sexta-feira, 4 de abril de 2025

Nas Ruínas de Innsmouth - Antologia de contos da Editora Clock Tower em Financiamento Coletivo


Uma cidade pesqueira, isolada e evitada por todos os seus vizinhos que a temem com razão. Pois apenas os que vivem em Innsmouth ou nos seus arredores sabem os horrores indescritíveis que espreitam pelas suas ruas desertas. 

Entre a população local estão membros de um antigo Culto apocalíptico, a Ordem de Dagon. 

Muitos deles são descendentes dos fundadores dessa Ordem abominável. 

Muitos deles realizaram um pacto blasfemo com as profundezas.

Muitos deles foram pervertidos: mudaram e se transformaram. 

E agora não são mais humanos!

Innsmouth é uma das criações mais aterrorizantes do genial H.P. Lovecraft.


A Editora Clock Tower, responsável por publicar o que há de melhor e mais clássico no gênero Horror Cósmico, pioneira em vários lançamentos e textos que jamais haviam sido traduzidos em português mergulha nas lendas e mitos de Innsmouth para trazer uma antologia de contos inteiramente inspirada pela mais assustadora cidade da Terra Lovecraftiana.

Os contos que compõem essa antologia foram escritos por fãs e entusiastas do Horror, que tomaram emprestada a prosa e os conceitos de Lovecraft destilando sua visão particular sobre Innsmouth e seus inúmeros terrores.

"Nas Ruínas de Innsmouth", não é só uma expansão do ambiente presente em um dos maiores e mais famosos contos de H.P. Lovecraft. É uma homenagem ao autor do Cthulhu Mythos, Contos, poesias e ilustrações que darão uma nova visão sobre essa terra amaldiçoada. Além disso, haverá textos interconectando as histórias, tornando o livro uma narrativa fechada que aumenta o panorama da obra original.

Conheça a seguir o conteúdo do livro e quem são os participantes dessa coleção. 

SUMÁRIO

"Mistérios não revelados de Innsmouth" (introdução pelo editor)

1946 — Innsmouth, MA. (EUA) — Como tudo começou

Sombras que vêm do mar (Alexandre Callari) - Um homem sem esperança na vida vai passar uns tempos em Innsmouth. Lá tem contato com um ancião que o alerta sobre perigos da cidade, mas ele não lhe dá ouvidos, não imaginando o mal que está por vir. Uma história muito bem contada que remete com detalhes à cidade de Innsmouth e suas ruas misteriosas.

Um punhado final de consciência (Explorador) - A história de um pescador que começa a ser atormentado por estranhos pesadelos, sendo taxado de louco pelos amigos. Em uma bela noite, ele pega seu barco e rema para Innsmouth. Nos causou impressão muito positiva a imaginação do escritor desse conto.

O breve relato de um moribundo (Hugo Sales) - Um jovem vai para Innsmouth em busca de sua amada que não responde mais suas cartas. Lá se depara em um comércio com estranhos seres e depois com sua esposa, que agora está muito mudada.

O que descansa na escuridão (Dama Oliveira) - Essa é a história de duas meninas que tinham forte amizade, mas que são separadas, sendo que uma delas (órfã), após a adoção, vai parar em Innsmouth. Anos depois, elas se encontram nessa maldita cidade em meio a uma trama violenta e um destino que as une. Nos impressionou muito a força narrativa desse conto no que se refere a sentimentos entre pessoas do mesmo sexo, em meio aos horrores alienígenas de Innsmouth.

O relato de Natham White (Julius) - Essa é a história de um escravo chamado Nathan White. White trabalhava como marinheiro em um navio mercante, até que uma estranha tempestade fez a embarcação ficar à deriva, indo parar em Innsmouth. Lá tem contato com estranhos moradores e uma seita macabra que pode levar ele à loucura. O que impressiona é como o autor conciliou as questões relativas ao racismo e ao horror de forma magistral.


A morte em nome do deus proscrito (Marcos Faria Martins Filho) - Essa é a história do brasileiro José dos Anjos, que em um quarto de hospital psiquiátrico faz seu relato para uma enfermeira. Anjos explica a forma inusitada sobre como ele, do Brasil imperial, foi parar em Innsmouth e tudo o que de mais macabro presenciou no lugar. Um destaque para esse conto é sua forte ambientação e os detalhes históricos, haja vista o escritor ser historiador.

A mancha (Helton Lucinda Ribeiro) - Esse conto trata das aventuras de uma antropóloga da Universidade de Columbia em sua breve passagem sobre Innsmouth. Dr. Wilmarth da Miskatonic University aconselha ela não ir, mas mesmo assim, em pouco tempo a jovem chega à cidade desolada. E lá, uma estranha seita deseja ofertar sua filha que ainda está no ventre ao deus Dagon, mas isso é impedido por um fato muito inusitado. O destaque para esse conto vai na forma como o autor fez relação com outros elementos dos Cthulhu Mythos.

O relatório de Ethan Darkwood (Ari C. Freire) - Um corpo muito estranho é encontrado no Rio Miskatonic em Arkham e Ethan Darkwood foi chamado para dar uma resposta ao caso. Suas investigações o levam à cidade portuária de Innsmouth, onde seres híbridos, metade homem, metade peixe, reverenciam um deus chamado Dagon, segundo relata para ele o velho Zadok Allen. Mesmo assim, ele insiste em prosseguir suas investigações, que poderão levá-lo à loucura.

A noiva de Innsmouth (Lucas Freitas) - Essa é a história de um nobre que decide virar marinheiro e se depara com a cidade portuária de Innsmouth. Um destaque para o conto foi a escrita coerente, coesa. A escrita no que tange ao horror é primorosa, visível e acertada.

Arte de corpo e alma (Alex Rebonato) - Uma história sobre um curador de uma galeria de arte que, depois de um acidente, deixa-o obcecado por pinturas bizarras. Isso faz com que ele tenha pouco sucesso, mas chama a atenção de um habitante ilustre de Innsmouth, que o convida a conhecer essa cidade por um motivo muito peculiar. O destaque do conto vai para a força imaginativa do autor e a forma com prende nossa atenção a descrição dos fatos.

Os diários de Matt Eliot (Felipe Silva Carvalho) - Durante as investigações conduzidas por Selectman Mowry e que levaram à prisão de Obed Marsh, trechos do diário de Matt Eliot foram utilizados como evidência. Os relatos são uma linha do tempo que conecta a primeira viagem do Sumatry Queen ao início do culto a Dagon, que culminou no declínio de Innsmouth. O destaque para esse conto foi a qualidade como o autor inseriu fatos relativos aos eventos da novela A Sombra sobre Innsmouth (como a prisão de Obed Marsh), de forma muito detalhada.

A canção de Scyllintha (Luciano Reis) - De volta a sua cidade natal, Innsmouth, um marinheiro terá que encarar o seu passado, enfrentar seus medos e descobrir uma verdade oculta, abissal e mortífera, ao som de uma hipnótica e sedutora melodia. O destaque foi a criatividade e originalidade da história muito bem escrita. É ótima a construção narrativa.

Dos confins do tempo (Focinho Curto) - Uma vila de pescadores enfrenta a escassez de alimentos. Isso obriga os seus moradores a irem cada vez mais longe no mar, aproximando-se do temido Recife do Diabo e da estranha cidade de Innsmouth. Poderes ancestrais estão prestes a se manifestar. O destaque vai como o autor explora de forma aterrorizante Innsmouth, conto ótimo e bem escrito.

O bibliotecário em Innsmouth (Luciano Paulo Giehl) - A misteriosa doação de um raro volume para o acervo da Universidade Miskatonic leva um bibliotecário até a decadente cidade de Innsmouth. Mas aquilo que parecia um trabalho corriqueiro se transforma em pesadelo quando ele descobre que entrar nessa cidade pesqueira é mais fácil do que sair. O destaque vai para a história que foi muito bem escrita e desenvolvida, utilizando de forma perfeita elementos dos Cthulhu Mythos.

Epílogo

A prisioneira de Innsmouth (Liveira) - poesia

Cântico para Dagon (Paulo R. Caetano Tonon) - poesia

A Editora Clock Tower está oferecendo esse livro no formato de Financiamento Coletivo em uma campanha que se iniciou hoje. As metas extras contemplam material adicional, extras, contos, mapas e muito, muito mais...

Se você gosta de horror, tensão, suspense e criaturas macabras, não deixe de apoiar no catarse através do link:




terça-feira, 1 de abril de 2025

Últimas notícias sobre a produção do filme vindouro baseado em Chamado de Cthulhu

Acompanhamos recentemente o anúncio oficial da produção do filme "O Chamado de Cthulhu" obra baseada no conto de mesmo nome escrita pelo pioneiro do Horror Cósmico H.P. Lovecraft.

As notícias até então davam conta de que James Wan, o criador da franquia Invocação do Mal e de produções de sucesso como Aquaman seria o diretor. Wan sempre se mostrou um entusiasta do gênero e em entrevistas recentes deixou claro ser também um fã ardoroso dos Mythos de Cthulhu.

Entretanto, como em Hollywood nada é certo, temos atualizações surpreendentes sobre a pré-produção e elementos que colocam a proverbial pulga atrás da orelha dos entusiastas do gênero. São notícias polêmicas que causaram um misto de apreensão e dúvida entre os fãs do cultuado autor, gerando debates acalorados sobre como o filme será tratado e em que bases a história será contada.

Um dos pontos mais preocupantes é justamente a saída de James Wan do projeto. Ele que seria o Produtor e Diretor da produção acabou se afastando alegando dificuldades irreconciliáveis com o roteiro e escolha de elenco ainda em fase de escolha. Wan era visto por alguns como uma boa opção para capitanear o projeto, mas outros o enxergavam com reservas, alegando que outros diretores como Guilhermo del Toro poderiam assumir a direção e tratar a obra com o respeito merecido. 

A reportagem abaixo é da Revista Variety que estampou essa reportagem em sua edição deste mês:

*     *    *

Adaptação de Filme de Horror ganha sinal verde 

por Les Dan Hill

Nessa segunda -feira, Hollywood anunciou oficialmente a adaptação cinematográfica de O Chamado de Cthulhu. O projeto será desenvolvido pela Sony Pictures, conhecida por suas tentativas controversas de revitalizar franquias clássicas nos últimos anos. A produção está sendo descrita como "um filme de terror e aventura", com uma abordagem com mais ação que o aproxima de produções como "A Múmia".

O escolhido para dirigir o longa é Zack Snyder, nome conhecido na indústria do entretenimento com a adaptação competente de blockbusters como Madrugada dos Mortos, 300 e Watchmen. Snyder fez seu nome à frente das produções do Universo de Heróis da DC Comics pela Warner Bros. Um nome que divide opiniões, Snyder possui defensores fiéis que o veem como um visionário na mesma medida que outros o criticam por excessos cometidos em suas produções. Ele é conhecido por filmes como O Homem de Aço, Batman versus Superman e Liga da Justiça, que tiveram obviamente grande repercussão, mas que não lograram o êxito financeiro esperado. 

Os filmes de Snyder possuem os requisitos necessários para criar um horror intimista e questionamentos morais sobre a história relatada. Isso e longas sequências em câmera lenta que tornaram sua marca registrada. Na reunião de anúncio da produção em Los Angeles, o diretor disse: 

"Meu objetivo é trazer algo novo para Lovecraft, algo com terror e perguntas existenciais. É claro haverá espaço para os elementos essenciais típicos da obra, mas planejo aprofundar as discussões existencialistas que estão entranhadas nas palavras de Lovecraft. Por isso o filme deve ter algo em torno de 3 horas e meia de duração", declarou Snyder.

No elenco, as escolhas foram bastante surpreendentes senão inesperadas. 

A estrela Jason Strathan interpretará o protagonista, um detetive cético que investiga uma série de assassinatos em Nova Orleans. Kevin Hart foi escalado como seu parceiro, vivendo um personagem que não está na trama original. No papel de vilão, a produção optou por Jared Leto, que já sinaliza com uma atuação "imersiva e perturbadora nos moldes de seu Coringa". Ele fará o papel de um cultista excêntrico com uma pesada maquiagem facial.

Completam o elenco Ezra Miller e Ray Fisher que trabalharam com Snyder em Liga da Justiça nos papéis de Barry Allen (Flash) e Vic Stone (Cyborg). Fecham o grupo principal Amber Heard (Aquaman) e Amandla Stemberg (Star Wars: O Acólito) cujos papéis ainda não foram definidos na trama, mas que provavelmente serão escrito especialmente para ela a fim de corrigir a ausência de protagonistas femininas fortes na obra escrita em 1928.

Também foram feitos anúncios quanto a equipe responsável pela parte técnica da produção.

Em vez de efeitos práticos e CGI sutil, a produção deve optar por um Cthulhu completamente digital. Algumas artes conceituais vazadas mostram a criatura com traços mais estilizados e olhos expressivos, o que gerou certo burburinho nas redes sociais. Um dos elementos narrativos mais importantes para o personagem é Morgan Freeman escalado para ser a voz da entidade. 

As locações para as filmagens também foram divulgadas, além de cenas gravadas na Islândia, Azerbaijão e Kiribati, a Sony escolheu sets digitais e gravações as erem realizadas em Los Angeles. 

Uma das principais mudanças é a modernização da trama que será adaptada para os dias atuais, se passando quase inteiramente em Nova Orleans, mas com parte da ação transferida do Pacífico Sul para a região do Havaí que deve ser o novo lar da cidade submersa de R'Lyeh. 

Um dos objetivos da trama envolve repaginar a história e dar uma imagem mais contemporânea a ela, focando também em questões ecológicas que são uma tendência atual. Assim a história passará a transcorrer em 2025, seguindo a descoberta de uma grande conspiração envolvendo cultos ao redor do mundo que planejam trazer de volta uma entidade ancestral adormecida. 

Entre as principais preocupações do roteiro, escrito por S.J Clarkson (de Madame Teia), está suavizar as polêmicas à cerca da relação de H.P. Lovecraft com minorias e estrangeiros que são motivo de grande controvérsia. O filme irá se concentrar em fazer uma reparação histórica mais do que necessária nesse sentido. 

A estreia do filme está prevista para junho de 2027, com um lançamento no verão americano, acompanhado por uma linha de brinquedos colecionáveis, incluindo um "Mini Cthulhu Falante", que dirá frases icônicas como "Ia Ia, parceiro!".

Será que a produção será um sucesso? 

A Sony acredita que sim!

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As reações dos fãs foram majoritariamente negativas, com muitas reclamações sobre a direção do filme. "Isso não tem nada a ver com Lovecraft!", comentou um usuário indignado. No entanto, os produtores garantem que o filme agradará ao grande público. "Queremos que O Chamado de Cthulhu seja para os filmes de horror aquilo que Velozes e Furiosos foi para os filmes de corrida", declarou um executivo da Sony.

O tempo dirá se essa abordagem ousada será um sucesso ou um desastre cósmico.