domingo, 7 de abril de 2019

Uma Rajada de Balas - A vida sangrenta de Bonnie e Clyde


Foi durante a Grande Depressão, um período de caos na economia, que a atenção da América se viu direcionada para um casal de criminosos. Os dois eram jovens, eram impulsivos, nada parecia detê-los e as pessoas torciam por eles - a despeito deles matarem e roubarem.

Tratados como uma dupla de modernos Robin Hoods, "roubando dos bancos e nunca das pessoas", Bonnie Parker e Clyde Barrow protagonizaram uma onda de crimes que durou dois anos (de 1932 a 1934), na qual despistaram todas as tentativas de captura, dirigindo em alta velocidade e quando necessário, abrido caminho a bala. A atitude geral das pessoas no período era contrária ao governo. A vida era dura e as dificuldades se multiplicavam, nesse panorama, não era totalmente estranho que aqueles que desafiavam as autoridades fossem vistos como heróis populares. Se Bonnie  e Clyde estavam contra os bancos, eles deveriam estar à favor das pessoas mais simples. E os dois bandidos usaram isso à seu favor. Com a imagem de rebeldes, ao invés de assassinos, o casal capturou a imaginação da nação e tornou seus nomes conhecidos mundialmente.

 Mas quem foram Bonnie e Clyde?

Onde começa a história e onde termina a lenda? Como essa dupla de ladrões se tornou em um momento mais famosa do que astros de cinema, esportistas e políticos? E por que eles foram tão importantes para o período em que viveram?

De certa maneira, é fácil romantizar Bonnie e Clyde. Eles eram jovens apaixonados que ganharam as estradas americanas, fugindo dos homens da lei que haviam sido enviados para capturá-los "vivos ou mortos". A notável capacidade de Clyde de escapar de perseguições e emboscadas chegou a lhe valer o apelido de "super-homem", dotado de um sexto-sentido capaz de avisá-lo da presença de agentes da lei. Enquanto isso, Bonnie era retratada pela mídia como uma mulher moderna: inteligente, não se contentava em ficar no segundo plano. Ela decidia os alvos a serem atacados, planejava as ações e empunhava uma metralhadora tão bem quanto seu amante. Os dois eram uma novidade no marasmo de conformismo. Aos olhos do povo, constituíam uma força que se erguia contra a situação vigente. "Se a população tivesse a coragem de ser como Bonnie e Clyde, as coisas não chegariam ao ponto que chegaram", diziam alguns. Por tudo isso, a dupla não ganhou apenas a admiração, mas o coração das pessoas.

Os dois gostavam de tirar fotos com seu arsenal e ao lado dos carros.
Embora Bonnie e Clyde tivessem matado policiais, eles eram igualmente famosos por sequestrar homens da lei, mantê-los como reféns e depois, libertá-los sãos e salvos, centenas de milhas de distância. As declarações de policiais liberados dessa forma serviram para construir a imagem de que eles se divertiam à valer e que pareciam estar vivendo um tipo de aventura. Eram bandidos simpáticos.

Mas como acontece na maioria das vezes, a  verdade a respeito de Bonnie e Clyde era bem diferente da que as pessoas idealizaram e que os jornais ajudaram a perpetuar. O casal foi responsável por nada menos do que 13 assassinatos, algumas vezes de inocentes, alvejados durante os assaltos planejados por Clyde. A dupla também costumava roubar automóveis - Clyde amava carros velozes e chegou a enviar uma carta a Henry Ford elogiando seu modelo v8. Trocavam constantemente de veículo e roubavam de pessoas comuns que tinham o azar de cruzar com eles. Também atacaram muitas lojas de conveniência, armazéns e postos de gasolina, e não apenas bancos como muitos acreditavam.

Embora a história lembre deles como "ladrões de bancos", a dupla jamais conseguiu realizar um grande assalto. Os bancos sabiam do risco que corriam e por isso, evitavam deixar nas agências grande quantidade de dinheiro. Quando o faziam, costumavam usar cofres fortes e contratar seguranças armados. Em determinado momento, roubar bancos se tornou arriscado demais e a dupla abandonou esses planos, dedicando-se a atacar lugares menos protegidos. Além disso, os trabalhos em bancos obtinham dinheiro apenas suficiente para promover suas escapadas, mas nunca para garantir a eles um padrão de vida acima da média. A maioria das coisas que eles possuíam provinha de roubos menores ou da boa vontade de seus fãs que ofereciam presentes.

É fato que o casal despertava a curiosidade e atraia os olhares de todos.

Fotos como essa ajudaram a criar o mito do Casal apaixonado
Bonnie Parker nasceu em outubro de 1910, em Rowena, Texas. A família vivia confortavelmente com o salário de pedreiro do pai, até este morrer inesperadamente em 1914. A mãe de Bonnie, Emma teve então que se mudar com os filhos para uma pequena cidade nos arrebaldes do Texas, chamada Cement City (que agora faz parte de Dallas).

De acordo com a maioria das pessoas, Bonnie era uma jovem cativante. Apesar de pequena, medindo menos de um metro e meio e pesando 45 quilos, ela era esperta e atenta a tudo. Ela havia se saído bem na escola, escrevia poemas e ganhava prêmios. Todos a consideravam amável e gentil. Ela se casou aos 16 anos com Roy Thorton, um bandido de quinta categoria. A união não foi feliz, o casal vivia às turras e quando Roy foi preso em 1927, ela decidiu voltar para a casa da mãe.

Foi o tédio que a catapultou para a vida de crime. Bonnie trabalhou como garçonete e atendente de posto, a Grande Depressão em 1929 atingiu a todos e a família Parker não foi exceção. Bonnie sonhava em ser famosa, ter coisas bonitas e conhecer o mundo. Foi graças a Clyde Barrow que ela conseguiu cumprir, ao menos em parte, algumas dessas ambições.

Clyde nasceu em Telico, Texas em 1909, o sexto filho de uma família de oito. Seus pais eram fazendeiros que perderam suas terras e tinham de trabalhar como contratados na lavoura alheia. Bem jovem, Clyde teve que pegar na enxada e suar nos campos, lado a lado com seus irmãos. Sonhava em ser músico, mas não tinha tempo para praticar.

Quando tinha 12 anos, a família se mudou para o oeste de Dallas, onde o pai, Henry abriu um posto de gasolina. Lá Clyde aprendeu a respeito de automóveis e aos 15 já entendia de motores e reparos automotivos, conhecimento que seria muito útil nos anos por vir. Ele e seu irmão mais velho, Marvin "Buck" Barrow, estavam sempre metidos em confusão e haviam sido presos por roubar carros e por delitos menores. Assim como Bonnie, ele vivia em meio a poucas perspectivas e desejava mais para sua vida do que aquilo.

O Casal Bonnie & Clyde em um momento de tranquilidade
Em janeiro de 1930, Bonnie e Clyde se conheceram na casa de um amigo em comum. A atração entre os dois foi imediata e eles começaram a namorar. Poucas semanas depois, Clyde foi preso e sentenciado a dois anos de prisão por roubo. Bonnie ficou devastada. Em março do mesmo ano, Clyde conseguiu escapar da cadeia, usando um revólver entregue por sua namorada em uma visita. Uma semana depois, ele foi capturado novamente e sentenciado a mais 14 anos de cadeia na brutal Prisão Agrícola de Weldon, no Texas.

A vida em Weldon era difícil e o trabalho duro o mantinha ocupado. Desesperado, ele decidiu fingir um acidente no qual cortou dois dedos com uma machadinha para assim receber transferência. Ao invés disso, acabou recebendo um benefício inesperado e sendo liberado mais cedo, no início de 1932. Clyde disse que jamais voltaria à prisão e que preferia morrer a passar um dia que fosse naquele inferno.      

A maneira mais fácil de se manter fora da cadeia era procurar um emprego e se manter "honesto". Ele também descobriu que Bonnie havia esperado por ele, e que estava ansiosa para encontrá-lo. Infelizmente, a Grande Depressão, tornava quase impossível a tarefa de se manter na linha e Clyde não se contentava em lavar pratos ou limpar quintais, ele queria mais. Não demorou para que ele voltasse a roubar e furtar. 

Um de seus primeiros assaltos foi a um mercado local. Bonnie participou da ação, ela deveria dirigir o carro de fuga, mas acabou sendo capturada por um transeunte que percebeu o roubo. Ela foi mandada para a prisão de Kaufman de onde foi liberada mais tarde por não existir provas que comprovassem sua participação no assalto. Enquanto Bonnie estava na prisão, Clyde e Raymond Hamilton realizaram outro assalto em abril. Era para ser um ataque rápido a uma loja de conveniência, mas algo deu errado e eles acabaram baleando mortalmente o gerente.

Bonnie acabara de deixar a prisão quando Clyde a procurou em um automóvel que acabara de roubar. Ele a convidou para fugirem juntos e começar a vida em outro lugar, onde ele não era procurado por homicídio. Clyde não prometeu que abandonaria a vida de crimes, pelo contrário, disse que tinha grandes planos e que precisava dela ao seu lado para realizá-los. Ela não precisou pensar muito... Bonnie subiu no carro e Clyde acelerou estrada à fora.

O armamento de Clyde que gostava da BAR
Os dois anos que se seguiram foram de ação e excitação, e claro, crime. Bonnie e Clyde dirigiram seus carros pelas estradas e cometeram assaltos em cinco estados: Texas, Oklahoma, Missouri, Louisiana, e Novo Mexico. Eles costumavam ficar próximos das fronteiras estaduais para conseguir escapar de seus perseguidores, usando o fato de que a polícia não tinha jurisdição além de seus limites territoriais. Para ajudá-los a evitar a captura, Clyde trocava frequentemente de automóveis ou alterava as placas quase que diariamente. Clyde também estudava os mapas e conhecia com a palma da mão cada estrada, sabendo ainda a localização de atalhos e esconderijos onde poderiam ficar ocultos. Isso ajudou a quadrilha a se esvair rapidamente a maioria das vezes em que cruzavam com a lei. 


O que a polícia ainda não havia percebido é que Bonnie e Clyde costumavam fazer sempre o memso trajeto, o que os levava frequentemente de volta ao Texas, onde eles visitavam seus parentes. Bonnie tinha um relacionamento muito próximo com a mãe, que insistia que a filha passasse ao menos alguns meses na companhia dela, não importando o quanto isso poderia ser perigoso. Clyde também aproveitava para visitar a mãe e sua irmã favorita. Essas visitas por pouco não custarama  vida deles em mais de uma ocasião.

 Bonnie e Clyde já estavam na estrada há pelo menos um ano quando o irmão mais velho dele, Buck foi solto da prisão de Huntsville em março de 1933. Embora o casal estivesse sendo caçado por várias agências do governo (uma vez que seus crimes incluíam assassinatos, assalto a bancos, roubo de carros, lojas e postos de gasolina), eles decidiram alugar um apartamento em Joplin, Missouri para ter uma reunião com Buck e sua esposa, Blanche. Lá eles decidiram formar uma quadrilha, chamada Barrow Gang, na companhia de W.D. Jones, outro notório assaltante de bancos.

Após duas semanas tranquilas, Clyde percebeu carros de polícia vigiando a área. Ele foi investigar e acabou sendo reconhecido pelos patrulheiros que lhe deram voz de prisão. Um tiroteio então teve início. Tendo matado um policial e ferido outro, Clyde conseguiu chegar até a garagem onde subiu no carro. Ele resgatou os demais na casa e escapou para a estrada sendo perseguido, mas seu talento na direção continuava inigualável e ele se desgarrou dos policiais. 

Embora não tenham conseguido capturar Bonnie e Clyde naquele dia, a polícia encontrou vários objetos pessoais e informações a respeito da quadrilha. O mais notório dos prêmios foi um filme de fotografias não reveladas que mostravam o casal em várias poses portando suas armas. Também no apartamento encontraram um caderno de poesias escritas por Bonnie. Esses objetos acabaram sendo divulgados para jornalistas que publicaram o material nos principais jornais do país. Esse foi o passaporte para que o casal ganhasse fama e se tornasse extremamente popular.

Cartaz de "Procurados"
Bonnie e Clyde continuaram dirigindo, trocando de carros e tentando se manter um passo à frente da polícia que já os havia declarado procurados vivos ou mortos. A Gangue Barrow realizou um ousado assalto a um depósito do exército e conseguiu um verdadeiro arsenal na forma de metralhadoras Thompson e BAR (Browning Auto-Rifle), escopetas e pistolas, além de muita munição e explosivos. 

Mas nem tudo era festa e em junho de 1933, a quadrilha se envolveu em um acidente próximo de Wellington, Texas. Enquanto dirigiam do Texas para Oklahoma, Clyde percebeu que a ponte que eles estavam cruzando estava passando por reparos. Ele tentou frear, mas o automóvel despencou do alto da ponte e mergulhou no rio. Embora Clyde e W.D. Jones tenham conseguido saltar do automóvel, Bonnie acabou ficando presa no veículo. Os comparsas não conseguiram ajudar Bonnie, ela escapou graças à ajuda de dois fazendeiros que pararam para ajudá-la. Bonnie sofreu ferimentos em decorrência do acidente que machucou a sua perna e a fez mancar dali em diante.

Na estrada, Bonnie não podia se dar ao luxo de procurar um hospital, por isso Clyde fez o possível para tratar do machucado. Ele chegou a sequestrar uma enfermeira para que fizesse curativos e pagou a ela 100 dólares como recompensa. Embora Bonnie tenha melhorado do ferimento, ela era obrigada a ingerir Láudano e outras substâncias para diminuir o desconforto.

Cerca de um mês após o acidente, o casal, além de Buck, Blanche e W.D. Jones se hospedaram em duas cabanas no Hotel Red Crown Tavern em Platte City, Missouri. Na noite de 19 de julho, a polícia foi avisada por locais e cercou a área para tentar uma captura. Dessa vez as autoridades estavam melhor preparadas, contando com armas automáticas e agentes federais. Por volta das 23 horas, policiais bateram a porta de uma das cabanas, e Blanche pediu um instante para atender a porta. Isso deu tempo para Clyde apanhar seu rifle automático BAR e começar a atirar. O tiroteio que se seguiu foi feroz, com mais de 500 balas disparadas em um minuto. Buck foi atingido de raspão na cabeça, mas a gangue conseguiu abrir caminho com uma barragem de disparos de metralhadora que obrigou os policiais a se proteger. Com a cobertura, os bandidos chegaram ao automóvel, mas antes Bonnie tratou de descarregar um tambor inteiro de sua Thompson nos carros oficiais, furando pneus e destruindo o motor deles, impossibilitando assim a perseguição.

Clyde dirigiu até o amanhecer e o grupo conseguiu chegar a Dexter, Iowa em uma jornada longa e cansativa. Eles pararam para descansar em uma área de recreação do Parque Dexfield. Sem que eles soubessem, a polícia seguia seu rastro e foi novamente avisada da presença da gangue por um fazendeiro que encontrou ataduras ensanguentadas.

A última emboscada
A polícia local entrou em contato com a Guarda Nacional, patrulheiros e cidadãos, totalizando um contingente de mais de uma centena de pessoas para tentar capturar o bando. Na manhã de 24 de julho de 1933, Bonnie percebeu movimentação na estrada e alertou seus companheiros de uma emboscada. O grupo abriu fogo com as metralhadoras mais uma vez e seu poder de fogo conseguiu repelir os policiais. Buck acabou sendo atingido várias vezes e dessa vez não conseguiu acompanhar os membros da Quadrilha. Clyde bateu em uma árvore e o grupo escapou a nado depois de pular num rio. 

Com a captura de Blanche e Buck, que morreu alguns dias depois em decorrência dos ferimentos, a gangue se dividiu. Clyde também havia sido ferido por pelo menos dois disparos e Bonnie recebeu alguns ferimentos de fragmentos de espingarda. O ataque por pouco não custou a vida dos criminosos e depois dele, era preciso arranjar um esconderijo para que pudessem se recuperar.

Mas em novembro de 1933, após passar cinco meses escondidos, a dupla voltou a assaltar. Eles estavam mais cuidadosos e temiam ser reconhecidos, por isso Clyde começou a usar uma peruca e Bonnie pintava ou amarrava os cabelos. Eles também evitavam dirigir durante o dia, mas ainda assim, acabavam reconhecidos e atraiam uma multidão de admiradores. No mesmo mês, W.D. Jones foi capturado e revelou à polícia a localização de esconderijos da gangue. Ele contou ainda que o casal mantinha contato regular com suas famílias e que combinavam encontros. Os federais usaram uma nova tecnologia que permitia ouvir e gravar as ligações telefônicas. 

Quando uma nova emboscada colocou a vida da mãe de Bonnie em risco, Clyde ficou furioso e jurou retaliar contra os homens da lei. Em janeiro de 1934, o casal atacou a Prisão Agrícola de Eastham, onde Clyde havia sido preso. Eles coordenaram uma fuga na qual um guarda foi morto e vários prisioneiros escaparam pulando no automóvel dos dois. Um destes prisioneiros era Henry Methvin que se juntou ao bando. A notícia da fuga ganhou manchetes sensacionalistas, assim como o assassinato de dois patrulheiros rodoviários que foram alvejados depois de perseguir o carro dirigido pela gangue.

Os homens que mataram os criminosos
A situação chegou a um ponto em que as autoridades concordaram que o reinado de Bonnie e Clyde deveria chegar ao fim. A Governadora do Texas, reincorporou os Texas Rangers, grupo que havia sido aposentado, para rastrear e matar o casal à qualquer custo. A missão dada era simples: Encontrar e matar, a captura, não era mais uma prioridade.

Os Rangers, chefiados por Frank Hamer, um famoso oficial da lei, reintegrado ao serviço, começaram a perseguir a quadrilha e por pouco não os apanharam em duas ocasiões. Eventualmente os homens da lei ficaram sabendo que o pai de Methvin vivia perto de uma área onde o casal havia sido visto. Eles entraram em contato com o sujeito e confirmaram que Bonnie e Clyde estavam na região e planejavam se esconder com ele nos próximos dias. Com isso prepararam uma armadilha para quando eles passassem pela estrada 154 entre Sailes e Gibsland na Louisiana. Os policiais confiscaram o caminhão de Methvin e fingiram que ele estava com problemas no pneu. O caminhão foi estrategicamente posicionado na estrada na expectativa de que Clyde encostasse para prestar ajuda. Um grupo de seis policiais se colocou atrás de uma barreira de vegetação com armamento pesado aguardando a chegada do casal.

Aproximadamente às 9 da manhã de 23 de maio de 1934, um Ford V-8 bege surgiu na estrada e se aproximou. Quando ele diminuiu a velocidade para ver o que acontecia, os policiais baixaram a barreira e abriram fogo sem aviso. Bonnie e Clyde não tiveram tempo de reagir! A polícia disparou mais de 130 projéteis no casal, matando os dois imediatamente. Quando os policiais se aproximaram para verificar, descobriram os cadáveres massacrados, cada um crivado por mais de 50 disparos.

O Ford V8 crivado de balas que pertenceu ao Casal de criminosos
O automóvel com os corpos de Bonnie Parker e Clyde Barrow foi rebocado de volta a Dallas onde ficou em exposição para o público. Os cadáveres foram levados para o necrotério local que atestou a identidade dos dois. Centenas de pessoas cercaram o carro, muitas delas incrédulas com a morte do casal que havia cativado a imaginação do público. Embora Bonnie tenha deixado uma carta pedindo para ser enterrada junto com seu amante, os dois acabaram sendo sepultados em cemitérios diferentes. Os enterros foram acompanhados por milhares de pessoas, em sua maioria fãs, que seguiram de perto a carreira dos bandidos do início ao fim. 

O fenômeno de Bonnie e Clyde foi um acontecimento curioso que viria a se repetir em outras ocasiões, com bandidos glamourizados e alçados a condição de celebridades pela mídia. Entretanto, nenhuma dupla de foras da lei conseguiu tanta repercussão e despertou tanto interesse do público. Ainda hoje, os dois inspiram filmes, séries de televisão e livros a respeito de suas façanhas.

"Clyde e Bonnie massacrados por balas de metralhadoras"

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