Daoloth aparece pela primeira vez no conto "The Render of the Veils" de Ramsey Campbell
Daoloth é conhecido como "Dilacerador dos Véus". Não se sabe exatamente quando surgiu esse epíteto, mas ele parece acompanhar a entidade desde que Ela começou a ser venerada e descrita em tomos contendo saber do Mythos.
Daoloth é conhecido como "Dilacerador dos Véus". Não se sabe exatamente quando surgiu esse epíteto, mas ele parece acompanhar a entidade desde que Ela começou a ser venerada e descrita em tomos contendo saber do Mythos.
Daoloth é um Deus Exterior de considerável poder e influência, embora seja extremamente obscuro e comparativamente menos conhecido do que Azathoth, Nyarlathotep, Shub-Niggurath e Yog-Sothoth, os quatro deuses exteriores canônicos dos Mythos. Ocupando o posto de Entidade Cósmica, Daoloth rege o conceito do Espaço Interdimensional, governando as passagens, portões e janelas dimensionais e legislando sobre realidades diversas e alternativas. Para alguns, ele próprio é uma espécie de portão dimensional consciente que permite ou lacra dimensões ao seu bel prazer. Para alguns teóricos não há como se deslocar através de planos e dimensões sem recorrer a Daoloth.
Além de conceder a permissão de deslocar matéria através dos planos, Daoloth também domina a complexa ciência da Cronocinese faculdade que lhe permite perceber e manipular as linhas do tempo como se fossem os cursos de um rio. Usando seus poderes, Daoloth é capaz de alterar o fluxo temporal e toda uma linha de tempo e cronologia estabelecida. Através de sua percepção cronocinética ele pode examinar diferentes linhas temporais e operar mudanças no fluxo temporal como bem entender. Isso significa, em essência, dizer que Daoloth é capaz de "ver" todas as probabilidades de um acontecimento como se fosse um espectador consciente das variáveis intrínsecas. É por essa razão que certos cultistas se referem a Ele como "aquele que não pode ser enganado" ou "Aquele que conhece passado e futuro".
Daoloth em um padrão bem organizado |
O poder de Daoloth sobre a Cronocinese permite a ele compartilhar uma espécie de visão atemporal com outros seres, permitindo que eles contemplem brevemente o fluxo temporal e suas variáveis. Essa espécie de benção só é estendida aos seus cultistas mais confiáveis que muitas vezes são vistos como videntes. A mente humana se mostrou incapaz de lidar com a percepção atemporal e a maioria dos indivíduos abençoados dessa maneira acabam eventualmente enlouquecendo. Criaturas com um padrão mental puramente analítico, estabelecido por encadeamento de pensamentos, como os Mi-Go, são capazes de suportar essas visões.
Daoloth não possui um corpo físico. Quando decide se manifestar, Ele simplesmente atravessa os planos, emergindo através de um ínfimo espaço entre as dimensões como se surgisse do nada. A entidade domina a bio-fissão, faculdade que lhe permite dividir e replicar seu ser em qualquer lugar escolhido. Dessa forma, a essência de Daoloth jamais deixa sua Dimensão nativa, algum ponto dentro das primeiras 25 dimensões.
Imagem do CoC 4ed |
Muito se fala em círculos de ocultistas e de estudiosos da metafísica a respeito das graves consequências de se encarar conscientemente Daoloth. Seus cultistas, cientes desse perigo, tendem a invocá-lo apenas na completa escuridão onde Ele não pode ser visto em toda a sua glória. Alguns chegam ao ponto de vendar ou perfurar os próprios olhos para não serem tomados pela curiosidade. Contemplar a forma de Daoloth equivale a obter um vislumbre da grandiosidade do cosmos e todas suas inconcebíveis variáveis. É o mesmo que captar simultaneamente infinitas dimensões, planos e realidades que se alternam e se revelam em um turbilhão sensorial do qual não se pode escapar. Aqueles que ao longo da história experimentaram esse vislumbre tiveram suas mentes obliteradas pelas revelações em poucos segundos. Magos e feiticeiros de enorme poder conjecturam que vislumbrar atrás dos véus de Daoloth é contemplar os maiores segredos e mistérios do universo, uma experiência que a mente humana não pode suportar.
Há rumores que a lenda do Véu de Isis tenha sido de alguma forma inspirada por esse Deus Exterior e que o ato de espiar por trás do véu da deusa, obtendo assim a iluminação, seja uma clara alusão a experiência de vislumbrar a forma de Daoloth e assim obter os segredos do cosmos.
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Muito bom !
ResponderExcluirBoa tarde,
ResponderExcluirPor gentileza, peço aos moderadores do Blog para entrar em contato via: comunicacao@martinclaret.com.br, gostaríamos de divulgar neste site nosso novo livro de contos de Robert E. Howard, amigo pessoal de H.P. Lovecraft e criador do personagem Conan, O Bárbaro.
Grato,
André.