Uma série de mortes misteriosas por afogamento nos Lagos Thunderbird, Tenkiller e Oolagah no estado americano de Oklahoma tem assustado a população local e atraído a atenção de caçadores de mistérios em todo país.
A mais controversa das teorias a respeito dessas trágicas mortes dá conta de que alguma coisa estaria espreitando nas profundezas das águas plácidas desses lagos, a espera de vítimas desavisadas, que seriam arrastadas e devoradas nas profundezas.
Estórias a respeito de uma espécie de Polvo Carnívoro gigantesco se popularizaram nas últimas décadas em virtude do grande número de casos fatais de afogamento e desaparecimentos nessas três localidades. Conhecido popularmente como "Octopus de Oklahoma" a misteriosa criatura recebeu até a atenção de programas de televisão que buscam provar a existência de criptídeos (animas estranhos que "não deveriam existir"). O programa "Lost Tapes" do Animal Planet chegou a gravar um especial no Lago Thunderbird realizando filmagens na área, espalhando câmeras noturnas de monitoramento e entrevistando pessoas que afirmam ter visto a criatura.
De acordo com essas testemunhas, o animal demoníaco teria o tamanho de um cavalo e seria bastante similar a um polvo, com longos tentáculos e uma pele coreácea, de coloração castanha-avermelhada. Os tentáculos seriam extremamente compridos atingindo quase três metros, com uma coloração gradualmente mais clara a medida que se afastavam do corpo. A superfície deles era dotada de ventosas que ajudavam a aderir e agarrar objetos. O corpo do cefalópode seria dotado de olhos arredondados brancos/amarelados e de um dispositivo bucal, semelhante a um bico. Essas características fariam dele um perigoso predador, capaz de agarrar um homem adulto com a sua força, imobilizá-lo e arrastá-lo até o bico para morder até provocar sua morte.
A descrição encontra paralelo no Polvo Gigante do Pacífico, um animal capaz de erguer 100 quilos com seus tentáculos e dotado de um tipo de bico que consegue arrancar pedaços inteiros de suas presas. Além de ser bastante forte, cientistas já atestaram a notável inteligência dos polvos, capazes de aprender truques simples como abrir garrafas com tampa de rosca e girar maçanetas para abrir portas.
A existência de tal criatura, habitando um lago é extremamente improvável. A despeito das incríveis façanhas dos cefalópodes, nenhuma espécie, ao menos de que se tenha conhecimento, conseguiu realizar a transição completa de um ambiente de água salgada para um de água doce. A falta de glândulas especializadas em compensar a ausência de componentes salinos, acaba matando os animais quando privados desse meio. O oceano mais próximo fica a muitos quilômetros de distância. Portanto, se existe realmente um tipo de polvo habitando os lagos centrais de Oklahoma, trata-se de alguma miraculosa mutação. Criptologistas afirmam que algumas espécies de água viva conseguiram se adaptar fora de um ambiente de água salgada, em determinadas condições e que a mesma coisa pode ser possível com cefalópodes de grande porte que em um passado remoto tenham ficado presos em um lago a medida que o litoral recuava.
Estes mesmos caçadores de mitos, apontam para antigas lendas de nativos-americanos que mencionam a existência de monstros estranhos habitando esses lagos.
Existem lendas de nativos descrevendo a existência de animais semelhantes a polvos, algumas delas com mais de duzentos anos. As estórias falam de monstros que habitam as profundezas do Lago Oolagah que eram como sanguessugas, mas com vários braços compridos. A maioria das tribos de Oklahoma foram transplantadas em meados de 1830 pelo governo dos Estados Unidos para reservas. Algumas dessas tribos chegaram a se negar a serem reassentadas nas cercanias de lagos por temer a presença de animais que guardavam semelhança com cefalópodes. Em pleno século XIX, era altamente improvável que os nativos que habitavam o centro do país tivessem tido algum contato com esses animais ou soubessem de sua existência. Não obstante, existem exemplos no artesanato das tribos Nanticoke e Seminole da representação de monstros muito parecidos com polvos.
Ainda segundo as lendas nativas, esses monstros do lago, viviam nas partes mais fundas e eram atraídos à superfície quando percebiam a presença de algum animal ou pessoa que se aproximava da margem para beber água. Eles lançavam seus tentáculos para agarrar suas presas e puxá-las para a água a fim de afogá-las. Um dos costumes dos Shawnee, tribo que habitou Oklahoma, era prudente carregar uma faca quando se fosse buscar água.
Céticos argumentam que as recentes mortes, três em um período de menos de seis meses, podem ter sido causadas por um grande bagre, e não por um polvo. Sabe-se da existência de peixes ferozes naquelas águas que podem derrubar ou afogar um homem, ainda mais se este estiver sob os efeitos de álcool. Uma vez que a área é usada para picnics e camping, não é totalmente estranho ocorrer acidentes relacionados ao consumo excessivo de bebida. A autópsia de uma das supostas vítimas revelou que ela estava sob o efeito de álcool, o que justificaria um afogamento acidental, contudo, os outros dois não tinham vestígio de bebida em seu organismo, sendo que um deles era um nadador experiente. Segundo fontes não oficiais, os três cadáveres apresentavam ferimentos consistentes com a ação de animais selvagens, o que pode ter dado início aos rumores sobre o polvo assassino.
A possibilidade de algo desconhecido (que parece ter saído de um filme barato do Canal Sci-fi) viver nas lagoas de Oklahoma é pequena, mas de qualquer maneira, as autoridades locais espalharam placas de alerta para que se tome cuidado ao mergulhar nessas águas.
Nunca se sabe o que pode tentar puxá-lo para o fundo.
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