Alguns dos melhores mistérios são aqueles envoltos nas brumas do tempo, de culturas muito distantes e pouco compreendidas. Nos dias do antigo Iraque existiu uma Civilização Pré-Suméria conhecida como cultura Ubaidiana, que remonta entre 5.500 e 4.000 aC na antiga Mesopotâmia e que se acredita ter dado início à Civilização Suméria.
Os sítios arqueológicos relacionados a essa cultura antiga, conhecida por suas cidadelas sem muros, pelo estilo distinto da cerâmica, ferramentas inovadoras, processamento de alimentos, habilidades arquitetônicas impressionantes, complexas casas de barro, ruas pavimentadas surpreendentemente avançadas, sistemas de irrigação e templos, bem como por seu conhecimento agrícola, tornaram-se mecas para os historiadores. estes não deixam de se surpreender a respeito de como a Cultura Ubaidiana era avançada para seu tempo, enquanto outros povos apenas engatinhavam, eles estavam em um patamar muito superior.
A magnífica capital erigida por esse povo, chamada Tell Al'Ubaid, foi escavada pela primeira vez por Harry Reginald Hal em 1919. Hal era uma espécie de aventureiro e explorador, interessado em se autopromover inventando histórias e aventuras. A cidadela enterrada sob a areia do deserto no entanto, já era o foco de muitas lendas e histórias. Os nômades reputavam ao local terrível má fama, como se ele fosse amaldiçoado. A cidadela era povoada por espíritos, fantasmas e horrores de eras passadas. É provável que essas histórias tenham ajudado a manter as ruínas em relativa segurança, intocada pelos milênios enquanto ela era lentamente enterrada no deserto.
A Expedição de Harry Hal encontrou inúmeros artefatos valiosos e peças do passado remoto, quando a cidadela servia como entreposto comercial, centro político e destino religioso. Súditos vinham de muito longe, cruzando enormes distâncias de deserto agreste apenas para adquirir mercadorias, conhecer as maravilhas da corte real e prestar homenagem aos deuses. Em meio às ruínas fustigadas pelas tempestades de areia os arqueólogos encontraram tesouros intrigantes deixados para trás. Além de objetos de arte, peças de ouro e armas, foram encontradas estatuetas decididamente únicas. Elas parecem retratar uma raça de seres reptilianos humanoides, de ambos os gêneros. Por vezes, estes seres são apresentados numa variedade de poses, segurando bastões, cetros e, no caso de figuras femininas, até amamentando bebês que guardam semelhança tão grande com lagartos quanto elas próprias. As figuras são diferentes de qualquer outra coisa descoberta na região. Elas apresentam cabeças alongadas, rostos pontudos, focinhos e olhos oblíquos amendoados. As peças não parecem se referir a humanos usando máscaras ou ornamentos para se parecerem com répteis, são claramente seres com feições reptilianas.
A questão é que, desde sua descoberta no início do século XX, ninguém foi realmente capaz de determinar o que são essas peças ou qual é seu significado. Os artefatos estavam encerrados em uma caixa de madeira laqueada, enroladas em panos de veludo e tudo indica eram tratadas como relíquias religiosas. Descobertas posteriores confirmaram que o local onde estavam havia sido a casa de um sacerdote de grande importância. Tudo então leva a crer que elas eram usadas em rituais para simbolizar algum tipo de ser ou entidade não humana.
A princípio, essa era a hipótese mais provável: as estatuetas seriam representações estilizadas de deuses que as pessoas da época adoravam. Isso não é algo completamente incomum, pois existem muitas culturas que adoraram serpentes e divindades reptilianas, incluindo os próprios sumérios. Eles devotavam grande importância a Enqui, um Deus Maior que podia assumir a forma de cobra. Enqui era tão importante que era creditado a ele a criação de toda água doce que corria nos Rios Tigre e Eufrates, a base para a criação da Civilização Suméria. Em algumas representações, o deus surgia como uma gigantesca serpente deslizando sobre as plácidas águas da Mesopotâmia. Era ele quem abençoava as águas fluviais, os terrenos férteis e criava a chuva.
Arqueólogos e historiadores entretanto hoje duvidam que as figuras se referem a Enqui ou qualquer outro deus conhecido. A razão para isso é que as figuras não trajam adornos opulentos ou roupas particularmente grandiosas, o que seria de esperar se fossem deuses todo-poderosos. Outro elemento conflitante é que estatuário religioso geralmente possui inscrições cuneiformes que identificam os deuses, o que não está presente em nenhuma das peças de Tel Al´Ubaid.
As estatuetas meticulosamente esculpidas que compõem a coleção parecem se referir a uma raça de seres não-humanos, com os quais esse povo pré-sumério teria estabelecido contato. Embora não sejam tratados como deuses, eles sem dúvida tem grande importância, visto que as peças foram guardadas e preservadas em uma caixa que visava protegê-las.
Uma teoria controversa é que as estatuetas seriam uma espécie de lembrete de um encontro entre os sacerdotes e estes seres em algum momento do passado pelo menos 7.000 anos atrás. Alguns mitos sumérios mencionam povos estranhos, seres bizarros não inteiramente humanos que estariam viajando para o nosso mundo vindo de lugares distantes ou então, do espaço entre os espaços, algo que poderia ser compreendido como outras dimensões. Mas essa hipótese metafísica depende muito para quem você pergunta.
Curiosamente, as peças sempre causaram uma estranha reação nas pessoas, sobretudo aqueles que habitam a nação onde elas foram achadas em primeiro lugar. Quando foram apresentadas pela primeira vez em 1926, autoridades árabes presentes ao evento ficaram escandalizadas e pediram que as peças fossem destruídas ou encerradas novamente nas ruínas. De fato, na Mesopotâmia vigorava a ideia de que as ruínas ainda eram amaldiçoadas e que nada de bom poderia vir de seu interior. Até o início da década de 1920, relativamente poucas escavações foram conduzidas no sítio de Tel Al'Ubaid em parte porque era extremamente difícil conseguir operários para trabalhar no local. De fato, as escavações na região sempre estiveram cercadas por fortes superstições que afastavam trabalhadores imprescindíveis para tal empreendimento.
Em 1932, quando o Iraque conquistou oficialmente sua independência diante dos britânicos, o governo passou a negar insistentes pedidos para a realização de expedições no sítio. A maioria das negativas envolviam interesses nacionais, o temor de tesouros e relíquias fossem removidas do país, mas alguns apontavam que as autoridades não estavam à vontade com o fato daquele lugar em especial ser escavado. Mesmo em 1970, o então presidente e ditador Saddam Hussein, continuou a negar o acesso de expedições internacionais a Tel Al´Ubaid, alegando que o lugar era restrito a arqueólogos iraquianos. Apenas em 2010 as ruínas foram novamente visitadas por arqueólogos internacionais, mas mesmo assim, acompanhados por pesquisadores locais. Estariam eles escondendo alguma coisa?
Uma ideia mais conservadora é que as estatuetas seriam apenas peças decorativas ou obras de arte abstratas. A semelhança com humanoides reptilianos constituiria mera coincidência ou uma simples opção estética, mas se é realmente isso, porque as peças seriam guardadas com um sacerdote? Por que elas estariam tão protegidas? Há também a ideia de que a cultura ubaidiana possa ter praticado algum tipo de modificação corporal, como o alongamento do crânio, visto em algumas outras culturas ao redor do mundo, e que essas figuras seriam representações desses indivíduos.
Infelizmente, ninguém sabe ao certo e qualquer teoria parece válida, mesmo a de raças reptilianas vivendo secretamente entre nós.
Poderia ter havido uma raça de seres humanoides reptilianos vagando e até mesmo interagindo com essa cultura antiga? Teriam seus artistas imortalizado essas criaturas nas estranhas figuras encontradas na cidadela? Realmente não há como saber, a Cultura Ubaid em si já é um mistério impenetrável e, no final, só podemos adivinhar o que essas figuras significam ou o que realmente significaram um dia.
Essas estatuetas de civilizações antigas geralmente me passam umas bad vibes... As ornamentações das construções astecas são particularmente demoníacas!
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incrível.
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