sábado, 24 de fevereiro de 2018

Natureza Assassina - Relatos sobre árvores capazes de matar



Nesse planeta verdejante e fértil, as árvores estão ao nosso redor, e para a maioria das pessoas elas não passam de parte da paisagem. Um mar verde tranquilizante no meio do qual nós vivemos. Em geral as pessoas não pensam muito a respeito de árvores, e elas não são tipicamente consideradas ameaçadoras, insidiosas ou mortais. Afinal, são "apenas" árvores, certo?

Ainda assim, ao longo da história existem narrativas de algumas árvores que desafiam esses conceitos, e se tornam objetos de pavor. Essas são as misteriosas árvores do mundo, que se recusam a ser meramente parte da paisagem, e que segundo as lendas, tem sede de sangue. Essas são as árvores que ameaçam pessoas e possuem a bizarra reputação de ser muito mais do que troncos, folhas e galhos... elas são assassinas sinistras.

Histórias de árvores homicidas podem ser encontradas no mundo inteiro e surgem de várias formas. Uma muito curiosa surgiu em 1885, quando uma expedição alemã à Nova Guiné, comandada pelo Tenente von Immer Gassende, integrada pelo famoso Dr. Kummel, encontrou uma estranha e até então, única, árvore na densa selva infestada de mosquitos daquele país. A expedição aportou na costa do Cabo Della Torre e seguiu se embrenhando numa selva pantanosa, repleta de tribos hostis e hordas de animais venenosos. Após uma fatigante jornada de 12 dias através de um território de vegetação quase impenetrável, atormentados por ataques de nativos, e incontáveis obstáculos naturais, eles conseguiram finalmente escalar uma elevação e acessar um platô, onde encontraram uma área aberta, bem mais fácil. Mas essa área aparentemente pacífica trazia seus próprios desafios. Para começar, as bússolas se comportavam de uma maneira que Gassende descreveu como "absurda".  Encontraram também estranhos esqueletos de animais espalhados pelas clareiras e a curiosa ausência dos sons típicos de uma selva.

Através de toda jornada, o Dr. Kummel incansavelmente procurava por novas espécies de animais e plantas, e ele teve sucesso em catalogar várias descobertas. Contudo, naquele lugar agradável que eles haviam chegado, não encontravam nada digno de nota. Entretanto, em determinado ponto de uma clareira ele se deparou com uma imensa árvore diferente de todas que ele havia visto até então na sua carreira de botânico. A área ao redor da árvore estava cercada por estranhas protuberâncias que pareciam brotar do solo formando um círculo. Era certamente uma descoberta surpreendente, sobretudo porque essas estruturas pareciam se formar a partir das raízes da árvore principal. Em um determinado momento, um dos homens fez um corte numa dessas protuberâncias com sua machete e foi então que as coisas ficaram realmente estranhas.     

O corte casual no galho revelou que a seiva era escura e viscosa em seu centro. Dr. Kummel, que nunca havia visto nada semelhante, se apressou para coletar uma amostra do espécime, mas antes de conseguir fazê-lo começou a gritar até que perdeu os sentidos. Quando outros membros da expedição correram para acudi-lo, o botânico relatou o que havia acontecido. Quando ele estendeu a mão para coletar a amostra, recebeu uma forte descarga elétrica. Um dos homens se mostrou cético diante da explicação, e também tentou tocar a planta, imeditamente ele experimentou um choque que o jogou no chão. Nesse momento, Gassende resolveu tentar uma experiência. Ele apanhou um fio de cobre e colocou uma extremidade de cada lado, o que gerou uma reação impressionante com faíscas que evidenciaram uma "poderosa corrente". Gassende escreveu em seu diário da expedição:

"Cada galho e graveto da árvore, apresentava uma corrente elétrica bastante forte. O mais grosso era o que apresentava a carga mais poderosa e medindo a potência logo ficou claro que uma corrente circulava através de todo o sistema. Como ele se manifesta, nenhum de nós foi capaz de determinar, mas sabemos que a descarga é forte o bastante para derrubar um homem adulto. Nós fizemos vários experimentos com a curiosa árvore, e a teríamos cortado em busca de mais respostas, mas tudo a respeito dela parecia extremamente perigoso. Nós encontramos outras árvores similares na floresta e descobrimos que ela não era o único espécime presente".


Infelizmente, pouco depois, a expedição foi forçada a retornar para sua base, quando Gassende e outros membros contraíram uma grave febre tropical. As investigações a respeito da árvore elétrica se encerraram nesse ponto. Os membros da expedição coletaram amostras das árvores, incluindo pedaços de sua madeira, da seiva, algumas sementes e folhas. Esse material, acabou se perdendo quando um dos barcos de carga que compunham a expedição naufragou. O Dr. Kummel mais tarde especulou sobre a possibilidade da árvore elétrica ser a responsável pela grande quantidade de ossadas de animais nas clareiras, uma vez que os potentes choques elétricos poderiam facilmente matar animais de médio porte que delas se aproximassem. Ele batizou a árvore com o nome Elassia elétrica. Considerando que não existia nada semelhante a essa espécie no mundo vegetal conhecido, tratava-se de uma incrível descoberta, que jamais pode ser corroborada.

Expedições posteriores que conseguiram chegar ao local quase uma década mais tarde não descobriram sinal das árvores elétricas, embora o platô tenha sido encontrado usando os mapas feitos por Gassende. Uma das expedições verificou que alguns anos antes, uma enorme enchente havia atingido o platô destruindo boa parte da vegetação que foi arrastada para o vale abaixo. Isso poderia explicara a ausência quase completa de árvores adultas nas cercanias. Vale a pena notar que a expedição posterior verificou a existência de muitas ossadas no terreno, sem que existisse uma explicação para a concentração elevada de animais mortos. Não se sabe se as Árvore elétricas da Nova Guiné, se é que existiam, foram responsáveis por matar os animais, mas sem dúvida descargas elétricas seriam um mecanismo de defesa impressionante. 

Na natureza, entretanto, existiria um outro exemplo de árvore capaz de caçar e matar suas presas. Escondida nas remotas selvas do sul do México acredita-se que existe uma espécie de árvore predatória conhecida vulgarmente como "Árvore Cobra". Essa misteriosa árvore cresceria até atingir seis metros de altura, desenvolvendo um tronco maciço e nodoso. A árvore não teria folhagem, e era segundo testemunhas cheia de galhos finos e flexíveis, semelhantes ao corpo de serpentes. Mais aterrorizante, os galhos se encolhiam e estendiam, como se tentassem agarrar e puxar, exatamente como répteis famintos. Quando um pássaro ou mamífero pequeno se aproximava da árvore, ela supostamente lançava um de seus galhos como um tentáculo para capturá-lo. Ainda supostamente, a árvore agarrava suas presas com o intuito de puxa-la para perto de suas raízes onde estas drenavam seu sangue e o usavam como nutriente. Ao redor do tronco da árvore, os restos de presas se empilhavam deixando um horrendo cartão de visitas.

Embora a árvore cobra aparentemente se alimentasse de pequenos animais, existe ao menos uma narrativa de tais plantas tentando atacar um ser humano. Em um relato datando de 1890, um botânico que estava no México catalogando novos espécimes encontrou uma árvore cobra, no exato momento em que ela agarrava um pássaro. O botânico, curioso com sua descoberta, se aproximou para ver melhor, quando sem aviso vários galhos se esticaram na sua direção tentando capturá-lo:

"Eu me aproximei o máximo possível para examinar a planta. Ela era baixa, não tinha mais do que quatro metros, mas ela cobria uma grande área. Seu tronco era grosso, cheio de nós e com um aspecto escamoso. No topo do tronco, a alguns metros do chão, seus galhos se curvavam e se lançavam no ar como se fossem dedos compridos que se moviam. Sua aparência era a de uma imensa tarântula aguardando pela sua presa. Eu toquei levemente um dos galhos e ele se moveu como que por instinto, tentando segurar com força".


Outra árvore agressiva teria sido encontrada na parte mais selvagem do estado do Arizona, nos Estados Unidos. Em 1894 foi feito o relato a respeito de uma árvore de espécie conífera, medindo pelo menos 7 metros de altura, com galhos finos e afiados como um porco-espinho. Quando em estado relaxado, os galhos se mantinham próximos do tronco, e ela espalhava no ar um cheiro agradável ao seu redor. Entretanto, quando alguém se aproximava os galhos imediatamente se expandiam e o odor agradável era substituído por um fedor ocre. Segundo as pessoas que diziam conhecer essa árvore, essa reação ocorria sempre que alguma coisa se aproximava da árvore, fosse um cão, um urso, coiote ou leão da montanha. Se um animal chegasse perto o bastante, a árvore fazia seu ataque e agarrava a presa com força. A medida que ela restringia seu movimento, mais galhos iam se juntando para paralisar o inimigo até esmagá-lo. Os galhos seriam tão resistentes quanto flexíveis, suportando golpes de lâmina e até armas de fogo. 

Um oficial do exército americano, o Coronel Brace Dion, escreveu a respeito da bizarra árvore:

"Entre as coisas estranhas que eu encontrei em meu período de serviço no Arizona, nada era mais esquisito do que uma árvore que agia com temperamento agressivo contra qualquer pessoa que dela se aproximava. Alguns habitantes de Houck Tank chama ela de Árvore porco-espinho, embora alguns se referem a ela como Árvore gambá, por causa do fedor que dela exala. Eu a chamo de Árvore do Horror. Mas não importa do que você a chame, ela é uma aberração da natureza, e um fruto do solo do Arizona". 

Uma árvore bizarra e perigosa também teria sido descoberta na parte norte do Havai em 1895. Um botânico inglês estava explorando a região quando entrou em uma ravina que seu guia local o advertiu para não invadir. O homem não queria explicar os motivos para sua aversão a respeito da área, mas ele claramente estava incomodado. Acreditando se tratar de apenas alguma superstição, o botânico decidiu seguir adiante encontrando um descampado de 100 jardas com vários buracos profundos no solo. Próximo de alguns desses recessos estavam ossadas amareladas de animais e até memso seres humanos. Ele percebeu que não havia outras plantas nos arredores e que tudo estava incrivelmente quieto. No centro do descampado, de um buraco maior, surgiam alguns ramos de trepadeira, semelhante a gavilhas que se estendiam pelo chão.  

Uma vez que estava perto de escurecer e o guia não parava de chamar por ele e implorar para irem embora, o botânico acabou desistindo de sua investigação. No dia seguinte, ele retornou acompanhado de outro guia nativo que realizou um tipo de "ritual de proteção" que os protegeria contra todo mal. Enquanto se aproximavam da área, o guia mostrou ao botânico um buraco semelhante de onde brotavam as mesmas gavilhas de aspecto curioso. Quando fez menção de se aproximar, o guia o conteve e apontou para os vários ossos que estavam ocultos ao redor da depressão. O guia então apanhou uma pedra e jogou entre os ossos e os dois viram as gavilhas se mover rapidamente para tentar agarrar e puxar para dentro do buraco. 


Acreditando estar diante de algo perigoso, o botânico começou a se afastar da bizarra árvore, mas a medida que ele o fez não percebeu que havia outro buraco oculto e perdeu o equilíbrio, quase caindo nele. O guia o ajudou a levantar, mas antes ele percebeu que as gavilhas agarraram suas pernas e começou a puxar para baixo. Ao mesmo tempo, ele ouviu um ruído que preencheu o ar como uma vibração baixa. O botânico jamais soube exatamente o que vivia no interior daquele buraco, mas acreditava que se não fosse a ajuda do guia, ele teria sido arrastado lá para dentro. 

É claro, a história não passa de um exagero sensacionalista, ainda assim, no folclore havaiano não faltam lendas sobre árvores assassinas que atraem e devoram animais e homens. Existe um espírito de aventura e mistério em várias dessas histórias, com exploradores corajosos em terras exóticas, confrontados por bizarras plantas assassinas em regiões desconhecidas e perdidas do planeta.  

Outra narrativa semelhante diz respeito a uma árvore mortal que supostamente seria nativa da Ilha de Java, nos domínios das Índias Orientais, e que receberam o nome de Bohon Upas, sendo "upas" a palavra javanesa para "veneno". No oriente, os nativos conheciam a mesma planta com o nome de "A Árvore mais mortal". Uma das primeiras menções a essa árvore foi feita pelo Frade católico francês Jordanus, que no século XIV escreveu a respeito de árvores que produziam flores capazes de lançar uma nuvem de veneno para matar quem delas se aproximava. Relatos semelhantes a respeito de árvores igualmente malignas surgiam esporadicamente e compêndios de Ciências naturais. Quando os exploradores começaram a entrar nas selvas de Java, alguns devem ter se lembrado dessas lendas. Java se tornou em pouco tempo o paraíso (ou seria inferno) das plantas venenosas.   

A lenda da Bohon Upas realmente ganhou fama e popularidade no século XVIII, quando um médico e naturalista alemão chamado J.N. Foersch afirmou ter encontrado um espécime dela em 1783. Ele publicou um artigo na London Magazine no qual contava sua experiência com árvores assassinas existentes nas colônias holandesas do oriente. Como cirurgião servindo na região, ele alegava ter participado de várias expedições e encontrado as árvore frente a frente. Em seu relato Foersch disse que conhecia apenas uma árvore dessa espécie, e que ela havia sido encontrada nas selvas de Java em uma área isolada no sopé das altas montanhas centrais. A árvore tinha uma reputação conhecida entre os nativos. Uma vasta área ao redor dela era destituída de vida animal e vegetal, nem mesmo grama crescia nas imediações e todos os animais que entravam em sua área acabavam intoxicados pelo "fedor pútrido que ela exalava". Mesmo pássaros que passavam voando à grande altitude eram afetados e mergulhavam para a morte. 


Foersch contou ter circunavegado este deserto mortal e se aproximou de um eremita que vivia nos limites da terra desolada. O homem contou que era uma espécie de guardião que impedia a aproximação de pessoas desavisadas. Ele também contou que os nativos mandavam de tempos em tempos um inimigo capturado ou criminoso para se aproximar da árvore e obter sua resina extremamente potente e desejada. Aqueles que conseguiam retornar trazendo uma amostra conquistavam sua liberdade e ainda recebiam uma recompensa. O velho explicou que os criminosos recebiam uma roupa com capuz e dois pedaços de vidro para cobrir os olhos, material para se proteger do veneno mortal. Para remover a seiva usavam luvas grossas feitas de lona e uma faca especial para sangrar o tronco da árvore e coletar numa cabaça a seiva tóxica. De acordo como velho, apenas um entre dez desses pobres diabos conseguia completar a tarefa, os outros ficavam pelo caminho. Suas carcaças inchadas cobriam o percurso e depois seus ossos secavam ao sol. De acordo com Foersch, a resina venenosa coletada da árvore era usada como um poderoso narcótico em rituais ou para matar inimigos que morriam em uma agonia indescritível, contorcendo-se de forma medonha.   

Por mais detalhada que seja essa narrativa, é poiuco provável que essa árvore seque tenha existido. Mesmo na época em que o artigo foi divulgado, vários botânicos vieram à público dizer que tal árvore era impossível, e que a história não passava de um conto de ação e aventura para glorificar o próprio Foersch. A história no entanto parece ter sido amplamente pesquisada pelo botânico que aproveitou várias lendas de nativos para construir seu mito. Por exemplo, existe de fato uma árvore chamada Upas, na qual os nativos embebem as flechas afim de envenenar seus inimigos. A árvore realmente possui um odor pungente de podridão que se espalha por várias milhas, sendo carregado pelo vento e empesteando tudo nos meses que ela floreia. Apesar do fedor, ela não produz nada além de um incômodo. É possível que o trecho a respeito do veneno tóxico também contenha um fundo de verdade, mas por outros motivos. Java fica em uma área de grande atividade vulcânica, com fossos de ventilação de câmaras térmicas exalando gases carbônicos e enxofre. O veneno mortal poderia ser criado pelo vapor vulcânico que era chamado "Guava upas" (Ar venenoso) pelos indígenas. Isso explicaria a quantidade de esqueletos de animais e homens na selva. 

Mesmo a ideia de homens indo buscar resina na selva, pode ter se originado de tradições das tribos javanesas que usavam seus prisioneiros para missões perigosas. Buscar enxofre na beirada de crateras vulcânicas era uma das atividades mais perigosas e em geral ela era oferecida a criminosos e inimigos feitos prisioneiros. Não se sabe se realmente uma árvore chamada Bohon Upas existiu ou não, mas é, sem dúvida, uma fábula intrigante.     

Outra árvore venenosa assassina semelhante a Bobon Upas alegadamente existia em uma área selvagem da África do Sul. Ela se tornou conhecida no século XIX e seria nativa da Terra dos Zulus. Chamada Umdhlebi ou Umdhlebe, o que significa nada menos do que "A Árvore da Morte" no idioma zulu, segundo a lenda a árvore matava suas vítimas com um perfume adocicado fatal que era lançado pelas suas flores. Ela não devorava suas presas, ao invés disso, aqueles que morriam próximos a ela acabavam fertilizando o solo permitindo que a árvore se beneficiasse. Ainda segundo as lendas, próximo da árvore existiam pilhas de esqueletos e carcaças de animais em decomposição. Inalar o perfume não era perigoso, contudo quando a árvore lançava uma nuvem concentrada do polem tóxico, estar perto, já podia ser fatal. 

Exploradores que se aproximaram excessivamente da Umdhlebi relatavam uma série de sintomas desagradáveis: dores de cabeça, náusea, tontura, olhos vermelhos, delírios e é claro, a morte. Além disso, uma severa coceira alérgica também era um dos sinais indicativos de que o veneno estava em ação. A seiva da árvore podia causar queimaduras e até derreter metal. Sua madeira também era tóxica e se usada inadvertidamente como lenha produzia uma nuvem venenosa capaz de matar uma aldeia inteira. Algumas lendas afirmavam que a árvore era capaz de sair do chão e caminhar por conta própria, movendo-se de um ponto para outro quando as presas se tornavam escassas numa área em que sabidamente ela se encontrava.


É interessante que segundo o mito, o único antídoto para o veneno da árvore seria o seu próprio fruto que tinha uma forma vermelha e preta, parecendo tão letal em aparência que ninguém ousava experimentá-la. Também de interesse é que vários biólogos como Henry Callaway e o botânico William Turner Thiselton-Dyer, fizeram uma comparação direta entre o Umdhlebi e a Bohon Upas, indo ao ponto de sugerir que elas poderiam ser espécies próximas.

Pode ser que nunca saibamos ao certo se qualquer uma dessas incríveis Árvores Assassinas realmente existiram ou não. Elas jamais foram encontradas ou formalmente estudadas pela ciência, portanto, podemos meramente especular a respeito delas. Entretanto, o que podemos ter certeza é que a ideia de árvores ameaçadoras estabeleceram uma poderosa presença em nosso imaginário coletivo. Há algo de peculiar, macabro e ao mesmo tempo fascinante na noção de que tais organismos, que parecem tão tranquilos e pacíficos, possam na verdade esconder instintos predatórios. A noção de que árvores podem matar é estranha e bizarra, provavelmente até insensata, mas ainda assim, nos cativa a imaginação.

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