se seria possível visitá-la.
Infelizmente nem tudo é possível para nós que nascemos adiante no tempo "ou não",fiquei com uma vontade enorme de ter nascido nessa época e poder ter presenciado os fenômenos junto ao Sr. Price.
Top
ResponderExcluirNo livro A Assombração da Casa da Colina, que inspirou a Maldição da Residência Hill da Netflix, é dito que o ponto frio da Reitoria de Borley caía onze graus. Foi isso que me inspirou a pesquisar sobre. Obrigada por todo o esclarecimento.
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