domingo, 25 de maio de 2025

Pegadas Divinas - Misteriosos sinais dos Deuses vindos das Estrelas

 
Ilhas Marquesas.

O próprio nome evoca uma aura palpável de mistério e exotismo. As Marquesas são um grupo de ilhas vulcânicas remotas localizadas na Polinésia Francesa, no sul do Oceano Pacífico. A maior ilha do arquipélago é Nuku Hiva, onde está localizado o centro administrativo de toda região. Para se ter ideia do quão distante essas ilhas estão localizadas na imensidão do Pacífico sul, a costa continental mais próxima é o México a mais de 4800 quilômetros de distância. Ou seja, é uma vasta área de vazio marinho.

Como a maioria das ilhas da Polinésia, as Marquesas são marcadas por montanhas íngremes e florestas densas, verdadeiras selvas instransponíveis que se estendem do litoral até o interior. Escondidas nessas selvas, encontram-se centenas de esculturas de pedra misteriosas e surreais chamadas "Tiki", cujo real significado permanece desconhecido. A grande maioria dessas esculturas rústicas estão espalhadas pela ilha de Hiva Oa, seguida por Nuku Hiva. Os Tiki foram esculpidos em rocha vulcânica vermelha enquanto alguns outros foram feitos em rocha basáltica. São peças únicas que denotam as tradições e costumes tribais dos povos locais. 

Os tiki talvez sejam uma das expressões culturais mais misteriosas de que se tem noticia. Muitos especulam o que eles poderiam representar, mas nenhuma das interpretações explica toda a estranheza associada a essas peças. Elas são, para todos os efeitos incompreensíveis.

Na mitologia polinésia, Tiki é o nome do primeiro homem criado pelos deuses, enquanto em uma variação da lenda, Tiki é o nome do filho do Deus primitivo Rangi que segundo os mitos ancestrais criou o primeiro ser humano misturando seu próprio sangue com argila. Mas as esculturas não são imagens do Deus já que há muitas variações entre elas, o que indica que os tikis representam diferentes seres "humanoides", e não uma pessoa ou divindade específica.



Outra suposição é que essas esculturas poderiam ser de ancestrais deificados, ou seja pessoas cuja importância os alçou a condição de semideuses veneráveis. Esse é um costume relativamente comum em sociedades tribais que rendem adoração a indivíduos importantes. Contudo, isso também parece pouco provável, pois essas estátuas não têm nenhuma semelhança com a aparência típica dos povos nativos das Ilhas Marquesas. Por que diabos os Te Enana – como o povo Marquesano é conhecido – retratariam seus ancestrais de uma maneira tão diversa: com olhos  grandes, nariz achatado e largo, boca larga e sorridente, mãos espalmadas e um corpo baixo e atarracado, frequentemente mostrado em uma posição meio agachada com mãos pousadas sobre o estômago?

Muitos deles tem feições bizarras, claramente inumanas, uma mistura estranha de homens e anfíbios ou de algo ainda mais estranho e incompreensível. Para tentar entender o que os tiki representam precisamos estudar suas características principais. Mas isso não é tarefa simples.

Atualmente perto de 90% dos nativos das Ilhas Marquesas se converteram ao cristianismo, tendo abandonado as crenças e costumes religiosos de seus ancestrais. Alguns deles se lembram vagamente através de histórias contadas pelos seus antepassados que os tikis costumavam ter nomes específicos e lendas associadas a eles.

Uma lenda persistente é que os tiki representam os povos originais que vieram de terras distantes e que ofereceram aos antigos Te Enana o conhecimento que lhes permitiu se fixar nas ilhas. Eles teriam ensinado entre outras coisas como plantar, como colher e como construir em condições adversas. 

E de onde teriam vindo os Tiki? Bem, veremos isso mais adiante...



Durante o Projeto de Arte Rupestre Marquesana, de 1984 a 1989, oitenta e quatro tikis foram catalogados em todo o arquipélago, e muitos outros foram encontrados desde então. Contudo, inúmeras esculturas encontram-se em museus e coleções particulares espalhadas por todo o mundo. Visitantes tem levado essas peças ao longo dos últimos séculos desde o início da colonização e é impossível saber quantas foram subtraídas e se poderiam conceder indícios sobre a origem e razão para terem sido construídas. 

O que se sabe é que essas esculturas foram feitas pelo povo marquesano, a maioria por volta do séxulo XIII, até meados do século XIV. Sidsel Millerstrom, da Universidade da Califórnia, que foi o arqueólogo-chefe do Projeto de Arte Rupestre Marquesana, publicou um artigo na Encyclopaedia of Historiography, descrevendo as descobertas de seu estudo. Ele diz:

Os tikis eram geralmente colocados em santuários ao ar livre chamados me'ae. Os primeiros exploradores escreveram que, durante certas cerimônias, o tiki era cingido com tecidos ou roupas de casca de árvore e oferendas de comida eram colocadas em frente à estátua. Millerstrom observou que a cabeça do tiki é grande demais – tipicamente um terço ou mais da altura do corpo – e repousa sobre ombros quadrados, sem um pescoço distinto. A equipe também descobriu que "a maioria das estátuas mede entre 50 cm e 100 cm, embora existam algumas com quase 1,80 m de altura. Considerando que os tikis eram deificados e venerados pelos nativos das Marquesas, é de se perguntar por que a maioria deles foi construída como entidades anãs, variando em altura entre 45 cm e 1 metro. Será que esses seres misteriosos eram, na verdade, anões com poderes mágicos, que interagiram com os nativos no passado?

A maioria dos tikis é retratada com um chapéu ou um capacete justo. Eles têm sobrancelhas distintas e arqueadas, e olhos redondos, grandes e esbugalhados, circundados por uma borda elevada de 1,5 cm de largura. Ao observar atentamente essas esculturas, os especialistas verificaram que a "borda elevada" ao redor dos olhos esbugalhados representa a armação de óculos ou máscaras. É possível ver claramente que as duas lentes estão conectadas por uma ponte que passa sobre o nariz. Além disso, em uma vista lateral de alguns tikis, é possível ver a haste dos óculos conectando as lentes às orelhas. Em algumas esculturas, pode-se distinguir o contorno de uma pupila circular no centro dos olhos esbugalhados. Os tikis geralmente têm um nariz largo e achatado e uma boca longa, frequentemente com um sorriso.

Alguns deles portam estranhos equipamentos, como caixas quadradas, triângulos ou bastões longos terminando em três pontas. Em resumo, os tikis parecem ser esculturas de seres humanoides anões, com cabeças enormes e olhos grandes, redondos e esbugalhados, que normalmente usam chapéu ou capacete, além de ter óculos de proteção grandes e redondos.



Muitos entusiastas do fenômeno OVNI sabem que a maioria dos primeiros avistamentos relatavam seres humanoides de baixa estatura, vestidos com um traje brilhante e justo, usando capacete e óculos de proteção. O primeiro incidente envolvendo pequenos humanoides com cabeças bulbosas e olhos enormes foi relatado na noite de 21 de agosto de 1955, por uma família de fazendeiros em Hopkinsville, no Kentucky. Eles não apenas viram um OVNI pousar, mas também tiveram interações com várias criaturas humanoides. O primeiro relato à respeito os descrevia nos seguintes termos:

"Com cerca de um metro e meio de altura, tinham uma cabeça enorme... quase perfeitamente redonda, [seus] braços estendidos quase até o chão, [suas] mãos tinham garras... e [seus] olhos enormes brilhavam com uma luz amarelada." O corpo emitia um brilho sinistro à luz da lua nova — como se fosse feito de "metal prateado". 

Descrições de seres humanoides semelhantes em conexão com avistamentos de OVNIs são similares no mundo todo. Durante a onda de OVNIs na Itália, dezenas de humanoides anões foram relatados em todo país. Em um dos casos bem documentados, pesquisado pelo ufólogo, Dr. Roberto Pinotti e publicado na revista Flying Saucer Review em 1979, o Sr. Faralli viu um OVNI pousar em frente ao seu carro, de onde dois seres humanoides anões emergiram.

"Eles tinham cerca de 1,00 a 1,10 metros de altura. Usavam "macacões" prateados... capacetes grandes, e uma parte desses capacetes era transparentes. As partes frontais dos capacetes tinham o que parecia ser duas protuberâncias cilíndricas delgadas, como molas ou estruturas helicoidais semelhantes. A pele das criaturas parecia verde e, embora seus rostos fossem até certo ponto humanos, eram magros, com bochechas ossudas e arqueadas, narizes regulares e bocas finas e sem lábios. O Sr. Faralli não conseguia ver seus olhos e ouvidos, pois estavam escondidos em uma zona sombreada."

No livro "Sky People: Untold Stories Of Alien Encounters in Mesoamerica", a autora Ardy Sixhiller documentou as interações de muitos povos da Mesoamérica que relataram encontros com alienígenas. Uma testemunha maia iucateque relatou ter visto seis seres humanoides anões dentro de uma floresta. "Eles usavam uniformes brilhantes e suas cabeças eram grandes demais para seus corpos", disse ela. Em uma vila perto de Uxmal, Ardy conversou com um ancião maia chamado Choc, que relatou ter interagido com dois seres humanoides. "Eles eram baixos e usavam trajes estranhos. Estes eram colados à pele, brilhantes e lustrosos", disse o velho. Ele não conseguiu ver nenhuma boca ou orelhas. "Suas cabeças estavam cobertas. Eles cobriam os olhos com óculos estranhos, redondos e pretos."

É notável a partir dessas descrições como os tikis das Ilhas Marquesas apresentam forte semelhança com os seres humanoides anões relatados em numerosos Incidentes com OVNIs. As pequenas estruturas corporais, cabeças enormes, olhos grandes, capacetes e óculos de proteção – tudo isso coincide. Além disso, apenas a cabeça dos tiki foram intrincadamente esculpidas com detalhes, enquanto o resto do corpo foi apenas delineado de forma grosseira. Isso poderia ocorrer porque os trajes corporais, não permitiam que o povo das Marquesas tivesse uma boa visão do restante do corpo.

Seria possível que os tikis, que o povo das Ilhas Marquesas, e das ilhas polinésias em geral, costumavam venerar, fossem seres "alienígenas" não humanos que visitaram esse lugar séculos atrás? Há menções notáveis a navios celestes e barcos flutuantes entre os mitos da região. Seriam estes os OVNIs ou simplesmente "orbes" de luz flutuado pelo céu. 

De acordo com alguns relatos, seres humanoides anões poderiam se transformar em um orbe de luz e assim voar. Uma das esculturas tiki em Hiva Ova é chamada de "Tiki Voador" e mostra um tiki na horizontal, suspenso em uma rocha, como se estivesse voando. Não haveria razão para o povo marquesano esculpir uma estátua como esta, a menos que acreditasse que o Tiki em questão fosse capaz de voar.


Uma questão central é por que os marquesanos adoravam esses visitantes estranhos? 

Que tipo de presente eles traziam para as pessoas adorarem esses seres de aparência incomum, que tinham aproximadamente metade do tamanho dos nativos? Parece que os tikis eram considerados pelos marquesanos e pelo povo das ilhas polinésias como os protetores de lugares sagrados. Eles mantinham as más influências longe de santuários, casas e aldeias. Esta é a razão pela qual tantas dessas esculturas humanoides foram feitas pelo povo. Figuras e rostos de tikis também foram esculpidos em uma variedade de ferramentas e implementos usados ​​na vida cotidiana, como ornamentos, tigelas, batedores de comida, proas de canoa, remos, varas de cumeeira, etc. As pessoas usavam amuletos tiki para afastar o mau-olhado.

Outro motivo importante pelo qual os povos das ilhas polinésias rezavam aos tikis era pela fertilidade. Homens e mulheres inférteis pediam aos tiki que lhes desse a graça de terem filhos, enquanto os agricultores ofereciam comida e adoração para garantir colheitas abundantes. Esta é possivelmente a razão pela qual muitos tikis eram retratados com genitais masculinos proeminentes, indicando seu papel como deuses da fertilidade.

Uma tradição particular das Ilhas Cook nos dá uma indicação sobre o local de origem dos tikis.

Em Rarotonga, o Tiki é o guardião da entrada de Avaiki, o submundo. Oferendas eram feitas a ele como presentes para a alma de alguém que estava morrendo... A entrada de Avaiki (o submundo) é chamada de "Abismo de Tiki". Um outro mundo acessível apenas através de uma longa jornada empreendida pelo céu em uma embarcação astral. Isso levanta algumas possibilidades interessantes. Se o tiki guarda a entrada para esse mundo, é provável que os próprios tiki habitem um algum lugar inacessível. E se o tiki recebe oferendas pela alma que parte, talvez ele também atue como um guia que conduz as alma para o além. O papel do guia em muitas culturas é geralmente desempenhado por seres místicos conhecedores de grandes mistérios e segredos. 

Além disso eles seriam os que promoveram a civilização e proporcionaram os meios para domar um meio ambiente volátil. Isso faz sentido quando verificamos como as Ilhas Marquesa são hostis a fixação de seres humanos. De fato, é difícil haver local mais complexo para se estabelecer do que esse recanto inóspito do Pacifico. A comida é escassa, bem como árvores frutíferas e fontes de água potável. Não se sabe sequer como os primeiros habitantes chegaram às Marquesas dado o seu isolamento geográfico extremo. Dentre as poucas lendas conservadas pelos nativos, há uma que afirma que seus antepassados foram trazidos para as Marquesas pelos deuses. Esta jornada fantástica teria sido realizada usando navios que cruzavam o céu e que viajavam através de uma longa noite pontilhada por milhares de estrelas.

A razão para trazer os primeiros habitantes para essa ilha remota é obscura, contudo os mitos afirmam que eles foram deixados lá para aguardar o retorno dos Deuses. Teria sido este uma espécie de teste para averiguar a capacidade daqueles indivíduos de triunfar sobre um ambiente insalubre? Poderia isso representar ele um tipo de experimento?

Essa lenda encontra eco em outras culturas tão distantes quanto diversas.



Na Ilha de Jeju, no extremo sul da Coreia, encontramos dezenas de estranhas estátuas humanoides, popularmente conhecidas como "dol hareubang" – um termo coreano que significa "avô de pedra". A Ilha de Jeju é uma ilha vulcânica e as estátuas foram, em sua maioria, esculpidas em basalto poroso. Não se sabe ao certo quando a construção dessas esculturas se iniciou, ou quem as influenciou. O que realmente impressiona é sua semelhança com os tikis das Ilhas Marquesas.

Os dol hareubangs usam um chapéu característico, têm olhos grandes e esbugalhados sem pupilas marcadas, um nariz largo e achatado e uma boca fina e larga, com um sorriso ou um olhar de desaprovação. Não possuem pescoço distinto e suas mãos estão inevitavelmente colocadas sobre o estômago, uma sobre a outra. Assim como os tikis, os traços faciais dos dol hareubangs são intrincadamente esculpidos, mas o restante do corpo carece de detalhes. As semelhanças estruturais com os tikis são facilmente perceptíveis e deixam poucas dúvidas de que essas esculturas representam o mesmo tipo de entidades sobrenaturais que os tikis.

As conexões com os tikis são ainda mais enfatizadas pelo fato de os dol hareubangs serem tradicionalmente considerados os deuses da proteção e da fertilidade. 

Eles são considerados deuses que oferecem proteção e fertilidade e eram colocados do lado de fora dos portões para proteção contra demônios que viajam entre realidades... Os dol hareubangs produzidos entre 1763 e 1765 ficavam do lado de fora dos portões da fortaleza da cidade de Jeju como divindades guardiãs... As estátuas às vezes são vendidas como fontes de fertilidade, e pequenas réplicas são dadas a mulheres com problemas de fertilidade.

As estátuas de dol hareubang eram às vezes colocadas em pares do lado de fora de vilas e espaços públicos, e em alguns lugares fileiras delas eram erguidas para dar a impressão de um exército de espíritos protetores zelando pela área. É difícil não notar a semelhança notável entre uma fileira de dol hareubangs e as enigmáticas estátuas "moai" das Ilhas de Páscoa ou Rapa Nui, a maioria das quais foram dispostas em uma longa linha ao longo do litoral da ilha

Assim como os tiki das Ilhas Marquesas, os Moai foram esculpidos em tufo vulcânico (cinza solidificada) e colocados em plataformas cerimoniais de pedra chamadas "ahu", erguidas ao longo do perímetro da ilha. Os moais estão voltados para o interior, em direção às aldeias e assentamentos do povo Rapa Nui, como se os protegessem. Jacob Roggeveen, o primeiro visitante europeu da Ilha de Páscoa em 1772, registrou em seu diário de bordo que os nativos oravam a esses deuses.

A julgar pela aparência, o povo não possuía armas; embora, como observei, recorressem, em caso de necessidade, aos seus deuses ou ídolos, erguidos em grande número ao longo da costa marítima, diante dos quais se prostravam e invocavam. Esses ídolos eram todos esculpidos em pedra, com a forma de um homem, orelhas longas e uma coroa na cabeça, todos feitos com maestria: o que nos deixou bastante surpresos. Um espaço livre era reservado ao redor desses objetos de adoração, colocando pedras a uma distância de vinte ou trinta passos.

Embora os moais sejam muito maiores que os tiki — a altura média dessas estátuas colossais é de cerca de 4 metros, com a mais alta chegando a impressionantes 10 metros — suas características correspondem em grande parte às dos tiki e dol hareubangs. Os moais têm uma cabeça descomunal em comparação ao corpo e, embora a cabeça seja esculpida de forma muito intrincada, o restante do corpo carece de qualquer tipo de detalhe. Suas mãos são colocadas logo abaixo do estômago, ao longo das cristas dos quadris, encontrando-se na tanga, o que pode ter sido uma postura que significava proteção ou fertilidade.



Antigamente, a maioria dos moais era coroada com um chapéu chamado "pukao", mas estes caíram ou se desintegraram com o tempo. Os pukao eram feitos de cinza vulcânica vermelho-clara e pesavam até 10 toneladas! O formato dos chapéus é semelhante ao dos dol hareubangs. Os moais também têm órbitas oculares profundas e ovais esculpidas em seus rostos, e descobertas recentes indicam que essas órbitas costumavam ser preenchidas com olhos de coral, com uma pupila feita de cinza vermelha. Os olhos provavelmente eram removíveis e fixados durante cerimônias especiais. O nariz longo, largo e achatado dos moais, e seus lábios finos e salientes, não são muito diferentes dos tiki ou dos dol hareubangs.

No geral, os moais das Ilhas de Páscoa parecem pertencer à mesma categoria de anões mágicos venerados na Ilha de Jeju e nas Ilhas Marquesas. Embora os moais sejam muito maiores do que os tikis ou dol hareubangs, isso não prejudica nosso argumento, pois os humanos têm uma tendência inata a construir esculturas maiores de seus Reis e Deuses.

A propósito, todos os três lugares discutidos nesse artigo são coincidentemente ilhas vulcânicas.

Nas Ilhas de Páscoa, Rano Raraku é uma cratera vulcânica que forneceu as pedras das quais 95% dos moais foram esculpidos. O interior da cratera contém um dos três lagos de água doce da ilha. A pedreira em Rano Raraku possui várias estátuas incompletas, das quais uma tem quase 21 metros de altura – quase o dobro do tamanho de qualquer moai já concluído. O mais intrigante é que, do lado de fora da pedreira, espalhados ao longo das encostas há um grande número de moais enterrados até os ombros. As estátuas foram enterradas intencionalmente, visto que as intrincadas esculturas em seus corpos não sofreram erosão. Esses moais não possuíam o pukao e suas órbitas oculares não eram escavadas, o que significa que não eram objetos de adoração ou veneração pelos ilhéus.

A questão é: por que um número tão grande de moais foi meticulosamente esculpido e intencionalmente enterrado ao longo das encostas da cratera? Qual era o propósito deles?



A suposição dos especialistas é que esta cratera vulcânica pode ter sido considerada como um local sagrado no qual os deuses costumavam surgir para se encontrar com os ilhéus. Como tal, esta cratera pode ter sido considerada a "morada dos deuses". Os moais foram esculpidos e enterrados ao longo das encostas para atuar como protetores deste local sagrado, para que os nativos não tentassem escalar a cratera ou profanar a área de qualquer forma. Isso também explicaria por que esses moais não tinham o pukao e as órbitas oculares, pois esses moais não eram destinados à adoração pelos aldeões, ao contrário daqueles que eram erguidos sobre os ahu ao longo da costa.

Mas também há lugares na América do Sul onde tipos semelhantes de estátuas podem ser encontrados.

No Templo Kalasasaya, no sítio arqueológico de Tiahuanaco, na Bolívia, foram encontradas diversas figuras esculpidas em pedra, muito semelhantes aos Moais, Tikis e dol hareubangs. Todos os monólitos representam figuras humanoides usando um chapéu característico, com olhos grandes e quadrados que lembram óculos de proteção. Suas mãos estão colocadas sobre o estômago e seguram alguns instrumentos. É bem provável que esses grandes monólitos atuassem como protetores do local sagrado. Pouco mais se sabe sobre essas figuras, visto que os povos que vivem naquela região não se lembram das crenças e costumes de seus ancestrais.

A alguns milhares de quilômetros ao norte da Bolívia fica o Parque Arqueológico de San Agustín, localizado em uma região montanhosa do sul da Colômbia. É uma das maiores necrópoles pré-históricas do mundo. Centenas de estátuas monolíticas foram encontradas aqui, esculpidas em tufo vulcânico. Algumas das estátuas são bastante grandes, chegando a 3,6 metros de altura e pesando várias toneladas. As estátuas são geralmente colocadas nas entradas de tumbas, atuando como protetoras destas. 

Essas figuras são muito semelhantes às outras estátuas espalhadas pelo Pacífico, com chapéus característicos, grandes olhos redondos ou ovais, nariz largo e achatado e lábios longos e finos, com caninos claramente visíveis em alguns casos. Suas mãos são colocadas sobre o estômago, como de costume, e em alguns casos seguram foices ou instrumentos rituais. Claramente, as mesmas ideias artísticas foram incorporadas aos monumentos religiosos e sagrados de culturas amplamente dispersas em ambos os lados do Oceano Pacífico.



A explicação oferecida pelos arqueólogos tradicionais para as estátuas bizarras das Ilhas do Pacífico é que elas representam ancestrais deificados ou antigos chefes, o que, obviamente, não faz sentido, pois essas esculturas bizarras não guardam qualquer semelhança com os povos nativos das respectivas culturas, nem explicam os poderes mágicos de proteção e fertilidade – entre muitos outros – que se diz possuírem esses seres. "Ancestrais deificados" é a solução preferida dos arqueólogos tradicionais sempre que se deparam com esculturas incomuns sobre as quais não têm a mínima ideia do que representam. A atitude é compreensível, pois não podem se dar ao luxo de levar a sério as antigas lendas e crenças dos povos locais – por mais plausíveis que sejam – por medo do ridículo ou mesmo de retaliações por parte de seus colegas.

Essas esculturas guardam forte semelhança com as representações clássicas de alienígenas que, segundo a popular Teoria dos Deuses Astronautas, tinham uma atitude benevolente em relação aos humanos no passado. Em algum momento, esses contatos pode ter cessado, e eles se converteram em matéria de mitos e lendas.

É até possível que a habilidade excepcional dos povos antigos dessas remotas ilhas do Pacífico de esculpir essas estátuas notáveis ​​e outros artefatos tenha sido adquirida com esses seres mágicos, que se dizia serem muito proficientes em trabalhos em pedra e metal. Isso além de poder explicar como os primitivos habitantes da Ilha de Páscoa eram capazes de erguer estátuas colossais pesando toneladas usando nada além de cordas e a força dos seus braços. Por muito tempo, os cientistas têm se intrigado sobre como essas estátuas foram transportadas, enquanto a história oral do povo Rapa Nui nos diz que as estátuas foram comandadas a "andar" até suas posições por algum poder divino. 

Tudo isso é muito estranho e misterioso, difícil de assimilar, quanto mais provar. Talvez as histórias orais que restaram estejam corretas e alguns visitantes de outro mundo influenciaram decisivamente a cultura desses povos, interferindo em sua existência. Se isso de fato aconteceu, não seria estranho eles serem chamados de Deuses e com o tempo passar a ser venerados como tal.

Infelizmente, tudo que nos resta ao examinar as estátuas de pedra das Marquesas e de outros cantos do mundo, são conjecturas e suposições de um passado glorioso. Um passado em que talvez homens e deuses caminharam lado a lado.

2 comentários:

  1. A Bolsa dos Annunaki e Astecas (acho) TB são muito similares.

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  2. Outro tópico interessante pode ser a lenda indígena do Bep Kororot... Essa é sensacional

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