sexta-feira, 1 de março de 2024

Incidentes Bizarros - Encontros inexplicáveis de Policiais com criaturas desconhecidas


O trabalho de policial é, em grande parte, uma profissão nobre e imprescindível para a existência da sociedade. Eles estão lá para servir e proteger, para lidar com os perigos que se escondem nas sombras e nos manter a salvo do mundo muitas vezes violento em que vivemos. Mas e quando policiais precisam nos proteger não apenas do nosso mundo, mas também daquilo além do véu de nossa realidade? 

Policiais às vezes têm contato com o inexplicável e o paranormal, com entidades além do escopo de sua compreensão e para o qual não receberam treinamento. Agentes da Lei certamente veem coisas estranhas em suas patrulhas, mas nada tão estranho quanto alguns desses relatos. Essas narrativas vem de policiais que aparentemente tiveram encontros com coisas que não conseguem (e não podem) explicar. 

Neste artigo veremos alguns testemunhos de grande estranheza que supostamente foram feitos por indivíduos dentro da comunidade policial, e que nos mostram que esta profissão pode ser muito mais estranha e assustadora do que se pode imaginar.

Muitos encontros policiais com seres estranhos parecem envolver entidades que talvez não sejam deste mundo. Dos arquivos do pesquisador paranormal Albert Rosales do Supernatural Research Investigation (SRI) surge uma série de relatórios desse tipo. Rosales colecionou essas narrativas, a maioria transmitida a ele de forma anônima através de agentes policiais na ativa ou aposentados que o procuravam desejando partilhar incidentes incomuns do serviço.

O primeiro relato foi gravado originalmente pelo renomado investigador paranormal John A Keel e nos leva de volta ao ano de 1966, na cidade de Gaffney, Carolina do Sul. Por volta das 4 da manhã, os policiais C. Hutchins e A. Huskey estavam dirigindo por uma seção rural escura de Gaffney conhecida como West Buford Extension quando avistaram um homem andando no meio da estrada que por pouco eles não atropelaram.  

O relatório dos policiais dizia o seguinte:
 
"O sujeito estava andando no meio da estrada, naquela escuridão e foi uma sorte que não passamos sobre ele com a viatura". Huskey parou o carro no acostamento, eu desci imediatamente, disposto a dar ordem de prisão ao homem que até aquele momento eu imaginava devia ser um vagabundo, um bêbado ou as duas coisas".


Mas quando Hutchins se aproximou sentiu uma estranha energia ao redor do sujeito que o fez parar. Ele parecia um homem comum, vestia casaco, jeans e tênis, mas ele não tinha rosto! Sua face era um borrão cinzento que parecia se misturar constantemente como a superfície de um lago atingido por uma pedra. Hutchins, um veterano com 20 anos de serviços impecáveis ficou sem palavras, sentia uma aura de ameaça vindo da estranha figura e não conseguia se mover. Quando Huskey se juntou a ele também se sentiu confuso e estarrecido.

O que se seguiu foi ainda mais estranho. O misterioso ser se comunicou com os policiais através de um método não verbal, com perguntas que surgiam diretamente na mente deles. Ele fez inúmeras perguntas e ignorou quando os policiais tentavam, devolver alguma pergunta para entender o que se passava. Eles não foram capazes de lembrar de nenhuma das perguntas, mas admitiram ter respondido uma série delas, não porque quisessem, mas porque se sentiram compelidos a fazê-lo. Huskey até arriscou dizer que quando se negava a fazê-lo sentia uma forte pressão na cabeça, como se ela estivesse sendo apertada por um torno invisível.

Embora não tenham sido capazes de recordar o contexto da "conversa" que tiveram, toda interação ocorreu num plano surreal, quase onírico... Hutchins afirmou recordar que seu interlocutor se expressava num inglês perfeito, "não tinha sotaque distinto" e "que agia como se soubesse exatamente o que estava fazendo". Seu discurso foi muito preciso e direto. Os policiais divergiam de quanto tempo durou a conversa, Hutchins afirmou que foi algo breve, talvez apenas cinco minutos. Huskey disse que foi um contato bem mais longo, talvez de meia hora. Eles não se recordaram como aquilo terminou. Os dois simplesmente "piscaram" e o sujeito não estava mais lá. 

A dupla foi encontrada desmaiada naquele trecho de estrada, os dois haviam perdido a consciência, mas não estavam feridos. Um exame dos patrulheiros revelou que eles estavam em choque e que haviam sofrido um estranho caso de sangramento no nariz e ouvido. Fora isso, não sofrearam qualquer dano físico, mas foram afetados psicologicamente pela estranha experiência no meio da estrada.  

A história logo ganhou repercussão em jornais e na mídia. Muitos acreditavam que os dois policiais teriam tido um encontro com uma figura de origem desconhecida, talvez um ser alienígena, um anjo, um demônio ou uma entidade interdimensional que se manifestou em nossa realidade. Seja lá qual fosse a natureza do estranho ser, a breve interação foi o suficiente para custar a carreira de Hutchins que deixou a força no ano seguinte. Ele cometeu suicídio em 1969, após um grave quadro de depressão profunda. Huskey continuou na força policial por mais quatro anos, mas eventualmente também desistiu do trabalho se tornando um evangelista e defendendo que seu inusitado encontro envolveu uma entidade diabólica.


No ano seguinte, há um caso ocorrido em Ashland, Nebraska, envolvendo um sargento da polícia estadual chamado Herbert Schirmer de 22 anos. Ele estava fazendo uma patrulha de rotina em uma noite fria de dezembro, sem imaginar que estava prestes a encontrar algo muito bizarro. Schirmer se deparou com o que a princípio pensou ser um veículo estacionado bem no meio da estrada, mas ao se aproximar viu que era algo semelhante a uma porta iluminada pairando no ar. Ele parou o automóvel e se aproximou cautelosamente verificando que a porta parecia não ocupar um espaço físico, mas simplesmente estar ali com uma luz forte irradiando de seu interior. Então ela estranhamente desapareceu como se jamais tivesse existido. Parecia ser apenas uma história esquisita, mas sem grandes repercussões.  

Contudo, a partir de então o jovem policial começou a experimentar estranhos sonhos que o faziam acordar coberto de suor e aos gritos. Sem compreender a natureza do que estava acontecendo, ele concordou em se deixar hipnotizar para encontrar a raiz dos seus medos. Ao se submeter a uma sessão de hipnose, a história ficaria muito mais estranha. 

Sob transe hipnótico o policial começou a recordar de uma história bem diferente. Em vez de simplesmente sumir, o portal se iluminou com uma luz cegante no exato momento em que seu rádio, lanternas e o motor do carro falharam. Um grupo de estranhos seres humanóides, ainda que "não totalmente humanos" atravessou o portal e se aproximou do patrulheiro; eles o impediram de fugir ou sacar o revólver usando algum tipo de "bloqueio mental". Schirmer se sentiu paralisado e desmaiou. Os seres tinham baixa estatura, com no máximo um metro e meio, pele branca-acinzentada e não usavam roupas ou apetrechos. Pareciam assexuados, sem cabelos e com grandes olhos negros que contrastava com a boca pequena, pouco mais do que um rasgo horizontal.

Schirmer lembrou então de ter sido carregado através do portal em um estado de semiconsciência, vindo a acordar em uma espécie de sala branca imaculada, deitado sobre uma mesa de alumínio, incapaz de se mover ou mesmo gritar. As criaturas realizaram vários testes e procedimentos invasivos, obtendo amostras de sangue que era bombeado para estranhos frascos. O policial desmaiou repetidas vezes, sentindo agonia, dor e um medo indescritível. Sob influência hipnótica ele recordou que um dos seres no final do experimento tocou sua testa e fez com que ele sentisse uma dor aguda na cabeça que o fez esquecer a experiência por completo. 

O relato de Schirmer chamou a atenção, sobretudo porque certos aspectos de sua lembrança puderam ser corroborados por exames realizados posteriormente. Médicos atestaram que haviam sinais inequívocos de que o policial havia sido submetido a procedimentos similares a cirurgias sem que no entanto houvesse cortes e cicatrizes na sua pele. Atestaram ainda que pequenas partes de alguns órgãos; pulmão, fígado e rins haviam sido discretamente cortados para remoção de material. Também se descobriu que Schirmer havia recebido uma dosagem de raios X equivalente a 15 radiografias. Mais estranho ainda, exames médicos encontraram em seu corpo estranhos objetos de plástico e cristal que pareciam ter sido inseridos sem que houvesse sinais de como eles foram parar lá. Um total de 32 pequenos objetos - os menores do tamanho de grãos de arroz e os maiores do tamanho de uma unha foram removidos de seu corpo, sendo que o propósito deles, jamais foi explicado.

O caso de Herbert Schirmer é considerado um dos mais estranhos e inexplicáveis, envolvendo experimentos científicos supostamente realizados por seres extraterrestres em humanos. 


Outro caso bastante estranho envolvendo o contato de policiais com algo inexplicável ocorreu no ano de 2001 em El Pedroso, Califórnia. Na ocasião, dois policiais locais, R. Martin e C. Acuña, que faziam uma patrulha por uma região florestal se depararam com uma visão absurda. 

Ao fazer uma curva na estrada, eles se viram frente a frente com uma grande forma escura que flutuava no ar a cerca de 2 metros, sem fazer barulho ou se mover. Ela media pelo menos quatro metros de comprimento e parecia, segundo a descrição dos policiais, uma grande arraia. A criatura estava estática, mas quando os policiais pararam o carro de patrulha e usaram a lanterna para ver melhor, ela reagiu imediatamente.

A coisa avançou contra eles, flutuando no ar rapidamente se chocando contra o vidro do painel dianteiro produzindo um baque seco que fez o carro inteiro chacoalhar. Em seguida, ela escorreu sobre o veículo deixando marcas no teto, na lateral e quebrando a sirene no topo da viatura. Martin conta que eles aceleraram o automóvel para escapar da criatura que os perseguiu pela estrada em alta velocidade por quase um quilômetro. Ela chegou a alcançar o veículo pelo menos duas vezes, tentando tirá-los da pista. Acuña conseguiu manter o sangue frio e dirigir, escapando de seu misterioso perseguidor que frustrado soltou um urro alto e voou para dentro da floresta onde desapareceu.  


O mais estranho é que a bizarra criatura voadora foi vista em pelo menos outras cinco ocasiões por pessoas que garantiram se tratar de um tipo de monstro desconhecido. Há estranhas histórias na região de El Pedroso sobre animais desaparecendo e carcaças esmagadas e drenadas de sangue surgindo nos campos. Aqueles que acreditam na história afirmam que a estranha criatura seria algum tipo de ser alienígena, uma entidade extradimensional ou quem sabe um animal desconhecido que de alguma forma se manifestou naquela área.  

Em 1997, um repórter de jornal chamado Sonny Scwratz escreveu uma incrível reportagem sobre a experiência de um ex-policial chamado Frank Ingargiola, ocorrida três anos antes. Na época, o patrulheiro estava trabalhando no Departamento Rodoviário de Nova Jersey, quando testemunhou algo que mudou sua vida dali para frente.

Ingargiola estava se deslocando para um local onde havia ocorrido um acidente quando atravessou um trecho de nevoeiro denso. O nevoeiro surgiu do nada e imediatamente envolveu a viatura tornando extremamente difícil seguir adiante por falta de visibilidade. O oficial tentou contato com a chefatura, mas seu rádio apenas ecoava estática. Temendo por um acidente ele parou a viatura e resolveu aguardar por alguns instantes até o estranho fenômeno cessar. Entretanto, a situação apenas se agravou, fazendo com que a visibilidade que já era ruim chegasse a um ponto em que ele não era capaz de discernir absolutamente nada.

Poucos instantes depois, o policial alegou ter ouvido um ruído bizarro vindo do lado de fora, como um trotar pesado seguido de um sopro vigoroso que ele não conseguiu discernir. O carro foi então abalroado por uma forma grande e muito forte que lembrava um enorme alce. Mais duas investidas do estranho animal atingiram a lateral do veículo, arranhando a lataria, rachando vidros e deixando enormes amassados. Prevendo que se ficasse ali, havia um risco contra sua vida, o oficial ligou o carro e mesmo sem ver uma palmo da estrada à sua frente, acelerou através do nevoeiro cinzento.

Ingargiola saiu da pista repetidas vezes e quase destruiu a viatura em sua fuga desabalada. À todo momento ele ouvia o estranho sopro e o som das patas titânicas do animal que empreendia perseguição e vinha em sua direção com o objetivo inequívoco de matá-lo. O policial não foi capaz de descrever como era o animal titânico, mas contou que ele tinha olhos avermelhados que brilhavam em meio ao nevoeiro e enormes chifres. Após momentos dramáticos tentando escapar, a nuvem começou a se dissipar e o condutor foi capaz de ver a estrada novamente, momento em que a fera parece ter abandonado sua caçada.


Embora a história relatada pelo oficial fosse fantástica, ele tinha o automóvel e as estranhas marcas deixadas neste para corroborar o que havia acontecido. Especialistas chamados para analisar os danos não foram capazes de explicar o que poderia ter causado aquele tipo de avaria condizente com o ataque de um animal selvagem de grande porte. Ingargiola sustentou que o caso havia acontecido exatamente como ele relatou, mas sua narrativa não pode ser comprovada.

Na matéria pesquisada por Sonny Swartz, duas testemunhas afirmaram ter sido envolvidos pela mesma névoa densa que cobriu uma parte da estrada naquela mesma noite. Embora nenhuma das testemunhas tenha visto a criatura bizarra descrita pelo policial, ambos motoristas disseram ter ouvido estranhos sons vindo do interior da nuvem cinzenta e os ruídos de um automóvel em alta velocidade fora da pista. O caso foi apreciado por vários especialistas em criptozoologia que consideraram o incidente do oficial Ingargiola como um dos mais notáveis exemplos de encontro com entidade de natureza desconhecida.

Há outro relato bizarro de um policial da Pensilvânia, obtido em setembro de 1989 que se tornou notável. O policial Neil Collins vinha dirigindo por uma estrada deserta em um local arborizado que atravessa a seção sudoeste do condado de Westmoreland, quando teve um incidente bastante estranho. Ao rodar por esse lugar remoto, ele relatou ter atropelado uma criatura que saiu do acostamento e praticamente se atirou diante de seu automóvel de forma tão inesperada que ele não teve tempo de frear.

Collins freou sua viatura metros adiante, acreditando ter atingido um gamo ou outro animal selvagem de médio porte. Ele desceu do veículo carregando uma lanterna e à medida que o oficial se aproximou percebeu que a coisa diante dele não era nada que ele já tivesse visto antes ou depois daquela ocasião. Nas palavras dele "era grande como um homem adulto, tinha pelos castanhos avermelhados por todo corpo, não usava roupas e era mais fera do que homem". A coisa estava caída ao lado do acostamento, claramente ferida pelo atropelamento. Quando o policial tentou se aproximar, a criatura abriu os olhos e rosnou fazendo com que ele desse um salto para trás e apanhasse sua arma. A criatura se levantou confusa e tentou parar de pé, mas estava claramente abalada. 

Ela reagiu então como um animal acusado e soltou um rosnado feroz avançando contra o policial. O oficial disparou várias vezes e segundo ele os tiros acertaram a criatura que ainda conseguiu correr para o mato e desaparecer em meio a vegetação fechada.


Collins retornou apressado para sua viatura e pediu apoio imediato. Em poucos minutos outras quatro viaturas chegaram ao local e uma busca foi organizada para buscar o estranho animal, mas a essa altura ele já havia escapado. Os rumores sobre o caso mencionam que estranhas pegadas foram encontradas na cena e que manchas de sangue foram fotografadas pelos policiais. Nos dias que se seguiram, testemunhas relataram ter visto uma estranha figura grande e cabeluda vagando pelos arredores da reserva florestal, gritando e avançando contra aqueles que chegavam perto para tentar ver melhor do que se tratava. Alguns dias depois uma verdadeira caçada foi realizada para tentar capturar ou encontrar a criatura, apelidada de o "Pé Grande de Westmoreland".

Embora estranhos rastros e pegadas tenham sido encontradas, além de tufos de cabelo castanho avermelhado presos na vegetação, a criatura parece ter conseguido escapar. O policial Collins contou o incidente inúmeras vezes e deu entrevistas sobre sua estranha experiência jurando que tudo havia acontecido exatamente como ele descreveu.  

Outro relato muito conhecido sobre uma criatura análoga ao lendário Pé Grande foi feito por um policial que causou grande repercussão em sua época. Tudo ocorreu em agosto de 1996, na área rural de Whitehall, Nova York. Certo dia, o oficial Bryan Gosselin estava dirigindo nos arredores da cidade ao longo de um trecho solitário chamado Abair Road quando viu uma enorme criatura peluda, parecida com um homem, com olhos vermelhos, saindo da floresta cerca de 9 metros à sua frente. Gosselin o descreveria como um gigante medindo algo entre 2,10 ou 2,5 metros de altura e pesando pelo menos 200 quilos. Ele ficou tão alarmado com o que estava vendo que saiu de seu carro patrulha para apontar seu holofote e arma de fogo para a criatura. A estranha fera, capturada pelo foco do holofote, emitiu um grito sobrenatural antes de correr para a mata fechada deixando para trás pegadas gigantescas em um campo próximo. Nos dias seguintes, outros oficiais aparentemente viram a criatura. Gosselin acabaria escrevendo sobre sua experiência surreal em seu livro de 2004, "O Encontro de Abair Road".

Mas este não seria o único caso de estranheza em Whitehall, já que em fevereiro de 1982 outro policial da região chamado Dan Gordon e seu parceiro tiveram seu próprio encontro com uma criatura bizarra. Os dois estavam de plantão patrulhando ao longo da Rota 22, a 800 metros de East Bay, na base do Lago Champlain, quando uma criatura simiesca de 2,5 metros de altura atravessou a estrada correndo para subir um barranco íngreme e então desaparecer. A criatura foi descrita como sendo um pouco diferente de um Pé Grande típico, pois era esguio e tinha ombros estreitos em vez de músculos salientes. Outro detalhe é que ele andava curvado, tinha braços extremamente longos, finos e desengonçados, ainda que fosse notavelmente rápido e ágil. Gordon supostamente saiu do carro para tentar perseguir a criatura enquanto o outro policial ficou congelado no carro, mas a fera já havia desaparecido. 

Os dois manteriam sua experiência em segredo por anos, só tornando-a pública em 2003, após o que Gordon foi entrevistado extensivamente o ocorrido em programas de TV, incluindo Monsterquest e Mysterious Encounters. Gordon foi descrito como um homem incrivelmente honesto e confiável e insistiu na veracidade do que viu até sua morte em 2014.


Embora estes sejam os relatos que talvez tenham sido mais cobertos nas notícias e discutidos por criptozoologistas, na verdade existem muitos outros relatos desse tipo feitos sob juramento por policiais treinados e com excelente ficha de serviço, pessoas que aparentemente não teriam razões para inventar histórias que, na maioria das vezes acabam sendo prejudiciais às suas próprias carreiras. 

Dos arquivos da Supernatural Research Organization vem um relatório de 1975, em Jefferson Parish, Louisiana. Na primavera daquele ano, dois policiais foram chamados a uma casa na cidade de Marrero, aproximadamente às 21h, após a denúncia de um ladrão de casa aterrorizado. Os policiais chegaram ao local e interrogaram a proprietária da casa, e em seguida fizeram uma varredura perimetral da área, chegando a chamar uma unidade K-9. Assim que o cachorro chegou, aparentemente ficou enlouquecido, agitado e aparentemente com medo de alguma coisa nas cercanias. Os policiais circularam pela casa escura com armas em punho, convencidos de que havia um invasor à espreita na propriedade, mas o que viram estava além de tudo o que qualquer um deles esperava.

Ao contornarem a casa, aparentemente toparam com uma forma escura encolhida na lateral do prédio como se estivesse se escondendo, mas era enorme e, quando se moveu, puderam ver que não era humano em suas enormes proporções. A criatura foi relatada pelos policiais como tendo pelo menos 2,5 metros de altura, muito larga e dando longos passos até a rua, onde passou sob um poste de luz, e puderam ver que estava coberta de pelos castanhos escuros. Aparentemente, eles deram uma boa olhada nele, após o que ele fugiu em direção a uma área pantanosa e arborizada perto de um canal onde desapareceu. Quando entrevistado pelo investigador do SRO, a testemunha relatou:

"O incidente foi reportado oficialmente no sistema de registros da jurisdição. Lembro que não enfatizamos o “sujeito” além de descrevê-lo como “muito alto, de cor escura, sem descrição específica de qualquer roupa, etc”. Porque não estava vestido, e como já disse, naquela época eu não tinha ideia do que estava vendo. Nossos superiores sabiam de nós o que havíamos visto e acharam melhor desconsiderar a história. Lidamos com muitos incidentes inexplicáveis naquela época, assim como as agências policiais o fazem hoje em dia. O público não sabe de tudo. Não deve saber por uma questão de tranquilidade civil pois se soubesse haveria o caos".


Nos arquivos da SRO há um relato muito estranho ocorrido na cidade de Amarillo, Texas, que supostamente teve lugar no Verão de 2009. Ele começava com o telefonema de uma mulher pedindo ajuda para o Departamento de Polícia, alegando que tinha diante de si uma situação que não sabia como resolver. A pessoa pedia que policiais fossem enviados até seu endereço e salientava que "era melhor trazerem armas pesadas". Uma vez que a mulher misturava palavras em inglês e espanhol, os atendentes ficaram confusos diante de sua narrativa, mas ela parecia claramente preocupada.

Os patrulheiros C. Clark e D. Bellows estavam nas imediações e foram contatados por rádio para seguir o mais rápido possível até o lugar em questão. Era uma propriedade isolada em uma vizinhança tranquila na borda do deserto. Ao chegar, os policiais foram interpelados por várias pessoas da mesma família e alguns vizinhos que pareciam transtornados com algo que havia acontecido nos fundos da propriedade. Os policiais foram apresentados a um senhor chamado Nestor Cerapes, o chefe da família, que contou uma estranha historia: segundo ele, tudo começou quando a avó dele, que também residia na propriedade, descobriu uma toca de coiote perto de casa. Quando ela levou Cerepes até lá, no dia seguinte, encontraram os coiotes adultos mortos e os filhotes desaparecidos. Quando as carcaças dos coiotes foram examinadas, parecia que tinham sido dilaceradas por algo muito grande com garras formidáveis, e isso, compreensivelmente, deixou todos cautelosos quanto a possível presença de um predador na região.

Na noite seguinte, a avó teve uma premonição e um intenso mau pressentimento que a compelia a se afastar imediatamente do lugar. Enquanto estava discutindo com Nestor e o restante da família o que fazer, uma das crianças soltou um grito de alerta apontando para o quintal. Nestor se armou com uma pistola e foi averiguar. Deu de cara com uma criatura bizarra; humanoide mas que andava de quatro, coberta com uma pelagem castanha escura, longa cauda e olhos vermelhos injetados. A coisa avançou contra Cerapes que disparou à queima roupa. Ferida a criatura se refugiou em um galpão nos fundos da propriedade, onde estava escondida desde então.

Os policiais pareciam céticos, sobretudo depois que a avó advertiu que se tratava do lendário Chupacabra. Mesmo assim, eles concordaram em vasculhar o galpão em busca de um invasor. Os policiais nem precisaram procurar muito, assim que entraram, foram atacados por algo bizarro que foi descrito como um animal grande, que avançou contra eles tentando morder e arranhar. Os policiais, que reconheceram ter levado o maior susto de suas vidas, atiraram contra a criatura e a feriram mortalmente. Nas palavras de um deles, era "uma das coisas mais estranhas que ele já havia visto", parecia "um animal selvagem, mas ao mesmo tempo tinha as características um homem". A coisa tinha garras afiadas e presas agudas como uma fera, o corpo atarracado e musculoso tinha tufos de pelagem áspera marrom, mas outras partes eram lisas, tinha uma cauda fina como de um rato e um focinho pronunciado. Ele era rápido e fazia um ruído de rosnado sempre que avançava. Os policiais o alvejaram e ainda assim ele tentava se mover. O policial Clark recebeu arranhões no braço e no peito.

Enquanto Bellows contatava seus colegas pelo rádio relatando o que havia acontecido Clark recebia primeiros socorros. No período que ficaram longe, a avó ordenou aos demais membros da família que destruíssem o Chupacabras que ainda estava agonizando. Eles jogaram gasolina em cima da carcaça e riscaram um fósforo, o que fez a criatura se levantar e tentar uma vez mais fugir. Ela não foi muito longe uma vez que os donos da casa e vizinhos a cercaram e golpearam com paus, pedras e qualquer coisa que pudessem usar como arma.


Quando os reforços chegaram encontraram a carcaça totalmente carbonizada e os civis relatando como haviam matado o Chupacabra. O relato dos policiais se tornou motivo de debate, já que eles refutaram a versão do biólogo que analisou os restos e apontou pertencer a um lobo de grande porte. Nenhuma das pessoas que viu a criatura viva e andando concordou com a afirmação - para eles, era o Chupacabras. Clark e Bellows, que crivaram o monstro de chumbo, concordavam que era algo diferente e que eles jamais poderiam confundir aquilo com um lobo, embora não soubessem dizer o que era.

A história ganhou os jornais e a televisão enviou equipes para cobrir o incidente que ficou conhecido como "Chupacabra de Amarillo". Depois do ocorrido, várias testemunhas fizeram um retrato falado da criatura que foi tratada como um legítimo criptídeo. As análises dos restos renderam resultados conflitantes com especialistas atestando se tratar de um lobo, enquanto outros, afirmaram ser algo muito estranho e difícil de categorizar. 

Outro caso muito estranho diz respeito a um ser escondido em túneis subterrâneos úmidos, que se tornou uma espécie de lenda urbana na Carolina do Sul. Os túneis de serviço que se espalham sob a Universidade da Carolina do Sul datam de 1800, e há muito se diz serem o refúgio de algo menos que humano. Os avistamentos de algo bizarro escondido lá começaram em novembro de 1949, quando um estudante da universidade chamado Christopher Nichols caminhava em frente ao Longstreet Theatre uma noite e foi surpreendido por uma figura humanóide, nua e estranha que atravessou a rua, abriu uma tampa de bueiro e desapareceu nos túneis abaixo. Quando a notícia chegou ao jornal da escola, eles apelidaram a criatura de "Homem do Esgoto". Mas aquele não seria o último avistamento do que quer que fosse a criatura.

Em abril de 1950, um policial estava na área quando teve um encontro bastante assustador com a mesma criatura. Enquanto fazia sua patrulha na mesma vizinhança, o policial J. Halsey se deparou com uma pilha do que pareciam ser restos descartados de galinhas mortas, ainda ensanguentadas, que haviam sido atacadas e mutiladas por algum animal. Enquanto ele passava sua lanterna sobre a cena, o feixe avistou uma figura nua, com a pele cinzenta e aspecto grotesco. O mais aterrador eram os dentes afiados e a boca coberta de sangue. A criatura supostamente fez uma careta para o policial, rosnou e correu para o sistema de túneis mais abaixo, deixando para trás seu macabro esconderijo com as aves mutiladas.


O estranho habitante dos túneis ganharia a sugestiva alcunha de "Carniçal dos Túneis", e os avistamentos continuariam nas décadas de 1960 e 70, com um relatório particularmente angustiante descrevendo a coisa atacando o grupo de uma fraternidade universitária com um cano de chumbo e intenção homicida. Diante de todos os relatos, a polícia advertiu sobre a possibilidade de haver algum psicopata possivelmente perturbado rondando a área. Os túneis foram minuciosamente revistados, mas nenhum vestígio foi encontrado. Para ficarem seguros, os túneis foram em sua maioria lacrados e isolados do mundo exterior, ainda assim, haveria mais avistamentos do Carniçal. Considerando que há muito pouco para verificar, existe a possibilidade de que tudo não passe de uma lenda urbana.

Talvez o mais estranho de todos encontros de policiais com o inexplicável seja um incidente envolvendo um tipo de gosma disforme que foi abordado no livro “Strange World”, de Frank Edwards. O caso teve lugar na Filadélfia, Pensilvânia, em setembro de 1959. Além de ser notável por ter sido vivenciado por um total de quatro policiais veteranos, o caso é infame pelos detalhes. As primeiras testemunhas, os policiais Joe Keenan e John Cummings, estavam patrulhando uma noite quando, ao dobrarem uma esquina em uma rua tranquila, se depararam com a visão peculiar de algum tipo de massa globular que brilhava sob seus faróis e parecia estar se deslocando na direção a um campo próximo. Os policiais perplexos pararam o carro patrulha e foram investigar, encontrando uma grande massa do que parecia ser uma substância gelatinosa roxa com cerca de 4 metro de diâmetro e 30 centímetros de espessura, que pulsava, tremia, vibrava e oscilava sob suas lanternas. Também rescendia com um fedor medonho de esgoto e corrupção.

Estranhamente foi relatado que a coisa emitia uma espécie de brilho fosforescente quando as lanternas eram desligadas, como se fosse bioluminescente. Considerando seus movimentos deliberados, os policiais tiveram a impressão de que se tratava de algum tipo de coisa viva, embora não tivessem ideia do que poderia ser. À medida que a massa globular escorria, os dois oficiais perplexos pediram reforços, que chegaram na forma dos oficiais James Cooper e do sargento Joe Cook, que também testemunharam a visão sobrenatural.


Em algum momento, os quatro decidiram tentar agarrar a coisa, algo tanto desaconselhável considerando que não sabiam nada sobre o que estavam lidando. Mesmo assim, eles supostamente cercaram a coisa e começaram a levantá-la. Para sua surpresa, em vez de ser sólida, a coisa parecia se dissolver em suas mãos quando a tocavam, deixando para trás glóbulos de uma espécie de espuma fedorenta. Não está claro se o toque deles teve algum efeito negativo mas foi então que toda a bizarra bolha roxa começou a evaporar diante de seus olhos até que não restasse nada além de uma marca úmida no chão. Infelizmente, eles não pensaram ou não tiveram coragem de tirar uma amostra da coisa em nenhum momento, então ficamos apenas com esta história muito bizarra.

Existem vários relatos de coisas estranhas e incidentes paranormais acontecendo com policiais e essa foi apenas uma seleção de alguns deles. O que diabos seriam esses incidentes? Existe alguma verdade nesses relatos ou esses policiais são tão propensos a ficar assustados e a contar histórias fantásticas quanto qualquer pessoa? Independentemente de um ou mais destes casos terem realmente acontecido ou não, eles são certamente assustadores e, se forem verdadeiros, mostram que, além de protegerem os cidadãos de ladrões, assassinos e outros perigos mundanos, agentes da lei e da ordem podem também ter de lidar com forças desconhecidas.

2 comentários:

  1. Assim que vi o título da matéria eu lembrei dos relatos sobre a criatura/gosma, conhecida por inspirar o filme A Bolha Assassina.

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  2. Seria uma base interessante para fazer um Hard Boiled lovecraftiano

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